quarta-feira, 12 de março de 2014

'Não há motivo para arrancar os cabelos', diz líder do governo


12/03/2014 15h43


Arlindo Chinaglia disse que está se reunindo com partidos para conter crise.


Comissões da Câmara chamaram nove ministros para dar esclarecimentos.

 

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
 
2 comentários
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-S) (Foto: Zeca Ribeiro/Ag.Câmara) 

O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP)
 
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta quarta-feira (12) ao G1 que as convocações e convites para que nove ministros prestem esclarecimentos em comissões da Casa não são motivos para "arrancar os cabelos". 

Segundo o petista, o governo está realizando diversas reuniões com líderes partidários para tentar minar a crise entre o Executivo e a base aliada.

"Não há o que comemorar nessa situação, mas também não há motivo para arrancar os cabelos. Estamos fazendo reuniões com os partidos, com lideranças de legendas. 



Como isso [crise com a base aliada] acontece em meio a uma reforma ministerial, tem um condimento a mais", afirmou.


Um dia após o plenário da Câmara derrotar o Planalto com a criação de uma comissão externa para investigar a Petrobras, quatro comissões permanentes da Casa aprovaram a convocação de quatro ministros do governo Dilma Rousseff, além de convites para a presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, e outros cinco integrantes do primeiro escalão prestarem esclarecimentos aos parlamentares.


Há um jogo de sinais e é preciso entender essa linguagem. O governo já está trabalhando para tentar resolver a situação"

Chinaglia ponderou que o governo conseguiu reverter alguns requerimentos de convocação em convites - quando o ministro não é obrigado a comparecer. "Entre mortos e feridos, escaparam todos. 

De várias convocações, conseguimos negociar muitas em convites. Perdemos quatro e o resto foram transformados em convite aos ministros", disse.

Os ministros convocados pela Câmara são Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aguinaldo Ribeiro (Cidades), Manoel Dias (Trabalho) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). 


Por se tratar de convocação, eles serão obrigados a ir à Câmara em data que ainda será agendada.

Por outro lado, a dirigente da Petrobras e os ministros Arthur Chioro (Saúde), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Paulo Bernardo (Comunicações), Francisco Teixeira (Integração Nacional) e Moreira Franco (Aviação Civil) não têm obrigação legal de ir ao Legislativo. 


 Nesses seis casos, o PT conseguiu negociar a aprovação de um convite. O prazo regimental para eles irem à Câmara é de até 30 dias.

De acordo com Chinaglia, os "sinais" que os parlamentares da base aliada estão transmitindo com as derrotas ao Planalto precisam ser analisados pelo governo.


 "Há um jogo de sinais e é preciso entender essa linguagem. O governo já está trabalhando para tentar resolver a situação."

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Rebelião na base
 
As convocações e convites aos integrantes do governo são mais uma reação do chamado "blocão", grupo de parlamentares da base aliada insatisfeito com a relação com o Executivo.


Comandadas pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), sete legendas governistas, mais o oposicionista Solidariedade, se uniram para pressionar Dilma a negociar com o parlamento.

Os governistas reclamam do não cumprimento de acordos que previam a liberação de emendas parlamentares, criticam a demora da presidente da República em concluir a reforma ministerial e se dizem excluídos das decisões políticas do Planalto e dos lançamentos de programas federais.

Nesta terça-feira (11), em meio à crise entre o Planalto e a base aliada na Câmara, a maioria dos integrantes do "blocão" derrotou o governo ao aprovar a criação de uma comissão externa de deputados para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras.



  • Álvaro Júnior

    Se estão dizendo que "não há motivos para arrancar os cabelos" é porque estão se borrando. Os que foram apenas "convidados" vão inventar mil desculpas para fugir das perguntas. Os convocados não tem escapatória.

  • Miguel Arcanjo

    Antevejo uma Nova Era para o Brasil, em que os cargos públicos serão ocupados por técnicos competentes (com doutorado), o país voltará a ter planejamento de longo prazo (como tinha com FHC), e investiremos em sustentabilidade e biotecnologia, e não nos carros velhos poluentes, como faz o PT. Aí, então, aos poucos, nos tornaremos um país civilizado, e não mais o país da roubalheira. PARA QUE ESSE SONHO SE CONCRETIZE, É PRECISO QUE VOCÊ NÃO VOTE 13 NEM PARA VEREADOR.

    Vamos transformar o PT num partido nanico, e restaurar a seriedade.

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