terça-feira, 4 de março de 2014

Brasil, 100 dias para a Copa do Mundo. Sem dias a perder


Na contagem regressiva para o torneio, confira 100 dúvidas em torno do evento

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Cerimônia de encerramento antes da final da Copa das Confederações da partida de futebol entre Brasil e Espanha, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

Cerimônia de encerramento antes da final da Copa das Confederações da partida de futebol entre Brasil e Espanha, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro - Ivan Pacheco


O Brasil de 2014 não é tão diferente assim do país que ganhou a oportunidade de ouro de receber o Mundial, em 2007. Uma pena. Nessa reta final, restará aos anfitriões trabalhar duro para evitar algum vexame no evento 
A contagem regressiva para o pontapé inicial da Copa do Mundo entrou na reta final nesta terça-feira: são apenas 100 dias até Brasil e Croácia se enfrentarem no gramado do Itaquerão, em São Paulo, na tarde de 12 de junho. 

As seleções participantes estão definidas, os grupos estão montados e a tabela de jogos está pronta, com todos os doze estádios confirmados (ainda que alguns não tenham sido entregues até agora). 

Apesar de algumas certezas, o Mundial está cercado por muitas dúvidas – e, desta vez, elas não estão restritas ao desempenho dos atletas e seleções nos gramados. A partir de agora, os envolvidos no evento – dos craques observados a cada lance por bilhões de pessoas pela TV aos operários que trabalham de forma anônima nas últimas tarefas nos estádios –, têm todos uma coisa em comum: a certeza de que não há mais um dia sequer a se perder nos preparativos para o maior evento esportivo do planeta. 

São 100 dias que separam o país, sua seleção e seus concorrentes da glória ou do fiasco. Cem dias decisivos para começar a escrever a história da Copa do Mundo de 2014.


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O país do Mundial

O Brasil de 2014 não é tão diferente assim do país que ganhou a oportunidade de ouro de receber o Mundial, em 2007. Uma pena: apesar de ter sido confirmado como sede da Copa com um prazo mais do que suficiente para promover transformações radicais nos aeroportos, nos transportes e nas cidades, muitas promessas não saíram do papel. 

Nessa reta final, restará aos anfitriões trabalhar duro para que pelo menos o país não protagonize nenhum grande vexame no evento.






Protestos



As manifestações nas ruas contra os gastos excessivos com o evento serão tão grandes quanto as que paralisaram o país em junho de 2013 ou os protestos serão esvaziados pela euforia na Copa?

Os estádios, ainda

O país da Copa não precisava de doze estádios novos ou completamente reformados. Não precisava sequer de doze sedes – as edições passadas do torneio aconteceram num número menor de arenas. Ainda assim, o Brasil insistiu em erguer ou remodelar esse número exagerado de palcos para a competição. Quase não deu conta da empreitada – a 100 dias da abertura, quatro ainda estão incompletos, e ainda faltam as estruturas temporárias para a Copa em todos os estádios.


Itaquerão

O palco da abertura, em 12 de junho, estará completamente concluído, inclusive com arquibancadas provisórias, depois dos atrasos no financiamento e do acidente que matou dois operários?

As 12 cidades-sede

A briga foi acirrada para entrar no mapa da Copa. Sonhando com investimentos bilionários em infraestrutura e fartos lucros no período do evento, muitas capitais brasileiras concorreram a um lugar no torneio. Faltando pouco menos de três meses para a estreia, porém, é difícil apontar alguma sede que tenha aproveitado de verdade a chance de usar o evento para se modernizar e melhorar. Pelo contrário: a grande maioria chega às portas da Copa como incógnita.


Aeroportos

Haverá transtornos no embarque e desembarque de turistas, jornalistas, convidados e delegações nos sete aeroportos de cidades-sede que terão obras ainda inacabadas quando o Mundial começar?

E, enfim, o futebol

Se a organização e a infraestrutura do país preocupam, pelo menos no campo a torcida da casa tem motivos para se animar. Não será fácil, é verdade: seleções poderosas, como Alemanha, Argentina, Espanha e Itália, estão a caminho do Brasil, e supercraques como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo estão escalados para o torneio. Mas a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari vai brigar pelo título, apostando num empurrão da torcida, na experiência do treinador e no brilho de Neymar.


Neymar

Com a responsabilidade de vestir a camisa 10 da seleção e liderar o time na tentativa de conquistar o hexa, o jovem craque vai corresponder a todas as expectativas dos torcedores brasileiros?

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