segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Coluna Cláudio Humberto


O governo da presidente Dilma Rousseff insiste na lorota de que falta dinheiro para investir em segurança, saúde, educação e infraestrutura, mas a verdade é que as receitas em 2015 foram as maiores da história do País: R$ 2,7 trilhões. Nem a desculpa de descontar inflação explica a incompetência do governo, pois o valor subiu 22,7%, mais do dobro da inflação, em relação a 2014, que tinha o recorde de R$ 2,2 trilhões.
Ao contrário do que acontece desde a criação da Lei de Transparência, o governo Dilma não atualizou as previsões nos dados orçamentários.
Só o que foi embolsado pela Fazenda com Receita e títulos do Tesouro já iguala tudo o que foi arrecadado pelo governo federal em 2014.
Mesmo com o crescimento do desemprego, o Ministério da Previdência meteu a mão em mais de R$ 352 bilhões do dinheiro dos trabalhadores
Mesmo ficando em último lugar, o Ministério Público da União levou um trocado e fechou o ano de 2015 no azul. Arrecadou R$ 10,1 milhões.
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O Supremo Tribunal Federal já havia definido, há mais de 20 anos, a ferramenta do impeachment como um instituto de conteúdo político-administrativo, apesar de ter “inegável vinculação jurídica”. O próprio ministro Celso de Mello quando julgou o Mandado de Segurança impetrado pelo ex-presidente Fernando Collor, durante seu processo de cassação, definiu o impeachment como “político-administrativo”.
De acordo com a legislação, na impossibilidade de provas, o pedido de impeachment pode listar testemunhas do crime cometido por Dilma.
Não há necessidade de condenação na justiça para o afastamento de Dilma, pois o julgamento do impeachment é feito pelo Senado.
As absolvições no STF do ex-presidente Collor, afastado e inelegível por oito anos, provam o caráter político e não judicial do impeachment.
No giro que fará pelo Brasil em janeiro, o vice-presidente da República, Michel Temer, vai pedir o apoio de aliados para evitarem “fogo amigo”. Segundo ele, que não descarta o impeachment da presidente Dilma, é preciso unificar não só o País, mas o próprio PMDB.
Última façanha do ex-presidente Lula, a eleição de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo deve ficar limitada a isso, sem reeleição. A rejeição ao petista beira os 70% e fica difícil até uma vaga de vereador.
Quem também tem a vida complicada é o prefeito de Goiânia, Paulo de Siqueira Garcia (PT). Bem diferente de quando foi reeleito em 1º turno, a aprovação de Garcia é de pouco mais de 23% dos eleitores goianos.
Os rebelados do PMDB procuram outro nome para destituir Leonardo Picciani (RJ) da liderança da bancada na Câmara. A avaliação é que Leonardo Quintão (MG) não decola e dificilmente leva o posto.
Com aprovação de 64,4%, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), nada de braçadas para a reeleição e até possíveis adversários, como o deputado Ronaldo Lessa (PDT), estão no caminho para virarem aliados
Situação praticamente imbatível na eleição deste ano é a de ACM Neto (DEM) em Salvador. O prefeito teve aprovação de 84,7% dos eleitores, a maior entre todas as capitais pesquisadas pelo Instituto Paraná.
O deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) foi o campeão em gastos com a alimentação na Câmara em 2015. Sozinho, ele pediu o ressarcimento de R$ 27,32 mil com despesas em restaurantes.
O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) voou tanto quanto o pai da aviação, Santos Dummont. Em 2015, foi o que mais gastou, entre os 513 deputados federais, com emissão de passagem área: R$ 450 mil.
... o presidente do PT, Rui Falcão, deve avaliar melhor quando cobra mudanças, pois a mais próxima pode ser a saída do PT do poder.

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