domingo, 13 de julho de 2014

Mais da metade dos distritais tenta permanecer na Câmara Legislativa


Deputados terão, no entanto, obstáculos para se eleger

suzano.almeida@jornaldebrasilia.com.br


A Câmara Legislativa pode ter este ano a maior taxa de renovação em toda a sua história. É que oito distritais, um terço do total, nem tentarão permanecer. Ou se aposentarão da vida pública ou concorrerão a uma cadeira na Câmara dos Deputados. 
Historicamente, a renovação da Câmara costuma oscilar entre 11 e 13, na média de 50% portanto. Dos 16 que querem ficar, calcula-se que ao menos oito enfrentam dificuldades sérias para se reeleger.

Coligação
Entre a atual legislatura e a passada foram dez os distritais que conseguiram se reeleger. No entanto, entre os novos estavam dois antigos distritais, ambos com vários mandatos no passado.  Quem optou pela candidatura à reeleição este ano enfrentará os mesmos obstáculos que os candidatos da última eleição tiveram: os problemas da coligação e as decisões judiciais. No pleito de 2010 pelo menos cinco acabaram ficando de fora por esses dois motivos.

É o caso de Doutor Charles (PR). À época no PTB, ele foi o 15º mais bem votado, porém acabou de fora por causa do quociente eleitoral. A coligação também não beneficiou Milton Barbosa (PSDB). Sem apoio de outros partidos, foi o 28º melhor votado, ficando a frente de eleitos como Cláudio Abrantes (PT), Wellington Luiz (PMDB), Benedito Domingos (PP) e Celina Leão (PDT), mas sem atingir o número mínimo para se eleger e acabou de fora.

Justiça
Benício Tavares (então PMDB) e Raimundo Ribeiro (PSDB) ganharam, mas não levaram. Benício foi cassado pela Justiça Eleitoral, deixando a vaga para o suplente Robério Negreiros. A vaga  foi pleiteada por Raimundo, que chegou a assumir, mas que por ordem judicial deixou a vaga para Negreiros, do PMDB.

Paulo Roriz, 13º melhor votado individualmente, só conseguiu assumir o mandato depois que Raad Massouh (PPL) foi cassado pela Câmara Legislativa. Agora em nova disputa terá que dividir votos com nomes do PT, como Chico Leite e Cláudio Abrantes, e do próprio partido, como Doutor Michel. 

“Se quiser me reeleger, vou ter que trabalhar muito. Tenho uma base já de outras eleições e colocarei a botinha para fazer algumas visitas, para mostrar o trabalho que já fiz no Legislativo e Executivo”, declara Roriz, que teve 17 mil votos e não quer nova suplência.


De fora
1. Arlete Sampaio (PT) pretende se aposentar, e se dedicar à formação de novas lideranças políticas. A distrital chegou a ser vice-governadora no governo Cristovam Buarque (PDT).
2. Ela tentará transferir seus votos para seu apadrinhado político Daniel Seidel (PT), ex-secretário de Desenvolvimento Social.
3. Benedito Domingos (PP) também se aposentará. Antes de sair de cena, conseguiu garantir o apoio de seu partido  ao governador, enfrentando corrente que  queria sair com José Roberto Arruda (PR).
4. Evandro Garla (PRB) não tentará a reeleição, por decisão partidária, para coordenar as campanhas de outros candidatos.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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