'Vai ser sim [confirmada] porque eu confio na Justiça' disse ex-prefeito.
O candidato a deputado federal votou em São Paulo com a mulher.
Maluf acena após votar em escola em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo
Maluf chegou à Faculdade de Engenharia de São Paulo (Fesp), em Pinheiros, por volta das 9h40 com a esposa, Dona Silvia, que vota no mesmo local. Sorridente, ele cumprimentou eleitores e concedeu uma entrevista coletiva assim que saiu do carro.
Questionado se ele se preocupava com o fato de sua candidatura ter sido barrada, ele afirmou que entrou com recurso no TSE e confia na validação da candidatura. "Vai ser sim [confirmada] porque eu confio na Justiça. Ou barra todo mundo ou libera todo mundo. Por que liberam sete e barram uma?", disse ele, referindo-se a outras candidaturas barradas no TRE-SP e posteriormente liberadas na esfera federal.
O candidato, que participa da sua 22ª disputa por um cargo eletivo, diz que o argumento do seu recurso é que o tribunal deve passivizar as decisões anteriores e aplicar a mesma decisão ao seu caso.
Antes de votar, Maluf passou pela seção eleitoral da esposa, onde posou para fotos ao lado dela.
"Você votou em mim?", perguntou ele com bom humor à esposa depois que ela deixou a urna.
Quando entrou na sala da seção 049, onde vota, ele cumprimentou os mesários e, depois de votar sentado na cadeira disposta ao lado da urna, comemorou o fato de ter levado apenas sete segundos para votar nos cinco candidatos.
Maluf revelou seu voto apenas a alguns candidatos: Dilma para a Presidência, Skaf para govenador e Maluf para deputador federal. "Para senador o voto é secreto e meu partido não apoiou uma candidatura", explicou ele.
Aos 83 anos, Maluf disse neste domingo que esta pode não ser sua última campanha eleitoral. "Só Deus sabe, minha querida", respondeu ele a uma jornalista. "Estou com saúde, e a Silvia liberou."
Impugnação
O pedido de impugnação foi feito pela Procuradoria Regional Eleitoral em 23 de julho. A ação foi baseda no argumento de que Maluf está inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado por improbidade administrativa no processo que trata da construção do Túnel Ayrton Senna quando ele era prefeito da capital paulista.
A assessoria do deputado afirma que a lei da Ficha Limpa não impede sua candidatura. "Para ser impedido pela Lei da Ficha Limpa é necessário que a condenação por improbidade administrativa tenha as seguintes caracteristicas de forma cumulativa: proferida por orgão colegiado; determine a supensão dos direitos politicos; que o ato tenha sido praticado na modalidade dolosa; que o ato importe em prejuizo ao erário; e, que o ato cause enriquecimento ilícito do agente público", informou a assessoria.
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