quinta-feira, 13 de março de 2014

Brasilia está um CAOS.Parabens PT. Arrombamento de veículos faz moradores terem medo de andar na quadra


Com iluminação deficiente e falta de policiamento, a população acaba vulnerável a furtos, roubos e tentativas de assalto
 
Isa Stacciarini
isa.coelho@jornaldebrasilia.com.br



Há anos o Plano Piloto deixou de ser uma região distante dos problemas da criminalidade na capital. 



Quem convive nas entrequadras residenciais das Asas Norte e Sul já não têm mais tranquilidade a poucos metros de casa. 


Essa é a realidade de quem mora na 211 Norte. 

Com iluminação deficiente e falta de policiamento, a população acaba vulnerável a furtos, roubos e tentativas de assalto.

Há duas semanas, pelo menos dois carros que estavam parados em um estacionamento entre os blocos B e C  foram alvos de criminosos. 

As ações duraram poucos minutos, mas foi tempo suficiente para o prejuízo. 

Os veículos foram arrombados e tiveram os vidros quebrados. Em um dos casos, os autores do furto também tentaram forçar a porta do veículo e estragaram a tranca do carro. 

Na porta de casa

O médico Rafael Pires Geraldini, 29 anos, mora na 211 Norte há quatro anos. 

Ele é dono de um dos carros e ressalta que na quadra nunca tinha sido vítima de situação semelhante. 

Segundo Rafael, o porteiro do prédio escutou  um barulho  suspeito de madrugada, por volta de 1h, mas quando o funcionário se aproximou do estacionamento já não conseguiu ver mais ninguém.

 “Eles quebraram o vidro da parte de trás do motorista e levaram um par de sapatos. Também tentaram abrir o local onde fica o som e alguns fios acabaram sendo expostos. 

Por sorte não houve vítimas de algo mais sério”, destaca.

Prejuízos

Rafael estima um prejuízo de aproximadamente R$ 1 mil. O médico explica que uma obra na fachada do edifício onde ele mora piorou a iluminação pública. 

Além disso, o prédio é virado para uma área descampada, onde seriam construídos outros empreendimentos, mas até agora o local é usado apenas para estacionamento improvisado. 

“É muito triste ser vítima de um furto na porta de casa em uma área nobre de Brasília”, lamenta.

Polícia diz que faz ronda, mas poucos veem
 
O servidor público Caio Ribeiro Coelho, 24 anos, conta que a quadra residencial está sem iluminação adequada. “Funcionárias do comércio que passam por aqui para ir para a parada de ônibus já quase foram estupradas. O local está muito escuro”, explica. 
 
O subcomandante do 3ª Batalhão de Polícia Militar (BPM) da Asa Norte, major André Luiz, porém, garante que há mais de dois anos não existe ocorrências de tentativa de estupro na região. 
 
Caio explica que até ano passado a polícia ainda fazia o patrulhamento quase diariamente na quadra, mas desde dezembro o servidor garante que não vê uma viatura em ronda na região. 
 
“Já não posso deixar o carro na quadra e ir andando para o comércio, pois corro o risco de ser alvo de criminosos”, diz.
 
O major contrapõe, novamente: “O 3ª BPM é uma das unidades da corporação que mais coloca policiamento a pé e viaturas nas ruas. 
 
Fazemos quase diariamente operações na nossa área, mas segurança pública envolve todos outros fatores e não apenas policiamento”. 
 
Ele diz ainda que não há registros de ocorrências na quadra entre janeiro de 2013 e janeiro deste ano. 
 
Áreas vazias
 
O prefeito da quadra, Moacir Rosa, confirma que a iluminação é precária e a situação é mais crítica porque a área residencial ainda não está completa. 
 
Iluminação não inibe
 
O carro do marido da engenheira Ana Cláudia Torres, 44 anos, foi  aberto por bandidos há duas semanas. 
 
O Citroen C3 estava estacionado em frente a uma escola na  211 Norte. 
 
Os assaltantes quebraram o vidro do passageiro, levaram o som do veículo e um casaco que estava no interior. 
 
“É uma chateação imensa porque a gente se sente vulnerável. Da janela da minha casa nós enxergamos o estacionamento, que é até bem iluminado. Isso prova que os assaltantes estão sem nenhum pudor, pois poderiam ser vistos facilmente”, explica. 
 
A engenheira, que mora com a família na quadra residencial há três meses, explica que nunca passou por nenhuma situação semelhante. 
 
Sem barulho 
 
Ana Cláudia conta que a família acordou às 7h com o porteiro interfonando para o apartamento. 
 
“Ele avisou o que aconteceu e meu marido desceu para comprovar a situação. Foi a primeira vez que uma ocorrência desse tipo aconteceu com a gente, infelizmente não ouvimos nenhum barulho”, conta.
 
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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