domingo, 16 de março de 2014

O partido da boquinha.PMDB

Quando o país pensa que o PMDB, finalmente, acordou para a decência e a preocupação com os destinos do país, ao confrontar o governo hegemônico do PT, um dos seus maiores líderes solta a seguinte frase:

"A única certeza que tenho é que o PMDB estará com o próximo presidente, ganhe Dilma, Aécio ou Campos. Por que me preocupar com isso agora?"

A declaração, que expressa muito bem o espírito fisiológico do PMDB, foi dada ontem, por Edson Brum, presidente da legenda no Rio Grande do Sul, ao dizer que a questão nacional ainda não está sendo discutida no Estado e citando a tradição do partido sempre integrar a base do governo federal, não importa quem esteja no Planalto.

O PMDB gaúcho poderá tanto estar com Aécio Neves quanto com Eduardo Campos. Só não estará com o PT porque este tem candidatura própria. 


O slogan do PMDB - O Partido do Brasil - deveria ser substituído por O Partido da Boquinha. E continuar caminhando para a beira do abismo, marcado na paleta como o partido mais escroto do país. 
 



PMDB: eu sou o DEM amanhã.



A revolta do PMDB com o modo como é tratado pela presidente Dilma Rousseff tem na sua concepção o temor de que aconteça com o partido o mesmo que ocorreu com o antigo PFL. 

O líder da bancada peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), é um dos que propagam a tese. 

"Estamos virando o DEM do PT. O reflexo mais forte é na Câmara, porque é aqui que se divide o tempo de TV e assim eles precisarão cada vez menos dos aliados", afirma.

A extinta sigla - hoje DEM - chegou a ter o maior número de deputados na Câmara na década de 90, mas abriu mão do protagonismo nacional e nos Estados para apoiar e se tornar o principal aliado do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

A dobradinha foi permanente entre as eleições de 1994 e 2010.

O PFL acabou tendo de mudar de nome para tentar se renovar e hoje soma apenas 27 deputados, um quarto do que já teve. Com isso, o apoio que antes era caríssimo aos tucanos atualmente é tratado como dispensável. 

Neste ano, por exemplo, não existe garantia nenhuma de que o DEM possa indicar um nome para disputar a vice-presidência na chapa do senador tucano Aécio Neves (MG).

"O PMDB é um atento observador da cena e percebeu o plano em curso do PT. Agora, o PMDB está botando o pé no bucho (dos petistas)", diz, ao avaliar a situação do PMDB, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

Espaço. Agripino relata sua sensação de "já vi esse filme antes". 

"O PFL foi perdendo o protagonismo quando aceitou entrar na vice-presidência em 1994, com Marco Maciel, no (governo) Fernando Henrique Cardoso. Fomos cedendo espaço sucessivamente. E esse é o plano estratégico do PT: tomar espaço."

Agripino afirma que o DEM, no passado, "não fez o dever de casa, não trabalhou para se fortalecer regionalmente e cometeu o grave erro de não se fazer valer nos Estados onde tinha mais força, como Minas Gerais e Paraná, por exemplo, perdendo espaço para os tucanos em nome da aliança". (Estadão)

Nenhum comentário: