domingo, 26 de julho de 2015

Sonhavam com um habeas corpus. Acordaram na penitenciária.



Os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, aguardavam um habeas corpus. Deu tudo errado! O juiz Sérgio Moro, com novas provas documentais chegadas da Suiça, decretou um novo pedido de prisão, anulando o primeiro. Com isso, os dois chefões e outros seis executivos dessas empreiteiras foram transferidos da carceragem da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal do Paraná, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba na manhã deste sábado. 
 
Odebrecht e Azevedo, presos na carceragem desde o dia 19 de junho, carregaram as próprias malas. O presidente da Andrade Gutierrez chegou a tropeçar no caminho até a van que transportou os presos para o presídio. Dois curiosos acompanharam o momento da transferência e provocaram os executivos. Nenhum esboçou reação. 
 
A transferência foi pedida pelo delegado da PF Igor Romário de Paula e autorizada pelo juiz Sergio Moro na sexta-feira. Os presos da Lava-Jato deverão ficar separados dos presos comuns que cumprem pena no Complexo Médico Penal, administrado pela Segurança Pública do Paraná, por “motivos de segurança”, de acordo com o juiz Moro. No despacho, o juiz escreveu que, apesar das “relativas boas condições” da carceragem da PF, a unidade “não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos.”
 
Além de Marcelo e Otávio, deixaram a carceragem da PF: Elton Negrão, Alexandrino Alencar, César Ramos, João Antônio Bernardi Filho Filho, Márcio Faria e Rogério Araújo. Eles foram indiciados pela PF pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
 
 

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