domingo, 14 de fevereiro de 2016

Anticristianismo disfarçado de multiculturalismo



Vejo essa turminha do “estado laico” alvoroçada, enfiando goela abaixo das crianças as ideologias progressistas e multiculturalistas, porém vivem patinando em um discurso que não tem nada de tolerante, mas, sim, anticristão. Um exemplo claro do nível de incoerência desse pessoal foi o que me ocorreu ano passado na escola onde lecionava:


Um dia, para minha surpresa, a Diretoria de Ensino trouxe até a escola um rapaz para ensinar aos alunos sobre a cultura afro-brasileira (religião, danças, crenças, costumes, etc.).

Você deve estar se perguntando: o que tem de errado nisso? O problema é que o estado laico da maneira que eles pregam deveria ser neutro quanto a todas as religiões, em tese, mas na prática isso só é contra a propagação da religião e moral cristã nas escolas públicas; qualquer outra pode ser ensinada porque é patrimônio cultural dos “oprimidos” e “excluídos” – se fosse um polaco dando uma palestra sobre a “cultura europeia ocidental opressora” seria um escândalo.


Aconteceu também, no mesmo ano, que fiz uma prova na faculdade em que estudo, a qual era totalmente racista. O tema da prova era de um coitadismo ridículo: negros eram apresentados como coitadinhos que precisam de uma ajudinha por cotas; porque, segundo eles, os “afrodescendentes” não conseguem uma vaga numa boa faculdade se não for dessa maneira. 


Não poderia faltar também a maravilhosa história da dívida história, como se qualquer pessoal de pele mais clara tivesse culpa de algo que aconteceu centenas de anos atrás. E a dívida histórica para com as pessoas descendentes dos europeus da Península Ibérica, que foram escravizados por cerca de 400 anos por muçulmanos norte-africanos*; e a dívida histórica para com os judeus, italianos, japoneses…


Se formos pesquisar, todo mundo tem dívida histórica com todo mundo, como poderia haver cotas e privilégios somente para negros? Além disso, havia na prova o discurso dizendo que o cristianismo gera preconceito para com os negros e a melhor maneira de acabar com isso é proibindo o cristianismo de entrar nas escolas, colocando em seu lugar o ensino de cultura e religiões de origem africana.


Ora, mas isso claramente é segregação cultural e anticristianismo. Se devemos para retirar o cristianismo das escolas, que seja retiradas as outras religiões também – isso sim seria igualitário!


Mas os progressistas são assim mesmo: querem retirar crucifixos e símbolos cristãos de estabelecimentos públicos, mas não cogitam em retirar, por exemplo, a estátua da Têmis do Superior Tribunal de Justiça, ou retirar das escolas os mitos e lendas do folclore brasileiro quais vêm de religiões indígenas e africanas. Para a reflexão fica a pergunta: por que só o cristianismo incomoda tanto? – claro, é muito mais fácil ir contra uma religião que diz para darmos a outra face.





O Retrógrado

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