quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

PT esvazia CGU para evitar combate à corrupção.É esse o país em que estamos vivendo?

 por Gerson Camarotti

A Controladoria-Geral da União (CGU) – órgão responsável por ações de combate aos desvios de verbas no governo federal – não tem muito a comemorar nesta reta final da gestão do ministro Jorge Hage. É o que revela um documento da própria instituição, ao qual teve acesso a jornalista Daniela Abreu, da GloboNews.


O programa de fiscalização por sorteio público, que ultrapassava 5 mil ações em 2009, no ano passado chegou à marca de apenas 1 mil ações. A fiscalização tem sido prejudicada com o contingenciamento de recursos.


Em 2010, dos mais de R$ 90 milhões previstos no orçamento do órgão, foram destinados pouco mais de R$ 60 milhões para custeio e investimento em auditorias. No ano passado, veio um corte ainda maior, que limitou o orçamento para as investigações nos estados e municípios, em R$16 milhões. O menor orçamento dos últimos anos. Menos de um quinto do valor prometido pelo governo federal para 2013.


No início de setembro deste ano, o ministro Jorge Hage admitiu em entrevista ao G1 que a CGU “vivia dias de penúria orçamentária" e alertou para o aumento do risco de desvios de verbas públicas com a redução das ações de fiscalização. 


Além do corte orçamentário, nos últimos seis anos, a CGU perdeu 810 servidores e conseguiu recuperar só a metade.








egunda-feira, 08/12/2014, às 17:47, por Gerson Camarotti

Críticas de Hage ao deixar CGU contrariam Planalto

As declarações do ministro Jorge Hage anunciando sua carta de demissão da Controladoria-Geral da União (CGU) causaram contrariedade no núcleo do governo Dilma Rousseff. A ordem foi não responder para não dar mais visibilidade às críticas feitas por Hage em relação ao esvaziamento dos recursos destinados à CGU.

A expectativa era que ele deixasse o governo depois que, em setembro, o ministro criticou publicamente, em entrevista ao G1, a situação de "penúria orçamentária" na pasta. Na ocasião, o próprio Planalto já tinha demonstrado incômodo com as críticas do ministro da CGU.

A avaliação interna é que a saída de Hage fragiliza a posição do governo num momento crítico, em que a presidente Dilma Rousseff tenta se descolar do escândalo de corrução envolvendo a Petrobras.  “O mais correto seria que Hage deixasse o governo de forma discreta, sem fazer ataques ao projeto do qual ele participou durante 12 anos”, desabafou um ministro ao comentar a postura do colega.

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