quarta-feira, 28 de outubro de 2015

“As mentiras de Dilma, um ano após a eleição, 7 promessas ‘furadas’ da presidente.

28/10/2015


Em pronunciamento na noite de 26 de outubro de 2014, pouco depois de o Tribunal Superior Eleitoral confirmar sua vitória nas urnas, a presidente Dilma Rousseff afirmou: "Seguirei combatendo a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal".


Exatos doze meses depois, Dilma não cessa de fazer exatamente o contrário do que afirmou naquele discurso e durante toda a campanha.

 Já estavam claros ali todos os ingredientes da crise que cercava o segundo mandato da petista: o escândalo do petrolão atingia em cheio o governo e o PT e a economia encolhia enquanto a inflação aumentava. Passado um ano da eleição, a desastrosa articulação política da presidente resultou ainda em uma rebelião da base no Congresso.

Diante desse cenário e com suas contas rejeitadas pelo TCU, Dilma enfrenta uma crise política sem precedentes. Enquanto luta para se manter no cargo, a presidente tem de administrar um país muito diferente daquele que apresentou na campanha. Confira na lista a seguir como a realidade atropelou as promessas da petista.

 

Inflação sob controle

Durante o último debate presidencial antes das eleições, Dilma afirmou que, se reeleita, faria um governo muito melhor, principalmente no controle da inflação. “É meu compromisso”, bradou. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de janeiro a setembro chegou a 7,64%, maior patamar desde 2003.

 

Minha Casa, Minha Vida

Em promessa feita em outubro de 2014 – e reforçada em janeiro de 2015 –, Dilma disse que disponibilizaria 3 milhões de moradias na terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, porém, o programa vai andar em ritmo mais devagar que o prometido – e só terá início após a aprovação do Orçamento de 2016 pelo Congresso Nacional.

Crescimento econômico

“Promoverei com urgência ações na economia para retomarmos nosso nível de crescimento e continuarmos crescendo nos níveis de emprego”, afirmou a presidente-candidata. Dilma frequentemente afirmava que seu governo teria como principal meta colocar o país de volta na “rota do crescimento”. Em 2015, a taxa de desemprego atingiu o maior patamar da série histórica: 8,3% em setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, o país entrou oficialmente em recessão após confirmada a queda de 1,9% no Produto Interno Bruto do segundo trimestre.

Bombou

“É absurda a previsão de que o Brasil vai explodir em 2015. É um país estável, economicamente forte, uma economia sólida, um baita agronegócio. O Brasil vai bombar”, afirmou a presidente Dilma Rousseff em entrevista no ano passado. Diante das graves crises política e econômica que o país enfrenta, Dilma não estava completamente errada: o Brasil se tornou uma ‘bomba’.

Impostos

“Quem fala em tarifaço está mal intencionado. Não sei o que estão querendo fazer”, disse a presidente em setembro de 2014. Em menos de um ano de mandato poém, os preços da gasolina, do botijão de gás e das refeições externas aumentaram e emourraram os índices de inflação. Além disso, o rombo nas contas do governo fez com que a volta da CPMF voltasse a ser pleiteada pelo Planalto.

Lula e uma certeza

“Tenho certeza que o Lula me apoia neste exato instante”, afirmou a presidente em 6 de maio de 2014, em jantar com um grupo de mulheres jornalistas no Palácio da Alvorada. Com o agravamento da crise política, Lula se tornou um dos principais opositores do governo – e não se furta a cobrar a demissão de ministros. Um de seus alvos preferenciais é o titular da Fazenda, Joaquim Levy.

‘Nem que a vaca tussa’

Na campanha do medo contra a adversária Marina Silva, Dilma insinuou que a ex-ministra pretendia até alterar a legislação trabalhista. “Tem coisas que eu não concordo, como mexer nos direitos do trabalhador.

Não mexo nos direitos trabalhistas nem que a vaca tussa”, afirmou a petista. Passados apenas dois meses das eleições, foram cortados 18 bilhões de reais em benefícios ao trabalhador. O tempo de trabalho para requerer o seguro-desemprego passou de um para seis meses.

O governo também tornou a remuneração do benefício proporcional ao tempo de contribuição – antes, o valor era fixado em um salário mínimo –, além de ter aumentado o prazo do pagamento do auxílio-doença e colocado maiores restrições na requisição de pensão por morte.

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