domingo, 19 de setembro de 2021

Edital une preservação do meio ambiente e renda extra

 








Edital une preservação do meio ambiente e renda extra



15 setembro 2021    
Ação está com inscrições abertas a proprietários da bacia do rio Doce; cerca de 6 mil hectares de propriedades rurais já aderiram

Por Fundação Renova

A Fundação Renova e o WWF-Brasil continuam a mobilizar produtores e produtoras rurais em 25 municípios da bacia do rio Doce por meio do Edital de Adesão de Produtores Rurais aos Programas de Restauração Florestal. Voltado para ações compensatórias de reflorestamento de áreas degradadas antes do rompimento da barragem de Fundão, o projeto é voltado para quem quer aliar preservação ambiental e renda extra por meio do PSA (Pagamento por Serviço Ambiental). A adesão é gratuita e voluntária. As inscrições ficarão abertas até o dia 1º de dezembro de 2021 no site. Até o momento, foram cadastrados aproximadamente 6 mil hectares de áreas degradadas.

A meta de engajamento do edital é de cerca de 4.500 produtores e produtoras rurais para que seja realizado o reflorestamento de mais de 13 mil hectares nas bacias dos rios Manhuaçu, Santa Maria do Doce, Bananal, Pancas, Corrente Grande e Guandu. Além disso, a ação deve recuperar 960 nascentes nas bacias dos rios Bananal, Pancas, Corrente Grande, Rio Turvo Limpo, São João Grande e São João Pequeno.

O produtor que se inscrever terá como vantagens a construção de bebedouros ou disponibilização de área exclusiva para o gado; melhoria na produção e na qualidade de água e recebimento de PSA após um ano de implantação do projeto. A recompensa é para aqueles que se comprometem a recuperar as áreas dentro da propriedade, em especial nascentes, mananciais e fontes de água. Até o momento, R$ 424 mil foram pagos a produtores e produtoras rurais que se voluntariaram aos programas por meio da ferramenta de PSA na bacia do rio Doce, resultado da restauração de 892 hectares.

De acordo com Felipe Drummond Alves, engenheiro florestal da Fundação Renova, a restauração é uma atividade fundamental para a manutenção dos ecossistemas, uma vez que a produção agropecuária, o esgoto e outras fontes de degradação estão presentes há séculos na região. “Diante da realidade da região, a participação do produtor é essencial, pois as áreas a serem trabalhadas ficam dentro das propriedades. Assim, conseguimos restabelecer a função ecológica do ambiente, melhorar a qualidade e a quantidade de água e regular o clima, conservando a biodiversidade, entre vários outros benefícios”, afirma.

A mobilização está sendo feita de forma remota devido aos riscos impostos pela pandemia de Covid-19 e terá o WWF-Brasil como parceiro no processo. A Fundação Renova será a responsável por executar a restauração ambiental com o fornecimento de insumos, mão de obra e a assistência técnica.

As visitas de campo e ações do projeto estão previstas para ocorrer a partir do encerramento do período de inscrições do edital, podendo se estender até 2023.

A parceria entre Fundação Renova e o WWF-Brasil teve início em maio de 2018 a partir de um projeto piloto de recuperação florestal em larga escala. A iniciativa integrou o desenvolvimento rural sustentável e a abordagem inclusiva das comunidades da bacia do rio Doce.

As ações são realizadas em cumprimento ao Programa de Recuperação de APP (Áreas de Preservação Permanente) e áreas de recarga da bacia do rio Doce e o Programa de Recuperação de Nascentes da Fundação Renova. A entidade tem como meta a recuperação de 40 mil hectares de APPs e recarga hídrica e 5 mil nascentes ao longo da bacia do rio Doce. Ao todo, R$ 1,5 bilhão será destinado para todas as ações destes programas.



SERVIÇO - Edital de Adesão de Produtores Rurais aos Programas de Restauração Florestal
Inscrições: de 15/6 a 1/12
Local: inscrições no site
Valor: adesão é gratuita e voluntária
Público-alvo: O projeto será desenvolvido em 25 municípios localizados em Minas Gerais e no Espírito Santo. Podem se inscrever os produtores e as produtoras rurais dos seguintes territórios:
  • Bacia do rio Turvo Limpo (MG): Guaraciaba, Viçosa e Paulo Cândido
  • Bacia do rio Corrente Grande (MG): Sabinópolis, Guanhães, Virginópolis, Governador Valadares, Periquito, Santa Efigênia de Minas, São Geraldo da Piedade, Açucena
  • Bacia do rio Manhuaçu (MG): Mutum, Lajinha, Aimorés, Alvarenga, Pocrane, Santa Rita do Itueto
  • Bacia do rio Guandu (ES): Baixo Guandu e Laranja da Terra
  • Bacia do Santa Maria do Doce (ES): Colatina e São Roque do Canaã
  • Bacia dos rios São João Grande e São João Pequeno (ES): Colatina
  • Bacia do rio Pancas (ES): Pancas, Colatina e Marilândia
  • Bacia do rio Bananal (ES): Rio Bananal e Linhares
O produtor deve ocupar, comprovadamente, propriedade rural localizada nas áreas estipuladas pelo edital. Deve também possuir interesse em recuperar nascentes, APPs ou áreas de recarga hídrica degradadas de sua propriedade (disposição para recuperar acima de 1 hectare).

Sobre o WWF-Brasil
O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira e sem fins lucrativos que trabalha para mudar a atual trajetória de degradação ambiental e promover um futuro onde sociedade e natureza vivam em harmonia. Criada em 1996, atua em todo o Brasil e integra a Rede WWF, presente em mais de 100 países.

Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um TTAC (Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

 


Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

General Sherman Tree é o maior ser vivo da Terra. A sequoia gigante, que fica no Parque Nacional das Sequoias, na Califórnia, tem 83 metros de altura e 11 metros de diâmetro em sua base. Estima-se que tenha aproximadamente 2 mil anos. E agora, ela e outras sequoias tão antigas e enormes como ela estão ameaçadas pelos incêndios florestais que se alastram pelo estado americano.

Para protegê-las, já que as chamas de um dos muitos incêndios que ainda estão sem controle na Califórnia estão chegando cada vez mais perto, assim como a fumaça, bombeiros decidiram envolver as bases das árvores em cobertores de alumínio. O museu e alguns outros edifícios do parque, que está fechado para visitação pública, também foram cobertos com o material.

“O alumínio só está sendo colocado nas bases. A ideia é evitar que o fogo terrestre atinja a árvore onde há maior probabilidade de queimar, que é perto do solo”, explicou Rebecca Paterson, porta-voz do parque.

Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

A base da maior árvore do planeta, a sequoia gigante, protegida contra o fogo

A medida foi tomada após as autoridades locais perceberem que o incêndio Colony está indo em direção à chamada Giant Forest, a Floresta das Gigantes, onde existem mais de 2 mil sequoias.

“A boa notícia é que, hoje em particular, o comportamento do fogo tem sido bastante moderado, com uma propagação lenta”, ela informou.

No ano passado, os incêndios que atingiram o parque queimaram entre 10% e 14% de toda a população mundial de sequoias gigantes (Sequoiadendron giganteum).

“Elas parecem eternas de uma perspectiva humana, mas os últimos anos mostraram que mesmo esses grandes sobreviventes são vulneráveis a ameaças em um mundo em mudança”, afirmam os administradores do parque.

Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

Registro das árvores queimadas em 2020

Os especialistas explicam, entretanto, que o fogo periódico é um componente saudável e essencial dos ecossistemas que produzem sequoias gigantes. Sem ele, a madeira morta e a rasteira e vegetação rasteira se acumulam rapidamente e torna-se muito difícil para as sementes da árvore germinarem. A administração, inclusive, realiza ações de fogo controlado de tempos em tempos. Todavia, vale ressaltar, que os incêndios são benéficos quando em pequena proporção, não como os desastres catastróficos e sem controle que temos visto ultimamente.

Só entre os meses de julho e agosto, a Califórnia teve 670 mil hectares de vegetação queimada. Mais de 2 mil casas e edifícios foram destruídos ou tiveram suas estruturas danificadas. Quase 35 mil pessoas foram instruídas a abandonar suas residências nas últimas semanas. Eram 17 focos de fogo ativos.

Maior árvore do mundo, sequoia gigante da Califórnia, é protegida com cobertor contra incêndio que se aproxima

As chamas se alastrando pelo Parque Nacional das Sequoias no começo desta semana

Fotos: reprodução Facebook Sequoia and Kings Canyon National Parks

https://conexaoplaneta.com.br/blog/maior-arvore-do-mundo-sequoia-gigante-da-california-e-protegida-com-cobertor-contra-incendio-que-se-aproxima/#fechar

Enquanto se gastam bilhões com viagens ao espaço, área de proteção ambiental no Texas sofre com impactos dos testes da SpaceX

 


Enquanto se gastam bilhões com viagens ao espaço, área de proteção ambiental no Texas sofre com impactos dos testes da SpaceX

Nos últimos meses já foram três viagens diferentes. Bilionários realizando o grande sonho de ir para o espaço. Em julho foi Jeff Bezos, o fundador da Amazon, que embarcou no primeiro voo particular da história, a bordo da Blue Origin, fabricada pela sua empresa de “exploração espacial”. Milhões de dólares – e combustível fóssil liberado no atmosfera -, para a experiência que durou pouco mais de dez minutos. Algumas semanas antes, outro empresário, Richard Branson, já tinha feito algo parecido. Ao lado de outras cinco pessoas, ele fez parte da missão Unity 22, e durante cerca de uma hora, pode ver a Terra de seu voo suborbital. A mais recente aventura, que ainda está em curso, foi promovida pela SpaceX, companhia de Elon Musk, que na última quarta (15/09), lançou quatro tripulantes que ficarão três dias ao redor da órbita do planeta.

Mesmo que após cada uma dessas viagens os bilionários envolvidos tenham feito declarações sobre a necessidade da proteção ao planeta, e também, tirado do bolso alguns milhões de dólares para doações a projetos aqui em Terra, esse investimento gigantesco na exploração espacial tem gerado muitas críticas. Além de ser um dinheiro que poderia financiar ações essenciais para combater a crise climática, por exemplo, ou qualquer outro dos inúmeros desafios enfrentados atualmente pela humanidade – pandemia, distribuição equalitária de vacinas, fome, falta de acesso à educação, só para citar alguns -, especialistas apontam o enorme impacto ambiental que o envio desses foguetes e aeronaves podem causar. E já estão causando!

Uma das bases de teste e lançamento da SpaceX fica localizada na região de Boca Chica, ao sul do Texas, próximo ao Golfo do México, uma área rodeada por reservas de proteção natural, entre elas, o Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Vale Rio Grande, que possui planícies de maré, praias, pastagens e dunas costeiras, habitat de diversas espécies da fauna e da flora.

Acontece que cada vez que um foguete é lançado ao espaço, milhares de destroços voltam à Terra após sua partida. Foi exatamente isso que aconteceu em março, com a espaçonave Starship. Depois de seis minutos subindo, ela voltou ao chão, em meio à chamas e muita fumaça.

“Eu sabia por outras explosões que o foguete se espalharia por todo o refúgio. A limpeza demorou três meses para ser feita”, contou David Newstead, diretor da organização não-governamental Coastal Bend Bays and Estuaries ao jornal The Guardian.

Enquanto se gastam bilhões com viagens ao espaço, área de proteção ambiental no Texas sofre com impactos dos testes da SpaceX

A região de Boca Chica é abrigo e berçário de aves marinhas e tartarugas,
que encontram ali, ou pelo menos encontravam, antes da SpaceX chegar,
um local para se alimentar e reproduzir

Outras entidades de proteção ambiental já denunciaram o impacto da presença da SpaceX nessa área de preservação. A ONG Save Rio Grande Valley enviou documentos às autoridades locais acusando a empresa de fechar estradas e impedir o acesso aos estuários e praias, além de usar acostamentos como estacionamentos, em locais que são propriedade do Departamento de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos.

Em abril, a SpaceX pediu ao governo para adquirir uma área ainda maior para a realização de seus testes. Mas a Agência de Proteção Ambiental do país negou a requisição. Alegou que poderia trazer “impactos adversos substanciais e inaceitáveis sobre os recursos aquáticos de importância nacional”.

“Elon Musk está construindo um complexo espacial em um dos lugares mais ambientalmente diversos e inadequados do mundo”, lamenta Bryan Bird, da Defenders of Wildlife.

Enquanto os olhos de alguns estão no espaço, a Terra continua sofrendo com a vaidade e o ego dos humanos.

Enquanto se gastam bilhões com viagens ao espaço, área de proteção ambiental no Texas sofre com impactos dos testes da SpaceX

*Com informações e trechos de entrevistas da reportagem produzida pelo jornal The Guardian

Fotos: Official SpaceX Photos/Creative Commons/Flickr

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