- quarta-feira, 17 maio 2017 03:49
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Durante
a manhã, ativistas do greenpeace protestaram do lado de fora do
Congresso.
Uma faixa escrita "O fim da floresta começa aqui" cobriu
parte de uma motosserra inflável.
Foto: © Leonardo Milano / Greenpeace.
Originalmente, após retirar um pedaço do Parque, o governo anexou 51 mil hectares de uma área pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós na área protegida. Após a ampliação, o parque passou a abrigar um território de 909 mil hectares e a APA do Tapajós passou de 2.039.580 hectares para 1.988.445 hectares.
Na Comissão Mista, o relator, deputado José Reinaldo (PSB-MA), acatou parcialmente 4 das 7 emendas apresentadas. A votação, feita em menos de 10 minutos no dia 12 de abril, incluiu a diminuição na Floresta Nacional de Itaituba II e a criação de mais três Áreas de Proteção Ambiental: a APA de Rio Branco, a APA de Carapuça e a APA de Trairão.
Diminuir um parque nacional, por exemplo, onde só é permitido a visitação, e criar no lugar uma Área de Proteção Ambiental (APA), unidade que permite propriedades privadas e produção, na prática, serve para legalizar títulos de terra de proprietários legítimos e de grileiros.
Votação
Oposição
abre faixa de protesto durante sessão da Câmara dos Deputados que
aprovou a MP 758/16 que reduz limites de floresta nacional no Pará
Antonio Cruz/Agência Brasil
Também foi aprovado o destaque que cria a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Branco, com 101.270 hectares retirados do Parque Nacional do Jamanxim.
Do relatório do deputado José Reinaldo (PSB-MA), a única emenda que não foi aprovado foi a criação da Área de Proteção Ambiental Trairão, com 169.135 hectares retirados da Floresta Nacional Itaituba II e do Parque Nacional do Jamanxim. Isso porque a oposição alertou que os limites da nova área protegida invadiria área dos mundurukus e poderia causar conflitos. Ao ouvir o alerta, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), orientou a base para que votasse contra o destaque.
Com as mudanças, a chamada Medida Provisória da Ferrogrão ficou assim: 273 mil hectares do Parque Nacional do Jamanxim foram transformados nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Carapuça e Rio Branco. O acréscimo de 51 mil hectares do Parque do Jamanxim oriundos da Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós foi cancelado.
Leia tambem:
http://www.oeco.org.br/noticias/parlamentares-modificam-mp-para-permitir-mineracao-em-parque-no-para/
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