Jorge Oliveira
Publicado: 14 de agosto de 2014 às 0:48
Vitória – A morte trágica de Eduardo Campos muda
significativamente o quadro político do país. Marina Silva pode
substituí-lo. E aí a coisa vai ficar preta para o PT. O segundo turno,
que já se desenhava como provável, agora fica a certeza de que haverá
com a candidatura da Marina, que nas eleições de 2010 abocanhou 20
milhões de votos. Com quase 10% nas pesquisas, Eduardo, morto, pode
virar um grande cabo eleitoral da Marina porque ela vai contar com o
sentimento de perda do povo brasileiro. Mas, para isso acontecer, Marina
deverá mudar o discurso, focar em propostas exequíveis e concretas para
mudar o país.
Eduardo Campos teria dificuldade de chegar ao segundo turno das eleições. É bem verdade que tinha melhorado o discurso, apresentava propostas mais realistas, mas tinha contra ele o pouco tempo de televisão. Preocupou-se demais em consolidar a aliança com Marina e esqueceu-se de aumentar o tempo na TV coligando-se com outros partidos. A companheira de chapa também atrapalhou. Censurou Eduardo quando este tentou outros apoios, numa atitude de infantilidade política, e o resultado foi o pouco tempo de televisão e a restrição a adesão de políticos e de outros partidos à candidatura de Eduardo.
Nos bastidores da campanha do socialista já se comentava inclusive a provável substituição da Marina. Dizia-se abertamente que ela tinha sido um blefe, uma pessoa difícil de relacionamento e de posições estreitas para quem se propunha a disputar uma eleição presidencial. O motivo para substituí-la era um só: a Marina não havia acrescentado um voto sequer à candidatura de Eduardo Campos, que continuava patinando em terceiro lugar. Agora, a situação pode se inverter. Marina, levada pela emoção do povo brasileiro, pode surpreender e levar a eleição para o segundo turno.
No segundo turno, Marina teria duas opções: apoiar Aécio ou Dilma, caso não ganhe as eleições. Provavelmente, por suas posições radicais, vai se declarar neutra. Mas mesmo com a neutralidade não deverá ter controle sobre os seus votos que certamente vão migrar para o Aécio. A Dilma, portanto, continuará em dificuldades para ganhar a eleição no segundo turno já que todos partidos de oposição estarão contra ela.
Aécio vai continuar sua caminhada. Para ele, o quadro não muda muito no primeiro turno. O tucano não vai herdar os votos de Eduardo Campos porque eles migrarão imediatamente para Marina Silva, com quem Campos andava grudado em caminhadas pelo Brasil para colar sua imagem ao da sua companheira de chapa de olho nos votos de Marina que não apareciam. Aécio deve continuar pontuando nas pesquisas devido ao espaço que a mídia já concede igualmente a todos os candidatos.
A morte de Eduardo abala mais a candidatura da Dilma. Recordista em rejeição, a presidente continua empacada. Enquanto permanece nos mesmos números, seus opositores crescem e se aproximam dos seus números. Até o programa político na televisão, dificilmente a presidente vai avançar. Sem carisma, quanto mais aparece falando na mídia eletrônica mais tem a sua imagem arranhada e rejeitada pelos eleitores.
Eduardo Campos teria dificuldade de chegar ao segundo turno das eleições. É bem verdade que tinha melhorado o discurso, apresentava propostas mais realistas, mas tinha contra ele o pouco tempo de televisão. Preocupou-se demais em consolidar a aliança com Marina e esqueceu-se de aumentar o tempo na TV coligando-se com outros partidos. A companheira de chapa também atrapalhou. Censurou Eduardo quando este tentou outros apoios, numa atitude de infantilidade política, e o resultado foi o pouco tempo de televisão e a restrição a adesão de políticos e de outros partidos à candidatura de Eduardo.
Nos bastidores da campanha do socialista já se comentava inclusive a provável substituição da Marina. Dizia-se abertamente que ela tinha sido um blefe, uma pessoa difícil de relacionamento e de posições estreitas para quem se propunha a disputar uma eleição presidencial. O motivo para substituí-la era um só: a Marina não havia acrescentado um voto sequer à candidatura de Eduardo Campos, que continuava patinando em terceiro lugar. Agora, a situação pode se inverter. Marina, levada pela emoção do povo brasileiro, pode surpreender e levar a eleição para o segundo turno.
No segundo turno, Marina teria duas opções: apoiar Aécio ou Dilma, caso não ganhe as eleições. Provavelmente, por suas posições radicais, vai se declarar neutra. Mas mesmo com a neutralidade não deverá ter controle sobre os seus votos que certamente vão migrar para o Aécio. A Dilma, portanto, continuará em dificuldades para ganhar a eleição no segundo turno já que todos partidos de oposição estarão contra ela.
Aécio vai continuar sua caminhada. Para ele, o quadro não muda muito no primeiro turno. O tucano não vai herdar os votos de Eduardo Campos porque eles migrarão imediatamente para Marina Silva, com quem Campos andava grudado em caminhadas pelo Brasil para colar sua imagem ao da sua companheira de chapa de olho nos votos de Marina que não apareciam. Aécio deve continuar pontuando nas pesquisas devido ao espaço que a mídia já concede igualmente a todos os candidatos.
A morte de Eduardo abala mais a candidatura da Dilma. Recordista em rejeição, a presidente continua empacada. Enquanto permanece nos mesmos números, seus opositores crescem e se aproximam dos seus números. Até o programa político na televisão, dificilmente a presidente vai avançar. Sem carisma, quanto mais aparece falando na mídia eletrônica mais tem a sua imagem arranhada e rejeitada pelos eleitores.