quinta-feira, 13 de março de 2014

Brasil, um hospício a céu aberto


Jorge Oliveira
Publicado: 13 de março de 2014 às 18:36

Brasília – A Dilma, que chegou a presidente depois de apresentar um laptop ao Lula, que ficou fascinado com a engenhoca, quatro anos depois continua perdida dentro do Palácio do Planalto. 

Nos últimos meses, a presidente tem dado demonstrações de distúrbios neurológicos com discursos fragmentados, frases desconexas e opiniões infantilizadas para uma chefe de estado (“a mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos, e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio” – a última pérola da presidente no Dia Internacional da Mulher).  

As atitudes de descontrole com seus auxiliares, tratando-os com arrogância e truculência são também sintomas que preocupam seus assessores mais diretos na presidência.


Politicamente a Dilma tem se mostrado um desastre. 

Sua ações, típicas de colegiais, só tem prejudicado o governo e o país, que caminha sem rumo para um futuro incerto. 

Não à toa, o “Volta, Lula” continua nas paradas de sucesso no Congresso Nacional, que agora se ressente de um interlocutor qualificado que faça o papel de bombeiro para apaziguar os ânimos acirrados entre o PMDB e o governo que descamba para um desastre político com sérios riscos na reeleição.


Despreparada para o cargo, a Dilma tem se cercado de antigos auxiliares do ex-presidente Lula com validade vencida. 


Veja o exemplo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o mágico da economia. 

Desacreditado no mercado internacional por suas previsões mentirosas e números facciosos sobre a economia brasileira, vive agora o dilema da desconfiança dos empresários brasileiros. 

A reunião com o PIB nacional desta última quarta-feira só mostrou que o setor privado nao acredita mais nas propostas fantasiosas de Mantega. 


Os dezoito empresários saíram do encontro com o ministro frustrados. 

Marcos Jank, representante da BR-Foods, que juntou a Perdigão e a Sadia, resumiu a impaciência do grupo: “Havia mais expectativas”.


Se na economia, a Dilma perdeu o rumo, na política então o desastre é total. 


Ao tentar isolar o PMDB das discussões no Palácio do Planalto, levou um chega pra lá do líder do partido na Câmara que está desconcertada até agora. 


Eduardo Cunha mostrou força e liderou os 250 deputados rebeldes para infernizar o juízo do governo, convocando vários ministros e dirigentes de empresas estatais para depor em comissões na Câmara dos Deputados. 


Pesam sobre alguns desses ministros acusações de corrupção em suas pastas, como no Ministério do Trabalho onde a Polícia Federal já algemou boa parte dos principais auxiliares do ministro Manuel Dias. 


Outra dor de cabeça para o Planalto foi o convite a presidente da Petrobrás, Graça Foster, para explicar o suborno de milhões de dólares feito por uma empresa holandesa à funcionários da estatal.



O vice-presidente Michel Temer, encurralado pelos dissidentes peemedebistas, já mandou um recado ameaçador para o Planalto: 

“Se o partido decidir pelo rompimento durante a convenção, eu respeitarei, pois a minha carreira política sempre esteve atrelada aos interesses partidários”. 

Para bom entendedor, meia palavra basta.


Como toda essa melança não bastasse, a Dilma ainda abriu a boca para dizer que a sua relação com o PMDB tem um ambiente circense, quando afirma que o PMDB tem lhe dado muito alegria, desqualificando o partido que tem uma bancada de 80 parlamentares e 2 milhões e 300 mil filiados no Brasil. 

A presidente subestima o poder político do seu principal parceiro, tratando-o como fantoche e não como uma agremiação que estabiliza o seu governo institucionalmente. 

As declarações da Dilma só serviram para aumentar as chamas da fogueira na Câmara Federal, onde os rebeldes ameaçam atear fogo ao circo insatisfeitos com as emendas parlamentares que o Planalto manobra para forçá-los a se manter na base do governo, manipulando-os como vassalos.


Não seria exagero dizer que o PT transformou o Brasil em um hospício a céu aberto com personagens que fariam a festa da psiquiatra Nise da Silveira.




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