segunda-feira, 2 de junho de 2014

Relator quer convocar Paulo Roberto, Youssef e Cerveró para depor na CPI






Marco Maia (PT-RS) não sugeriu quebrar sigilos fiscais e telefônicos.


Ele defendeu deixar para 'depois' convocação a Graça Foster e Gabrielli.



Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília


Mesa da CPI Mista da Petrobras, com os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS) (Foto: Luis Macedo/Câmara)Mesa da CPI Mista da Petrobras, com os deputados Arnaldo Faria de Sá PTB-SP), o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS)

O deputado Marco Maia (PT-RS), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigará a Petrobras, apresentou nesta segunda-feira (2) uma proposta de plano de trabalho que prevê como "prioridade" as convocações do doleiro Alberto Youssef e dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.


O depoimento deles à CPI depende da aprovação do plano de trabalho, cuja votação foi marcada para esta terça (3), e ainda de requerimentos individuais. Só depois disso, as datas em que cada um irá à CPI serão definidas.

Youssef e Paulo Roberto foram presos pela Polícia Federal em março por suspeita de participarem de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões e envolve contratos de empresas privadas com a Petrobras. O ex-diretor da estatal foi solto, mas o doleiro continua preso.

Ex-diretor da área internacional da Petrobras, Cerveró foi o autor do parecer que baseou a decisão do Conselho de Administração da estatal de comprar a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A transação é investigada por suspeita de superfaturamento. "Coloco como prioridade ouvir Nestor Cerveró, o Paulo Roberto Costa e o senhor Alberto Yousseff", propôs Marco Maia.


O petista defendeu "deixar para depois" a votação de requerimentos para convocar a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. 

 "Como os dois já foram ouvidos pela CPI da Petrobras exclusiva do Senado, proporia deixá-los para depois, para que possamos coletar mais informações [para embasar novas perguntas]", disse.

Marco Maia não sugere no plano de trabalho quebras de sigilos bancários, fiscais ou telefônicos de quaisquer dos suspeitos de envolvimento nas denúncias de irregularidades apuradas pela CPI mista.

A oposição criticou a proposta do petista e argumentou que a CPI da Petrobras formada apenas por senadores é "chapa branca"."Vossa excelência tem um relatório razoável, mas pecou quando disse que pessoas importantes a serem ouvidas já foram ouvidas lá na outra CPI e agora não tem mais nada a dizer. Não vamos aceitar que nos empurrem a CPI do Senado", disse o senador Mário Couto (PSDB-PA).

Eixos
No plano de trabalho, Marco Maia divide as investigações da CPI mista em três eixos: Compra da refinaria de Pasadena; Indícios de pagamento de propina pela empresa holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras; e indícios de superfaturamento na construção da Refinaria Abreu e Lima.


Além das oitivas, o petista defendeu solicitar oficialmente documentos da Petrobras, como as atas das reuniões do Conselho de Administração da estatal, informações da Polícia Federal sobre apurações em andamento e de órgãos de controle internacionais que investiguem denúncias relacionadas à empresa brasileira.


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