quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Atacadas por serem gays quando não eram (???!!!)

Aconteceu de novo: pessoas inocentes são espancadas no DF

Dois dias após espancamento de jovem, duas mulheres são agredidas na rua
 
Renan Bortoletto

*Especial para o Jornal de Brasília

Dois dias após um professor ser espancado dentro do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul, um novo episódio de agressão foi registrado em Brasília. 

Desta vez, duas mulheres foram agredidas   por um rapaz quando voltavam do almoço para o trabalho, a pé. 

O caso foi registrado na 5ª DP, no Setor de Grandes Áreas Norte. Segundo as vítimas, o suspeito teria se dirigido a elas com ofensas homofóbicas. A polícia já procura por ele, mas não revelou sua identidade para não prejudicar as investigações.
 

A assessora pública Célia Almeida Otaviano, 23 anos, almoçava com uma amiga em um restaurante na Quadra 6 do Setor Comercial Sul quando o agressor perguntou se poderia se sentar à mesa com as duas. Enquanto Célia foi pegar a comida, o rapaz teria dado um recado à outra mulher: 


“Fala para a sua amiga sapatona que ela está ‘pagando cofrinho’”, disse o agressor. Imediatamente, a mulher, que preferiu não se identificar, pediu para que o rapaz se retirasse da mesa. “Ele não quis sair, foi então que eu me mudei para outra mesa.”

Ataque
Em tom áspero e de ameaça, o agressor teria ainda dito às duas que “não sabiam com quem estavam lidando”. Célia contou que ela e a amiga estavam no caminho de volta ao trabalho quando foram abordadas pelas costas com chutes e socos. 

“Primeiro ele foi para cima da minha amiga com socos e pontapés até ela ficar desacordada. Eu gritei por socorro, mas quando vi, ele já estava me batendo. Ele não parava, não tinha como me defender. Só parou de me bater quando algumas pessoas perceberam a ação e começaram a vir na nossa direção para ajudar. Foi aí que ele saiu correndo”, relatou.


Somente amigas
Célia permanecia internada até a noite de ontem no Hospital de Base, onde aguardava por uma transferência para o Hospital do Paranoá. Ela teve o braço esquerdo quebrado e deve passar por cirurgia. “O médico falou que posso perder alguns movimentos ou, no mínimo, haverá algumas sequelas”, explicou. Já a amiga de Célia trincou um osso da perna esquerda e teve alguns hematomas no rosto, mas já está em recuperação em casa. 

As duas são amigas há quatro anos. Uma delas tem namorado e contou que é costume se reunirem para o almoço. “Ele (o agressor) deve ter pensado que formávamos um casal, o que não é verdade. Somos amigas de longa data e sempre que podemos, almoçamos juntas, pois trabalhamos perto.”

Rede social
Nas redes sociais, Célia contou sobre a agressão e postou fotos com imagens do suposto agressor e do  braço dela, engessado. Por volta das 19h de ontem, no entanto, Célia desativou sua conta na internet.

Saiba mais
Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que o número de denúncias de casos de violência contra a mulher aumentaram 12,1% em 2013 no DF, em relação a 2012. 

Foram 14.731 ocorrências no ano passado, contra 13.141 no ano anterior.

A região que apresentou o maior número de ocorrências foi Ceilândia, com 2.315 casos.


O DF lidera o ranking nacional de agressões contra homossexuais: no ano passado foram registradas 239 denúncias de violência homofóbica no DF: 80% correspondem a casos de discriminação e de violência psicológica.
 
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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