quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Com nova alta do juro, poupança perde de fundos na maioria dos casos


  21/01/2015 19h58

Isso ocorre porque rendimento dos fundos de renda fixa sobe com a Selic.


Nesta quarta, BC subiu juro básico em 0,50 ponto, para 12,25% ao ano.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília


selic (Foto: G1)
Com o novo aumento dos juros básicos da economia de 11,75% para 12,25% ao ano, realizado nesta quarta-feira (21) pelo Banco Central para conter as pressões inflacionárias, a poupança perde atratividade frente aos fundos de investimento - que continuam ganhando da aplicação mais popular do país "na maioria das situações", informou a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).


Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5%, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).
A entidade avaliou que as cadernetas vão continuar se destacando frente aos fundos de renda fixa cujas taxas de administração forem superiores a 1,50% ao ano. Nas simulações, a Anefac considerou o custo da taxa de administração cobrada pelos bancos entre 0,50% ao ano até 3,00% ao ano - que é o padrão utilizado no sistema financeiro).


Aplicações na poupança desaceleram
Números do Banco Central mostram que a redução da rentabilidade da poupança frente a outras modalidades de investimento, juntamente com a alta da inflação e do nível de endividamento das famílias, já tem impactado as aplicações na caderneta de poupança.


Em todo ano passado, a poupança captou R$ 24 bilhões. Esse é o montante em que os depósitos superaram as retiradas nas cadernetas. O valor é o menor para um ano fechado desde 2011, quando a caderneta captou R$ 14,1 bilhões, segundo números da autoridade monetária.


Fundo de reserva
Especialistas avaliam que, independente do rendimento, a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento em alguns casos. Permanece sendo atraente para pequenos valores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um "fundo de reserva" para emergências – uma vez que não há incidência do imposto de renda.


Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto, programa do governo de compra de títulos públicos pela internet, há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

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