sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Grupo confunde mulher com homem e espanca três lésbicas no DF

28/02/2014 12h27 - Atualizado em 28/02/2014 14h00



Jovem pensou que homossexual era homem 'dando em cima' de amiga.


Seis pessoas foram indiciadas por lesão corporal, rixa, injúria e ameaça.



Do G1 DF


Ele achou que [ela] era um cara e que estava dando em cima de uma das amigas dele. Não tinha nada a ver. Era uma brincadeira entre elas. Só que todos, realmente todos os oito, partiram para cima, espalharam porrada em geral"

Luana Ferreira, gerente do estabelecimento onde ocorreu a confusão

Três lésbicas foram espancadas na área externa de um bar de Brasília na madrugada desta sexta-feira (28) depois que um rapaz confundiu uma das duas com um homem e achou que ela teria "dado em cima" da moça que o acompanhava. 

O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, que indiciou seis pessoas por lesão corporal, rixa, injúria e ameaça.

De acordo com a gerente do estabelecimento, Luana Ferreira, a confusão aconteceu por volta de 1h, quando a música já havia acabado. 

As mulheres estavam em uma mesa com uma quarta lésbica. O agressor estava acompanhado por sete amigos em uma mesa próxima. 

Em determinado momento, uma das lésbicas se levantou e começou a dançar.

Ele achou que [ela] era um cara e que estava dando em cima de uma das amigas dele”, disse Luana. “Não tinha nada a ver. Era uma brincadeira entre elas. Só que todos, realmente todos os oito, partiram para cima, espalharam porrada em geral.”

As agressões não terminaram nem depois que o grupo descobriu que na verdade uma das espancadas era mulher. Seguranças e clientes precisaram intervir, mas, ainda assim, uma das vítimas desmaiou e precisou ser encaminhada com urgência para o hospital.

A gerente relata que também houve demora da Polícia Militar para prestar socorro, bem como descaso da Polícia Civil no registro da ocorrência. “Tratamento hostil, desrespeitoso e irônico. Policiais gritando conosco, com as vítimas. Surreal, não dá para acreditar, parece uma ironia”, disse Luana.



Por telefone, a Polícia Civil informou que os agentes reagiram energicamente a um comportamento agressivo por parte das próprias testemunhas. 

O G1 procurou também procurou a PM, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.


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