domingo, 11 de janeiro de 2015

A destruição de matas e suas conseqüências

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O que é o desmatamento?
 


O desmatamento, ou também chamado de desflorestação é o processo de desaparecimento de matas (maciços florestais), fundamentalmente causado pela atividade humana.

Ponto fraco na educação
Será que temos boa consciência ambiental?


Faça um teste: pergunte para algumas pessoas se elas conseguem te dar 4 motivos ambientais ou socioeconômicos para evitarmos a destruição de matas.


É bem provável que nenhuma delas consiga lhe dizer nem 2 motivos coerentes, os governantes e legisladores do nosso país têm a mesma consciência sobre o assunto. 


Isso ocorre porque a discussão ambiental se resume a dizer que não se deve desmatar, sem tentar provar que essa é uma opinião racional. Mas nossa consciência exige justificativas para tomar decisões, mesmo que não estejamos percebendo. Além disso, o ambientalismo hoje, é facilmente associado ao radicalismo, o que é um erro. 


Quem desmata?
O desaparecimento de florestas no Brasil é causado por três fatores principais: a obtenção de solo para a agropecuária, a indústria madeireira, e a especulação imobiliária.


Isso ocorre por dois principais motivos: falta de conseqüência ambiental, e falta de fiscalização do governo sobre o cumprimento das leis. 


Conseqüências do desmatamento
Para que possamos lidar com o desmatamento, é necessário conhecermos bem suas causas. Aqui estão listadas as principais conseqüências da derrubada de matas.


        Prejuízos ambientais:
  1. Perda de biodiversidade: Os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas foram originados por um lento processo evolutivo, que levou bilhares de anos. A perda da diversidade de seres, além da perda de variedade genética, é um processo irreversível
    .
  2. Degradação dos mananciais: A retirada da mata que protege as nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em todo o mundo: a água. Isso ocorre principalmente devido à impermeabilização do solo em torno da água.

  3. Aterramento de rios e lagos: Com o solo sem cobertura vegetal abundante, a erosão ocorre em intensidade e freqüência espantosas, sendo o solo levado diretamente aos rios e lagos. Lembrando que a erosão é a perda de solo causada por água e vento. Esse processo faz com que o volume dos lagos seja limitado, e a vazão dos rios seja comprometida.

  4. Redução do regime de chuvas: Pode não parecer, mas a maior parte da água das chuvas continentais vem das próprias áreas continentais, e não do mar. A derrubada de grandes áreas com matas altera o clima das regiões, causando normalmente períodos estendidos de estiagem.

  5. Redução da umidade relativa do ar: A evapotranspiração das folhas é um dos principais reguladores da umidade do ar, além de promover a regulação da temperatura nos ambientes em que estão. A derrubada de matas deixa o ar mais seco e a temperatura mais elevada e instável.

  6. Aumento do efeito-estufa: As florestas são grandes reservas de carbono, que guardam o carbono em sua estrutura orgânica. Ao queimarmos essas florestas, quase todo o carbono absorvido pelas plantas volta à atmosfera, causando considerável aumento no efeito-estufa, tornando o planeta ainda mais quente.

  7. Comprometimento da qualidade da água: A maior erosão e lixiviação causada pelo desmatamento fazem com que a qualidade da água seja comprometida, tornando-a sempre turva e muitas vezes imprópria para ao consumo.

  8. Desertificação: A retirada de matas associada a manejos inadequados do solo, tem causado a desertificação dos ambeintes, onde a ausência de vida predomina.
        Prejuízos socioeconômicos:
  1. Redução do turismo: As áreas de mata nativa são sem dúvida um grande atrativo, principalmente ao eco-turismo. Apesar disso, muitas cidades e estados não conhecem esse potencial e não aproveitam. O desaparecimento de matas traz perdas incalculáveis e irreversíveis ao turismo nesses locais.

  2. Perda do potencial hídrico brasileiro: O Brasil é a maior reserva de água do mundo. Com o desmatamento, há degradação das nascentes e dos rios, descartando a possibilidade do Brasil se tornar poderoso por possuir a maior parte desse bem tão essencial.

  3. Perda do potencial farmacêutico: O Brasil, possuidor da maior biodiversidade biológica do mundo, faz baixíssimo proveito do potencial farmacêutico bilionário de suas plantas. Muitos dos remédios e cosméticos que circulam pelo mundo são feitos com extratos de plantas descobertas em nossas matas. Na verdade, não conhecemos nem a metade das espécies que existem no nosso país. O desmatamento traz conseqüências irreversíveis ao setor.

  4. Perda do potencial genético: Poucos sabem, mas o desenvolvimento da agricultura depende de programas de melhoramento genético, que dependem diretamente de espécies nativas das plantas cultivadas. A resistência a doenças e pragas é muitas vezes adquirida através do cruzamento de parentes próximos nativos encontrados com a cultura em questão.
 

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