quinta-feira, 18 de junho de 2015
A cultura brasileira faliu. Agora você precisa cuidar da cultura dos seus filhos! Ou a vitimização da incultura.
Dentre tantas, grifo uma diferença cabal entre esquerda e direita, que é o posicionamento cultural. Esta ainda nutre apreço pelo belo, pelo estético e pelo clássico. Aquela, relativista contumaz, tenta erigir a incultura à posição de “cultura reprimida”, ou algo que o valha.
Sim, dói nos olhos e nos ouvidos. Qualquer porcaria vira “expressão popular” e é aplaudida como cultura nacional. Criam-se segmentos e logo o lixo se multiplica, com uma ajudazinha da Lei Rouanet, que virou uma espécie de terra de ninguém.
Os efeitos radioativos das guelras do PT nos altos escalões brasileiros precisarão de alguns anos para serem sentidos em seu dimensionamento completo. Muito já se pode perceber (e lamentar), entretanto, se há oposição há esperança. E se há um grupo dentro da sociedade brasileira que pode elevá-la culturalmente, este grupo é a Direita.
O sustentáculo intelectual de qualquer nação é direitista. Não importa quão infiltrados os esquerdistas estejam nos setores acadêmicos e artísticos, a nata superior, por razões puramente racionais, não irá convergir com o contorcionismo retórico a qual a esquerda precisa recorrer para dirimir suas inequívocas contradições.
É claro que há esquerdistas lidos, e, em certo sentido, até cultos, mas estarão sempre uma categoria abaixo. Fernando Haddad, é sempre bom lembrar, disse que Stalin era melhor que Hitler porque, embora ambos executassem seus inimigos, Stalin lia os livros antes…
Este é o mais claro exemplo de como a consciência dessa gente está cauterizada. Adeptos de uma teoria achacadora, tiveram o senso de realidade e humanidade também achacados.
Questiono sempre a legitimidade intelectual de quem acha que suas finalidades justificam tramoias. Portanto, se da esquerda nada se espera, é mister que a Direita erga-se em ação.(Ou da direita erga-se a Nação! NB)
Precisamos ler mais. Como um todo. Dar exemplo aos nossos filhos. Seu filho não será um leitor se nunca vê-lo com um livro na mão. Livros não podem ser meros adereços de exibicionismo nas estantes, precisam ser lidos.
Esteja sempre lendo alguma coisa, em seu ritmo, conforme sua disponibilidade. Se pode ler um livro em uma semana, leia, aprenda, e comece outro. Se precisa de quatro meses para ler um livro. Faça em seu tempo, e depois, comece de novo.
Divirjo de certas posturas sobre a iniciação de crianças à leitura. Não creio que seja hora de lhes empurrar os clássicos. Sei que funcionou para muitos, mas não para outros tantos. Dê livros infantis e infanto-juvenis para crianças.
Deixe-as escolher o que querem ler. Quando pegarem gosto pela coisa, o caminho é sem volta. E chegarão no melhor que a literatura tem a oferecer.
Entrementes, precisamos ser exemplos. Vejo pais que há anos não pegam um livro na mão e que querem forçar os filhos à leitura.
Reparem que as crianças, cada vez mais cedo, querem celulares, tablets e computadores.
Porque é o que veem os pais usando o tempo todo, inclementes.
Se um casal, durante o jantar, toma cada qual o seu celular a fim de conferir as atualizações do “face” e as mensagens agora infindas de whatsapp, como ensinarão suas crianças que ler um livro é uma atividade melhor?
Quantos pais estão pagando escolas de mensalidades na casa de 4 dígitos para os filhos receberem doutrinação esquerdopata e não estão percebendo?
Você pode passar anos de sua vida mandando uma criança fazer algo. Pode bater e castigá-la. Mas se ela não ver o exemplo em sua própria atitude, não adiantará. Você precisa dar o exemplo para que ela o emule!
Filhos de pais que gritam também gritam. Crianças mentirosas geralmente lidam no dia a dia com mentiras.
Não podemos esperar uma retomada cultural partindo da esquerda. Só o que virá de lá é o aumento da depravação e a desnecessidade do apuro.
Precisamos voltar à direita, e também voltar à cultura. Precisamos fazer nossa parte e preparar nossa descendência para fazer a dela.
Da esquerda, só podemos esperar o pior.
Por Renan Alves da Cruz
Defensores de bandidos praticam banditismo. Cadê a novidade?
Pobre do país em que o deplorável ganha o status de normalidade. Porém, quem se chocou com a notícia de que “estudantes” (no meu dicionário tem outro nome), impediram a sessão da Câmara que discutiria a redução da Maioridade Penal?
Não, não surpreende que a tática velhaca de incitar uma combustão militante, exacerbada e antidemocrática, impeça o andamento do trabalho na Casa que representa o povo.
Sim. Antidemocrática. Pecam aqueles que consideram manifestações deste tipo como uma demonstração democrática. Ao contrário. Manifestações que se enquadram na democracia não violam os direitos dos outros. Não funcionam sob esta batuta.
Funcionou, já que a sessão foi suspensa e gente do quilate de Jandira Feghali, a comunista que não se mistura com o povo na classe econômica, foi ao twitter comemorar.
Como funcionou, farão de novo. E nada será feito. Como quando sapateavam sobre as mesas porque não queriam Marco Feliciano na comissão de Direitos Humanos, como bem lembrou Reinaldo Azevedo.
Pobre do país em que o deplorável ganha o status de normalidade.
Pobres de nós.
Por Renan Alves da Cruz
Leia também:
A Favor da Redução da Maioridade Penal
Imagens da Pátria Educadora
A Cultura brasileira faliu. Agora você precisa cuidar da cultura dos seus filhos
O Comunismo não morreu
Um Rio de Janeiro envergonhado
Vá trabalhar, Ministro Cardozo!
Tivesse eu sido nomeado Ministro da Justiça, tendo o sistema prisional como uma das atribuições de minha pasta, estaria procurando alternativas para melhorá-lo.
Ambicionaria deixar algum legado visível. Senão a resolução plena do problema, ao menos um princípio de reversão de sua situação calamitosa.
Acho surpreendente que José Eduardo Cardozo, não pela primeira vez, dê entrevistas criticando o sistema, que está sob sua responsabilidade há 4 anos e meio!
É mais que um mandato presidencial, ministro!
Cardozo apareceu todo garboso, tentando ficar quite com as esquerdas, criticando a redução da maioridade penal sob o argumento de que as prisões são “escolas do crime”.
Merece uma sonora reprimenda! O responsável pela área é o próprio!
Gostaria que Cardozo desse satisfações à população sobre o que, nestes últimos quatro anos e meio, fez para combater a situação que agora externa, como se resolver o problema fosse uma atribuição minha, ou sua, leitor!
Se Cardozo quer falar de prisões, que seja explicitando o que tem feito em prol delas. Se já identificou o problema: as prisões estão piorando os criminosos ao invés de reabilitá-los, que ele trabalhe, usando o orçamento considerável que tem, para combater o problema, e apresente resultados aos cidadãos pagadores de impostos.
É claro que o problema não começou em sua gestão no Ministério, nem seria ele messiânico o suficiente para resolvê-lo, todavia, que pelo menos apresente alguma melhora.
O que não cabe é demonstrar indignação, como se a responsabilidade de resolver a coisa estivesse a cargo do Capitão América!
Vá trabalhar, ministro! Serviço é o que não lhe falta.
Por Renan Alves da Cruz
Os oito bravos
Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista
O Antagonista homenageia os oito senadores que desmascararam de uma vez a ditadura venezuelana:
O Antagonista homenageia os oito senadores que desmascararam de uma vez a ditadura venezuelana:
Aloysio Nunes Ferreira,
Aécio Neves,
Cassio Cunha
Lima, do PSDB,
José Agripino e Ronaldo Caiado, do DEM,
Ricardo Ferraço,
do PMDB,
José Medeiros, do PPS, e
Sérgio Petecão, do PSD.
Postado por Tomaz Filho às 19:43
Senadores são hostilizados em visita à Venezuela
Congresso em Foco
“Estamos em Caracas, sitiados em uma via pública. Nossa van foi atacada por manifestantes”, disse Aécio Neves, por meio de sua conta no Twitter
por Fábio Góis | 18/06/2015 17:22 | |||||
Segundo diversos relatos de parlamentares da oposição, e de manifestações pela internet por parte dos próprios envolvidos, o episódio foi protagonizado por simpatizantes do governo Nicolás Maduro, em resposta à missão dos senadores na Venezuela. Os parlamentares brasileiros foram àquele país prestar apoio a líderes oposicionistas presos desde o início de 2014, depois de protestos em nível nacional contra Maduro.
“Estamos em Caracas, sitiados em uma via pública. Nossa van foi atacada por manifestantes”, disse Aécio Neves por meio de sua conta no Twitter, antes de a comitiva conseguir retornar ao aeroporto. “Mas seguimos firmes na disposição de visitar Leopoldo López. Estamos aqui para defender a democracia e até agora o governo venezuelano tem demonstrado pouco apreço por ela.”
O tucano disse ainda ter conversado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dele ter ouvido a garantia de que a Casa protestará formalmente contra o ocorrido, bem como cobrará um posicionamento da presidenta Dilma Rousseff.
“É um clima de violência. Houve até tentativa de apedrejamento do ônibus. Os senadores estão cercados, não conseguem ir adiante, nem retornar [ao aeroporto]. Eles pretendiam retornar para aguardar, no aeroporto, alguma providência, mas estão impedidos, paralisados, cercados por pessoas gritando palavras de ordem, ameaçando”, disse ao Congresso em Foco o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), reportando conversa que teve ao telefone com Aécio Neves.
A empreitada à Venezuela atende a uma súplica feita por familiares dos presos em audiência pública realizada em maio na CRE. Na ocasião, Lilian Tintori, mulher do líder do partido de oposição Vontade Popular, Leopoldo López, relatou à comissão o drama por que passa seu marido. López está preso desde fevereiro de 2014 sob acusação de “instigação pública”, danos a propriedades, formação de quadrilha e incêndio.
Revolta no Congresso
O assunto movimenta os plenários do Senado e da Câmara. Presidente desta Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contatou o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e tentou acalmar deputados da oposição que, indignados, exigiam providências, moção de repúdio e convocação do próprio Mauro para dar explicações.
Depois de uma rápida suspensão da sessão plenária, Cunha disse ter solicitado um posicionamento oficial do governo brasileiro e recebeu a informação de que os senadores já retornaram ao aeroporto de Caracas, onde aguardam provimento de segurança por parte das autoridades.
No Senado, de maneira mais organizada, Renan emitiu nota à imprensa (leia abaixo) e garantiu que providências institucionais serão tomadas, por meio do diálogo com Dilma e o ministro Mauro Vieira. Afinal, como lembraram alguns senadores, trata-se de uma missão oficial da Casa que foi vítima de hostilidade em um país vizinho. “Os senadores continuam apreensivos, estão no trânsito cercados há mais de três horas”, disse Renan em plenário, depois de ler a nota, e cobrando uma “solução altiva” do governo brasileiro.
Mas o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), fez uma ressalva. “A informação que eu recebi do ministro Mauro Vieira é que hoje está sendo feita a extradição de um criminoso acusado de ter matado um parlamentar venezuelano tido como chavista. Ele foi preso pela Interpol e, exatamente hoje, está sendo devolvido para a Venezuela. Então, desde o aeroporto até o centro da cidade tem-se uma grande confusão em Caracas, que, obviamente, coincide com a chegada dos nossos senadores”, discursou o petista.
Presidente da representação brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), Roberto Requião (PMDB-PR) foi além. Ele condenou a hostilização à comitiva, mas fez críticas a setores da oposição no Brasil. Para Requião, o mesmo tratamento dado aos senadores brasileiros vitimou, principalmente depois das manifestações de março, a presidenta Dilma Rousseff. “Que isso sirva de exemplo para que não se repita aqui no Brasil”, fustigou o peemedebista.
Confira a íntegra da nota:
“O presidente do Congresso Nacional recebeu relatos apreensivos da delegação de senadores brasileiros em viagem à Venezuela através dos senadores Cássio Cunha Lima, Aloysio Nunes Ferreira, Ronaldo Caiado e Aécio Neves.
Há relatos de cerco à delegação brasileira, hostilidades, intimidações, ofensas e apedrejamento do veículo onde [sic] estão os senadores brasileiros.
O presidente do Congresso Nacional [Renan Calheiros] repudia e abomina os acontecimentos narrados e vai cobrar uma reação altiva do governo brasileiro quanto aos gestos de intolerância narrados.
As democracias verdadeiras não admitem conviver com manifestações incivilizadas e medievais. Elas precisam ser combatidas energicamente para que não se reproduzam.”
Leia mais sobre o assunto:
Venezuela autoriza pouso de senadores em avião da FAB
Senadores do PT ficam fora de comitiva à Venezuela
Leia também:
Mais sobre Venezuela
Mais sobre política externa
GOVERNO DO PT ANUNCIA REDUÇÃO DE SALÁRIO DOS TRABALHADORES. mas não reduz OS SALÁRIOS DOS MARAJÁS VERMELHOS.
Todos sabem
que somente o impeachment da Dilma e a proscrição do PT e seus
satélites esquerdistas salvará o Brasil de se tornar uma nova Venezuela.
Agora, na maior cara de pau esses malditos comunistas pretendem
diminuir o salário dos trabalhadores. E os bandidos, com a conivência da
grande mídia já colocaram na ordem do dia essa tungada no bolso
justamente de quem depende de salário. Como se sabe, os salários no
Brasil são baixos, ridículos, sem falar no fato de que o real já foi
super desvalorizado, e tudo acontece como aconteceu na Venezuela. Falta
apenas a escassez de gêneros de primeira necessidade, o que fatalmente
acontecerá caso o desgoverno do PT continue desgovernando o Brasil e
roubando até que a Nação mergulhe na falência total.
E os semoventes vermelhos ainda têm a coragem de citar como exemplo a Alemanha. Ora, a Alemanha é a maior economia da União Européia e está entre as primeiras maiores do mundo. Na Alemanha há centenas de brasileiros trabalhando e seria interessante que comentassem aqui no blog sobre como aquele país enfrentou no passado crises econômicas e qual foi a real situação dos trabalhadores.
Não há dúvida que o governo do PT já destruiu o Brasil. Falta apenas atirar a pá de cal para transformar o país num grande cubão mergulhado num poço de miséria, violência e desgraça geral como nunca antes se viu na história da República.
Repito: todos sabem que a solução dessa desgraça em que o PT mergulhou o Brasil é uma só: impeachment imediato da Dilma e a cassação dos registros partidários do PT e demais siglas comunistas. Não há alternativa. Ah, sim. Há alternativa, mas apenas para os ricos e os usufrutuários do petrolão e demais roubalheiras dos cofres públicos. Esses pegam o avião e se mandam para Miami. A maioria estará condenada a viver sob o tacão da vagabundagem comunista. Nesse estágio que terá, evidentemente convulsão social, o regime mostrará a sua verdadeira cara e começará a repressão violenta como ocorre na Venezuela. Pau no lombo da bugrada.
E aí vem uma pergunta que não quer calar de jeito nenhum: As Forças Armadas brasileiras vão dirigir os seus canhões contra o povo brasileiro para manter essa horda comunista no poder?
Transcrevo a matéria sobre a tungada nos salários dos trabalhadores que está no site da revista Veja. É espantoso que Veja divulgue esses press-release nauseabundo forjando nos porões do Palácio do Planalto sem qualquer análise, como acabei de fazer ainda que de forma ligeira aqui no blog. Leiam:
A área técnica do governo fechou a proposta do programa de redução da jornada de trabalho e de salários, que deve sair até o fim deste mês como medida para controlar o aumento do desemprego na indústria. Pelo desenho proposto, a jornada seria reduzida em 30%, mesmo porcentual que as empresas cortariam do salário. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), porém, pagaria 15% do salário para o empregado.
E os semoventes vermelhos ainda têm a coragem de citar como exemplo a Alemanha. Ora, a Alemanha é a maior economia da União Européia e está entre as primeiras maiores do mundo. Na Alemanha há centenas de brasileiros trabalhando e seria interessante que comentassem aqui no blog sobre como aquele país enfrentou no passado crises econômicas e qual foi a real situação dos trabalhadores.
Não há dúvida que o governo do PT já destruiu o Brasil. Falta apenas atirar a pá de cal para transformar o país num grande cubão mergulhado num poço de miséria, violência e desgraça geral como nunca antes se viu na história da República.
Repito: todos sabem que a solução dessa desgraça em que o PT mergulhou o Brasil é uma só: impeachment imediato da Dilma e a cassação dos registros partidários do PT e demais siglas comunistas. Não há alternativa. Ah, sim. Há alternativa, mas apenas para os ricos e os usufrutuários do petrolão e demais roubalheiras dos cofres públicos. Esses pegam o avião e se mandam para Miami. A maioria estará condenada a viver sob o tacão da vagabundagem comunista. Nesse estágio que terá, evidentemente convulsão social, o regime mostrará a sua verdadeira cara e começará a repressão violenta como ocorre na Venezuela. Pau no lombo da bugrada.
E aí vem uma pergunta que não quer calar de jeito nenhum: As Forças Armadas brasileiras vão dirigir os seus canhões contra o povo brasileiro para manter essa horda comunista no poder?
Transcrevo a matéria sobre a tungada nos salários dos trabalhadores que está no site da revista Veja. É espantoso que Veja divulgue esses press-release nauseabundo forjando nos porões do Palácio do Planalto sem qualquer análise, como acabei de fazer ainda que de forma ligeira aqui no blog. Leiam:
A área técnica do governo fechou a proposta do programa de redução da jornada de trabalho e de salários, que deve sair até o fim deste mês como medida para controlar o aumento do desemprego na indústria. Pelo desenho proposto, a jornada seria reduzida em 30%, mesmo porcentual que as empresas cortariam do salário. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), porém, pagaria 15% do salário para o empregado.
Para os
empregadores, a redução nos custos seria da ordem de 30%. Para os
trabalhadores, o salário seria cortado em 15% porque contariam com o
complemento do FAT, fundo responsável pelos pagamentos do
seguro-desemprego e do abono salarial.
A
proposta, batizada de Plano de Proteção ao Emprego (PPE), é vista com
simpatia pelo Planalto e, principalmente, pela equipe econômica. As
discussões foram comandadas pela Casa Civil, com apoio técnico do
Ministério do Trabalho. Defensores da proposta consideram essencial
colocá-la em prática para impedir o aumento do desemprego - a taxa de
abril foi a maior em quatro anos.
Grandes
empresas ainda fazem lobby para que o governo aumente o porcentual de
redução da jornada e, consequentemente, do salário em até 50% - o FAT,
então, teria de bancar 25%.
Alemanha -
O início do debate se deu há três anos, quando o Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC fez a proposta. Um grupo formado por representantes
do governo, de sindicalistas e de patrões foi à Alemanha para se
informar.
Na
Alemanha, boa parte da indústria e dos sindicatos concorda em reduzir a
jornada de trabalho e os salários, em caráter excepcional e com prazo de
validade, para permitir que a economia atravesse a crise sem falências
ou demissões. O instrumento foi muito usado para combater os efeitos da
crise econômica de 2008, mas já tinha sido usado nos anos 60 e 80.
A
redução da jornada e do salário precisa ser aprovada em assembleias com
os sindicatos para ser implementada. É o que diz a Constituição, que
impede a redução de direitos trabalhistas, a não ser por acordos desse
tipo. Ficou decidido que o limite por trabalhador para a contrapartida
do FAT será de 1.385,91 reais (parcela máxima que o fundo paga de
seguro-desemprego). Na outra ponta, a redução não pode fazer com que o
empregado ganhe menos que um salário mínimo (788 reais).
Trabalhadores afastados -
Há um consenso entre patrões, empregados e governo sobre a importância
da medida para conter o aumento das demissões, sobretudo na indústria
automotiva. Atualmente, cerca de 25.000 trabalhadores estão afastados
por lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho),
férias coletivas ou licenças remuneradas, como consequência da queda na
demanda por veículos. A indústria automobilística é responsável pela
geração de 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos.
No lay-off,
o contrato de trabalho é suspenso por cinco meses, que podem ser
prorrogados. O empregado recebe o seguro-desemprego por cinco meses. No
PPE, como o trabalhador continua empregado, há continuidade na
arrecadação de contribuições trabalhistas e previdenciárias e impostos,
que são pagos pelas empresas e pelos trabalhadores.
Para o
governo, é mais vantajoso completar uma parte dos salários dos
trabalhadores e continuar arrecadando impostos do que aumentar os gastos
com o seguro-desemprego.
Pressão no Congresso -
A flexibilização das leis trabalhistas deve ser proposta por meio de
Medida Provisória (MP), que teria efeito imediato. O presidente da
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea),
Luiz Moan, afirma que as montadoras e os sindicatos vão pressionar o
Congresso para que a MP seja aprovada e a mudança passe a valer
definitivamente.
"É um
programa preventivo para evitar o desemprego, que fere a dignidade do
trabalhador", diz Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos
Metalúrgicos da CUT. "Deve ser uma espécie de socorro dos bombeiros,
usado para apagar incêndios. Servir apenas para momentos como o de
agora: a indústria está pegando fogo." A confederação reúne 85
sindicatos em todo o país.
O
presidente da Força Sindical, Miguel Torres, apoia a medida, embora
tenha sugerido que a complementação do salário tenha como origem os
recursos do adicional de 10% da multa do FGTS, pago pelas empresas em
demissões sem justa causa. De acordo com ele, os cerca de 3 bilhões de
reais arrecadados por ano poderiam ser usados para constituir esse fundo
que seria acionado em momentos de crise sistêmica.
Ricardo
Patah, presidente da UGT, diz que a central sindical considera a
proposta pertinente para evitar que demissões em massa da indústria
automobilística causem impacto ao comércio e aos serviços - atividades
de 70% dos sindicatos filiados à central. Do site da Revista Veja
A ficha criminal do governo Dilma: 13 (!) irregularidades a "explicar".
Duvido que
Dilma consiga explicar todas essas lambanças com os cofres públicos.
Como o blogueiro disse em post anterior, só podemos esperar mais e mais
mentiras. Curiosamente, ela terá que 13 esclarecimentos ou
justificativas. Como todos sabem, 13 é o fatídico número do Partido
Totalitário:
A presidente Dilma Rousseff terá de se explicar sobre 13 indícios de irregularidades em suas contas de 2014, segundo o acórdão aprovado por unanimidade no plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira.
As contas de Dilma não estão em condições de ser apreciadas, em razão
da grande quantidade de irregularidades, o que será comunicado ao
Congresso Nacional.
A
presidente terá 30 dias para apresentar as explicações sobre "pedaladas"
fiscais; ausência de contingenciamento de recursos num ano eleitoral;
omissão de dívidas no balanço; pagamento de despesas do Minha Casa Minha
Vida com adiantamentos do FGTS; e mais nove indícios de irregularidades
cuja responsabilidade direta foi atribuída a Dilma pelo TCU.
O
julgamento sobre o parecer em relação às contas será feito depois de a
presidente apresentar a sua defesa. O acórdão registra a "inobservância
do princípio da legalidade, dos pressupostos do planejamento, da
transparência e da gestão fiscal responsável" em razão das
irregularidades apontadas.
—
Provavelmente (a explicação) será por escrito, assinado por ela. As
ações que cabem diretamente a ela são as de contingenciamento e as
próprias pedaladas. As contas são dela. Tudo foi prestado por ela. Por
isso, a presidenta que precisa ser ouvida — afirmou o ministro do TCU
Augusto Nardes.
Veja os 13 indícios de irregularidades que Dilma terá de esclarecer:
1 – Omissão de dívidas da União com Banco do Brasil, Caixa e FGTS nas estatísticas da dívida do governo no ano de 2014;
2 –
Adiantamentos concedidos pela Caixa à União para pagamento de despesas
dos programas Bolsa Família, Seguro-Desemprego e Abono Salarial nos anos
de 2013 e 2014 (as chamadas "pedaladas" fiscais);
3 –
Adiantamentos concedidos pelo FGTS à União para pagamento de despesas do
programa Minha Casa Minha Vida no período de 2010 a 2014 (também
interpretados como "pedaladas");
4 – Adiantamentos concedidos pelo BNDES à União para pagamento de subsídios a empréstimos concedidos pelo banco de fomento entre 2010 e 2014;
5 – Ausência de uma lista de prioridades da administração federal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014;
6 – Pagamento de dívida contratual junto ao FGTS sem autorização orçamentária no ano de 2014;
7 –
Excesso de recursos, para além dos valores aprovados, por parte da
Amazonas Distribuidora de Energia, Araucária Nitrogenados, Boa Vista
Energia, Energética Camaçari Muricy I (ECM I) e Petrobras Netherlands,
além da Telebrás, Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. (TSLE) e
Furnas;
8 –
Pagamento de despesa sem previsão no orçamento de investimentos pelas
empresas públicas Araucária Nitrogenados S.A., ECM I e TSLE;
9 – Ausência de contingenciamento de R$ 28,54 bilhões em decreto presidencial de novembro de 2014;
10 –
Utilização da execução orçamentária para “influir” na aprovação pelo
Congresso de alteração na legislação que permitiu ao governo não cumprir
meta de superávit primário em 2014;
11 – Inscrição irregular em restos a pagar de despesas de R$ 1,3 bilhão referentes ao programa Minha Casa Minha Vida em 2014;
12 – Omissão de déficit primário da União em operações com Banco do Brasil, BNDES e FGTS em 2014;
13 –
Distorções materiais que afastam a confiabilidade de parcela
significativa de indicadores e metas estabelecidos no Plano Plurianual
2012-2015. (O Globo).
Postado por
Orlando Tambosi
às
18:22
Escândalo: por que o Congresso não julga as contas do governo desde 2002?
Aí tem, e tem mais escândalo. O economista Mansueto de Almeida
questiona a omissão do Congresso nacional na aprovação ou rejeição das
contas do governo. E levanta a dúvida que eu também tenho: "não vejo
como as contas do governo de 2014 serem aprovadas". Bene, só acrescento
que Eduardo Cunha defende, agora, a análise das contas do governo:
Por que o
Congresso Nacional não julga as contas do governo federal desde 2002?
Eu confesso que não sabia disso, mas é claro que se trata de um
verdadeiro absurdo (clique aqui).
Se o TCU analisou as contas ao longo dos anos e fez o parecer prévio
recomendando a aprovação, o Congresso Nacional deveria ter julgado as
contas e aprovado ou rejeitado.
Eu não
vejo como as contas do governo de 2014 serem aprovadas. Na verdade, o
mais correto é que as contas do governo, mesmo em 2010, quando o governo
Lula fez uso de truques contábeis, não tivessem sido aprovadas.
Explico. Em 2010, o governo fez um empréstimo de R$ 25 bilhões ao BNDES
para o Banco, com o empréstimo do governo, comprasse ações da Petrobras
para a companhia pagar à vista parte da cessão onerosa.
Entendeu?
não? Explico de novo. O governo cederia 5 bilhões de barris de petróleo
para a Petrobras que “pagaria” ao governo com o equivalente em ações da
companhia. A operação seria neutra do ponto de vista fiscal. Mas o
governo na época resolveu nos fazer de bobos – desculpem a linguagem
dura.
O Governo
fez a cessão onerosa os 5 bilhões de barris de Petróleo, mas ao mesmo
tempo aumentou a divida em R$ 25 bilhões para emprestar ao BNDES, que
com o dinheiro da expansão da dívida comprou ações da Petrobras e, a
petroleira, com esse dinheiro que teve origem na expansão da divida,
pagou parte dos 5 bilhões de barris de petróleo repassado pela União
para a Petrobras. Com essa manobra toda conseguiu transformar um
crescimento da divida de R$ 25 bilhões em uma receita primaria de R$ 25
bilhões para fechar as contas de 2010. Uma das operações mais absurdas
no menu de contabilidade criativa.
Assim, “o
problema não são os 20 centavos”! O problema não é apenas 2014, mas um
sucessão de coisas absurdas que o governo fez pelo menos em 2010, 2012,
2013 e 2014 e que ao longo do tempo foram se agravando. Foram truques
cuidadosamente planejados com o objetivo único de fazer todos nós de
bobos. Truques tinham objetivo de entregar metas de primário que eram
mera ficção.
O que
impressiona são pessoas acharem essa praticas defensáveis. Não são. O
TCU deveria recomendar a não aprovação das contas do governo federal de
2014 e já deveria ter feito isso antes.
Uma boa noticia (pelo menos parece) para alegrar nosso dia.Vitória da democracia – Projeto de Bolsonaro que combate corrupção no voto é aprovado na Câmara
Publicado por Revolta Brasil em 17 junho, as 14 : 17 PM Print
O
projeto que foi aprovado neste dia 16 na Câmara, EC 10/15, é do
deputado federal Jair Bolsonaro, e torna obrigatória a emissão de
recibos para todos os eleitores de forma automática ao fim de cada voto.
O recibo mostrará em qual candidato a urna contabilizou o voto e torna
muito mais difícil qualquer possibilidade de fraude, que até o momento é
algo perfeitamente possível nas urnas, conforme destacam diversos
especialistas em TI.
Ministro do STF diz que povo tem razão ao desconfiar que Dilma e Lula fraudaram as urnas
Bolsonaro alerta para a eleição de Lula em 2018 caso as urnas eletrônicas não sejam substituídas por voto impresso
Rodrigo Constantino alerta sobre omissão nas urnas e continuação da destruição petista ao Brasil
Especialista que provou a fragilidade das urnas é entrevistado por Gentili no The Noite. Assista
Bolsonaro alerta para a eleição de Lula em 2018 caso as urnas eletrônicas não sejam substituídas por voto impresso
Rodrigo Constantino alerta sobre omissão nas urnas e continuação da destruição petista ao Brasil
Especialista que provou a fragilidade das urnas é entrevistado por Gentili no The Noite. Assista
Sem
dúvida o projeto é uma vitória da democracia, pois a muitos anos as
urnas são alvo de denuncias de fraude, mas por motivos não
compreensíveis o TSE e o Congresso teimam em manter estas urnas, que já
foram rejeitadas em mais de 50 países por serem inseguras e fraudáveis.
Saiba mais: Urna usada nas eleições brasileiras foi rejeitada por mais de 50 países por não ser confiável
A votação na câmara teve 433 votos a favor e 7 contra o projeto.
Fraudes e mentiras das urnas eletrônicas brasileiras. Tantas provas e nenhuma investigação
TSE não fará teste público das urnas eletrônicas antes das eleições. Especialistas criticam
As vésperas das eleições na Argentina, governo aumenta bolsa-família dos “ermanos”
Publicado por Revolta Brasil em 17 junho, as 14 : 16 PM
Aquela sensação de que você já viu isso.
É,
pois é! Cristina “mui amiga” de Dilma resolveu seguir o exemplo
petista, que deu certo por aqui e a 4 meses das eleições presidenciais
da Argentina aumentou o “bolsa-família” argentino. A ajuste foi
anunciado nesta segunda (15) pela própria presidente Cristina Kischner. O
reajuste comunicado em rede nacional pela presidente argentina é de 30%
Cristina
anunciou que vai mandar ao congresso argentino uma proposta para que o
maior benefício social do país seja aumentado duas vezes ao ano.
A
atual presidente já está em seu segundo mandato consecutivo e não pode
ser reeleita, mas deve lançar um candidato para sucedê-la. (Com informações: Infomoney)
Californianos pintam gramados de verde para esconder efeito da seca; assista
Em seu quarto ano seguido de seca, Estado americano impôs duras restrições para coibir consumo de água e impôs multas
A severa seca pela qual passa a California trouxe muitos transtornos para quem vive neste Estado americano, mas representou uma oportunidade para Drew McClellan.
Veja clicando no link abaixo:
Californianos pintam gramados de verde para esconder efeito da seca
Ele é dono de uma empresa que pinta jardins, um
serviço em alta numa região onde o hábito de regar plantas virou alvo de
restrições. Em vigor desde abril, as novas regras limitam as regas a
poucos dias por semana e a alguns minutos ao dia.
O limite varia de acordo com as empresas que abastecem as cidades. Quem violar este limite pode ser multado em US$ 100.
Isso
ajudará a Califórnia a atingir a meta de 25% de redução no consumo, em
meio ao quarto ano seguido de seca que o Estado enfrenta.
Principais reservas subterrâneas de água estão se esgotando, diz estudo
17/06/2015 12h14
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21 das 37 maiores reservas perderam mais água do que receberam.
Aquíferos subterrâneos fornecem 35% de água usada pelos seres humanos.
Da EFE
O estudo, publicado na terça-feira (16) pela revista "Water Resources Research" e divulgado nesta quarta-feira pelos meios de comunicação, diz que 21 das 37 maiores reservas subterrâneas do planeta perderam mais água do que receberam durante uma década de observação, entre 2003 e 2013.
Dessas 21 reservas, há 13 que experimentaram no período de análise fortes declives em seus níveis de água.
Afloramento do Aquífero Guarani em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
"Dada a rapidez com a qual estamos consumindo as reservas mundiais de água subterrânea, necessitamos de um esforço global coordenado para determinar a quantidade que resta", advertiu.
Graças aos dados dos satélites Grace da Nasa, que captaram as mudanças nos níveis de água dos aquíferos entre 2003 e 2013, os cientistas descobriram que as reservas em pior situação estão em regiões pobres e muito povoadas, como o noroeste da Índia, Paquistão e o norte da África.
E os especialistas alertam que a mudança climática e o crescimento da população contribuirão para piorar ainda mais a situação destes aquíferos subterrâneos.
O exemplo é o estado da Califórnia (EUA.), atingido pela seca e que está obtendo agora 60% da água que necessita das reservas subterrânea diante da média de 40%.
Recomeçou o desespero!Seca no Rio São Francisco atinge situação mais crítica da história.Mas continuam desmatando!
Edição do dia 15/06/2015
Reservatório de Sobradinho está com 20% da capacidade de armazenamento, que é de 34 bilhões de metros cúbicos.
Um barquinho fora d'água, e a água do lago de Itaparica cada vez mais longe dele. A igreja da antiga Petrolândia, inundada na década de 80, está quase toda descoberta. Antes, só dava para ver o teto.
“Aqui onde nós estamos ele está com uns oito metros, quando ele está na cota ele vai para 18”, José Augedi Ferreira, pescador.
Jornal Nacional: Secou muito?
José Augedi Ferreira: Secou muito. Está no caos.
O reservatório de Sobradinho está com 20% da capacidade de armazenamento, que é de 34 bilhões de metros cúbicos. Desde a semana passada, a Chesf mantém a vazão entre 900 e mil metros cúbicos por segundo. Na hidrelétrica de Xingó, no cânion do Velho Chico, só três das seis turbinas estão funcionando.
O Jornal Nacional esteve a seis quilômetros abaixo da represa de Xingó e a região ainda faz parte do cânion. O problema no local são as pedras que antes ficavam todas cobertas no fundo do rio e que agora estão do jeito mostrado no vídeo acima e fica cada vez mais difícil de se navegar pela região.
Para o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, organização com representantes da sociedade civil e dos governos federal, estaduais e municipais a culpa não é só da falta de chuva não.
"Vez ou outra se pede a redução da vazão e não se trabalha num planejamento mais eficaz para que o sistema interligado nacional de energia possa garantir a energia para o país e deixar o rio São Francisco um pouco mais ameno", diz Maciel Oliveira, Comitê Bacia do São Francisco.
A hidrovia do São Francisco já foi uma das mais importantes do país. Tanto que foi preciso construir uma eclusa para passar embarcações grandes, cheias de grãos. Mas nos últimos anos ela muito pouco é usada. A navegação pelo local diminuiu 70%.
Embarcações que antes transportavam quatro mil toneladas de grãos por viagem estão paradas no porto de Petrolina, Pernambuco, há mais de um ano. Quase cem trabalhadores foram demitidos.
"A última viagem que foi feita, em abril de 2014, foi uma viagem que demorou 42 dias. Isso aí é terrível, não tem condições de suportar", lamenta Francisco Emício dos Santos, diretor do porto.
A Companhia Hidrelétrica do São Francisco, Chesf, diz que recebeu autorização especial do Ibama e da Agência Nacional de Águas, ANA, para diminuir a vazão e evitar que o rio seque.
"Felizmente temos um sistema de barragem. Porque se ele não existisse, as vazões eram até menores. Chegariam vazões de 400 metros cúbicos por segundo, 300 metros cúbicos por segundo. E um sistema de barragem, além de propiciar a geração de energia elétrica, ele regulariza o rio propiciando vazões importantes durante todo o ciclo", afirma Mozart Arnaud, diretor de operação da Chesf.
A Agência Nacional de Águas declarou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico pediu a diminuição de vazão do Rio São Francisco para preservar o volume de água dos reservatórios de Sobradinho e de Xingó.
A agência declarou também que está avaliando com a Chesf e com o Ibama as consequências da manutenção da vazão mínima do rio. O Ibama não quis se pronunciar.
Comunidade científica espera que Brasil ratifique este ano o Protocolo de Nagoya
Publicado em junho 17, 2015 por Redação
Por Elton Alisson | Agência FAPESP
A aprovação recente do novo marco legal da biodiversidade do Brasil – que regulamenta o acesso ao patrimônio genético de plantas e animais nativos brasileiros e ao conhecimento tradicional associado – representou um grande avanço do país nesse seara, avaliam pesquisadores da área.
Agora, a comunidade científica espera que o país dê mais um importante passo nesse campo e ratifique, nos próximos meses, o Protocolo de Nagoya – acordo internacional sobre o acesso a recursos genéticos e a repartição justa e equitativa dos benefícios de sua utilização, estabelecido em 2010 pela Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas (ONU).
A expectativa foi ressaltada pelo secretário executivo da CDB, o brasileiro Braulio Ferreira de Souza Dias, durante um evento sobre a agenda internacional da conservação da biodiversidade e o papel do Brasil, realizado na última quinta-feira (11/06), na Universidade de São Paulo (USP).
“Uma das precondições colocadas por vários setores no Brasil para discutir a ratificação do Protocolo de Nagoya era que o país aprovasse primeiramente uma lei nacional que tratasse do acesso a recursos genéticos e a repartição de benefícios. Agora, com a aprovação da nova lei da biodiversidade brasileira, esperamos que, ainda este ano, o Congresso Nacional ratifique o protocolo”, disse Dias à Agência FAPESP.
Na avaliação de Dias, a ratificação do Protocolo de Nagoya pelo Brasil é fundamental para consolidar a implementação do acordo internacional, que entrou em vigor em outubro de 2014, após obter 50 ratificações necessárias.
Isso porque o país, que tem a maior biodiversidade do planeta, estimularia os outros membros da CDB que também ainda não ratificaram o protocolo a confirmarem seu compromisso com o acordo internacional.
“A ratificação do protocolo pelo Brasil terá um simbolismo muito grande e mobilizará outros países a acelerar seus processos de discussão e tomarem a mesma iniciativa”, estimou Dias.
“O Brasil tem uma experiência de mais de 15 anos de discussão sobre acesso a recursos genéticos e repartição de benefícios e pode contribuir muito nas decisões internacionais sobre esses temas. Mas, para isso, precisa ratificar o protocolo de Nagoya”, afirmou.
De acordo com Dias, diversos países europeus devem ratificar o protocolo ainda este ano.
O compromisso internacional, contudo, está enfrentando dificuldades para ser implementado. Dos 196 países membros da CDB, pouco mais de 60 já ratificaram o documento, contou Dias.
“Estamos promovendo capacitação e disseminação de informações com diferentes setores econômicos dos países membros da CDB para esclarecer melhor o protocolo e possibilitar que o acordo entre em pleno vigor e produza os resultados esperados, que são promover a repartição de benefícios aos povos tradicionais e comunidades locais de eventuais usos econômicos da biodiversidade de seus países”, afirmou.
Contribuição brasileira
Segundo Dias, o Brasil tem ganhado muito reconhecimento internacional nos últimos anos por suas ações na área ambiental.
O país foi o que mais expandiu as áreas protegidas e reduziu o desmatamento e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa, na última década, e é um dos maiores produtores de ciência em biodiversidade, afirmou.
“A contribuição brasileira na ciência mundial sobre biodiversidade é, aproximadamente, três vezes maior do que em outras áreas”, comparou.
O país, contudo, ainda não tem aproveitado as oportunidades para influenciar e liderar a agenda internacional sobre biodiversidade e meio ambiente e precisa avançar em algumas questões, avaliou.
“O Brasil participa das discussões internacionais ambientais, mas ainda de forma acanhada, e poderia ser um ator mais ativo e contribuir com suas experiências, como a de monitoramento por satélite de ecossistemas e de recuperação de áreas florestais degradadas, para influenciar a agenda internacional de meio ambiente”, afirmou.
O país ainda não é membro pleno, por exemplo, do Sistema Global de Informação sobre a Biodiversidade (GBIF, na sigla em inglês) – uma organização intergovernamental criada em 2001 para facilitar a partilha e acesso, de forma livre e gratuita, de dados de biodiversidade.
E dos 26 estados brasileiros, apenas São Paulo possui uma comissão e uma política de conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade – elaborada com apoio do Programa BIOTA-FAPESP –, apontou Dias.
“Era preciso que todos os estados brasileiros tivessem um plano sobre biodiversidade semelhante ao de São Paulo. Mais da metade dos estados do México e das províncias da China já possuem estratégias de uso sustentável da biodiversidade. O Brasil está um pouco atrás nessa questão”, comparou.
De acordo com Dias, também é preciso que o país apresente com maior regularidade informações sobre sua biodiversidade à CDB.
Após quase um ano de atraso, o país apresentou no início deste ano seu quinto relatório nacional sobre a biodiversidade, sendo o 131º país membro da convenção a encaminhar o documento ao órgão internacional.
A comunidade científica também tem muita expectativa em relação à proposta que o Brasil apresentará na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), que será realizada em Paris no início de dezembro deste ano, ressaltou Dias.
Isso porque o país poderá desempenhar um papel fundamental para o estabelecimento de um novo acordo global de reduções de gases de efeito estufa que deverá começar a valer a partir de 2020, substituindo o Protocolo de Kyoto, que concilie desenvolvimento e a manutenção dos recursos naturais.
“Se não forem reduzidas as emissões de gases de efeito estufa nas próximas décadas, a biodiversidade global poderá ser severamente afetada. Há diversos estudos mostrando que talvez um terço da biodiversidade mundial poderá desaparecer se a temperatura média global aumentar 2 ºC”, afirmou Dias.
“Esperamos que o Brasil apresente uma proposta progressista de redução de emissões de gases de efeito estufa na COP21, que ajude a inspirar outros países”, ressaltou.
Oportunidade única
Na opinião de Dias, a realização da COP21 e de uma reunião da Assembleia Geral da ONU, ainda em setembro deste ano – em que deverão ser estabelecidos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, sendo a maior parte deles relacionados à questão ambiental e à biodiversidade –, representará uma grande oportunidade para destacar o papel da biodiversidade nas políticas públicas nacionais relacionadas às estratégias de desenvolvimento, combate à pobreza e promoção da segurança alimentar.
Isso porque, apesar de os países reconhecerem que a biodiversidade faz parte das soluções para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável, a maior parte dos subsídios econômicos oferecidos pelas nações a setores ligados à exploração ambiental causa efeitos perversos no meio ambiente, ponderou.
A pesca continua sendo, em grande parte, insustentável e a maioria dos países continuam subsidiando a atividade, da mesma forma que a agricultura e a produção de combustíveis fósseis.
Além disso, não são contabilizados os custos e a sociedade não paga pelos serviços ambientais prestados pela biodiversidade, como prover alimento, água e ar limpo, além de ser fonte de medicamentos e de produtos como cosméticos, ressaltou.
“A sociedade se beneficia desses serviços ecossistêmicos sem pagar, e isso tem levado à destruição do meio ambiente e à interrupção desses serviços ecossistêmicos no mundo”, avaliou.
Se o atual ritmo de perda da biodiversidade global persistir, estima-se que mais de 40% da diversidade de espécies de animais e plantas existentes no mundo hoje desaparecerão nas próximas três décadas. Os recifes de corais deverão ser os primeiros a serem extintos, disse Dias.
A fim de chamar a atenção para a gravidade do problema, é preciso estabelecer metas quantitativas de redução de perda de biodiversidade, sugeriu José Goldemberg, professor emérito dos Institutos de Energia e Ambiente (IEA) e de Física da USP, durante o evento.
“No caso do clima isso é reconhecidamente mais fácil de se fazer, por razões científicas, e tem sido feito pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas]. Mas é preciso que também seja feito na questão da biodiversidade, porque só dessa forma os governos vão atuar”, indicou Goldemberg, que também é membro do Conselho Superior da FAPESP.
Para auxiliar a CDB nesse sentido, a Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) está fazendo uma avaliação global sobre polinizadores, polinização e produção de alimentos e outra sobre cenários futuros da biodiversidade no mundo.
Além disso, a entidade internacional, criada em 2012 com a função de sistematizar o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade para subsidiar políticas no âmbito internacional, também iniciou um diagnóstico sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos nas regiões América, África, Ásia, Oceania e Europa.
Esses diagnósticos regionais serão a base para o primeiro diagnóstico global, que deverá ficar pronto em 2019.
O diagnóstico global deverá equivaler aos relatórios do IPCC sobre mudanças climáticas e deverá influir no aperfeiçoamento das políticas internacionais e nacionais de conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade e serviços ecossistêmicos, disse Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP, durante o evento.
“A ideia é produzirmos a cada cinco ano um relatório global sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos”, disse Joly, que é membro do IPBES.
“Esperamos que as sete convenções relacionadas à biodiversidade da ONU e que os países membros dessas convenções usem os dados produzidos pelos diagnósticos e que os documentos sejam ferramentas úteis para tomadas de decisão”, disse Joly.
Também participaram do evento José Eduardo Krieger, pró-reitor de pesquisa da USP; Antonio Mauro Saraiva, coordenador do Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação (NAP-BioComp) da USP; José Pedro de Oliveira Costa, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP); José Roberto Castilho Piqueira, diretor da Escola Politécnica da USP; e Patricia Faga Iglecias Lemos, secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Publicado no Portal EcoDebate, 17/06/2015
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