sábado, 4 de julho de 2015

O caso da psicóloga que teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná por "misturar psicologia e religião católica" teve um final feliz.



Cassação de Marisa Lobo é anulada pela justiça

No dia 6 de novembro, a Justiça Federal anulou o processo administrativo do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, que havia resultado inicialmente na cassação do registro profissional da psicóloga cristã Marisa Lobo. O mandado de segurança foi expedido pelo juiz federal Cláudio Roberto da Silva.


Entre as acusações que contribuíram para este processo de cassação da licença da psicóloga, o Conselho alegou que Marisa teria fundamentado suas práticas profissionais em dogmas religiosos e chegando a oferecer a tão polêmica "cura gay" a pacientes homossexuais. Posteriormente, a questão da cura gay chegou a ser retirada do processo, porém as acusações de proselitismo religioso foram mantidas.


A decisão do Conselho de Psicologia ocorreu em maio deste ano e foi duramente criticada por diversos representantes cristãos, como o Senador Magno Malta (PR-ES) e o Pr. Silas Malafaia.


Para o advogado de defesa de Marisa, Gustavo Kfouri, a decisão mais recente (de anular o processo) mostra que, apesar dos Conselhos deterem a prerrogativa da utilização dos poderes de polícia e disciplinar, eles se encontram submetidos aos limites constitucionais.


“O Conselho tem limites. Ele não pode impor regras não previstas em lei e cercear as liberdades de expressão e de religião”, explica Kfouri.


O Conselho Regional de Psicologia do Paraná informou que ainda não foi notificado da decisão judicial, mas que o Conselho Federal deverá se pronunciar sobre o caso.


Falando com exclusividade ao Portal Guiame, Marisa reforçou o caráter de perseguição religiosa que o caso ganhou.


"Desde o começo eles [Conselho] inventaram a questão da cura gay, porque eu falo tecnicamente contra a ideologia de gênero e outras aberrações que o Conselho quer enfiar goela abaixo de todo o povo. O Conselho me perseguiu, porque eu o estava denunciando e não por causa de 'cura gay' - tanto que eles mesmos tiraram isto do processo e se focaram contra a questão da psicologia cristã. Então ficou claro que era um caso de perseguição religiosa", disse.


Arquivo
No dia 27 de agosto (Dia do Psicólogo) deste ano, Marisa recebeu diversos ataques e ofensas de internautas, em seus perfis das redes sociais (Twitter / Facebook).


"O que mais me deixava maluca era quando eles perguntavam: 'Cadê o teu Deus?' ou me diziam coisas do tipo: 'Manda o teu Deus descer da cruz para te ajudar'. 

Eis a resposta: Se o meu Deus estava em silêncio, é porque Ele estava trabalhando e agora Ele deu a resposta", finalizou. (Fonte: Portal Guiame)


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