quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Polícia Civil investiga militares suspeitos de desvio milionário de verba

Diversas irregularidades estão sento investigadas, a maioria por fraude na emissão de notas fiscais

lia.sahadi@jornaldebrasilia.com.br




A Polícia Civil do Distrito Federal e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) desarticulou, na manhã desta quarta-feira (29), a operação Tiradentes. Ao todo, 22 policiais militares, incluindo o ex-comandante-geral Sebastião Davi Gouveia, são suspeitos de desvio de verba na Caixa Beneficiente (Cabe) - entidade de interesse social, que administra os benefícios de aproximadamente 22 mil agentes associados.

Diversas irregularidades estão sento investigadas, a maioria por fraude na emissão de notas fiscais. De acordo com a Polícia Civil, em uma das denúncias consta que o ex-funcionário  Marcelo Medeiro, chefe de TI da Cabe, teria desviado dois cheques que deveriam ter sido depositados na conta de uma empresa prestadora de serviço. Após o golpe, a empresa reclamou, mas o alto escalão da Cabe, composto pelos coronéis Gilberto Carvalho e Alexandre Saud não demitiram Marcelo. Testemunhas garantem que a demissão não ocorreu, pois Marcelo ameaçou contar outras ilegalidades nos contratos da instituição.

O que chamou a atenção da Delegacia Especializada de Crimes Organizados (Deco) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) foi a compra de 199 pares de coturno pelo valor de R$50.000. Menos de um ano depois, a mesma pessoa que efetuou a compra vendeu 500 pares por R$58.000. Na compra, cada par havia saído por R$378,00 e na venda por R$ 116,00, o que indicou um superfaturamento.


Além disso, está sendo investigado um contrato fraudulento de uma suposta contratação de uma empresa que faz assistência e manutenção de computadores. O coronel Gouveia, até então gerente administrativo da Cabe, está sendo acusado de autorizar a emissão de sete notas fiscais no valor de R$12.000, no entanto os representantes da empresa garantem que nunca fizeram negócio com a Cabe.

Os investigados não foram presos, mas deverão prestar depoimentos. No momento, agentes de Deco e Promotores da Gaeco cumprem mandados de busca e apreenssão nas empresas que prestavam serviços para a Cabe.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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