segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Começa teste de energia solar espacial

 

Começa teste de energia solar espacial

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/01/2023

Começa teste de energia solar espacial
Nesta primeira demonstração será testado apenas o suporte para os painéis solares, ainda sem os módulos fotovoltaicos flexíveis.

Coletar energia solar no espaço e enviá-la à Terra

Já está no espaço o primeiro satélite para ajudar a desenvolver um mecanismo de captar energia solar no espaço e enviá-la para o solo.

O projeto como um todo, desenvolvido no Instituto de Tecnologia da Califórnia, chama-se SSPP (Space Solar Power Project: Projeto Espacial de Energia Solar). Já o satélite que foi ao espaço chama-se SSPD (Space Solar Power Demonstrator: Demonstrador de Energia Solar Espacial).

O SSPD ainda não é um captador de energia solar espacial de pleno direito. Na verdade, seu objetivo é testar individualmente os diversos componentes necessários para viabilizar uma futura fazenda solar espacial.

A ideia de longo prazo é implantar uma constelação de espaçonaves modulares que coletem a luz do Sol, transformem-na em eletricidade e, em seguida, transmitam essa eletricidade sem fio por longas distâncias, sobretudo para locais que atualmente não têm acesso a energia confiável.

Embora promissora, essa técnica tem várias limitações de cobertura devido ao feixe de micro-ondas que será responsável por enviar a eletricidade para o solo, uma vez que ele não deve ser dirigido para áreas onde haja população, tráfego aéreo ou grandes concentrações de vida selvagem, sobretudo pássaros.

Começa teste de energia solar espacial
Diagrama mostrando os três módulos a serem testados.
[Imagem: SSPD/Caltech]

Três tecnologias a serem testadas

O satélite de 50 kg consiste de três experimentos, cada um voltado para testar um diferente aspecto da tecnologia de coleta de energia solar no espaço e sua transmissão para o solo.

O primeiro deles é o DOLCE, sigla em inglês para "Experimento Composto Ultraleve Implantável em Órbita". Trata-se da estrutura que deverá conter os painéis solares propriamente ditos, devendo subir dobrada e então abrir-se ao chegar ao espaço. O protótipo, que não tem painéis solares, mede 1,8 x 1,8 metros, e está sendo idealizado para ser o "ladrilho" de um painel solar em escala quilométrica.

O segundo experimento consiste nas células solares propriamente ditas. Em vez de um painel solar, contudo, a pequena caixa contém 22 tipos diferentes de células fotovoltaicas, permitindo fazer uma avaliação dos tipos de células que são mais eficazes e mais duráveis no ambiente agressivo do espaço. O nome do experimento é Alba.

O terceiro experimento é o MAPLE, sigla em inglês para "Experimento de Órbita Baixa para Transferência de Energia por Arranjo de Micro-Ondas". Trata-se de uma matriz de transmissores de energia leves e flexíveis com controle de tempo, concentrando a energia seletivamente em dois receptores diferentes para demonstrar a transmissão de energia sem fio à distância no espaço.

A estrutura DOLCE será testada já nas próximas semanas, com resultados imediatos. Já as células solares precisarão de meses de funcionamento para que se saiba quais são mais eficientes e mais duráveis. Os transmissores de micro-ondas também serão testados repetidamente em diferentes condições de órbita.

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