terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Contribuintes da Petros fazem pressão para que fundo afaste dirigente investigado pela PF na Lava Jato


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O espectro da negociata assombra o Capimunismo Rentista Corrupto do Brasil, no momento em que se noticia que grandes fundos nacionais e transnacionais têm US$ 25 bilhões para grandes investimentos por aqui. 



Enquanto a loucura da Dilma Rousseff não é impedida em sua permanente loucura para aumentar impostos e juros, para conseguir bancar a gastança perdulária da máquina estatal na união, estados ou nos municípios, investigações da Lava Jato escancaram o quanto ainda pode ficar mais grave a crise estrutural e sistêmica, ampliando o desastre ético, social, econômico, político e, pior ainda, institucional.


O ex-conselheiro fiscal do fundo de pensão dos empregados da Petrobras, Sérgio Salgado, denunciou ao presidente da Petros, Henrique Jäger, que "há uma séria inconsistência" quando a fundação alega, publicamente na imprensa, que o ex-diretor de investimentos da Petros Newton Carneiro da Cunha não mais faz parte de seus quadros. 


Sérgio Salgado contesta o que a Petros tentou aliviar na reportagem denúncia do jornal O Globo de domingo (17 jan 2016), revelando trocas de torpedos e mensagens entre o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, e Carneiro da Cunha.      

Sérgio Salgado desmente a informação oficial da Petros: "Conforme a Ata, das Indústrias Romi, onde a Petros é sua maior acionista minoritária (10.2% do capital votante), vê-se que o Sr. Newton Carneiro da Cunha não só é o representante indicado pela Fundação Petros no Conselho de Administração daquela empresa, como comete o absurdo da insensatez, ao oferecer dinheiro nosso para dar vazão aos grandes projetos que ambos (ele e Léo Pinheiro) certamente deveriam ter em mente".
  


Um relatório de 204 páginas da Polícia Federal revelou que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro comandou um intenso e variado esquema de distribuição de dinheiro a políticos e autoridades — principalmente por meio de doações de campanha eleitoral — em troca de “ação, intervenção ou apoio” aos negócios da empreiteira nas mais diferentes esferas de poder. 

Reportagem de O Globo escancarou geral: Um dos torpedos que mais ilustram essa troca de favores foi disparado por Newton Carneiro da Cunha, ex-gestor da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras. 


A mensagem foi enviada a Pinheiro em 28 de fevereiro de 2014, dia em que Carneiro se tornou diretor de Investimentos da Petros. O empreiteiro teria atuado para ajudá-lo a conquistar o cargo. 



O diretor, então, agradece: “Caro Léo, Boa Noite, fui empoçado (sic) hoje, pelo Conselho como Diretor de Investimentos! Quero agradecer o precioso apoio recebido de sua parte! Obrigado. E me colocar à disposição para dar vazão aos grandes projetos. Grande Abraço. Newton Carneiro”.


A matéria, de extrema gravidade e reveladora de como funciona o capimunismo no Brasil, denunciou: Mensagens interceptadas pelos investigadores da Operação Lava-Jato nos celulares de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, mostram que ocorreram pelo menos dez encontros dele com o ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social. 


Há ainda outras conversas que indicam a necessidade de os dois se reunirem. Segundo um dos registros, o último encontro teria sido um jantar no dia 10 de novembro de 2014, apenas quatro dias antes de o empreiteiro ser preso. Edinho foi tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição em 2014.


O encontro de Edinho Silva com o empreiteiro da OAS às vésperas da prisão de Pinheiro está salvo na pasta Calendário de um dos celulares. A marcação do evento era para um jantar no restaurante Rubaiyat Faria Lima, em São Paulo (SP), às 23h. O assunto está descrito como “Dr. Edinho”. “Reserva para 4 pessoas em nome de Sr. Pinheiro, realizada por Sr. Adonias”, registra o campo detalhes do evento. 



Os investigadores destacam que, com base na mesma pasta Calendário, o ex-presidente da OAS se reuniu em 8 de novembro de 2014 com João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT. 


“Interessante destacar que houve anotação semelhante para João Vaccari Neto com data de 08/11/2014, ou seja, em poucos dias, LP (Léo Pinheiro) se reuniu com dois responsáveis pela arrecadação de numerários para o Partido dos Trabalhadores (PT)”.

O relatório da PF atesta que o primeiro registro de reunião entre Edinho e Léo Pinheiro no celular do empreiteiro é de 29 de junho de 2012. Nesta data, o então deputado estadual Edinho mandou três mensagens marcando um encontro no hotel Renaissance, em São Paulo (SP), às 11 horas. 


No mesmo ano, em 25 de setembro, Pinheiro mandou mensagem a Edinho justificando um atraso para encontro. “Chego em 15 min. Trânsito…”, escreveu o empreiteiro, às 10h51m. O publicitário Vladimir Garreta, que tem ligação com o PT, também teria participado do encontro: Pinheiro mandou mensagem para um celular dele 17 minutos depois dizendo: “Estamos aqui”. 



A reunião teria tratado de repasses para o PT paulista. Em agosto de 2014, Edinho mandou mensagem a Pinheiro indagando pelo nome da empresa de um empreiteiro. Pinheiro respondeu e Edinho agradeceu: “Obrigado pelo apoio. Você é um grande parceiro”.

Revoltado com a escandalosa reportagem, Sérgio Salgado exige o afastamento de Carneiro da Cunha do conselho das Indústrias Romi: "Entendendo não ter qualquer cabimento que alguém ofereça valores que, além de não lhe pertencerem, são responsáveis pela manutenção dos benefícios de milhares de assistidos (aposentados e pensionistas), para ter como resultado o envolvimento da nossa fundação em atos ilícitos (sim, porque não resta a menor dúvida que é disso que se está agradecendo), cabe ao Sr. Presidente e à sua diretoria, solicitar àquele elemento que renuncie ao cargo que exerce em nome da Fundação. 



Começa a ficar claro (ou será que estamos exagerando?) porque nossa fundação está chegando aos projetados R$ 20 ou 25 bilhões de déficit em 2015".



O Capimunismo Rentista Corrupto tupiniquim funciona assim. O ente ficcional Estado, que interfere indevida e exageradamente no regramento excessivo da economia, utiliza seu poder de pressão nas empresas estatais de economia mista para se meter em grandes negócios privados. 



A mesma União, que controla das "estatais", patrocina os fundos de pensão dos empregados delas e manipula, politicamente, a indicação de seus gestores. É assim que, indiretamente, o eventual ocupante político da máquina estatal dá as cartas nos investimentos que os Fundos farão em grandes empreendimentos privados (que se transformam em pagadores de "mensalões" ou, até a lei impedir, contribuintes de campanhas eleitorais.

Nesse modelo estrutural, que facilita o tráfico de influência e a corrupção sistêmica, as regras elementares e produtivas do capitalismo ficam em segundo plano. Por isso, só podem ser loucos os investidores de grandes fundos que apostam seu dinheiro neste verdadeiro Cassino do Al Capone que é o Caímunismo Rentista Corrupto do Brasil. 

Releia o artigo de domingo: Teremos um Presidente da República preso?

Bolsa cadeia?

Sem teto

Sacudindo o pandeiro

Meia na cadeia

Esquecido no cárcere

Sempre descumprindo promessa

Livro di grátis

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