sábado, 18 de janeiro de 2014

Aeroportos brasileiros não tem capacidade para suportar demanda da Copa.


Aumento da malha aérea durante a Copa do Mundo preocupa analistas

Eles temem o congestionamento de aeronaves e falha na vigilância ao trânsito de pessoas

Rosana Hessel
 
Correio Braziliense Publicação: 18/01/2014 09:34 Atualização:
 
Não é só a falta de infraestrutura que preocupa os especialistas e profissionais da área de aviação durante a Copa do Mundo de Futebol, que acontece entre junho e julho no país. Além da sabida falta de capacidade dos aeroportos para suportar a forte demanda, os analistas temem pela segurança das operações, sobretudo depois de o governo ter autorizado, na última quinta-feira, o incremento de 1.973 voos na malha aérea nacional ao longo do evento, o que corresponde a 1% do fluxo atual.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Voo (SNTPV), Jorge Botellho, reconheceu que os operadores estão inquietos com o aumento do número de decolagens — expansão essa, inclusive, que foi menor que o esperado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Dependendo do horário, se tiver uma maior concentração de voos, haverá congestionamento tanto em ar quanto em solo. Com atrasos em um aeroporto, isso refletirá em cadeia nos demais, porque a malha é integrada”, alertou.


Botellho lamentou o fato de os controladores de voo nunca serem consultados pelo governo quando há aumento da malha, algo que evitaria transtornos aos passageiros. “Vamos ficar na torcida para que não aconteça nenhum problema mais grave. Não sabemos como é que esses voos serão distribuídos nem como ficará a conclusão das obras nos aeroportos das cidades sede. Se tiverem atrasos nas pista, na implantação da sinalização e na construção de pátios e de boxes para os fingers, será muito grave, porque afetará todo o trafego aéreo”, completou.

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