Jornal da família Frias convidou especialistas para medir o quanto as empresas estatais ganharam graças à queda na avaliação da possibilidade de reeleição da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais; especulação eleitoral teria gerado ganho de US$ 4,8 bilhões para investidores; em 2002, grupos internacionais também falavam em “lulômetro”, mas o mercado acionário brasileiro viveu seu melhor momento após a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder; será que o “dilmômetro” tem algum rigor científico?
247 – Em 2002, foi a vez do banco
norte-americano Goldman Sachs. Naquele ano, a instituição criou o
“lulômetro” e passou a prever o colapso no mercado acionário brasileiro,
a cada ponto de alta de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas. O
especulador George Soros foi além e cravou a máxima “Serra ou caos”. O
resto da história é conhecido. Lula foi eleito presidente e, nos anos
seguintes, o mercado acionário brasileiro viveu o melhor período de sua
história.
Agora, no entanto, é a Folha de S. Paulo, jornal da família Frias, quem cria o “dilmômetro”. A Folha convidou um grupo de especialistas para medir a correlação entre o desempenho da presidente Dilma e as ações na BM&VBovespa, sobretudo das empresas estatais. Na reportagem de David Friedlander e Mariana Carneiro (leia aqui), a conclusão é que a queda de Dilma em algumas pesquisas gerou ganho de US$ 4,8 bilhões aos investidores. Segundo essa teoria, cada ponto a menos de popularidade da presidente vale cerca de US$ 801 milhões a mais para os investidores.
Essa conta foi feita pelos economistas do Insper Sérgio Lazzarini, Bruna Bettinelli Alves e João Manoel Pinho de Mello, também analista da gestora Pacífico. A tese do “efeito Dilma” decorre de um suposto intervencionismo da presidente Dilma na economia, que estaria, segundo os economistas, segurando preços artificialmente para estimular o consumo.
"Na eleição do Lula, a dúvida era se o sistema econômico seria alterado. Já o governo Dilma foi marcado pelas intervenções pesadas nas empresas estatais. Com a reeleição, o mercado acredita que isso vai continuar", diz o economista Lazzarini, do Insper.
No entanto, o “dilmômetro” também desperta desconfiança entre outros investidores profissionais. "É especulação pura e da pior qualidade.
Ao fazer essa aposta, o investidor busca um ganho de curtíssimo prazo e subestima a capacidade do atual governo de fazer as pazes com o mercado num segundo mandato", afirma Ricardo Lacerda, do banco de investimentos BR Partners.
Agora, no entanto, é a Folha de S. Paulo, jornal da família Frias, quem cria o “dilmômetro”. A Folha convidou um grupo de especialistas para medir a correlação entre o desempenho da presidente Dilma e as ações na BM&VBovespa, sobretudo das empresas estatais. Na reportagem de David Friedlander e Mariana Carneiro (leia aqui), a conclusão é que a queda de Dilma em algumas pesquisas gerou ganho de US$ 4,8 bilhões aos investidores. Segundo essa teoria, cada ponto a menos de popularidade da presidente vale cerca de US$ 801 milhões a mais para os investidores.
Essa conta foi feita pelos economistas do Insper Sérgio Lazzarini, Bruna Bettinelli Alves e João Manoel Pinho de Mello, também analista da gestora Pacífico. A tese do “efeito Dilma” decorre de um suposto intervencionismo da presidente Dilma na economia, que estaria, segundo os economistas, segurando preços artificialmente para estimular o consumo.
"Na eleição do Lula, a dúvida era se o sistema econômico seria alterado. Já o governo Dilma foi marcado pelas intervenções pesadas nas empresas estatais. Com a reeleição, o mercado acredita que isso vai continuar", diz o economista Lazzarini, do Insper.
No entanto, o “dilmômetro” também desperta desconfiança entre outros investidores profissionais. "É especulação pura e da pior qualidade.
Ao fazer essa aposta, o investidor busca um ganho de curtíssimo prazo e subestima a capacidade do atual governo de fazer as pazes com o mercado num segundo mandato", afirma Ricardo Lacerda, do banco de investimentos BR Partners.
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