segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Brasileiro busca a felicidade pelo atraso



Gilberto Simões Pires
Blog PontoCrítico


Para os amantes e perseguidores do caos econômico e social, o ano de 2015 
inicia cheio de esperança. Como Dilma, seus aliados e seguidores já mostraram que são imbatíveis no jogo no qual quem mais destrói é quem sai vitorioso, quanto maior o fracasso maior a felicidade.



Vejam, por exemplo, o que informa o primeiro Boletim Focus de 2015: a projeção de crescimento do PIB para 2015 foi reduzida de 0,55% para 0,50%, enquanto que a projeção da inflação, pelo IPCA, aumentou de 6,38% para 6,39%. Que tal?



Tais projeções, que nas últimas 15 semanas se direcionam sempre voltadas para o centro do inferno, não são obras do acaso: foram todas construídas, com grande cuidado, pelo departamento da engenharia do governo Dilma Neocomunista Rousseff.



SENTIDO INVERSO
Olhando pela perspectiva (frágil) do time contrário, de quem joga pensando que o sucesso é definido pelo crescimento econômico com inflação baixa, tudo aquilo que o Boletim Focus vem projetando deveria ser ao contrário, ou seja:
1- o crescimento do PIB deveria estar no lugar da taxa da inflação projetada; e,
2- o crescimento da inflação deveria ser igual ou menor do que a projeção do PIB.



O lamentável é que a cultura do atraso, que se instalou no nosso pobre país desde a chegada da primeira caravela portuguesa, foi parar no DNA do povo brasileiro. Não havendo, portanto, a possibilidade de ser extirpada, a sociedade se agarra à Fé e à Devoção, como se viu nas imagens mostradas pela televisão na virada do ano.



PULAR SETE ONDAS
Essa tola mania que milhões de brasileiros têm, de entregar a Deus, aos santos e aos governantes o destino de suas vidas, identifica a incapacidade -voluntária- de reagir aos despropósitos. Mais: mostra que as ações cabíveis para um bom futuro está em comer porco e lentilha e pular sete ondas e outras coisas mais. Pode?



Percebendo que o povo mergulha na tradição anual, de acreditar que basta ter esperança e fé imaginando que no fim tudo vai dar certo, o governo faz a sua parte cada dia mais destrutiva: aumenta gastos e diminui serviços. O que implica em necessidade de mais reza, fé e devoção por parte do povo cada dia mais pobre em discernimento.



O curioso é que enquanto o governo caça quem se atreve a sonegar impostos, o que mais faz, com precisão absoluta, é sonegar serviços. Pode?

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