sexta-feira, 11 de abril de 2014

Caso Miguel: familiares e amigos fazem manifestação em frente ao TJDF


Na oportunidade, a avó da criança, Márcia Valéria Baptista Estrela, pretende entregar uma carta ao presidente do tribunal e autoridades com várias reivindicações
 

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Familiares e amigos do menino Miguel Estrela fazem uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal na manhã desta sexta-feira (11).

O grupo tem como objetivo pedir justiça e mudanças nas leis.  Na oportunidade, a avó da criança, Márcia Valéria Baptista Estrela, pretende  entregar uma carta  ao presidente do tribunal e autoridades com várias reivindicações.

Entenda o caso

A criança deu entrada em um hospital particular de Taguatinga na noite da última quinta-feira (27) após uma convulsão. Enfermeiros notaram sinais de supostas agressões e violência sexual e acionaram a polícia. Na manhã do sábado (29), a criança teve uma parada respiratória e não resistiu.

No dia 31 de março, a Polícia Civil expediu mandado de prisão temporária contra Dyrell Dicson Menezes Xavier, 25 anos, padastro da criança, por suspeitar de envolvimento na morte do menino. De acordo com a polícia, a mãe do menino, Gabrielli Baptista Estrela, 23 anos, deixou ele com o padrasto e o meio-irmão de 4 anos - filho de Dyrell – e saiu. Cerca de 40 minutos depois, ela recebeu uma ligação do marido. Segundo ele, a criança teria caído e estava desacordada.

Durante o depoimento, o padrasto do garoto reforçou várias vezes a hipótese de queda e afirmou que “manteria a sua versão até o fim”. Foi quando a polícia suspeitou de que havia algo errado. Segundo ela, Dyrell em nenhum momento foi acusado de ter batido no garoto, mas mesmo assim, negava que isto tivesse ocorrido.

Além disso, um familiar da vítima teria afirmado que o garoto ultimamente rejeitava o padrasto. “Ela disse que teve que ficar com a criança, três dias antes do ocorrido, porque ela não queria voltar para casa”, conta a delegada.

O filho de Dyrell, de 4 anos, foi encaminhado para perícia. O exame constatou algumas lesões pelo corpo do garoto. O menino teria contado a mãe que sofreu agressões por parte do pai. Ele será ouvido, pela delegacia especializada, como testemunha do crime.

Abuso sexual

O laudo preliminar do Instituto Médico Legal indicou também uma fissura anal, mas não indicou a causa da lesão. Segundo a delegada Tânia Dias "esta lesão pode ter sido causada por qualquer coisa. Até mesmo uma prisão intestinal. É preciso aguardar resultados para afirmar que houve abuso”.

Até o momento, Dyrell é suspeito apenas de ter matado Miguel. “Nós temos todos os indícios de que houve um homicídio doloso e o padrasto é o principal suspeito”, afirmou a delegada.

“Pela natureza da lesão, pela a força que teria sido aplicada, e até mesmo com uma certa técnica, já que não deixou nenhum vestígio externo, acreditamos que foi o padastro o autor do crime. Até porque, ele estava sozinho com a criança”, completa Tânia.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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