quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Entidades divulgam nota acusando governo Dilma de tentar intimidar o TCU



Vendo seu governo ruir, Dilma tem tentado de todas as formas evitar o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União, julgamento este que, se for favorável a rejeição das contas de Dilma, como, aliás, já tem se mostrado que será, pode ser o divisor de águas para o impeachment da presidente.

Desta forma, Dilma tem usado de todos os mecanismos para tentar abafar, adiar ou de alguma forma retardar o julgamento. Em ultimo caso, a Advocacia Geral da  União tenta destituir o relator do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, numa tentativa desesperada de adiar a tão temida decisão do Tribunal sobre as “pedaladas”.

A nota é assinada pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON), a Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (AUD-TCU) e a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC). 

Segue abaixo a íntegra:


“Arguir a suspeição de um Magistrado é um direito, mas fazer disso um ato político, numa possível tentativa de intimidar a Corte de Contas ou pré-desqualificar seu pronunciamento é desrespeitoso, grave e muito preocupante para a democracia. 



A Presidente da República teve e continua a ter a mais ampla oportunidade de defesa”, apontam as entidades. A associações afirmam que em nenhum momento do processo, a defesa manifestou qualquer incômodo ou inconformismo com a condução do processo por seu relator. Assim, entendem como “curioso” que essa arguição ocorra apenas às vésperas da sessão de apreciação do parecer prévio a ser encaminhado ao Congresso Nacional. 


A nota ainda destaca que conforme disposto no artigo 227 do Regimento Interno do TCU, tem o relator o dever de compartilhar seu voto com os demais Ministros e com o Procurador-Geral pelo menos cinco dias antes da sessão, o que foi regularmente cumprido pelo relator. O entendimento do governo é que Nardes antecipou sua posição antes mesmo de o governo apresentar a defesa e a área técnica concluir os relatórios que embasarão o voto do relator. O ministro do TCU sinaliza a rejeição das contas desde o início. 


Para as entidades não há nenhum vício na correta e adequada condução do processo por seu relator, tampouco qualquer manifestação sua que não tenha levado em conta os fatos e argumentos apresentados pela defesa da Presidente da República, detidamente analisados e confrontados com os fatos e argumentos apontados pelo Órgão de Instrução e pelo Ministério Público de Contas, “exatamente como deve ocorrer em qualquer processo submetido à apreciação do TCU”.

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