quarta-feira, 20 de junho de 2012

Repetimos de ano?



Prezados,

Foi realizada ontem, dia 19, na Administração Regional, nova reunião sobre a LUOS. Isto é, mais uma vez os Delegados, escolhidos durante a 1ª Conferencia Extraordinária das Cidades  (realizada em Out/Nov.2011), se encontraram para decidir a atualização da Lei de Uso e Ocupação do Solo no que se refere ao Park Way.

Desta vez a reunião ocorreu em clima mais ameno, mais descontraído, os participantes mais relaxados, mais amigáveis. Foram menos pessoas, apenas um Delegado por setor de atividade.

Não chegaram a ser apresentadas novas propostas. O tempo foi ocupado pelas ponderações dos Delegados. Novo encontro foi marcado para o dia 27/06.

O desagradável, amigos, foi a sensação que tivemos de estar perdendo tempo porque tudo que foi dito e analisado-- tanto ontem quanto na reunião do dia 16-- já fora dito, e analisado durante os trabalhos da Conferência das Cidades.

Essas Conferências duraram uns três meses e nós, do PWR, fomos a todas as reuniões. Chegávamos às 8 da manhã e saiamos às 8 da noite. Durante as Conferências foram apresentadas e votadas propostas. No que se refere ao Park Way conseguimos que fosse aprovada a manutenção do atual gabarito de uso do solo e de edificação. Depois de muita negociação com os opositores conseguimos derrubar a proposta de comercio e de uso misto dos lotes residenciais.

A proposta de comercio foi apresentada e defendida, sobretudo, por pessoas que não moravam no Park Way (!).

Pelo jeito, o Governo esqueceu- ou está ignorando de propósito- todas as nossas conquistas obtidas com muito esforço pessoal durante a Conferência das Cidades e partindo do zero de novo!

A minha impressão (os defensores do Governo que me perdoem) é que o Governo não gostou do resultado por nós obtido durante a Conferencia das Cidades e quer recomeçar o processo para ver se, desta feita, consegue emplacar comercio, uso misto ou indústrias "não poluentes" (estilo "plantinhas para o chazinho da vovozinha". Viva o eufemismo!) no Park Way.

Então começamos da estaca zero de novo: Apresentação dos delegados, depois apresentação das propostas, depois a analise das propostas apresentadas, e finalmente, a votação das propostas. Como se tivéssemos repetido de ano ou ficado de recuperação.

Caso mais uma vez votemos contra comercio o que acontecerá? Teremos de repetir a brincadeira mais uma vez? Apresentação dos Delegados, apresentação das propostas, votação das propostas... Ou o Governo vai impor a vontade dele e fazer o que bem entender no Park Way?

O futuro nos dirá.

Flavia Ribeiro da Luz          
Presidente da Associação Park Way Residencial.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Diga Não à criminalidade, Diga Não ao comercio no Park Way!



Prezados,

As propagandas sub- reptícias sobre comércio já começaram! O Governo, os especuladores imobiliários, alguns poucos habitantes mal intencionados, querem convencer a população a implantar comercio no Park Way a tempo de incluir na Lei de Uso e Ocupação do Solo- LUOS.

Além disso, daqui a 2 anos será época de revisão do PDOT- Plano de Desenvolvimento Territorial e eu soube-- por fonte segura-- que o Governo quer separar as quadras de 01 a 05 do Park Way e transformar o local em Águas Claras. Ou em Arniqueira. Parece até que as plantas de prédios de 22 andares já estão sendo elaboradas! Para tanto precisa de votos, mas, como morador dificilmente vai votar pela construção de prédios e pelo conseqüente  adensamento populacional do Park Way, precisa do voto dos comerciantes.

A propaganda é sub-reptícia.

Fotos de vovós boazinhas, meigas, que afirmam à imprensa que adoram o Park Way, mas que gostariam de poder contar com um comerciozinho pequeno, básico, pertinho da casa delas, onde elas pudessem ir a pé comprar o leitinho dos netinhos, o lanchinho das criancinhas (vocês conhecem o engodo, a ladainha), já começaram a circular.

Um pãozinho, fresco, uma padaria pequena, limpinha, que mal pode fazer?

Se vocês procurarem na memória vão se recordar que as grandes destruições feitas pelo Governo começaram assim. No diminutivo.No eufemismo: um pedacinho da Amazônia, um cantinho da Floresta Atlântica, um matinho do Cerrado, um prediozinho de poucos andares no Guará, ou em Águas Claras, uma invasãozinha apenas de catadores de lixo no Parque Nacional...

Comerciozinho, leitinho, lanchinho para as criançinhas, invasãozinha, e assim o monstro começa a ser gerado. A padaria se multiplica, seus donos querem mais clientes, os comerciantes pleiteiam junto ao Governo o adensamento populacional do Park Way,  votam, com a ajuda do Sindicato da categoria, na Conferencia das Cidades, o governo os ajuda trazendo ônibus cheios de representantes da classe para votar, para burlar os moradores, fraudar as eleições, superando, em número, os votos contrários dos moradores. Os comerciantes se fazem de vítimas, alegam precisar sustentar suas famílias, reclamam para o Governador...

E não adianta querer “amarrar”, controlar o comercio. Moradores ingênuos, mal informados, ludibriados por aqueles que querem obter vantagens econômicas à custa da qualidade de vida no Park Way, insistem que o problema poderá ser resolvido através da imposição de normas, regulamentos, restrições, proibindo a mudança de destinação, proibindo a futura padaria de virar Casa de Chope, a farmácia de virar motel ou proibindo a construção de quitinetes sobre a futura pet shop.

Ora, o Lago Sul não conseguiu controlar o comercio, nem o Lago Norte. Tampouco o Plano Piloto, apesar de ter sua área tombada pela UNESCO. Vejam a briga pelas pousadas nas 700!!

Ouvi recentemente na CBN que a presidente da Associação Comercial-DF apresentou um projeto na CL-DF apontando, como sugestão de estacionamentos, as áreas verdes das 100, 200 300 e 400, desocupadas para facilitar o acesso aos usuários do comércio local. Já imaginaram a Ilha de Calor que essa iniciativa irá gerar?


Não existe no DF atualmente comercio controlado!Que obedeça aos regulamentos!. Sem Plano Diretor Local que o Governo Arruda nos tirou. Com a falta de fiscalização que existe. Sem participação ativa da sociedade no processo de governança. Sem haver um conselho da APA Gama Cabeça-de-Veado que seja deliberativo e não consultivo, quem de fato acredita em Comércio Organizado??? Parece até o termo usado pelo GDF quando fez o PDOT de 1997 e criou a pérola de "área prioritária para monitoramento". Como se apenas aquelas áreas precisassem ser monitoradas. Sabe o que ocorreu??? As áreas monitoradas são, hoje, ...os condomínios do Colorado!!!

Todos vocês estão cientes, as leis, as restrições, as normas, no Brasil, só servem para serem descumpridas. Violadas. E o exemplo é dado pelo próprio Governo, através de sua grileira oficial, a TERRACAP, que desmatou a área verde do conjunto 01, da quadra 14, apesar de decisão contraria do MP e do TJDFT.

Se leis, determinações, regulamentos no Brasil fossem levados a sério, fossem obedecidos, aquele boteco que vende bebida alcoólica para menores de idade, localizado ao lado da feirinha da Quadra 14, já teria sido retirado. As invasões já teriam sido expulsas, o Setor Noroeste não existiria, na 901 não seriam construídos hotéis e os corruptos do Governo já teriam perdido o mandato. Mas não é isso que acontece, não é?

Infelizmente existem também os moradores mal intencionados, aqueles que querem lucrar com um eventual adensamento do Park Way, como os especuladores imobiliários que compraram vários lotes no Park Way não para morar, mas para especular, os proprietários de Casas de Festas e; --essa é a parte mais triste-- alguns arquitetos- urbanistas que gostariam de vender projetos arquitetônicos de centros comerciais à SEDHAB:” projetos arquitetônicos para realizar intervenções de infraestrutura na dinâmica urbana do Park Way”.  Fui abordada por um deles durante a Conferencia das Cidades.Esses são, em minha opinião, os mais cruéis pois, como urbanistas, sabem que a implantação de comercio significa o fim da qualidade de vida no Park Way, o fim do Park Way como conhecemos agora, mas insistem na implantação de um “comercio pequeno, fácil de ser controlado”, como se isso fosse possível, simplesmente por estarem interessados no lucro da venda de seus projetos ao Governo.

Amigos,

A SEDHAB está querendo adensar o Park Way, incluir nossa RA no seu Plano de Desenvolvimento de Habitações Populares. Seus representantes ficam com água na boca quando pensam nos milhares de casas populares que poderão implantar nas nossas enormes e perfeitas áreas verdes que, mesmo sendo queimadas anualmente, conseguem se recuperar.

E comércio, então? Quantas centenas de lojinhas estilo W3 não poderão ser construídas aqui? Quanto imposto para enriquecer o governo e os governantes não poderá ser recolhido?

E quando tudo isso acontecer será que algum morador do Park Way ficará feliz? O que aconteceu com a vovó que queria uma padaria pertinho de casa para comprar  leitinho para os netinhos?

Ela não sai mais de casa porque ficou muito perigoso sair sozinha pelo Park Way. Sobretudo a pé. A média de assaltos a estabelecimentos comerciais no DF aumentou em 25%, agora é de 20 por dia!

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/04/28/i,300053/medo-ronda-os-comercios-de-todo-o-df-apos-aumento-de-roubos-e-furtos.shtml

Assim, no final, quem saiu ganhando?O Governo.

Quem saiu perdendo? Os moradores. Nós!

Pensem nisso!


Flavia Ribeiro da Luz
Presidente da Associação Park Way Residencial