segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O ex-líder do MST José Rainha organiza um exército no DF e Entorno e promete ocupar as terras públicas do DF para ver as demandas atendidas. Acusa os governos de serem omissos com grandes grileiros e enérgico com os movimentos sociais... Qual a posição do GDF?



Sérgio Sampaio

Três perguntas para: Sérgio Sampaio

Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil, Relações Institucionais e Sociais

Correio Braziliense - 08/11/2015 - 21:46:08
O ex-líder do MST José Rainha organiza um exército no DF e Entorno e promete ocupar as terras públicas do DF para ver as demandas atendidas. Acusa os governos de serem omissos com grandes grileiros e enérgico com os movimentos sociais... Qual a posição do GDF?


O governo tem demonstrado, de forma veemente, que não tolera a grilagem e tem adotado ações concretas para combater esse tipo de crime, independentemente da classe social dos envolvidos. É claro que nós somos sensíveis às demandas dos movimentos sociais quando as reivindicações são justas.


A própria Constituição Federal prevê o direito à moradia. Agora, tem que buscar o exercício desse direito dentro dos parâmetros legais. Não pode invadir qualquer área, de qualquer maneira.

Há projetos e meios concretos de atender as demandas por moradia e terra?
É muito importante pensar em políticas para evitar ocupações irregulares e grilagens. Estamos fazendo isso.

O Rainha parte do pressuposto de que fechamos os olhos para a grilagem de terra, mas nós temos sido rigorosos contra esse crime. Diversas unidades da Federação vivenciam a pressão por moradia e terra diariamente. Brasília não é diferente. Buscaremos resolver essas demandas com políticas públicas eficientes, que atendam os anseios desses movimentos.

Em breve, vamos anunciar uma política para atender a demanda por moradia para a população de baixa renda. Independentemente disso, não vamos compactuar com ocupações irregulares, sejam elas patrocinadas por grileiros, sejam por movimentos sociais.

Os movimentos sociais argumentam que a ocupação é um meio de se fazer ouvir.
Todos estão sujeitos ao ordenamento jurídico-legal. O governo estará sempre aberto ao debate com os movimentos sociais, de forma a buscar a comunhão de interesses. Somos sensíveis às demandas.


Mas não com cada um fazendo aquilo que bem entende, isso contraria a lei. O DF tem sido alvo de ataques de grileiros. Buscamos combater essas ações de diversas maneiras. Cito a criação do Comitê de Gestão Territorial, que coordeno e que busca um olhar estratégico para combater essas ocupações irregulares de terra, para que não tenhamos que ficar correndo atrás de derrubar simples barracos ou casas com piscinas.

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