segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Arborização urbana: variáveis a levar em conta para um desenvolvimento sustentável,


Arborização urbana: variáveis a levar em conta para um desenvolvimento sustentável, por Jhuly Aparecida Madalena Caldas Farias Mota e Juan Carlos Valdés Serra

artigo

ARBORIZAÇÃO URBANA: VARIÁVEIS A LEVAR EM CONTA PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Jhuly Aparecida Madalena Caldas Farias Mota¹
Juan Carlos Valdés Serra²
RESUMO
A arborização urbana gera benefícios ambientais e sociais e contribui para uma melhoria da qualidade de vida da população dos centros urbanos. Por falta de um planejamento, o plantio de árvores em vias públicas tem gerado problemas a moradores, tais como o confronto com equipamentos urbanos, como rede elétrica, de esgoto, de água, dentre outros. A partir de tal fato o objetivo desta discussão é analisar variáveis a partir de pesquisas em artigos com relação ao tema “Arborização Urbana”. Após a elaboração da pesquisa foi possível observar que inúmeros são os benefícios trazidos pela arborização urbana, porém, é fundamental que a mesma seja feita com base em planejamentos, pois não são todos os tipos de árvores que devem ser destinados ao espaço urbano, pois assim, evita-se problemas e é possível construir um desenvolvimento sustentável.


INTRODUÇÃO
A arborização exerce função importante nos centros urbanos, sendo responsável por uma série de benefícios ambientais e sociais que melhoram a qualidade de vida nas cidades e a saúde física e mental da população. Arborizar uma cidade não significa apenas plantar árvores em ruas, jardins e praças, criar áreas verdes de recreação pública e proteger áreas verdes particulares. A arborização urbana passa a ser vista nas cidades como importante elemento natural reestruturador do espaço urbano, pois aproxima as condições ambientais normais da relação com o meio urbano (RIBEIRO, 2009). 


Dentro de um percurso de tempo não muito distante o homem vem permutando o meio rural pelo meio urbano. As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento prévio adequado, ocasionando, com isso, uma série de problemas que interferem significativamente na vida dos seus habitantes (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002). Essa realidade demanda ao meio urbano necessidades de criar condições que venham melhorar a convivência dentro de um ambiente cada vez mais adverso e insalubre, com uma variedade de atividades que nesses lugares se desenvolvem. O regime de chuva e a temperatura podem sofrer alterações, devido à atividade humana desenvolvida que tem causado profundas mudanças no clima local (GONÇALVES et al., 2012).


A qualidade de vida dos habitantes de uma cidade é interferida com o processo de mudanças ocorrido com a sua urbanização (MODNA; VECCHIA, 2003). Tais mudanças têm relação principalmente com a qualidade do ar, nas quais têm provocado alterações de sua umidade relativa, temperatura e movimento, como também a dispersão de poluentes (ROCHA; SOUZA, 2009).


É preciso considerar que a arborização de uma cidade promove que suas temperaturas sejam mais amenas se comparado com as que não possuem muitas árvores e tem muito concreto ao longo de suas ruas. (BONAMETTI (2000). Muitos benefícios são descritos pelos moradores de locais bem arborizados, principalmente em relação ao ar mais puro, a menor quantidade de poeira e ainda a presença das sombras, tanto para descanso das pessoas, como ainda para a proteção dos carros. Mesmo com esses atributos positivos em uma cidade bem arborizada, tem aqueles que vêem com mais ênfase os problemas, entre outros que as árvores fazem muita sujeira nas ruas e calçadas, reduz a iluminação pública, podem provocar problemas nas calçadas devido suas raízes, e pode também causar problemas com a rede elétrica e telefônica (CABRAL, 2013).

Schuch (2006) salienta que para a arborização urbana propiciar benefícios à população, exige um planejamento criterioso e um manejo adequado. Para tanto, torna-se necessário o conhecimento do patrimônio arbóreo, que pode ser obtido por meio de inventário, recurso que se constitui em uma ferramenta fundamental para a obtenção de informações precisas acerca da população arbórea.

Diante destas problemáticas acima citadas, o trabalho tem o objetivo de levantar variáveis para que se construa um desenvolvimento sustentável, permitindo compreender como a arborização pode ser benéfica para a qualidade de vida das pessoas, desde que seja feita levando-se em consideração as características urbanas.

METODOLOGIA
O presente artigo baseia-se na revisão bibliográfica de artigos que abordam o tema da pesquisa “Arborização Urbana e Município verde”, para melhor elaboração do projeto. Avaliando o conhecimento em pesquisas precedentes, analisando e identificando problemas relacionados aos assuntos, conceitos, benefícios sobre os temas, será possível desenvolver este artigo. 

IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO
É necessário lembrar que a paisagem urbana é composta por casas comerciais, indústrias, residências, arborização e paisagismo, sistema viário, estruturas e equipamentos das empresas de energia elétrica, de água, saneamento e de telecomunicação.

De acordo com a EMBRAPA (2000), a arborização é um componente de grande importância urbana. Além da função paisagística, ela proporciona outros benefícios à população tais como: purificação do ar pela fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos; melhoria do microclima da cidade, pela retenção de umidade do solo e do ar e pela geração de sombra, evitando que os raios solares incidam diretamente sobre as pessoas; redução na velocidade do vento, influência no balanço hídrico, favorecendo a infiltração da água no solo e provocando evapotranspiração mais lenta; abrigo à fauna, propiciando uma variedade maior de espécies, e o que influencia positivamente ao ambiente, pois propicia maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças e amortecimento de ruídos.

A arborização urbana no Brasil é de competência das administrações municipais (BONONI, 2006). Embora haja uma crescente disposição, tanto dos órgãos governamentais envolvidos, como de grande parcela da população, muitos são os problemas enfrentados, como a falta de técnicos capacitados que orientem sobre um plantio correto, escolha da espécie, poda de formação, utilização de tutores, grade de proteção, irrigação em período de estiagem e adubação. 

Assim, para alcançar a qualidade do ambiente urbano é necessário realizar um planejamento prévio, para que não surjam problemas decorrentes do plantio. Análise da
vegetação e do local e desenvolvimento da população são componentes a serem observados para que haja esse planejamento (CEMIG, 1996). Dessa forma é possível afirmar que a arborização deve ser a mais diversificada possível, por motivos estéticos, pela preservação da fauna e da própria biodiversidade vegetal e da cultura regional. Além disso, podem ser utilizadas espécies exóticas, mas a prioridade são as plantas nativas.


ARBORIZAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS
Arborização é algo muito importante para se ter uma boa qualidade de vida, ela propícia um bem-estar tanto mental como social nas cidades, esta faz parte do cenário urbano, tornando a paisagem mais bonita. De acordo com o Manuel de Arborização de Minas Gerais (2011), as árvores são a maior forma de vida existente no planeta, presentes em praticamente todos os continentes. Apresentam alto grau de complexidade e de adaptações às condições do meio, permitindo sua convivência em diversos ambientes, incluindo as cidades.

A arborização colabora de forma significativa para a melhoria do conforto urbano. É elemento de contemplação, fornecedora de flores e frutos atrativos, e centro de configuração paisagística, como ponto de referência para orientação e identificação, possibilitando a proximidade e convivência do homem com a natureza no espaço construído (PORTO; BRASIL, 2013).

As arvores proporcionam sombra, abrigo para os animais pequenos, além de fornecer seus alimentos. Retém o calor causado pelas zonas urbanas, ajuda na diminuição da poeira, ameniza a poluição sonora e contribui para redução de microrganismos patogênicos, ajudando a conservar a limpeza da cidade e a saúde da população. A complexidade da construção de uma cidade arborizada, dificulta no interesse dos serviços públicos, deixando muito a desejar, por isso, muitas cidades ainda não possuem um plano propriamente dito para o plantio e os cuidados complementares de se ter uma árvore.
A arborização constitui elemento de suma importância para a obtenção de níveis satisfatórios de qualidade de vida. No entanto, poucas cidades brasileiras possuem planejamento efetivo para arborização de suas vias públicas (FARIA; MONTEIRO; FISCH 2007).

PRINCIPAIS PROBLEMAS DA ARBORIZAÇÃO

O crescimento desordenado dos centros urbanos gerou uma condição de artificialidade em relação às áreas verdes naturais e com isso vários prejuízos à qualidade de vida dos habitantes. Porém, parte desses prejuízos pode ser evitada pela legislação e controle das atividades urbanas e outra parte amenizada pelo planejamento urbano, ampliando-se qualitativa e quantitativamente a arborização de ruas e as áreas verdes (MILANO, 1987).

Como já citado anteriormente, a maioria dos problemas de arborização urbana são causados pelo confronto de árvores inadequadas com equipamentos urbanos, como fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros e postes de iluminação.

Outras causas que acarretam problemas são queda de folhas, flores, frutos e galhos. Também facilitam a ação de bandidos quando atrapalham a iluminação pública e quando são plantadas perto dos muros ou cresce torta, facilitando os assaltantes subirem nas árvores para pularem para dentro das casas. Outra causa é a dificuldade no trânsito de veículos e pedestres ao obstruírem placas de orientação. Os galhos muito baixos dificultam o estacionamento de veículos e passagem dos pedestres. Estragos na calçada por raízes é outro problema em que uma muda mal plantada acarreta a população (RIBEIRO, 2009).

ARBORIZAÇÃO E A UTILIZAÇÃO DAS ESPÉCIES NATIVAS

A manutenção das espécies nativas é de suma importância para a preservação das mesmas e contribuem com o sucesso do funcionamento dos projetos de arborização. Segundo Ceccheto (2014), ao se utilizarem as espécies nativas regionais na arborização urbana, a coexistência e sobrevivência dessas espécies em escala local poderiam ser garantidas.

As espécies nativas possuem diversas predominâncias favoráveis em relação às exóticas, sendo algumas delas: adaptabilidade garantida ao clima e solo; melhor desenvolvimento metabólico; maiores possibilidades de produção de flores e frutos saudáveis; propicia a alimentação para animais também nativos, conservando a fauna local; promulga a proliferação da espécie, evitando a sua extinção; evita o aumento de espécies invasoras exóticas e as doenças e pragas ocasionadas pelas mesmas; além de oferecer os benefícios comuns a todos os gêneros arbóreos (CECCHETTO; CHRISTMANN; OLIVEIRA; 2014).

Além de trazer uma singularidade para a região, valorizando a paisagem construída, tornando-se atrativa para turistas. Pois com espécies nativas é mais fácil a identificação a localidade observada

PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
É comum constatar-se a diminuição de vegetação natural à medida que se acelera o processo de urbanização, em face dos reflexos das políticas públicas estabelecidas pelas três esferas governamentais (Federal, Estadual e Municipal), afetando o equilíbrio ecológico urbano e contrariando os interesses de bem-estar da população (SCHUCH, 2006).

Primeiro passo para desenvolver um projeto de arborização dentro de um município, é conhecer área em questão, para que assim possa-se cogitar o tipo de espécie (tamanho, comprimento, largura) que podem ser plantadas no local, dando preferência as espécies nativas da região. Para isso, são necessários que contratem profissionais especializados, caso contrário, o que seria um lugar de tranquilidade, beleza, sombra e ventania nos períodos quentes pode vir a se tornar um lugar perigoso, devido a redes elétricas e durante período chuvoso.

A arborização deve ser incorporada à prática de planejamento urbano, levando-se em consideração os benefícios que esta proporciona à cidade e à população que nela habita, considerando, porém, o aspecto vegetativo e físico da árvore, de modo a obter o convívio harmonioso entre está e o meio urbano (PORTO; BRASIL, 2013).

Uma cidade arborizada não é tarefa fácil, exige minuciosamente um bom planejamento urbano. É indispensável uma organização de forma coerente, para que as árvores não se tornem prejudiciais as vias públicas e privadas como em: avenidas, ruas, casas, redes de esgotos, distribuição de água, redes elétricas, prédios, ambientes de lazer e principalmente uma atenção especial para o tipo de espécie da região onde está sendo localizada a cidade em questão. Para que futuramente, não se torne necessário sua remoção. Plantar apenas não soluciona o problema, plantios em locais indevidos podem trazer grandes danos.

A arborização bem planejada é muito importante independentemente do porte da cidade, pois, é muito mais fácil implantar quando se tem um planejamento, caso contrário, passa a ter um caráter de remediação, à medida que tenta se encaixar dentro das condições já existentes e solucionar problemas de toda ordem (PIVETTA; SILVA, 2002).

Desse modo, faz-se necessário levar em consideração alguns eventos que são importantes como: a definição do espaçamento entre as mudas, pois ao serem plantadas elas dependem, entre outros fatores, da largura das ruas e das calçadas.

RESULTADO E DISCUSSÃO
Ainda existem muitos desafios a serem superados para que a arborização urbana no Brasil seja considerada satisfatória, no sentido de proporcionar maior qualidade ambiental à população urbana. Dentre estes desafios, podem-se apontar maiores investimentos em infraestrutura e planejamento urbano voltado ao incremento da arborização urbana, maior valorização da arborização urbana como elementos essenciais à paisagem urbana, investimentos em capacitação de profissionais junto às secretarias municipais de meio ambiente e distribuição mais igualitária da flora urbana e de seus serviços ecossistêmicos entre bairros de diferentes classes sociais nas cidades brasileiras.

A arborização urbana é um tema que está sempre em discussão quando se trata de meio ambiente, qualidade de vida nas cidades e melhoria no ar que respiramos. Todos os seres vivos necessitam de um ambiente equilibrado ecologicamente para sobreviver. Muitas vantagens podem ser apontadas com a arborização, como melhoria na qualidade do ar, beleza nas ruas, redução da poluição sonora, redução de calor, sombreamento, além da produção de flores e frutos, o que embeleza ainda mais as ruas arborizadas adequadamente.

A falta de planejamento da urbanização introduz elementos hostilizadores à prática da arborização urbana, como calçadas estreitas, vias não projetadas ao plantio de árvores, rede elétrica, fachadas de empreendimentos comerciais, cercas elétricas, dentre outros. Portanto, as ações voltadas ao incremento da arborização urbana no Brasil para melhoria da qualidade ambiental urbana devem priorizar o investimento em infraestrutura urbana anteriormente planejada para sua introdução.

Mas se as pessoas ao plantar árvores em frente às suas casas seguirem alguns critérios sugeridos por órgãos competentes, muitos dos conflitos poderiam ser evitados. Se for obedecido algumas recomendações como o porte das árvores plantadas, estas provavelmente não causarão danos físicos às calçadas e nem alcançarão as redes elétricas.

CONCLUSÃO
Com base nos levantamentos de dados obtidos através de pesquisas bibliográficas, verificasse como é importante a arborização e seus benefícios junto a um planejamento arbóreo no município, pois fica comprovada a necessidade de uma seleção de árvores adequadas para cada localidade, além da escolha correta do local da mesma, pois nem toda planta tem a estrutura correta para ser plantada em qualquer área, por isso, é necessário o envolvimento com arquitetos, engenheiros, paisagistas, órgãos públicos, privados e toda a comunidade em geral, para que dessa forma, o projeto tenha êxodo.

É importante destacar o envolvimento da comunidade em geral, destacando projetos que venham a desenvolver o senso crítico e que desperte a comunidade, principalmente as crianças, a preocupação e a importância de espaços arborização dentro do município, formando assim, uma comunidade integrada, preocupada e conscientizada sobre os problemas ocasionados devido à ausência ou a pequena quantidade de árvores na cidade.


Além disso, concluímos que a população deve observar técnicas de espaçamento entre espécies, a distância da árvore em relação ao poste de iluminação, a garagens e outros locais que possam desencadear problemas. O tipo de espécie a ser plantada é relevante, pois vale lembrar que uma muda cresce e que a população deve respeitar o tamanho da copa e a estrutura de raízes das árvores para evitar problemas futuros. É necessário que se realize podas de formação, pois algumas espécies consideradas de médio porte podem crescer e causar confrontos.

REFERÊNCIAS
BONAMETTI, João Henrique. Arborização Urbana. In: Terra e Cultura, ano XIX, nº36, 2000. Disponível em: www.unifil.br/docs/revista…/terra%20e%20cultura_36- 6.pdf. Acesso em: 25 de novembro de 2019.
CABRAL, Pedro I. D. ARBORIZAÇÃO URBANA: Problemas e Benefícios. Revista On-Line IPOG-ESPECIALIZE. Instituto de Pós-Graduação – IPOG, Ipameri-GO, Dezembro de 2013.
CEMIG. Manual de Arborização, 1996.
GONÇALVES, A.; CAMARGO, L. S.; SOARES, P. F. Influência da vegetação no conforto térmico urbano: Estudo de caso na cidade de Maringá – Paraná. Anais… III Seminário de Pós-Graduação em Engenharia Urbana. 2012.
GONÇALVES, Wantuelfer. Árvores para o ambiente urbano. Viçosa: Aprenda Fácil, 2004.
ROCHA, L. M. V.; SOUZA, L. C. L. Desenho urbano, clima e saúde em São Jose do Rio Preto. In: Simpósio de Pós-Graduação em Engenharia Urbana. Anais… Maringá: SIMPGEU, 2009.
RIBEIRO, F. A. B. S. Arborização Urbana em Uberlândia: Percepção da população. Revista da Católica, Uberlândia, v.1, n.1, p.224-237, 2009.
SCHUCH, M. I. S. ARBORIZAÇÃO URBANA: Uma contribuição à qualidade de vida com uso de geotecnologias. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. Santa Maria, RS, 2006.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/12/2019
Arborização urbana: variáveis a levar em conta para um desenvolvimento sustentável, por Jhuly Aparecida Madalena Caldas Farias Mota e Juan Carlos Valdés Serra, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/12/2019, https://www.ecodebate.com.br/2019/12/20/arborizacao-urbana-variaveis-a-levar-em-conta-para-um-desenvolvimento-sustentavel-por-jhuly-aparecida-madalena-caldas-farias-mota-e-juan-carlos-valdes-serra/.

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