domingo, 1 de fevereiro de 2015

Enquanto Rollemberg parece querer regularizar invasões colocando em risco o Parque Nacional e a Lagoa de Santa Maria, o Observatório do Clima alerta para agravamento da situação hídrica no país No Distrito Federal ambientalistas já percebem uma queda no volume de água dos reservatórios e até do Lago Paranoá.

Publicado em janeiro 30, 2015 por


Para Carlos Rittl a negligência dos governos aos alertas feitos pelos cientistas está colocando em risco a vida da população

falta de água

A crise hídrica do estado de São Paulo atinge níveis até então inimagináveis.


O governo do estado já acena com a possibilidade de fornecimento de água para a população da grande São Paulo apenas dois dias por semana.


Enquanto isso, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais autoridades locais revelam que reservatórios estão chegando a níveis críticos. No Distrito Federal ambientalistas já percebem uma queda no volume de água dos reservatórios e até do Lago Paranoá.



Paralelamente, já que muitos rios e reservatórios são responsáveis pelo funcionamento de hidrelétricas, a situação hídrica provoca problemas também nessa área, fazendo com que o governo tenha que acionar as termelétricas que operam usando carvão vegetal.


As termelétricas têm um custo de produção maior, e são extremamente poluentes, atingindo diretamente a camada de ozônio, além, claro, de encarecer o valor das tarifas.


Para o secretário-geral do Observatório do Clima, Carlos Rittl, ainda não se compreendeu perfeitamente a necessidade de implementar políticas de desenvolvimento sustentável: um desenvolvimento que leva em conta além do aspecto econômico, o aspecto ambiental e social.


Assim, grandes obras causam destruição ambiental, tem forte impacto social, e atendem, muitas vezes, apenas interesses econômicos de uma minoria, mantendo um círculo vicioso que cada vez mais sacrifica a esmagadora maioria da população, que acaba por não se beneficiar diretamente desses empreendimentos, pagam a conta, e ainda são submetidas a situações como a que vive hoje a população de São Paulo.


No Amazônia Brasileira, o secretário fala sobre a necessidade da implementação urgente de novas formas de energia, sobretudo a solar, como uma política pública, pois esta pode atender a grandes e pequenos consumidores, podendo ser implementada tanto em grande quanto em pequena escala, sem impactos ambientais ou sociais.


Como os eventos extremos climáticos estão acontecendo em todo o planeta, ele ressalta a grande preocupação que devemos ter com a Amazônia e revela que como cidadão, que mora na cidade de São Paulo, não consegue imaginar como será a vida caso seja realmente necessário o racionamento de água no nível que está sendo cogitado, no qual a água chegaria aos lares da população apenas dois dias por semana.


Carlos Rittl convida a sociedade, não só a evitar o desperdício em seus lares, mas a ter uma atuação política e social mais intensa com relação aos gastos e a poluição gerada pelas grandes empresas, bem como a vazamentos e desperdícios que podem levar mais de 30% da água tratada e potável direto para o ralo, sem que haja uma gota na torneira.

Para saber mais sobre o risco que estamos correndo, devido à arrogância e à irresponsabilidade de nossos lideres, leia o excelente trabalho mencionado abaixo:


XVIII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 
ESTUDO PRELIMINAR DO ABASTECIMENTO PÚBLICO PARA  SUBSIDIAR O USO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO DISTRITO FEDERAL 

Adriana Lage Carvalho Pinto

& Mário Diniz de Araújo Neto

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