sábado, 24 de maio de 2014

E OS ESKERDOPATAS DEFENDEM A REELEIÇÃO DOS DESASTRADOS DESGOVERNANTES





E os eskerdopatas defendem a reeleição dos desastrados desgovernantes, muitos deles, naturalmente, gratificados com dinheiro, benesses ou sinecuras. Outros, por burrice mesmo, adquirida pela lavagem cerebral gramsciana. Fora os 60 milhões de eleitores iletrados que têm voto comprado pelas bolsas-esmola permanentes, que estimulam mais nascimentos entre os pobres, ampliando a já enorme pobreza, que atinge cerca de 80% da sociedade brasileira

Segundo a PNAD-IBGE, cerca de 80% da força de trabalho, ou População Economicamente Ativa – PEA, no Brasil, ganham até 3 (três) salários mínimos. Significa que cerca de 80% da sociedade brasileira são pobres ou carentes. E iletrados, em consequência.

Triste sina dos brasileiros. Vergonha internacional para o Brasil nesta malsinada Copa do Mundo, a mais cara do planeta em todos os tempos, com excesso de estádios elefantes-brancos superfaturados, financiados pelos impostos arrancados dos pobres brasileiros, em sua maioria. E com mais uma década, entre tantas anteriores, perdida.

Conclusão – O maior e mais grave problema do Brasil é a POBREZA e sua irmã, a IGNORÂNCIA do nosso povo. A causa maior da pobreza é a falta de Planejamento Familiar ao alcance gratuito dos voluntários pobres, para que possam praticar a Paternidade Responsável.

Portanto, é dever de todo brasileiro responsável e patriota, que pense no futuro de seus filhos, netos e descendentes, COMBATER A POBREZA pelo único instrumento eficaz: o Planejamento Familiar.

Álvaro P. de Cerqueira

Coautor do livro ‘O Direito de Bem Nascer’, lançado em 21.05.2013, de autoria do engenheiro e empresário mineiro José Olavo Mourão Alves Pinto (Grupos Tenda de Construção Civil e Pacific Motors, revendedora de automóveis Hyundai e outras marcas coreanas, japonesas e chinesas).


O livro não é vendido e está esgotado. Visitem por favor o site:

www.odireitodebemnascer.com.br


24 de maio de 2014
graça no país das maravilhas

O DESMAME DA BOLSA-EMPRESÁRIO


É preciso reduzir os desembolsos do BNDES e elevar gradualmente a TJLP em direção à Selic
 
Mais um empréstimo de R$ 30 bilhões a taxas subsidiadas (TJLP, 5%, ou menos) vai ser dado pelo Tesouro Nacional ao BNDES. As transferências do Tesouro a bancos públicos, iniciadas em 2008, montavam já a quase 10% do PIB, sendo R$ 414 bilhões para o BNDES. Tais recursos são reemprestados pelo BNDES a taxas também subsidiadas a empresas.

No entanto, a taxa de investimento agregado do país continua anêmica. O gráfico mostra que, apesar da hiperatividade do BNDES, não conseguimos aumentar a taxa de investimento, estacionada abaixo de 20%. Não é à toa que o crescimento médio do quadriênio 2011-2014 não deve ultrapassar raquíticos 2%.

Pode-se argumentar que o desempenho do investimento seria ainda pior se o BNDES não tivesse tomado esteroides. Mas não há evidencias de que esse seja o caso. Afinal, ao contrário de sua missão inicial, os desembolsos do BNDES vão, majoritariamente, para grandes empresas (67,9%, segundo o Relatório Anual de 2012, o último disponível no site do banco). Grandes empresas têm acesso aos mercados financeiro e de capitais, nacional e internacional. Só recorrem ao BNDES por causa do subsídio.

Calcula-se que o custo da bolsa-empresário represente mais do que 0,6% do PIB, maior do que o da Bolsa Família (cerca de 0,5% do PIB). E o custo é crescente. Mesmo que estivesse dando certo, não haveria recursos para manter o crescimento dos desembolsos do BNDES por muito mais tempo.

A grande expansão do orçamento paralelo no BNDES vem sendo usada para mascarar a verdadeira situação da política fiscal. O Tesouro Nacional, com elevado custo de capital, empresta de forma subsidiada ao BNDES, que reempresta os recursos com uma pequena margem. Isso gera lucros para o BNDES, parte dos quais são repassados de volta ao Tesouro como dividendos. Ou seja, no cômputo geral da operação, o Tesouro incorre em elevado prejuízo, mas, na contabilidade pública, sua receita primária aumenta! Essa é a mágica contábil que, apesar de repetidas promessas, o governo se recusa a deixar de fazer.

Em 2015, seria ajuizado que o (a) próximo (a) presidente revertesse a tendência de expansão dos empréstimos subsidiados. Como o BNDES empresta em longo prazo, o melhor seria que tal mudança ocorresse lentamente, diminuindo os desembolsos e aumentando paulatinamente a TJLP em direção à Selic, para evitar que projetos de investimento em curso sejam prejudicados. Seria imprudente continuar aumentando os empréstimos até que uma crise fiscal venha a se abater. Mas o jogo não cooperativo da política pode acabar nos levando ao pior resultado.

Recentemente, líderes empresariais reagiram ferozmente a críticas aos subsídios do BNDES. Um executivo do setor automotivo, falando em off, declarou: "O Brasil tem grandes problemas de competitividade, gerados, inclusive, pelo custo de capital e pela falta de um mercado de capitais, forte e dinâmico.... Considero que sejam válidos os financiamentos apenas para investimentos produtivos concedidos a taxas incentivadas para dar maior competitividade às empresas enquanto as grandes reformas necessárias não são feitas no país, como a tributária e previdenciária" (Valor, 8/5/2014, página A6).

Ou seja, em vez de se bater pelas reformas que, de fato, poderiam ajudar a resolver o problema do elevado custo de capital e da falta de competitividade das empresas brasileiras, o líder empresarial entrevistado prefere a lógica do "farinha pouca, meu pirão primeiro". Primeiro, que sejam feitas as reformas. Só então, retirem meu subsídio!

Se parte da elite empresarial do país reage de forma tão não cooperativa a propostas de reformas, por que deveriam outros beneficiários de programas governamentais agir diferentemente? Definitivamente, não será fácil o trabalho do (a) próximo (a) presidente!
 
24 de maio de 2014
 
Márcio Garcia, Valor Econômico  Lorotas políticas e verdades efêmeras

MAGGIE SIMPSON CITA AYN RAND E O OBJETIVISMO





Maggie Simpson demonstra porque é a personagem mais inteligente da família, mesmo sendo um bebê que raramente fala. Neste vídeo, um trecho do episódio 20 da 20a. temporada, ela cita Ayn Rand ao defender o individualismo, a meritocracia e o progresso, contra uma sociedade coletivista que tenta nivelar as pessoas empurrando para baixo os mais capazes e produtivos. Algo muito parecido com nossas escolas controladas pelo MEC e pelo estado ao impor pesadas taxas, impostos e regulações ao povo.
 
ASSISTAM
http://vimeo.com/45682760

24 de maio de 2014
reaçablog

GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DO FUTEBOL







capaFoi lançado recentemente mais um livro da série Guia Politicamente Incorreto, o Guia Politicamente Incorreto do Futebol, de Jones Rossi e Leonardo Mendes Júnior.
 


O foco é muito mais o futebol que a política. Os autores abordam alguns fatos curiosos sobre o início do esporte no Brasil, sobre o craque Friedenreich e o racismo nos nossos clubes durante o século 20.


 
Analisam questões da Seleção Brasileira nas Copas de 70, 82, 94 e 98. Sobre a seleção de 70, dizem que João Saldanha não foi demitido por ser comunista, mas por ser um técnico problemático, que estava fazendo o time jogar mal. 

 
Com Zagallo, o time conseguiu uma formação que permitia que os melhores craques jogassem juntos. Sobre a seleção de 82, escrevem que o time tinha falhas graves e mereceu perder para a Itália. Comparam o Brasil de 94 com a Espanha de 2010 e concluem que os dois times são muito parecidos.
 

O último capítulo, sobre Pelé, Maradona e Messi, não faz nenhuma comparação entre os jogadores, mas desmente 13 mitos sobre eles, inclusive o de que Pelé fez parar uma guerra.

Também narra a Batalha dos Aflitos de maneira não muito heróica para o Grêmio.


Meu conhecimento sobre futebol é muito limitado. Não tenho como opinar sobre a maior parte do que o livro trata, exceto para dizer que achei bem escrito e aprendi um pouco sobre essa história. Mas gostei muito do capítulo sobre a Democracia Corintiana, que diz que tratava-se de uma ditadura, manipulada por uns poucos líderes, principalmente Sócrates, Wladimir e Adílson Monteiro Alves. Também gostei muito do capítulo do futebol como negócio. Comparando o faturamento dos principais clubes com o de empresas não tão grandes assim, percebemos que os valores envolvidos no esporte são baixos, muito baixos.
 

O trecho mais interessante do livro, como Leandro Narloch apontou, é o que diz que a “lei de Gerson” melhora o mundo. Pena que é tratado de maneira tão rápida, poderia ter sido desenvolvido de maneira mais abrangente. 

As pessoas normalmente entendem “levar vantagem” como um benefício ilícito, mas não existe razão para isso. Se “levar vantagem em tudo” significar trabalhar para conseguir o melhor resultado possível para si mesmo, isso não é de forma alguma antiético.


 
E, então, se cada um procurar o melhor para si mesmo, a vida melhora para a sociedade como um todo, conforme disse Adam Smith: “Não é pela benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas de sua preocupação com seu próprio interesse. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas ao seu amor-próprio, e nunca falamos a eles de nossas próprias necessidades, mas sim das vantagens para eles. Ninguém, exceto um mendigo, escolhe depender primordialmente da benevolência de seus companheiros cidadãos.”


24 de maio de 2014

reaçablog

Dilma: espectros fantasmagóricos não voltarão




Para uma plateia composta em sua maioria por jovens, a presidente Dilma Rousseff adotou neste sábado a temática do "medo", um dos motes que deve ser a tônica do início da campanha presidencial do PT. Dilma afirmou ter lado e que o seu "lado é dos que mais precisam, dos que mais sofrem". 
 "Quem tem lado sabe que é preciso estar atento, estar ao mesmo tempo com um olho no futuro e com um outro olho no passado. Este olho no passado é para evitar que outros e certos espectros fantasmagóricos tentem voltar com as ameaças às conquistas dos brasileiros. E voltem com o que eles já chamam abertamente de medidas impopulares, que significam arrocho salarial, desemprego, recessão. Na redução dos direitos que o povo e a nação conquistaram com muito esforço", afirmou Dilma em discurso proferido no 17º Congresso da União da Juventude Socialista, realizado em Brasília. Sem citar o nomes dos adversários, Dilma, com a voz imposta, ressaltou: "estamos aqui para dizer que eles não voltarão".


O tom beligerante também permaneceu em outros momentos. "Não fui eleita para colocar o País de joelhos, para acabar com a política industrial do País, para privatizar empresas públicas. Não fui eleita para varrer a corrupção para debaixo do tapete." 


A presidente também ressaltou conquistas nas áreas com a educação e considerou que apenas no momento eleitoral, que se aproxima, integrantes da oposição demonstrarão preocupação com ações voltadas para os jovens.

 "Quanto mais nos aproximamos da campanha eleitoral mais vai se tornar charmoso falar do papel da juventude. Mesmo aqueles que nada ou quase nada fizeram. Mesmo aqueles que já nasceram velhos", afirmou a petista para na sequência subir o tom novamente.

 "É sempre bom perguntar para alguns deles: onde eles se encontravam por todos esses anos quando nós do PT e do PCdoB trabalhávamos para mudar o País? Pergunto novamente: onde estavam eles quando democratizamos o acesso à educação, abrindo portas que jamais tinha sido abertas. As portas do ProUni, do Fies, do Pronatec?"


Dilma defendeu ainda que, na agenda de transformações sociais do "futuro", entre uma reforma política profunda. "Sem uma reforma política profunda não teremos condições de construir uma sociedade do futuro que todos almejamos."


Antes do discurso da petista, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, também fez ataques à oposição. "Hoje a tática deles é tentar atingir a presidente da República porque não apresentam projetos, não apresentam saídas. Esse é o objetivo deles, do quanto pior, melhor. Não podemos acreditar em gente desse tipo", afirmou Rabelo.


O dirigente também adotou o discurso do PT de que o projeto da oposição seria um retrocesso nas conquistas sociais. "Estamos diante de dois projetos: o de continuar as significativas mudanças e o risco de retrocesso. Por isso temos que ir adiante. O projeto da oposição é o projeto de voltar aos anos 90, projeto que nós chamamos de neoliberalismo. Não é o projeto que tem em conta o crescimento com distribuição de renda".


No início do evento, foi transmitida em um telão uma mensagem do ex-presidente Lula. "Tenho um enorme carinho por vocês. Vida longa ao UJS", disse o petista.
Em diversos momentos, integrantes da UJS entoaram palavras de ordem a favor da reeleição de Dilma. "Eu estou com Dilma a mais de mil para avançar nas reformas do Brasil", era um dos motes.


Fonte: Agencia Estado  Jornal de Brasilia

Dilma envia proposta ao Congresso de participação popular na reforma política


A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (24), em Brasília, que encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de participação popular no processo de reforma política. “Encaminhei ao Congresso uma proposta de participação popular para que todos possam participar do processo de reforma política. Estou convencida que sem a força da participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige e necessita”, disse a presidenta em discurso no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS).


Ela ressaltou a importância da educação no processo de desenvolvimento do país, e fez questão de mencionar vários programas do governo na área, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de citar os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), divulgados na manhã deste sábado (24), quando foram registrados 9,5 milhões de inscritos.


Dilma participou do ato “Amar e mudar as coisas para o Brasil avançar”, uma das atividades do congresso da UJS


A presidenta também falou sobre a Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho, e reafirmou que o Brasil fará a Copa das Copas. “Tenho certeza que o país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade e do que fizemos. Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-lata. Sei que vocês estão engajados na defesa da nossa Copa. Vamos mostrar a melhor Copa de todos os tempos”.

O congresso da UJS teve início na última quinta-feira (22) e reune cerca de 2,5 mil jovens. Em sua abertura, a UJS cobrou a revisão da Lei de Anistia, com punição aos torturadores, e prestou homenagem às vítimas da Guerrilha do Araguaia, ocorrida entre o fim dos anos 1960 e início dos anos 1970, no sul do Pará e norte de Goiás (hoje Tocantins), na região conhecida como Bico do Papagaio.


Fonte: Agência Brasil  Jornal de Brasilia

Ainda isso!!Dilma: tenho certeza que Brasil fará Copa das Copas

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a parte final do discurso que fez durante evento da União da Juventude Socialista, hoje em Brasília, para responder às críticas do ex-atacante Ronaldo, que disse que estava envergonhado com os atrasos das obras da Copa.
 
 "A Copa do Mundo se aproxima e tenho certeza que o nosso país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da nossa capacidade. Tenho certeza do que fizemos, tenho orgulho das nossas realizações. Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-latas", afirmou.


As declarações do ex-jogador causaram surpresa no Palácio do Planalto. Mais cedo, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou nota para rebater as críticas e disse que "a frase dita pelo Ronaldo, tomada de forma isolada, é um chute contra o próprio gol, já que ele foi parte do grande esforço para construir a Copa do Mundo". O ex-atacante é membro do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo.


"Estou seguro de que não só o Ronaldo, mas todos os brasileiros e turistas estrangeiros que vierem nos visitar terão orgulho, e não vergonha." Para Aldo, apontar as deficiências do País e procurar resolvê-las é dever de todos os brasileiros, principalmente daqueles que têm espírito público. "Mas sentir vergonha do País não faz parte da solução", finalizou.


Fonte: Agencia Estado  Jornal de Brasilia

Assessora do filho de Zé Dirceu é presa por tentativa de golpe na CEF




Por Maria Lima, no Globo: A assessora do deputado Zeca Dirceu (PT-PR), Lucy Mary Silvestre Esteves, foi presa em flagrante neste sexta-feira ao usar um alvará com assinatura falsa do juiz Márcio Augusto Perroni, para sacar R$ 30 mil reais de um suposto pagamento de ordem judicial na Caixa Econômica Federal. O delegado Rogério Lopes, chefe da Divisão Policial do Interior, da Polícia Civil, disse que não encontrou indícios comprovando o envolvimento do deputado e filho do ex-ministro José Dirceu no caso.


Após a prisão, Zeca Dirceu divulgou uma nota anunciando a exoneração da assessora.“Lucy Steves, que exercia a função de telefonista há um ano, já foi exonerada. Se a funcionária cometeu ilegalidades, fez fora do escritório e sem o conhecimento da equipe”, disse o deputado na nota, afirmando desconhecer o suposto esquema para fraudar os saques na Caixa Econômica.


As investigações estão a cargo das polícias Civil e Federal, mas a a acusada está detida nas dependências da Polícia Civil de Umuarama, interior do Paraná. Ao ser presa, a assessora revelou ser contratada pela Câmara Federal, mas prestar serviços ao escritório de Zeca Dirceu de Umuarama.


Segundo o delegado Rogério Lopes, Lucy Mary compareceu a uma agência da CEF, na última quinta, para fazer a retirada dos R$ 30 mil, apresentando uma ordem judicial do fórum de Alto Piquiri, o mesmo onde trabalham sua filha Daniele e atua o juiz Perroni. O gerente da agência, no entanto, duvidou do documento apresentado, adiou o saque para ontem . Nesse tempo, ligou para o juiz, que confirmou a fraude de sua assinatura, e chamou a polícia para preparar o flagrante. (…)
Por Reinaldo Azevedo

Aldo Rebelo e Dilma rebatem Ronaldo



Na VEJA.com:
O Ministro do Esporte Aldo Rebelo respondeu, na tarde deste sábado, às críticas do ex-jogador Ronaldo à organização da Copa do Mundo. Rebelo afirmou que, como integrante do Comitê Organizador Local (COL), Ronaldo dava um “chute contra o próprio gol” ao se dizer envergonhado com os problemas enfrentados pelo Brasil nos preparativos para a competição. 

A presidente Dilma Rousseff defendeu a organização do mundial no Brasil e disse, durante discurso no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), em Brasília, que o país não tem do que se envergonhar. Em entrevista à agência Reuters, Ronaldo afirmou que as críticas feitas pela Fifa ao Brasil pelo não cumprimento de prazos são justas, já que o país sabia desde 2007 das exigências da entidade. “De repente chega aqui é essa burocracia toda, uma confusão, um disse me disse, são os atrasos. É uma pena. Eu me sinto envergonhado porque é o meu país, o país que eu amo. A gente não podia estar passando essa imagem”, lamentou. A entrevista teve ampla repercussão internacional.


 Além de se contrapor a Ronaldo, o ministro repetiu o mantra de que não há motivo para aflição. “Esse grande evento não será motivo de constrangimento para o país que construiu a sétima economia do mundo e é o maior vencedor de todos os Mundiais”, disse ele. “Estou seguro de que não só o Ronaldo, mas todos os brasileiros e turistas estrangeiros que vierem nos visitar terão orgulho, e não vergonha.” Para Rebelo, o governo cumpriu seu papel no “esforço de construção e de desenvolvimento do Brasil”.

 Também no sábado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em entrevista ao jornal suíço Le Temps apontou uma das razões pelas quais um país que tem notórias deficiências de gestão e mão de obra especializada, e um igualmente notório excesso de burocracia, acabou se enredando no cipoal em que se encontra dias antes do início da Copa. 

Segundo Blatter, o Brasil chegou a propor a construção de 17 estádios para sediar a Copa do Mundo de 2014, duas vezes mais que a exigência da entidade. No final, as sedes foram 12 — e Blatter fez questão de ressaltar que a decisão de levar a Copa para lugares como Manaus foi do governo brasileiro, e não da Fifa.

Por Reinaldo Azevedo

PP, PMDB, PSD, PR… Fatias de partido da base aliada começam a abandonar Dilma Rosseff




Aécio na coletiva de imprensa, ao lado de Ana Amélia, no Rio Grande do Sul (Foto: Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS)
Aécio na coletiva de imprensa, ao lado de Ana Amélia, no Rio Grande do Sul  


No papel e no horário eleitoral, por enquanto ao menos, a presidente Dilma Rousseff dispõe de um latifúndio. Na prática, como diria aquele, é “menas verdade”. O tucano Aécio Neves esteve neste sábado em Porto Alegre para o pré-lançamento da candidatura da senadora Ana Amélia (PP) ao governo do Rio Grande do Sul. Embora o partido da senadora, oficialmente, faça parte da base aliada a Dilma, PP, PSDB e Solidariedade (SDD) gaúchos estarão juntos na disputa local e na nacional. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa.

Segundo a última pesquisa Ibope, o governador Tarso Genro (PT), que concorre à reeleição, tem 31% das intenções de voto, contra 38% de Ana Amélia. O PP, um dos partidos mais bem-estruturados do Rio Grande do Sul — conta 136 das 497 Prefeituras —, tinha pouco mais de um minuto de tempo de TV. Com o apoio das duas legendas de oposição, ganhará quase quatro minutos a mais. Para o senador tucano, o apoio é importantíssimo: o PSDB tem apenas um deputado federal do estado e 21 Prefeituras.


Aezão No Rio, será lançado no dia 5, informou o Globo, será lançado o “Movimento Aezão”, composto de fatias do PMDB e de partidos da base aliada ao governo do Rio que aderiram à campanha de Aécio Neves à Presidência. Além de peemedebistas, estarão presentes representantes do PP, do PSD (que já anunciou apoio a Dilma) e do PPS (que está com Eduardo Campos). O evento foi anunciando anteontem pelo próprio Aécio: “Vamos reunir centenas de lideranças políticas, prefeitos, deputados; esses partidos vão reunir suas bases. Eu diria que é realmente o start da nossa campanha no Rio. É a nossa grande largada”.


Oficialmente,  Pezão apoia a reeleição da presidente. Indagado se convidaria o governador para o encontro, respondeu o tucano: “Pezão é o anfitrião não desse ato, mas do Rio. Esse conjunto de partidos, pelo menos uma parte importante deles, apoia o Pezão. É um movimento de apoio à nossa candidatura e à do Pezão”.

Dissidências O Planalto está preocupado com as dissidências. A resposta a esse tipo de movimento é sempre muito difícil. Se o partido se deliga da base e passa a apoiar um candidato adversário, a reação é a óbvia: cortam-se os cargos e pronto, e a legenda passa para ao campo adversário. Sem o rompimento formal, não há muito o que fazer. Se o Planalto decide endurecer, a coisa pode piorar.

Nas três últimas eleições presidenciais, o PSDB é que via aliados seus se desgarrando e indo para o campo adversário; o PT, ao contrário, só recebia adesões. Hoje, a situação é inversa. Antes dado como certo, o apoio do PR à reeleição de Dilma também é considerado incerto pelo Planalto.

Por Reinaldo Azevedo
 

O NOME DA BADERNA É DILMA!


Creio que este artigo de Reinaldo Azevedo que está na Folha de S. Paulo desta sexta-feira, oferece um quadro muito preciso do que ocorre no Brasil sob o desgoverno do PT. Embora muitos dos leitores provavelmente já leram na Folha ou no blog do Reinaldo, decidi mesmo assim fazer a postagem porque este artigo faz um resumo perfeito desses dias de anarquia e insegurança que toma conta do Brasil. Ao final do texto o autor faz uma pergunta que seguramente a maioria dos brasileiros fazem: "Por quando tempo mais?" Leiam:

O PT é um partido da ordem. Ocupa postos-chave na administração que lhe conferem a responsabilidade de manter em funcionamento a sociedade do contrato. Ocorre que esse partido tem a ambição de ser também o monopolista da desordem e, por isso, conserva no Planalto um ministro como Gilberto Carvalho. O secretário-geral da Presidência é o encarregado de fazer a tal "interlocução" com os ditos "movimentos sociais".
 
Segundo, por exemplo, a ótica perturbada dos coxinhas vermelhos do PSOL e assemelhados –os revolucionários do Toddynho com Sucrilhos–, os petistas fariam, na verdade, um trabalho de cooptação das massas, apropriando-se de sua energia revolucionária e sacrificando-a no altar do capital. É só tolice barulhenta, mas alguns empresários de cabeça oca e bolso cheio de grana do BNDES concordam, a seu modo, com a tese e saúdam o petismo por supostamente conter o povo. Até parece que trabalhador, deixado à sua própria sorte, escolhe Karl Marx em vez de TV LED.
 
Quem está certo? Os Robespierres de si mesmos ou os oportunistas do subsídio? Ninguém! Os petistas nem sugam a energia revolucionária do povo (isso não existe!) nem a ordenam. Hoje e desde sempre, instrumentalizam insatisfações em favor do fortalecimento do aparelho partidário, que cobra da sociedade uma espécie de taxa de proteção. A prática é mafiosa: "Votem em nós, ou não tem mais Bolsa Família". "Votem em nós, ou não tem mais Bolsa BNDES." Adiante.
 
Não vou aqui apelar ao nascimento das musas para identificar a gênese das jornadas de junho de 2013, mas a história isenta ainda contará que elas nasceram no momento em que o PT, convocado a dizer "não" à desordem e a se comportar como um partido da ordem, fez exatamente o contrário, articulando-se para que a bomba explodisse no colo de um adversário político –no caso, o governador Geraldo Alckmin. Os esforços do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para desestabilizar e desmoralizar a polícia de São Paulo só não mereceram uma medalha da Honra ao Mérito Petista porque ele foi incompetente e desastrado. O tiro saiu pela culatra.
 
Não há grupo baderneiro com viés de esquerda que não tenha sido levado ao Palácio do Planalto para conversar. O método consagrado para ser ouvido na República obedece à gradação dos celerados: quebrar, incendiar, invadir, bater e –como esquecer o cinegrafista Santiago Andrade?– matar. A raiz do caos que viveu São Paulo na terça e na quarta desta semana não está numa disputa por poder num sindicato de motoristas. Isso sempre existiu, com uma penca de cadáveres, diga-se. A gênese dos métodos terroristas empregados está no Palácio do Planalto.
 
"Ah, a direita sempre quer resolver tudo na porrada!" Não! Esse é Fidel Castro. É Kim Jong-un. É Xi Jinping. Eu acho que as demandas têm de ser resolvidas de acordo com leis democraticamente pactuadas. E penso que só é tolerável que existam um Estado e uma burocracia cara se estes entes puderem manter as regras da civilidade para arbitrar as diferenças. É que não tenho projeto de poder e, portanto, não preciso ser um cafetão do caos.
 
Na quarta-feira, Carvalho, o interlocutor oficial da desordem, concedeu uma entrevista a "blogueiros". Disse que a imprensa é a responsável pelo "mau humor" dos brasileiros. Acusou ainda o jornalismo de sonegar informações e de investir num "envenenamento mais ou menos generalizado". Para ele, há uma excessiva "editorialização da opinião". Carvalho, o stalinista disfarçado de santarrão de sacristia, acha que uma opinião não pode ser editorializada! Entendo.
 
Depois ele voltou ao prédio em que despacha a presidente da República para dar continuidade à sua "interlocução" com extremistas minoritários os mais variados, que transformam a vida cotidiana dos brasileiros num inferno. Não há escapatória: o atual nome da baderna é Dilma Rousseff. É quem, podendo mandar muito, não manda nada. Por quanto tempo mais? Da Folha de S. Paulo desta sexta-feira
 

Carta à Seleção Brasileira




Poesia Política no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Márcio Rocha

Mês de junho tem copa no Brasil
Meu País é palco do mundial
Isso até que podia ser legal
Se a pátria ainda fosse mãe gentil
Porém minha alegria desistiu
Depois de ver tamanha roubalheira
Triplicando dinheiro pra empreiteira
Fazer estádios superfaturados

Enquanto brasileiros são chutados
Pra escanteio por toda essa sujeira.
Me desculpem, Ronaldo e Parreira
Julio César e o Davi Luiz
É que já não dá mais ver meu país
Ser tratado como uma brincadeira
Todo dia é jogado na lixeira

O futuro de um bebê inocente
Que se fosse escalado como gente
Nos gramados da boa educação
Com certeza seria um campeão
E eu iria torcer bem mais contente.
Eu sei que a seleção é inocente

No que diz respeito à corrupção
Mas não dá pra ter comemoração
Num país sem governo transparente
Brasileiro escalado pra indigente
Esquecido em corredor de hospital
Enquanto acontece um carnaval

Com os impostos da massa brasileira
Que trabalha e sequer tem cadeira
Pra sentar na rede educacional.
Nessa copa eu vou ser torcedor
De uma melhor imagem nacional
Da saúde e assistência social

Do respeito a qualquer trabalhador
Do salário mais justo ao professor
Ao militar e a qualquer cidadão
Que trabalha pra comprar seu feijão
Na labuta suada o dia inteiro

Vou pra rua com o povo brasileiro
Mas não vou pra o estádio , Felipão.
Me desculpe caro amigo Neymar
Mas essa é minha humilde opinião
Vou vestir a blusa da seleção
Vou pra rua com o povo protestar

Quero ver o meu Brasil levantar
O troféu da mudança, essa é a vez
Pois já não dá pra viver no talvez
Do pão na mesa do trabalhador
Lute por nos Neymar, mas por favor
Não nos peça pra torcer por vocês...

Márcio Rocha é Poeta.

O Penoso Dilema - o Ovo ou a Galinha?



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

A afirmação de que o terrorismo foi uma reação ao movimento de 1964 é mais uma desculpa esquerdista para justificar seus desmandos. 
“A tendência dominante no Brasil é o abstracionismo” (Pietro   Maria Bardi, em abril de 1990, quando diretor do Museu de Arte de São Paulo)

Nunca é demais recordar a história da luta armada no Brasil. História que as novas gerações, intoxicadas pelas mentiras difundidas por certa mídia esquerdizada com o aval de ex-guerrilheiros, hoje elevados à condição de heróis e recompensados financeiramente por terem lutado pela democracia, por aquele mesmo Estado que queriam derrubar. Um caso inédito em todo o mundo: guerrilheiros urbanos e rurais, depois de anistiados, são recompensados pelos assaltos, seqüestros, mortes cometidas e, enfim, pela derrota!

Parodiando o jornalista e ex-guerrilheiro urbano Franklin Martins – que foi assessor do governo Dilma e, diz-se, será o “comandante” de sua próxima campanha eleitoral-, no prefácio que escreveu para o livro “Viagem à Luta Armada” (escrito pelo terrorista Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, o último dos Grandes Comandantes da ALN, que desertou, em meados dos anos 70 após receber treinamento de guerrilha em Cuba, indo viver em Paris), o período de luta armada foi uma época em que mercado era o lugar onde as donas de casa faziam compras e não a todo-poderosa entidade globalizada que hoje comanda a humanidade com a sua mão invisível; massa era a denominação dada ao povo a caminho de encontrar seu destino revolucionário e não, uma tentação para os que estão em dieta; abrir significava revelar informações à repressão; cair significava ser preso;expropriação era o eufemismo utilizado para designar roubos e assaltos;quadro era a denominação dada ao militante experiente, com cargo de direção na Organização; e justiçar não significava distribuir Justiça e sim, assassinar os companheiros que começassem a pensar com suas próprias cabeças, demonstrando dúvidas sobre a ciência do marxismo-leninismo ou se tornassem suspeitos de colaborar com o inimigo de classe.

Foi um tempo em que se propalava que o capitalismo estava com os dias contados. Um tempo em que as revoluções eram consideradas iminentes, seguindo aquela modelada pelos guerrilheiros cubanos, que instalaram em Cuba uma república democrática popular (ou seja, instalaram um pleonasmo:um governo do povo popular) e procuravam estender esse pleonasmo a todo o continente.
Um tempo de mudanças e de contestações, onde se propalava que era“proibido proibir”.

Um tempo, enfim, em que um punhado de companheiros, sem dinheiro, sem doutrina e sem equipamento, mas com disposição e vontade - companheiros que nada reivindicam, nem mesmo compreensão -, no início por conta própria, é verdade, erradicaram o terrorismo, os seqüestros de diplomatas e de aviões e as guerrilhas urbana e rural. 
 
A doutrina, o dinheiro, a organização e o equipamento foram substituídos pela imaginação, pelo desprendimento e pelo forte sentimento anticomunista. Os procedimentos iam sendo inventados, na medida das necessidades, face à rapidez com que os acontecimentos se sucediam.

Somente a partir de janeiro de 1970, com a constituição dos DOI/CODI, passou-se a atuar organizadamente.

Tudo isso, no entanto, aconteceu não sem a perda de vidas, não sem sangue, suor e lágrimas e não sem que reputações fossem manchadas, carreiras abreviadas, injustiças e erros cometidos. E não sem que esses companheiros sejam, até hoje, vítimas de um revanchismo dos que nunca se conformaram com a derrota. Revanchismo orquestrado por uma parte da mídia que não hesita em deturpar fatos e mentir despudoradamente.

Foi um tempo duro, diferente e difícil. Um tempo, no entanto, que devemos nos orgulhar de ter vivido e participado. Um tempo que jamais voltará.

Após tudo isso, foi colocada e permanece na ordem do dia uma discussão acadêmica, sobre a qual, infelizmente, muitas pessoas não têm clareza: a do que quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha. Ou seja, se a luta armada desencadeada pela esquerda radicalizada nos anos 60 e 70, foi fundamentalmente uma reação à Revolução de Março de 1964, como uma grande parte da mídia, políticos, escritores e cientistas sociais afirmam hoje.

Não. Não foi, como os fatos históricos comprovam.

O projeto de luta armada foi anterior a 1964. Desde o início dos anos 60 a esquerda radicalizada alimentava o ovo da serpente, estimulada pelo exemplo da revolução cubana. Isso sem falar nas propostas de revolução armada que vinham de muito antes, na melhor tradição bolchevique de assalto ao Palácio de Inverno, como o levante comunista de 1935.

No período de agosto de 1961 - quando o presidente Jânio Quadros renunciou - a 31 de março de 1964, foi colocada em xeque, no Brasil, a chamada ordem constitucional burguesa, segundo o jargão das esquerdas.

No governo de João Goulart já existiam organizações e grupos voltados para a utilização de formas de luta “mais avançadas”:

- As Ligas Camponesas de Francisco Julião - mais tarde, em 21 de abril de 1962, efemeramente denominadas de Movimento Revolucionário Tiradentes-, são o exemplo mais nítido. Já em 1961, diversos integrantes das Ligas foram mandados a Cuba para receber treinamento militar, tão logo Francisco Julião regressou de uma viagem àquele país. 
 
Ainda mais remotamente, deve-se recordar que, em 1957, quando como deputado federal efetuou uma viagem à União Soviética, Julião solicitou a autoridades militares daquele país o fornecimento de armas, para equipar as Ligas e “fazer a revolução no Brasil” (declarações de Oleg Ignatiev, jornalista da Agência Tass, publicadas pela imprensa em agosto de 1996);

- A POLOP, Política Operária, uma organização constituída em 1961, agrupando elementos de várias tendências alternativas ao PCB, que se destacou pelo intenso trabalho de doutrinação e formação de quadros. Em maio de 1964, decorridos menos de dois meses da Revolução de Março, adiantou-se aos acontecimentos que viriam marcar a dinâmica das esquerdas por quase uma década, tornando público um documento que definiu a guerrilha e a luta armada como “o caminho a seguir”;

- O PC do B, constituído em 1962, a partir de uma cisão no PCB, que ainda antes de 1964 mandou um grupo de militantes para treinamento militar na Academia Militar de Pequim. Esses militantes constituíram o núcleo da Guerrilha do Araguaia.

- A Ação Popular, também constituída em 1962, que exercia domínio indiscutível sobre a UNE. Também a AP, logo após a Revolução, mandou um grupo de militantes para treinamento político-ideológico em Pequim. Esse grupo, no regresso ao Brasil, transformou a AP numa organização marxista-leninista-maoísta (livro “No Fio da Navalha”, editora Revan, 1996; um depoimento de Herbert José de Souza - “Betinho” -, então coordenador nacional da Ação Popular, a um grupo de jornalistas);

- o Partido Operário Revolucionário Trotskista-Posadista, constituído na década de 50;

- os famosos “Grupo dos Onze”, uma inspiração de Leonel Brizola, então deputado federal, em 1963. Nesse ano, Brizola ofereceu a coordenação nacional do Grupo dos Onze a Herbert José de Souza, então assessor do ministro da Educação (livro “No Fio da Navalha”).

O projeto de luta armada foi anterior a 1964, repetimos. Isso é reconhecido por aquela esquerda onde há seriedade e um mínimo de vida inteligente, como o ex-guerrilheiro urbano Daniel Aarão Reis Filho “Antes da radicalização da ditadura, em 1968, e antes mesmo da sua própria instauração, em 1964, estava no ar um projeto revolucionário ofensivo. 
 
 
Os dissidentes se estilhaçariam em torno de encaminhamentos concretos, formando uma miríade de organizações e grupos, mas havia acordo quanto ao nó da questão: chegara a hora do assalto. Neste quadro, os revolucionários não resistem, atacam. Alegaram, em seu favor, que os autênticos revolucionários não pedem licença para fazer a revolução (...). 
 
 
Aprisionados por seus mitos, que não autorizavam recuos, insensíveis aos humores e pendores de um povo que autoritariamente julgavam representar, empolgados por um apocalipse que não existia senão em suas mentes, jogaram-se numa revolução que não vinha, que, afinal, não veio, e que não viria mesmo” (artigo “Este Imprevisível Passado”, na revista“Teoria e Debate” nº 32, julho/agosto/setembro de 1996, editada pelo Partido dos Trabalhadores).

Nesse contexto, foi rápida a conversão das bases radicalizadas do Partido Comunista Brasileiro - “que estava no governo mas ainda não detinha opoder”, como disse Luiz Carlos Prestes em entrevista, em Recife, em fevereiro de 1964 - à tática da luta armada.

Cerca de 700 militantes do Partido Comunista Brasileiro, desde a década de 50 até o desmantelamento do socialismo real, receberam treinamento político-ideológico no Instituto de Marxismo-Leninismo, na União Soviética e em outros países do Leste-Europeu, e cerca de 300, dos grupos voltados para a luta armada, treinamento militar em Cuba e na China.

Entretanto, com exceção do “Projeto Araguaia” - do Partido Comunista do Brasil, na época seguidor dos ensinamentos do livrinho vermelho de Mao-Tsetung -, cuja implantação teve início tão logo essa facção desprendeu-se do PCB, em 1962, nenhum grupo de esquerda chegou a reunir, jamais, as condições mínimas de infraestrutura para a instalação daquilo que o cientista social francês Regis Debray, companheiro de Che Guevara nas selvas da Bolívia, definiu como “foco guerrilheiro”, em seu livro “Revolução na Revolução”.

Os seqüestros de diplomatas estrangeiros e de aviões comerciais, os assassinatos, inclusive de companheiros, a título de “justiçamentos”, a avidez com que eram praticados os roubos de armas, de agências bancárias, de residências e, até mesmo, já no descenso, a trocadores de ônibus, para financiar a instalação do “Foco” e como propaganda armada para “estimular as massas” - com a participação, diga-se de passagem, de pessoas que integram o partido do atual governo -, foram transformados em tática militar e viriam a consumir os principais quadros e dirigentes dessas organizações, levando ao seu total desmantelamento no início dos anos 70.

Igualmente não é verdadeira outra tese: a de que a luta armada foi deflagrada após a radicalização, pelo governo, do processo revolucionário, com a edição do Ato Institucional nº 5, que teria deixado a oposição sem alternativa política.

Ora, o Ato Institucional nº 5, assinado pelo presidente Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, foi uma resposta a algo que já existia: ao assassinato, em 28 de março de 1966, do sargento do Exército Carlos Argemiro Camargo, no Paraná, pelos guerrilheiros comandados por Jeferson Cardim de Alencar Osório, então exilado no Uruguai (“um tresloucado”, segundo o depoimento de “Betinho” no livro “O Fio da Navalha); aos assassinatos, em 25 de julho de 1966, do jornalista Edson Regis de Carvalho e do almirante Nelson Gomes Fernandes, mandados pelos ares por uma bomba, no aeroporto dos Guararapes, em Recife (bomba colocada por um militante da Ação Popular); ao assassinato cruel do soldado Mario Kosel Filho, sentinela do Quartel-General do II Exército, em São Paulo, quando da explosão de um carro-bomba, atirado contra o portão daquele quartel; e do assassinato, em 12 de outubro de 1968, de Rodney Chandler, capitão do Exército dos EUA, em São Paulo, por terroristas da Ala Marighela, precursora da Ação Libertadora Nacional, ao sair de sua casa, perante seus filhos. 
 
Segundo os panfletos deixados no local, ele foi “julgado e justiçado” por ser “agente da CIA”.Um dos que participaram do “julgamento” é hoje professor na UNICAMP; um dos que atiraram em Chandler foi assessor do Partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, afastado por corrupção; a mulher que efetuou o levantamento dos hábitos do capitão Chandler, que hoje vive em São Paulo, diz-se uma vítima dos torturadores. Todos foram anistiados.

O AI-5 não passou, portanto, de um ato de legítima defesa do Estado.

A conclusão de tudo isso é que a discussão acadêmica de todos esses anos para descobrir quem deu o primeiro tiro, não passa, como no caso do ovo e da galinha, de uma “masturbação sociológica” (royalties para o ex-ministro e ex-militante da Ação Popular Sérgio Motta, autor da frase, ao qual, aliás, “Betinho” - segundo afirmou em “No Fio da Navalha” - passou a Coordenação Nacional da AP, em 1970, antes de exilar-se no Chile).


Carlos I. S. Asanbuja é Historiador.

Lula reencontra o caixa dois



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Guilherme Fiúza

Lula aconselhou o Brasil a desconfiar das denúncias “muito estranhas” envolvendo a Petrobras. “Tenho a impressão de que tem gente querendo fazer caixa dois”, disse. É um alerta importante.

Lula entende do assunto. Foi o primeiro presidente brasileiro a declarar que caixa dois todo mundo faz, na época do mensalão. Mas uma coisa é fazer caixa dois sendo o “filho do Brasil”, porque aí tudo que é do seu pai é seu.

Outra coisa, bem diferente, é fazer caixa dois sendo filho de qualquer um, sem ter nem um Delúbio para guardar esse dinheiro, que será usado sabe-se lá como – talvez comprando os deputados errados.

O PT ensinou aos brasileiros, sem perder a ternura, o conceito de dinheiro não contabilizado. É um absurdo que a oposição queira sair fazendo caixa dois de qualquer maneira, sem conceito nenhum.

É para isso que serve um verdadeiro líder nacional, um grande estadista: para apontar as coisas que ninguém poderia imaginar.

Quando todos achavam que a Petrobras era depenada pelo governo popular e seus clientes, vem Lula esclarecer que não é nada disso. Fazer sumir centenas de milhões de dólares com aquisições suspeitas, travestir o preço do petróleo e torrar fortunas com propaganda política do pré-sal são coisas da vida.


Os esquemas bilionários do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, que, por coincidência, floresceram na estatal com a chegada do PT ao poder, também não têm importância. Caixa dois todo mundo faz, e parasitar empresa pública também. Assim como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são presos políticos. Chamem a OEA.

O verdadeiro problema com a Petrobras – que os neoliberais tentam encobrir, mas Lula revelou – é essa gente querendo usar as denúncias para fazer caixa dois

O verdadeiro problema com a Petrobras – que os neoliberais tentam encobrir, mas Lula revelou – é essa gente querendo usar as denúncias para fazer caixa dois. Como funcionaria isso? Ele não explicou, mas tudo bem. Quem tem intimidade com determinado assunto não tem paciência mesmo para ser didático. Possivelmente, Lula quis dizer que seus adversários pretendem usar a CPI da Petrobras para extorquir suspeitos – arrecadando “taxas de inocência” para não convocá-los a depor. Essa acusação já havia sido feita por correligionários de Lula. É uma estratégia que o PT conhece profundamente, como demonstrou na famosa CPI do Banestado.

Isso foi em 2004 – mesma época que, sabe-se agora, o esquema de Paulo Roberto Costa começou a funcionar na Petrobras. A CPI do Banestado tinha, como relator, o deputado José Mentor e, como mentor, o ministro José Dirceu. Foi desmoralizada porque a tropa de choque (cheque) do governo popular fabricava convocações e fazia chantagem aos quatro ventos. Como todo mundo sabe, chantagem de esquerda é progressista e não chateia ninguém. O estranho, bizarro mesmo, é imaginar os adversários do PT usando esse expediente. Lula sonhou com isso e foi logo contando ao Brasil, visionário que é. Tudo em defesa da Petrobras.

Assim começa a campanha eleitoral, em que Lula, Dilma e companhia poderão denunciar todos os caixas dois que sonharem. Se forem contestados no Tribunal Superior Eleitoral, estará tudo em casa. Adivinhem quem acaba de tomar posse na presidência do TSE, para ser o juiz supremo da corrida presidencial? Ele mesmo, o menino prodígio da dupla Batman e Robin do PT no STF, o ex-advogado de Lula que suou a camisa pelos mensaleiros – Dias Toffoli. Está garantida a isenção no pleito.
 
Como já se viu no Primeiro de Maio, a presidente da República transformou a cadeia obrigatória de rádio e TV em comício eleitoral inflamado. O TSE provavelmente a punirá com rigor e a obrigará impiedosamente a rezar 13 Ave-Marias e 13 Pais-Nossos (para combinar com o número na cédula).

Surge agora a informação de que o PT usou dinheiro público do fundo partidário para pagar a defesa de mensaleiros e até da inesquecível Rosemary Noronha – assessora especial da Presidência para negócios privados à sombra. Ninguém precisa ter dúvidas: o xerife de estrelinha vermelha do TSE acabará com essa bagunça. Determinará até que Rose e os mensaleiros devolvam todo o dinheiro aos cofres públicos. E a seleção de Camarões conquistará a Copa do Mundo.


Guilherme Fiúza é Jornalista.