terça-feira, 15 de julho de 2014

Israel alega que está sendo atacado pelo Hamas - só que as mortes e destruição ocorrem na Faixa de Gaza que não é território de Israel



BLOG PRONTIDÃO




Israel retoma ataques em Gaza após Hamas rejeitar trégua


Grupo militante islâmico classificou proposta egípcia de cessar-fogo de rendição e exigiu acordo completo sobre confronto


A proposta egípcia de um cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas fracassou nesta terça-feira, com a continuação dos ataques entre as duas partes. O gabinete de segurança israelense chegou a aceitar a proposta inicialmente, anunciando a suspensão dos bombardeios, mas logo depois retomou a investida, após o Hamas ter rechaçado o acordo e prosseguido com o lançamento de foguetes. Nesta manhã, pelo menos 30 projéteis foram disparados por "terroristas palestinos", como disse o Exército israelense no Twitter. Sirenes de alerta aéreo voltaram a soar em várias cidades de Israel, que registrou a primeira morte de um civil desde o início da ofensiva há oito dias. Do lado palestino, o número de óbitos ultrapassa 190.



Palestinos tentam recuperar bens de um edifício destruído em um ataque israelense em Beit Lahya, norte da Faixa de Gaza - MAHMUD HAMS / AFP


Tanto o Hamas, que considerou o acordo de trégua uma "rendição", quanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçaram intensificar os ataques.

 — Nesta manhã, convoquei os ministros e decidimos que Israel aceitaria o cessar-fogo. Eu disse que, se a Jihad Islâmica e o Hamas continuassem a disparar contra cidades israelenses, iria instruir o Exército para agir com força contra eles, e é assim que operamos nesta tarde. O Hamas vai pagar o preço pela decisão de continuar esta campanha — disse o premier, para depois acrescentar: — Teria preferido resolver isso diplomaticamente, mas o Hamas não nos deixou alternativa senão expandir a operação contra ele. Essa é a forma como vamos operar até chegarmos ao nosso objetivo, a restauração da calma através de um golpe significativo contra o terror.

Netanyahu anunciou mais tarde a demissão do vice-ministro da Defesa, Danny Danon, um jovem membro do seu partido, o Likud. Danon havia criticado o premier por cogitar aceitar o cessar-fogo com o Hamas ao invés de ordenar um ataque terrestre à Gaza. "Mais uma vez o Hamas está dando o tom da operação", disse o jovem israelense de extrema-direita.

CRUZ VERMELHA ALERTA PARA CRISE DE ÁGUA
A situação deteriora-se a cada dia, com centenas de milhares de palestinos sofrendo com a falta água após bombardeios aéreos israelenses destruírem o sistema de abastecimento e de esgoto em Gaza. A Cruz Vermelha advertiu nesta terça-feira que os ataques podem provocar uma crise de água. "Em poucos dias, toda a população da Faixa de Gaza pode ficar desesperadamente sem água", afirmou em comunicado Jacques de Maio, chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Israel e nos Territórios Ocupados.

No Golã sírio, ao menos quatro pessoas, entre elas duas mulheres, morreram em um ataque da aviação israelense contra três alvos administrativos e militares, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Apenas parte dos foguetes lançados pelo Hamas atingiu regiões urbanas de Israel. O Domo de Ferro, sistema de interceptação de foguetes, teve até o momento êxito de 87%, segundo o jornal "Haaretz". Devido à eficiência do sistema e da imprecisão dos projéteis, os ataques do Hamas provocaram poucos danos em Israel.


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Morre primeiro israelense durante operação militar em Gaza + enquanto isso já morreram 192 civis palestinos, em sua maioria mulheres e crianças na mesma operação militar

Morre primeiro israelense durante operação militar em Gaza


Vítima civil faleceu em decorrência de um projétil palestino. Exército de Israel não informou as circunstâncias da morte e nem o local onde ocorreu 

Um cidadão israelense morreu nesta terça-feira ao ser ferido por um foguete lançado da Faixa Gaza e se tornou a primeira vítima fatal desta nacionalidade desde que começou a operação Limite Protetor contra o Hamas, reporta nesta terça-feira a BBC, com informações do Exército de Israel. Ainda não se conhecem as circunstâncias da morte, nem o local do ataque.

A Força Aérea israelense atacou trinta alvos em Gaza desde que retomou a ofensiva contra a Faixa de Gaza, às 15h00 do horário local (9h00 em Brasília), após um breve cessar-fogo de apenas seis horas. “Em resposta aos contínuos ataques com foguetes do Hamas, o Exército começou a atacar de novo alvos terroristas em toda a Faixa", diz o último comunicado do Exército. Entre os trinta alvos atacados, segundo a nota, há vinte plataformas subterrâneas de lançamento de foguetes, túneis usados pelo Hamas e um depósito de armas. [ o estranho é a nota israelense dizer que nas áreas atacadas existem equipamentos militares e só morrem civis nas mesmas áreas.
O armamento de Israel é de última geração e altíssima precisão e só mata civil palestino. Qual será o motivo?]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça que o movimento islâmico Hamas não deixou ao seu governo nenhuma outra opção senão ampliar e intensificar sua ofensiva contra Gaza. “Estávamos preparados para resolver isto pela via diplomática, mas o Hamas não nos deixou opção. Quem causa danos em Israel também acaba ferido”, afirmou Netanyahu, pouco depois do anúncio da morte do civil israelense.
 Caças de Israel despejam bombas sobre a Faixa de Gaza em retaliação à morte de jovens israelenses - Said Khatib/AFP
Detalhe repugnante da covardia: a região sob ataque é área civil e não dispõe da proteção de artilharia antiaérea ou sistema de mísseis
Os ataques foram reiniciados após o Hamas lançar nesta terça 76 foguetes contra Israel desde 09h00 do horário local (3h00, em Brasília), quando deveria ter entrado em vigor o cessar-fogo que o Egito propôs às partes. O governo israelense aceitou a trégua no começo da manhã. Já as Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, rejeitaram o acordo. "Para nós, [o acordo] não vale a tinta com que foi escrito", declarou um membro do grupo citado pela CNN.  “Depois de o Hamas e a Jihad Islâmica rejeitarem a proposta egípcia de cessar-fogo e dispararem dezenas de foguetes contra Israel, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa ordenaram ao Exército que atue com dureza contra alvos terroristas em Gaza”, afirmaram fontes governamentais israelenses.

Um dos projéteis lançados pelos palestinos chegou até a cidade de Haifa, quase 150 quilômetros ao norte da Faixa, o que causou a indignação do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O premiê está sendo pressionado pela direita mais nacionalista para que autorize uma incursão terrestre. Embora o governo não tenha comunicado seus próximos passos, Israel mantém de prontidão ao redor da Faixa dezenas de milhares de soldados e centenas de tanques e blindados.

Mortes – Após mais de dez dias de intensos bombardeios aéreos, morreram 194 palestinos, na maioria civis, e 1.400 ficaram feridos. O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como escudos-humanos para proteger instalações do Hamas.

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Fonte: Agência EFE

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