terça-feira, 15 de julho de 2014

A imprensa internacional avalia a Copa das Copas.OS jornalistas que aqui vieram adoraram!

  • por G1

    Brasil foi um sucesso, menos dentro de campo, diz 'The New York Times'

    O Brasil foi um sucesso, menos dentro do campo, destaca o jornal americano "The New York Times". A reportagem divulgada no site da publicação diz que a Copa foi bem organizada, apesar dos temores de que seria caótica, e que o povo brasileiro foi hospitaleiro, mas houve um contraste chocante entre a recepção do Brasil e o desempenho da Seleção em campo. (leia o texto, em inglês)
     

    O "The New York Times" afirma que a esperança da equipe em conquistar o hexacampeonato terminou em humilhação, com a derrota de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. O texto diz que, ainda assim, os brasileiros reagiram com bom humor, com piadas do tipo: 'Outro gol foi encontrado no cabelo do David Luiz', 'Nem a Volkswagen poderia fazer tantos Gols em tão pouco tempo' e 'Messi não vai jogar no domingo porque está com problemas de estômago de tanto rir da derrota do Brasil'.

    A derrota da Argentina para a Alemanha no domingo (13) foi um "alívio" para a torcida brasileira, segundo a reportagem. Os brasileiros que estavam no Maracanã, no Rio, aplaudiram a anulação do gol da Argentina e se abraçaram quando o atacante Götze marcou o gol da vitória alemã no final do segundo tempo da prorrogação. 
     
    "Estou muito feliz. Não queríamos que a Argentina levasse o título no Brasil. Teria sido uma vergonha nacional", disse Alex Domingues, um segurança que estava perto do Maracanã.
    The New York Times disse que o Brasil foi um sucesso, menos dentro de campo
  • Final da Copa do Mundo traz o Brasil de volta à realidade, diz o 'Wall Street Journal'

    Matéria do 'WSJ'Artigo publicado neste domingo (13) no jornal norte-americano “The Wall Street Journal” diz que o final da Copa do Mundo traz o Brasil de volta à realidade.

    O texto começa lembrando que apesar de a seleção brasileira ter sido derrubada nas semifinais, os líderes do país tem sucessos a celebrar, tendo em vista que os aeroportos funcionaram, os estádios ficaram prontos a tempo e que as preocupações sobre protestos se provaram infundadas (leia o artigo original em inglês).

    “Agora chegou a ressaca”, diz, enfaticamente, o texto.

    “O Brasil está passando por provações, incluindo o desafio de uma economia moribunda e eleições que potencialmente provocarão divisões em outubro. O país precisa se preparar para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, outro evento que os organizadores dizem que está atrasado e que mais uma vez provoca críticas sobre as prioridades de gastos do país”, cita.


    O artigo destaca que Marcelo Salomon, economista responsável por acompanhar o país no Barclays, em Nova York, disse: “Durante a Copa o Brasil estava numa ‘ilha da fantasia’, mas o choque de realidade virá.”

    O texto cita revisões para baixo das previsões de economistas para o resultado do crescimento do PIB do país neste ano. Salomon, por exemplo, espera uma expansão de apenas 0,7%, ante previsão anterior de 1,7%.

    “Após quatro anos de estagnação, as fábricas estão cortando a produção. Os esforços do Brasil para estimular o crescimento com grandes estímulos federais, crédito ao consumo e ajuda em dinheiro para os pobres parecem já ter corrido seu curso”, diz o “WSJ”, citando economistas.

    “Enquanto a Copa do Mundo foi um sucesso, ela não forneceu a grande recompensa econômica que o anfitrião estava procurando. Brasil planejava usar o torneio para estimular a construção de trens, metrôs e outras infraestruturas que iria aumentar as suas economias locais. Muitos desses chamados projetos de legado, como um trem de alta velocidade planejada entre São Paulo e Rio [o trem-bala], nunca foram construídos”, destaca o texto, lembrando que muitos dos estádios construídos, por sua vez, não serão tanto usados.

    “Alguns brasileiros estão retornando as questões mais amplas sobre se realmente o preço da Copa valeu a pena”, conclui.


  • por G1

    Brasil foi anfitrião perfeito, mas tem ainda pendências a resolver, diz 'The Guardian'

    The GuardianO jornal britânico “The Guardian” publicou um texto neste domingo descrevendo que a Copa do Mundo no Brasil mostrou que os brasileiros sabem ser um anfitrião perfeito, mas que o país ainda tem muitas pendências a serem resolvidas internamente, como o debate sobre o gasto com o Mundial e uma reforma na administração do futebol brasileiro.

    A publicação cita uma frase de Dilma Rousseff, dizendo que o povo mostrou que sabe receber estrangeiros e que a infraestrutura funcionou com sucesso.
    “Ela estava certa, o Brasil foi um anfitrião inebriante e acolhedor (...) mas a discussão sobre os US$ 13,5 bilhões de dinheiro público investidos no torneio vai continuar por muito tempo, mesmo depois que o circo da Fifa deixar a cidade, particularmente em locais como Manaus e Natal, onde estádios novinhos em folha não têm uso sustentável óbvio”, diz o texto (leia o artigo original, em inglês).

    O texto cita ainda que o acidente com um viaduto em Belo Horizonte, que matou duas pessoas, foi um “lembrete do custo humano que pode ter uma construção feita de última hora”.

    Festa da torcida
    Sobre os torcedores, o texto do Guardian afirma que várias cidades se tornaram um “caldeirão”, a exemplo das caravanas de argentinos que invadiram São Paulo e a orla de Copacabana, ou ainda colombianos, chilenos e outros sul-americanos que não se importavam em dormir na praia ou em bancos de concreto para torcer por sua seleção.

    Sobre as manifestações registradas na Copa das Confederações, o “Guardian” diz que elas não ocorreram na Copa do Mundo porque “o povo decidiu curtir a festa”, mas também porque as áreas públicas foram invadidas por forças armadas para “suprimir os protestos”.

    O objetivo [das manifestações], segundo o jornal, era referente à corrupção na política, níveis de investimento nos serviços públicos e qualidade na saúde e educação. “Mas agora, o desgosto também está ligado aos dirigentes esportivos do Brasil, e a esperança é que a derrota para a Alemanha seja um catalisador para essa mudança”.

    A publicação finaliza o texto dizendo que o maior legado deste Mundial pode ter sido o questionamento feito ao poder da Fifa no futebol e demonstrado pelos brasileiros em pichações nas paredes dizendo “amo futebol, odeio a Fifa”. “Por isso, o Brasil merece agradecimentos eternos”.

  • por G1

    Em carta aberta a Neymar, inglês elogia o Brasil: ‘Nação apaixonada por futebol’

    Telegraph"Querido Neymar, os visitantes de seu país se sentem como se estivessem se intrometendo num sofrimento privado. O Brasil parece estar de luto depois dos danos, dos ferimentos cruelmente calculados e cinicamente causados pela Alemanha na Seleção, e a destruição da autoestima de um país tão orgulhoso de seu próprio futebol. Para aumentar essa tristeza, uma multidão de argentinos agora pipoca pelas ruas do Rio na direção do Maracanã, entoando 'na sua casa, na sua cara'."

    Assim começa a longa carta aberta a Neymar que Henry Winter, correspondente no Brasil do 'Telegraph', publicou neste sábado (12) no site do jornal britânico. Ao longo de 16 parágrafos, o repórter tenta consolar o craque brasileiro. Recorre a clichês: "O sol nem sempre brilha, mesmo para aqueles que já ganharam cinco Copas do Mundo".


    E também recorre a elogios, ainda que para isso tenha de se voltar ao passado: descreve com precisão e entusiasmo ("que habilidade!", "pobres italianos!") a jogada do gol de Carlos Alberto na final de 1970. Também aplaude a comemoração "nana, neném" de Bebeto em 1994 e cita Ronaldo em 2002 (leia o texto completo, em inglês).

    Mesmo a equipe de 1982, que não levou o título, é celebrada: "Nós também nos perguntamos como aquele time de Sócrates, Zico e Falcão, que teve seus dons registrados num filme exibido no Rio no sábado, nunca ganhou uma Copa do Mundo. Às vezes, o sol é encoberto por uma nuvem".

    Winter reforça, o tempo todo, a ideia de que o Brasil "é uma nação apaixonada pelo futebol", de que "a força do futebol aqui está por todo canto", de que "o futebol está na boca de todo mundo, na vida de todo mundo". Chega a mencionar que viu "três policiais abandonarem uma ronda na praia para assistir ao jogo num restaurante de frutos do mar no Rio".

    Por fim, o jornalista defende a noção de que "Copas do Mundo podem esconder muitas manchas" e de que "torneios são um romance de verão, algumas semanas de emoções fugazes, raramente duradouras". "Assim como a paixão do Brasil pela Seleção, os problemas são profundos", compara.

    Ao se dirigir novamente ao jogador brasileiro, Winter conclui: "Neymar, seu país é imperfeito e louco. Mas a lembrança que muitos de nós (...) vamos levar é do quão especial o Brasil é. Aventar qualquer generalização sobre uma nação tão diversificada e enorme é complicado, e ingênuo, mas alguns traços comuns pode ser mencionados, como a humanidade e a simpatia de seu povo e o vício em futebol, os altos e baixos. Nós, ingleses, inventamos e codificamos o futebol, Neymar, mas os brasileiros o reinventaram com aquele time de 1970 e lembraram neste ‘verão’ do quanto o futebol domina vidas. Então, aproveite toda essa emoção que circula pelo seu país, reconstrua o time, e vá novamente em busca da gloriosa Copa do Mundo. Boa sorte".

  • por G1

    'Wall Street Journal' diz que Maracanã é 'amaldiçoado'

    O palco da final da Copa do Mundo no Brasil, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, foi tema de reportagem do site do jornal americano "The Wall Street Journal". (leia a reportagem, em inglês)


    O título da reportagem diz que mesmo após o investimento de 500 mil dólares, o estádio do Maracanã continua "amaldiçoado." Segundo o texto, mais de 74 mil torcedores são esperados neste domingo (13) para assistir a disputa entre Alemanha e Argentina, e os brasileiros vão ficar imaginando com teria sido se o país tivesse se classificado. A Seleção Brasileira não disputou nenhuma partida no Maracanã e só passaria no estádio carioca, se fosse para jogar a final.


    O "The Wall Street Journal" lembra que o Maracanã foi inaugurado em 1950, ano em que o Brasil sediou o Copa pela primeira vez, e perdeu a final para o Uruguai, episódio que ficou conhecido como Maracanazo.


    A reportagem diz que o Maracanã é um ícone nacional e um dos estádios mais famosos do mundo, que foi reformado três vezes desde 2000. A reforma mais recente, para a Copa e Olimpíadas, custou 500 mil dólares, segundo o jornal. O "The Wall Street Journal" lembra, ainda, que o local sediou o milésimo gol de Pelé, shows de grandes cantores internacionais como Madonna, Kiss e Frank Sinatra, além de uma missa rezada pelo papa João Paulo II.
    The Wal Street Journal conta a história do Maracanã

  • por G1

    Best-seller inglês Nick Hornby critica nível técnico da Copa e o futebol do Brasil

    Nick Hornby
    O best-seller inglês Nick Hornby, conhecido por seu fanatismo pelo futebol (ele é autor do livro “Febre de bola”), publicou nesta sexta-feira (11) um artigo sobre a Copa do Mundo no site da emissora ESPN americana. No texto, o escritor diz que no geral as partidas foram “medíocres e ocasionalmente bastante deprimentes” e dá destaque ao jogo Brasil x Alemanha, comparando a uma caça à raposa.
    Na opinião dele, a disputa “proporcionou 30 minutos que estão entre os mais extraordinários já vistos por fãs de futebol – e por fãs de qualquer esporte”. “Sei de algumas pessoas que não conseguiram suportar continuar assistindo e saíram da sala porque estavam se contorcendo. O jogo Brasil x Alemanha estava mais para uma caça à raposa – a parte em que a raposa é despedaçada, não a parte supostamente divertida da caçada.”

    Em seguida, o escritor reforça: “E era o Brasil que estava tendo a carne arrancada do corpo; o Brasil, que, para muitas gerações de torcedores, é a razão de nós assistirmos a Copa do Mundo, em primeiro lugar” (leia o texto original, em inglês).
    Hornby, também conhecido por livros como “Alta fidelidade”, “Um grande garoto” e “Uma longa queda”, todos adaptados para o cinema, se lembra ainda da época em que os jogadores brasileiros eram desconhecidos na Europa. Isso, porque faziam toda a carreira em seu país de origem. Cita Pelé no Santos, Zico no Flamengo, Eder no Atlético Mineiro. “Eles faziam coisas que nunca tínhamos visto”, diz. “Esses dias acabaram – todos os melhores brasileiros agora jogam na Europa –, e os nomes na escalação da seleção soam não apenas familiares, mas desinteressantes. Alguns dos jogadores já sabíamos serem ineptos. Ineptos brasileiros, jogando a Copa do Mundo, no Brasil!”
    O autor completa: “O que aconteceu na terça-feira à noite foi um colapso nervoso televisionado e o fim de uma longa era que começou nos anos 1950: ninguém vai olhar para o futebol brasileiro do mesmo modo por um longo, longo tempo”.
    Por fim, Hornby revela torcer por uma vitória da Alemanha sobre a Argentina na final. “Se os alemães jogarem como têm feito e ganharem a Copa do Mundo no domingo, então a glória será deles e esta Copa do Mundo terá valido a pena, conforme nos dizem os especialistas que tomam drinks na praia de Copacabana”, conclui.
    No princípio do artigo, ele havia brincado que ao menos os “jornalistas e especialistas de TV” têm insistido que “a Copa foi maravilhosa – a melhor, na lembrança de todos, cheia de drama, emoção, estrelas e gols incríveis”. “Mas esses especialistas estão todos bronzeados, tranquilos e são frequentemente filmados sentados ao redor de uma mesa perto da praia. Não dá para duvidar de que todos eles aproveitaram incrivelmente. Seus anfitriões foram generosos e calorosos, e de qualquer maneira houve uma atmosfera festiva em cada cidade. Mas e o resto de nós, que podemos apenas julgar da poltrona de casa, diante da TV?” A resposta não foi muito otimista.

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