quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Nova greve nacional busca paralisar Argentina por melhorias salariais


France Presse 28/08/2014 09h17 - Atualizado em 28/08/2014 09h17


Greve foi convocada por grupos contrários à presidente Cristina Kirchner.
Sindicatos organizam bloqueios e piquetes nos acessos a Buenos Aires.

Da France Presse
Com bloqueios de ruas começou nesta quinta-feira (28) na Argentina a segunda greve nacional do ano, convocada pelas três centrais operárias opositoras à presidente Cristina Kirchner, que buscam paralisar o país exigindo melhorias salariais, num momento em que a economia está em declínio.
Na quarta-feira (27), argentinos protestaram na Plaza de Mayo, próximo à sede do governo (Foto: Juan Mabromata/AFP) 
 
Na quarta-feira (27), argentinos protestaram na Plaza de Mayo, próximo à sede do governo
 
 
O governo afirma que os sindicatos opositores que convocaram a greve e que prometem mais ações de força para setembro buscam obter ganhos políticos.
Bloqueios e piquetes nos acessos principais a Buenos Aires e ao centro da capital, onde milhares de pessoas trabalham, foram organizados pelos grupos sindicais mais radicais desde a meia-noite desta quinta-feira para impedir a passagem de alguns transportes públicos, como táxis e ônibus que não aderiram à greve.


Os temas centrais da greve são a queda do emprego, um imposto sobre a renda que afeta grande parte da massa trabalhadora e uma inflação incontrolável que é vivida em um clima de incerteza financeira pelo bloqueio judicial de pagamentos da dívida nos Estados Unidos, que empurrou a terceira economia da América Latina a um default seletivo.


Maquinistas de trens, bancários, portuários, trabalhadores aeronáuticos, funcionários de hospitais públicos e caminhoneiros são alguns dos poderosos sindicatos que interromperam as atividades por 24 horas nesta quinta-feira e se somaram a outros sindicatos que na quarta-feira começaram uma greve por 36 horas.


Mas não conseguiram a adesão do sindicato dos motoristas de ônibus, transporte crucial que na primeira greve deste ano, em 10 de abril, cumpriu o objetivo de esvaziar as ruas, os postos de trabalho e as escolas.


No entanto alguns motoristas de vias que estão bloqueadas interromperam os serviços, enquanto outros exigiram que o governo garanta medidas de segurança.


Os sindicatos denunciam que a inflação anual superior a 30% castiga sem piedade os bolsos dos trabalhadores, num momento em que a taxa de desemprego cresceu de 7,1% a 7,5%.

Durante o dia não são esperadas manifestações ou concentrações na capital.

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