quinta-feira, 19 de junho de 2014

Protesto do Passe Livre termina com bancos e carros de luxo depredados




PM diz que acompanhou de forma ‘diferente’ a manifestação do MPL.


Nesta quinta (19), policiais não escoltaram o protesto como de costume.



  G1 São Paulo


A celebração de um ano da redução da tarifa do transporte público em São Paulo terminou com depredação de quatro agências bancárias na Avenida Rebouças e com a destruição de carros de luxo em uma concessionária na Marginal Pinheiros. O ato desta quinta-feira (19) foi convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL).


O protesto reuniu cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Desta vez, a PM não manteve policiais ao lado dos manifestantes como fez durante todas os atos anteriores.  Durante o protesto, a corporação informou ao G1 que adotou "estratégia diferente" e acompanhou "à distância". A Tropa de Choque interviu para desbloquear a Marginal Pinheiros cerca de 20 minutos após as depredações ocorrerem. Ninguém foi preso.


O G1 procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar para obter detalhes da operação realizada nesta tarde e aguarda retorno.

Da concentração ao tumulto
 
Os manifestantes se reuniram às 15h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. De lá, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros.


No caminho para a Pinheiros, o grupo interditou totalmente a Avenida Rebouças nos dois sentidos. Diversos carros que tentavam entrar na via tiveram que retornar na contramão.

Ainda na Avenida Rebouças, já na esquina com a Avenida Brasil, um grupo de mascarados atacou ao menos quatro agências bancárias, agrediu um cinegrafista e quebrou vidros de um carro de reportagem da TV Gazeta.

O ato teve pequena cobertura de guardas de trânsito e da PM, que não revelou o efetivo, mas disse ter acompanhado a manifestação “de uma forma diferente”. Uma parte dos manifestantes, também com o rosto coberto, tentou impedir as depredações das agências bancárias.

Por volta das 18h30, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros, e interditou as vias expressas e local no sentido Rodovia Castello Branco.

Já na pista expressa, o movimento incendiou seis catracas de papelão simbolizando o apelo por tarifa zero no transporte público, principal reivindicação do movimento, que nesta quinta pedia também a readmissão dos 42 metroviários desligados da companhia após paralisação de cinco dias.

Às 19h, boa parte dos manifestantes dispersaram. Um grupo de black blocs, porém, montou uma barreira com pedaços de madeira, ferragens, pneus encontrados em uma concessionaria, e manteve a interdição na da Marginal Pinheiros.


Carros de luxo depredados
Na sequência, os mascarados depredaram uma concessionaria da Caltabiano. Todos os carros da agência foram destruídos. Policiais da Tropa de Choque chegaram à Marginal Pinheiros e removeram  as barricadas.  Os manifestantes se afastam, dispersos pelo bairro. Houve confronto com policiais em Pinheiros. Eles usam rojões em direção aos PMs, que revidam com bombas de gás.


A Estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela do Metrô chegou a ser fechada. Na região do Largo da Batata, vândalos depredaram bicicletas estacionadas em um ponto de empréstimo mantido pelo banco Itaú.

Bandeiras do Brasil que adornavam carros também foram retiradas. Nas ruas Butantã e Teodoro Sampaio, os manifestantes atearam fogo em lixos, lixeiras e nas ruas e depredaram agências bancárias.


Carros depredados após ato do MPL (Foto: REUTERS/Nacho Doce)Carros depredados durante ato do MPL
frame protesto em são paulo marginal (Foto: Reprodução/Globonews)Protesto fechou pista da Marginal Pinheiros
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Manifestantes mascarados defendem agência de veículos contra depredação na avenida Rebouças, em São Paulo (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)Manifestantes mascarados defendem agência de veículos contra depredação.
 
 





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