terça-feira, 3 de março de 2015

Privataria petista: Petrobras anuncia que vai vender patrimônio de R$ 40 bilhões.

terça-feira, 3 de março de 2015


Ontem a Petrobras anunciou que vai vender "ativos" no montante de U$ 13,4 bilhões (quase R$ 40 bilhões) para tentar sair do atoleiro em que está, afundada na corrupção. Não diz que ativos são estes. Não diz quem vai determinar o seu valor. Não diz como a decisão de torrar patrimônio do país será tomada. É uma legítima privataria petista. A Petrobras comprou estes ativos na alta, carregados de sobrepreço para sustentar as propinas petistas. Agora quer torrar na baixa e quem duvida que não haja mais propinas sendo pagas para que os preços sejam aviltados?
 
 
Segundo o Valor Econômico, um analista declarou que a " companhia falou bonito hoje [ontem], mas não é fácil vender ativos, e todo mundo sabe que ela não gosta de fazer isso. Também seria bom saber que ativos ela pretende vender".  O analista se referia especificamente ao parágrafo do fato relevante em que a Petrobras afirma que o desinvestimento faz parte do planejamento financeiro "que visa à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários, notadamente de produção de óleo e gás no Brasil em áreas de elevada produtividade e retorno". 
 
 
Outro funcionário de um grande banco coloca em dúvida a execução do plano de desinvestimento ainda em 2015. Ele teme que a pressa para fazer caixa promova a venda de ativos por valor baixo. "A Petrobras fez uma nota da qual, novamente, não se tira nenhuma conclusão. Por um lado a notícia é positiva se ela conseguir materializar a venda de ativos. Por outro, ela pode ter que fazer uma negociação rápida, o que acho difícil, e pode estar destruindo um valor gigantesco", pondera.

 
 
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) também vê como um problema o fato de a Petrobras vender ativos em um momento de aperto e de dificuldade de acessar mercados. "Os credores vão querer comprar barato, e o mercado está vendedor. Não é o que poderia ter sido três anos atrás, mas não há alternativa", diz Pires.

 
 
Segundo Pavel Molchanov, analista da Raymond James, não há dúvidas de que a Petrobras seja capaz de vender US$ 13,7 bilhões em ativos em dois anos, mas se isso vai agregar valor para a companhia "é uma questão em aberto". O analista destaca, ainda, que o cenário de queda de preços do petróleo não é favorável para a estatal brasileira. "Os compradores estão relutantes em investir em fusões e aquisições já que seus próprios orçamentos internos estão limitados", explica Molchanov. 
 
 
Para compartilhar esse conteúdo, por favor, utilize o link http://www.valor.com.br/empresas/3933390/petrobras-preve-venda-de-ativos-de-us-137-bilhoes-neste-ano-e-em-2016 ou as ferramentas oferecidas na página.
Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.
Para compartilhar esse conteúdo, por favor, utilize o link http://www.valor.com.br/empresas/3933390/petrobras-preve-venda-de-ativos-de-us-137-bilhoes-neste-ano-e-em-2016 ou as ferramentas oferecidas na página.
Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.
Para compartilhar esse conteúdo, por favor, utilize o link http://www.valor.com.br/empresas/3933390/petrobras-preve-venda-de-ativos-de-us-137-bilhoes-neste-ano-e-em-2016 ou as ferramentas oferecidas na página.
Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.

Nenhum comentário: