quarta-feira, 16 de abril de 2014

Google é pressionado a combater sites que vendem drogas

Internet   VEJA


Estados dos EUA querem que a empresa atue com mais determinação contra os anúncios, sites e resultados de pesquisa que anunciam drogas ilegais

Google



Procuradores-gerais de diferentes estados americanos estão pressionando o Google a combater e retirar do ar anúncios, resultados de pesquisas e sites que vendem medicamentos sem prescrição médica e drogas ilegais, reporta o jornal Washington Post. É a segunda vez em menos de três anos que a empresa é criticada por manter uma política relaxada de fiscalização de sites que vendem drogas ilegais.


As queixas dos estados, transmitidas ao gigante de buscas em uma carta assinada por 24 procuradores, já fizeram com que o Google participasse de dois encontros neste ano, em Denver e Washington, para conversar sobre as reclamações. 


Neste momento, segundo o jornal, enquanto alguns dos procuradores-gerais estão satisfeitos com as respostas da empresa de tecnologia, outros querem que o Google siga adiante e aprimore ainda mais suas práticas. Os próprios acionistas do Google também pressionam a empresa para atuar de forma mais efetiva no combate aos sites que vendem produtos ilegais.

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Temendo graves consequências legais e financeiras, os investidores inclusive já processaram a empresa em duas oportunidades pela postura negligente em manter anúncios e sites de vendas de medicamentos sem prescrição. 



O Google iniciou negociações com a Justiça da Califórnia para fazer um acordo no mês passado. Segundo o Washington Post, a empresa só se moveu porque os advogados dos acionistas obtiveram e-mails que mostram que o ex-CEO Eric Schmidt e o co-fundador Larry Page, atual CEO, foram alertados há mais de uma década sobre os riscos de aceitar anúncios de drogas ilegais.


O procurador-geral que lidera a ofensiva dos estados, Jim Hood, do Mississippi, ameaçou entrar com uma ação judicial se o Google não remover de seus sistemas de busca resultados que anunciam e vendem drogas ilícitas e outros produtos ilegais. "Nós estamos tentando fazer o certo", disse Hood, acrescentando que a empresa está "ganhando bilhões" com sites que promovem conteúdo perigoso e ilegal. "E até que haja alguém para pará-los, eles vão continuar ganhando”, completou.


Procurado, o Google recusa-se a comentar sobre os processos de acionistas. Mas a empresa disse que vem investindo para tentar acabar com as farmácias on-line ilegais.  O Google também informou que desabilitou 4,6 milhões de anúncios farmacêuticos ou de suplementos de saúde que não cumprem as normas legais.


A nova pressão que o Google está enfrentando rememora um assunto espinhoso para o gigante da internet. Em 2011, o Google perdeu 500 milhões de dólares ao alterar as suas práticas de publicidade para evitar acusações criminais federais de que a empresa era conivente com farmácias on-line ilegais.

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