quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sem 342 votos na Câmara para aprovar o impeachment, Oposição vai entrar com ação penal contra Dilma.



Ação penal é o primeiro passo para comprovar a culpa de Dilma por improbidade administrativa e desencadear o processo de impeachment. 
 
 
(Estadão) O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) avalia que a decisão do PSDB de optar por um pedido de ação penal contra a presidente Dilma Rousseff pelas pedaladas fiscais (manobra que consiste em atrasar repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais) em vez de pedir o impeachment no Congresso Nacional é o caminho "mais adequado".
 
 
 
"Hoje não há 342 votos na Câmara a favor do impeachment. Se a investigação que pleiteamos concluir pela culpa da presidente, esse quórum terá mais visibilidade política", disse o senador ao Estado. "Esse caminho (a ação penal junto ao Ministério Público Federal) evita a polêmica jurídica sobre se os fatos ocorreram nesse mandato ou no anterior" 
 
 
 
O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, recebeu nesta quarta-feira, 20, do ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Junior, um parecer recomendando que a legenda desista de pedir no Congresso Nacional a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A estratégia apresentada pelo jurista, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, é entrar com um pedido de ação penal contra a presidente no Ministério Público Federal pelas pedaladas fiscais,
 
 
 
O parecer tentará demonstrar que a manobra contaminou a atual gestão. O documento foi debatido hoje em uma reunião em Brasília com os senadores Aloysio Nunes Ferreira (SP), Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado, e os deputados Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo (PE), líder da minoria. O PSDB submeterá o parecer aos presidentes do partidos de oposição em uma reunião na manhã desta quinta-feira, 21, no gabinete de Aécio no Senado.
 
 
 
A opção escolhida pelo PSDB frustra a bancada do partido na Câmara, que pressionava a legenda por um pedido direto no Congresso. Essa tese perdeu força depois que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que arquivaria o pedido. 
 
 
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