segunda-feira, 15 de setembro de 2014

TCU acha falhas em acordo da Petrobras com a Odebrecht



O TCU (Tribunal de Contas da União) identificou irregularidades em contrato milionário da Petrobras com a Odebrecht firmado em 2010. 

Técnicos da corte confirmaram falhas já identificadas pela própria Petrobras. 

Salientaram ainda o fato de o contrato ser genérico e a ausência de projeto básico. 

Também destacaram a falta de controle no acompanhamento do acordo. 

O contrato de US$ 825,6 milhões previa serviços de segurança, meio ambiente e saúde para padronizar as unidades da companhia petroleira no Brasil e em nove países.


A Petrobras, durante a gestão da atual presidente, Maria das Graças Foster, já havia reduzido o valor do contrato a praticamente a metade. 

A auditoria do TCU foi enviada ao ministro José Jorge, relator do caso. O relatório está praticamente pronto e será votado no plenário quando o ministro voltar de viagem. 

Entre os responsáveis listados pelo TCU estão Graça Foster e membros da cúpula da estatal: o ex-presidente José Sergio Gabrielli e os ex-diretores Jorge Zelada e Paulo Roberto Costa (preso sob suspeita de integrar esquema de lavagem de dinheiro).
O fato de eles serem citados não significa, contudo, que serão apontados como responsáveis pelas irregularidades. 

Entre os achados da auditoria da Petrobras, estavam remuneração de R$ 22 mil a pedreiros e a inclusão indevida de impostos na formação de preços em três países, o que teria elevado o valor de alguns serviços em US$ 15 milhões.
Alguns pontos, diz a Odebrecht, foram esclarecidos na análise feita pela estatal.


A Petrobras estimava gastar inicialmente US$ 784 milhões. A licitação, vencida pela Odebrecht, foi disputada pela Andrade Gutierrez e OAS.
Segundo a auditoria da Petrobras, a vencedora não detalhou todos os serviços e custos. O caso é analisado também pela Justiça do Rio, onde tramita ação por crime na lei de licitações.


OUTRO LADO
Procurada na sexta (12), a Petrobras não respondeu as perguntas da Folha. Anteriormente, informou que avalia constantemente os processos de concorrência, contratação e execução de serviços.
A Odebrecht esclareceu, via assessoria, que a redução do valor do contrato nada teve a ver com o resultado da auditoria da estatal. "Foi única e exclusivamente consequência da diminuição do escopo", justificou, afirmando desconhecer o resultado das auditorias.
Informou ainda que não foi instada pelo TCU a se manifestar sobre os contrato e desconhece conclusões do tribunal.

Comentários

Lauro (548)

Provavelmente virá com o novo governo, uma nova auditoria mais completa, enfocando todos os itens dos contratos celebrados pela Petrobrás. Muita coisa tem que se esclarecida e os responsáveis deverão ressarcir os danos. Não se pode confiar em nada do que é feito agora, com o propósito de mascarar a verdade dos fatos, para depois serem considerados fatos já consumados, para que não passem por uma nova investigação. A quadrilha do governo está tentando arrumar a casa, diante de uma derrota.

DETESTO CORRUPÇÃO (4085)

quando a tcu, a tuc, a utc, o ipva, a pm, a pf, o mp, não largarem de corpo mole, a midia vai continuar a explicar , a mostrar ONDE estão os larápios, e como o Brasil inteiro fica sabendo, eles (tcuu( fica obrigado a investigar. Ou será que todos no orgão são do 13mesmo partido? Tá na hora. Quem paga vosso salários somos nós.

alvinegro imponente (448)

a es tat al de petróleo brasileira é blindada nada do que fizeram lá dentro será exposto a opinião pública e as falcatruas jamais serão descobertas com isenção .

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