Ao longo da história da humanidade, o homem domesticou vários animais: de cavalos e cães a ovelhas e porcos. O que cientistas descobriram é que uma consequência desse processo foi a redução do tamanho do cérebro desses bichos em relação a seus antepassados selvagens. O fenômeno conhecido como “efeito domesticação” era considerado irreversível, mesmo quando ocorria a reintrodução na natureza.
“Uma vez que os animais perdem partes de seus corpos, como certas regiões do cérebro, ao longo da evolução, elas desaparecem e não podem ser simplesmente recuperadas”, diz a pesquisadora Dina Dechmann.
Todavia, um novo estudo demonstra que, pelo menos para uma espécie, isso pode não ser verdade. Cientistas do Instituto Max Planck de Comportamento Animal, na Alemanha, onde Dina trabalha, analisaram o cérebro de populações de visons (Mustela vison) selvagens da América do Norte, domesticados de fazendas de peles europeias e espécimes selvagens do mesmo continente.
“Nossos resultados mostram que a perda de tamanho do cérebro não é permanente nesses animais domesticados”, diz Ann-Kathrin Pohle, aluna de mestrado do instituto e autora principal de um artigo científico recém-publicado sobre o assunto.
Segundo o estudo, visons que retornaram à natureza tiveram um aumento da massa cerebral de 25%. Mas isso aconteceu num período gradativo, após 50 gerações (a espécie na natureza tem uma expectativa de vida de, em média, entre três a quatro anos, e em cativeiro chega aos dez anos).
Para chegar à essa conclusão não foi fácil. Os pesquisadores precisaram comparar as medidas dos crânios desses bichos. Parte da análise foi feita a partir de espécimes encontrados em coleções de museus.
Os cientistas escolheram o vison porque, nativo da América do Norte, ele foi domesticado para o comércio de peles por mais de um século. Depois de serem criados na Europa, entretanto, muitos deles conseguiram escapar e formar populações selvagens que se espalharam por todo o continente.
“Essa história natural forneceu as populações separadas de que os cientistas precisavam”, relata a equipe do Instituto Max Planck.
Dina Dechmann acredita saber porque o vison conseguiu desenvolver essa plasticidade cerebral, algo que se pensava improvável. O vison americano pertence a uma família de pequenos mamíferos com uma notável capacidade de mudar sazonalmente o tamanho do cérebro em um processo conhecido como fenômeno de Dehnel.
A pesquisadora, uma especialista neste processo, já havia documentado esse fenômeno em musaranhos, toupeiras e doninhas.
“Enquanto outros animais domesticados parecem perder o tamanho do cérebro permanentemente, é possível que o vison possa recuperá-lo de seus ancestrais porque possuem um tamanho de cérebro flexível embutido em seu sistema”, ela explica. “Se você escapar do cativeiro de volta à natureza, vai querer um cérebro totalmente capaz de lidar com os desafios de viver na natureza. Animais com cérebros flexíveis, como o vison, podem restaurar seus cérebros mesmo que eles tenham encolhido anteriormente”.
A caixa d’água do Brasil está secando, com impactos potencialmente graves para a principal fronteira agrícola e para a região de maior crescimento populacional do país. Estudo publicado na terça-feira, 11/7, no periódico Scientific Reports, indica que o Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, teve reduções importantes nas suas chuvas nos últimos 30 anos.
A precipitação anual entre 1991 e 2021 declinou de maneira geral na região em comparação com 1960 -1990, bem como o número de dias chuvosos no ano.
Isso impacta diretamente grandes polos agrícolas, como Barreiras e Correntina, na Bahia, que perderam 15,2% e 11,7% das chuvas, respectivamente, e a capital federal, que teve 1,5% de redução na precipitação média no período – e já racionou água na década passada.
O oeste baiano é uma das regiões que mais perderam chuva – e ganharam soja – nas últimas décadas.
Menos água
De 70 locais analisados, 54 tiveram declínio nas chuvas ao longo do ano, enquanto 16 tiveram aumento. Na estação seca, entre junho e setembro, e no começo da estação chuvosa, em outubro e novembro (meses de inverno e primavera), a queda na quantidade de chuva e no número de dias chuvosos chega a 50%.
As conclusões alarmantes são de um grupo de pesquisadores liderados pelo ecólogo Gabriel Hofmann, do Centro Polar e Climático e do Programa Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Os cientistas coletaram dados de estações meteorológicas distribuídas por todo o bioma e que registram chuva, temperatura e outros parâmetros desde 1960. Os dados receberam tratamento estatístico e foram cruzados com um modelo climático global, que permite capturar a influência de fatores como a circulação do ar sobre os oceanos.
A análise confirmou aquilo que os cerratenses mais velhos já sabiam: na maior parte do Cerrado a temporada de chuvas tem demorado mais a chegar. Isso impacta a recarga dos aquíferos e reduz a disponibilidade de água nos reservatórios que abastecem cidades como Brasília.
Em 2017, a capital federal entrou em racionamento de água depois que suas duas barragens ficaram vazias em plena estação chuvosa.
Desmatamento
Dados do MapBiomas já haviam mostrado que o Cerrado sofreu uma redução de 68 mil hectares em sua superfície de água entre 1985 e 2021. “É uma área maior que Porto Alegre, só que é subestimada, porque você teve essa perda mesmo com o aumento do número de grandes barragens na região nesse período”, diz Hofmann.
O pesquisador gaúcho, que fez seu doutorado em ecologia em Mato Grosso e voltou a Porto Alegre para estudar climatologia, diz que há duas causas principais para o sumiço gradual da chuva no Cerrado. O primeiro é o desmatamento do bioma, que já perdeu 50% de sua vegetação nativa, sumindo proporcionalmente mais depressa que a Amazônia.
Diferentemente da floresta amazônica, a savana do Brasil central tem um limite de desmatamento legal muito mais alto: pelo Código Florestal, 80% da área de propriedades rurais no Cerrado pode ser desmatada – 65% no caso do Cerrado dos estados da Amazônia Legal.
Além disso, as terras no bioma são sobretudo privadas e as áreas protegidas são ínfimas. Essa permissividade ambiental e a topografia favorável à agricultura mecanizada tornaram o Cerrado a principal fronteira de expansão da agricultura, na região entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, chamada de Matopiba.
O desmatamento reduz drasticamente a evapotranspiração, ou seja, o “suor” das árvores, algo que no Cerrado ajuda a manter alguma umidade mesmo nos meses de seca. Hofmann e colegas já haviam demonstrado em 2021 que o bioma está ficando mais quente e seco por conta do desmate. “A vegetação umidifica o Cerrado. Se você tira a vegetação esse efeito some”, conta o cientista.
Aquecimento
A esse efeito soma-se um outro, que ocorre a milhares de quilômetros da savana: o aquecimento da Terra vem alterando o regime de ventos no Atlântico Sul e espantando a umidade para longe do Cerrado.
O clima das regiões tropicais, como o Brasil central, é fortemente influenciado por um fenômeno atmosférico chamado Células de Hadley. Estas células se formam devido ao gradiente de temperatura e de pressão entre a zona equatorial e as áreas temperadas, dando origem a movimentos de convecção do ar que sobe para a alta atmosfera no equador e desce nos sub-trópicos.
As células de Hadley causam a formação de uma zona de alta pressão atmosférica sobre o oceano, chamado “anticiclone” pelos climatologistas. Durante o inverno, quando o anticiclone está muito fortalecido e posicionado junto à costa brasileira, a alta pressão inibe as chuvas no Brasil Central. No verão, ele enfraquece e se afasta para longe da costa, permitindo a entrada da umidade que causa as chuvas.
Com o aquecimento do planeta, a diferença de temperatura entre equador e polos intensifica e expande e as células de Hadley. Os ventos verticais que despencam sobre a zona tropical ficam mais fortes, impedindo a formação de nuvens de chuva.
Mal comparando, é como se um campo de força fosse colocado em volta do Cerrado, rebatendo os ventos úmidos do Atlântico para bem longe – o noroeste amazônico e a bacia do Prata, por exemplo. Esse processo é mais forte no inverno e na primavera, períodos em que o anticiclone está bombando. “Por mais que haja evapotranspiração não se formam nuvens, porque o vento de cima para baixo não deixa”, afirma Gabriel Hofmann.
Agricultura industrial em questão
“A chuva média está diminuindo, e agora a gente deu um passo a mais para explicar como”. Como o Cerrado concentra as nascentes das principais bacias hidrográficas do país, o dano econômico, ecológico e humano é potencialmente imenso nos próximos anos, em especial para o Pantanal, bioma que depende 100% das águas do Cerrado.
E isso porque o grupo ainda não olhou para um outro grande controlador do clima no país: a Amazônia, que também contribui com umidade para o Cerrado e o restante da América do Sul.
“Embora prováveis, os efeitos do desmatamento maciço na Amazônia sobre a chuva no Cerrado ainda são desconhecidos”, escrevem os autores, que finalizam: “Nossos resultados e projeções de cenários futuros geradas por outros estudos põem em questão a manutenção do modelo de produção agrícola praticado atualmente no Cerrado, em particular no que diz respeito à agricultura industrial”.
Sempre chamamos os oceanos da imensidão azul do planeta Terra. Todavia, nas últimas duas décadas, mais da metade dessas águas se tornaram mais verdes. E segundo cientistas que acabam de publicar um artigo na renomada revista Nature, o principal responsável por essa mudança seria o aquecimento global.
“Estamos afetando esse ecossistema de uma forma que nunca vimos antes”, diz B. B. Cael, pesquisador dos oceanos e do clima no Centro Nacional de Oceanografia de Southampton, no Reino Unido, e principal autor da análise.
Obviamente que ao longo dos continentes, as águas dos oceanos tinham tons diferentes. Um exemplo é a região do Caribe, com cores cristalinas e únicas.
Entretanto, além disso, os cientistas explicam que outros fatores, temporários ou não, podem alterar a cor da água do mar. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando nutrientes submergem do fundo e alimentam massas de fitoplâncton, que contêm o pigmento verde clorofila. E ao estudar o comprimento das ondas da luz solar refletido na superfície do oceano, é possível estimar quanta clorofila existe e, portanto, quantos organismos vivos, como fitoplâncton e algas, estão presentes.
O que se acredita nos dias atuais é que a chamada produtividade biológica aumenta à medida que as águas oceânicas se tornam mais quentes, como consequência das mudanças climáticas.
Ao analisar dados de um sensor a bordo do satélite Aqua da NASA, lançado em 2002 e que ainda orbita a Terra, Cael e seus colegas procuraram tendências em sete diferentes comprimentos de onda de luz no oceano, em vez de ficar com um único comprimento usado para rastrear a clorofila..
Comparando os dados dos últimos 20 anos eles perceberam uma mudança em 56% da superfície oceânica, em sua grande maioria, em águas tropicais e subtropicais, entre as latitudes de 40º S e 40º N.
Segundo o editorial da Nature, que deu destaque ao artigo, “para ver se as mudanças poderiam estar ligadas às mudanças climáticas, os pesquisadores compararam as observações com os resultados de um modelo que simulou como os ecossistemas marinhos podem responder a níveis crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera. As mudanças observadas coincidiram com as do modelo”.
Apesar da descoberta sobre a mudança da cor, os cientistas não conseguiram elucidar ainda exatamente como ela está acontecendo. Não é necessariamente onde a temperatura está mais elevada que houve alteração de tom.
“A razão pela qual nos preocupamos com a cor é porque ela nos diz algo sobre o que está acontecendo no ecossistema”, alerta Cael.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul – ocupa mais de dois milhões de metros quadrados do território brasileiro – e, do ponto de vista da diversidade biológica, é reconhecido como a savana mais rica do mundo: segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, abriga cerca de 11,6 mil espécies de plantas nativascatalogadas. E muitas a serem descobertas.
No entanto, em 2020, já havia perdido 46% da vegetação nativa e apenas cerca de 20% permanecia intocado, de acordo com estudo realizado por pesquisadores do Instituto Internacional para a Sustentabilidade (IIS), entre outras instituições nacionais e internacionais, e divulgado em setembro desse ano, em artigo na revista científica Nature Ecology and Evolution.
Eles já diziam que, até 2050, o Cerrado poderia perder o que ainda restava se ataxa de desmatamento do bioma fosse mantida (já era 2,5 de vezes maior do que na Amazônia!), o que levariaà extinção de 1.140 espécies endêmicas, número oito vezes maior que o número oficial de plantas extintas em todo o mundo desde 1500, quando começaram os registros. Seria a maior perda de espécies vegetais do mundo!
Na ocasião, Bernardo Strassburg, professor da PUC-Rio, coordenador do estudo e secretário-executivo do IIS, declarou que a projeção apocalíptica dos pesquisadores já era uma combinação de dois fatores: o Cerrado é um hotspot global de biodiversidade – tem mais de 4,6 mil espécies de plantas e animais que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo, mas a classificação se deve principalmente às plantas! -, e já perdeu 52% de seu território.
Hoje, apenas 8,21% do bioma é legalmente protegido por Unidades de Conservação (UCs); deste total, somente 2,85% são UCs de uso sustentável. E a devastação ambiental se deve principalmente aos ataques do agronegócio, que substitui vegetação nativa por extensas áreas de monocultura e pecuária. E também por obras de infra-estrutura.
Como salvar o Cerrado?
Restaurar áreas menos degradadas já era apontado pelo estudo do ISS como uma forma de reverter até 83% do cenário de extinção. E é justamente essa a expertise do Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, localizado na Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentávelde propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), em Niquelândia, norte de Goiás (a menos de 300 km de Goiânia e Brasília).
Criado em 2018, ele alia a conservação do bioma a atividades da economia verde, promovendo o uso múltiplo do solo. Produz 200 mil mudas de espécies nativas por ano – algumas raras -, destinadas a diferentes tipos de projetos de recuperação de áreas degradadas, como também para paisagismo urbano.
Trata-se de um dos maiores bancos de sementes do Cerrado no país, com 1,9 milhão de amostras de mais de 80 espécies diferentes – entre elas a aroeira, o angico, baru, canela-de-ema, pitomba, guariroba, pequi e ipê -, que representam cerca de 12,5% da flora do bioma no Brasil.
Cerca de 30 espécies produzidas têm propriedades para fármacos e indústria de cosméticos, como óleos essenciais, 70 espécies atendem o setor de ornamentação, 30 tem potencial madeireiro e 20 espécies são frutíferas.
David Canassa, diretor das Reservas Votorantim, explica que esse novo olhar para o negócio trouxe, além de melhorias estruturais, mudanças no modelo de trabalho, que incorporou pesquisa científica e tecnologia à produção vegetal.
“As pesquisas são essenciais em duas frentes: a primeira é nos indicando quais as espécies com maior necessidade de conservação, ou seja, as raras ou ameaçadas de extinção. Já a segunda é como vamos produzi-las. Desse trabalho, identificamos as espécies com potencial ornamental, econômico e conservacionista, aliando a ampliação da biodiversidade ao paisagismo urbano e serviços ecossistêmicos promovidos pelas plantas, como atração de aves, controle de pragas urbanas, conforto térmico, drenagem do solo, entre outros benefícios”, explica.
As plantas produzidas atendem à demanda de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras, tanto em projetos de recuperação da flora, como de paisagismo.
“As regiões brasileiras de Cerrado possuem uma enorme demanda de recuperação de áreas degradadas, incluindo o Estado de Goiás. Por outro lado, atualmente, são poucas as iniciativas de produção de espécies nativas em maior escala. Com o Centro de Biodiversidade do Legado Verdes do Cerrado, oferecemos soluções para essas áreas, da muda, plantio à manutenção, além de ajudar na arborização de centros urbanos e atender empreendedores no processo de compensação ambiental, contribuindo para a conservação do Cerrado,” acrescenta.
E Canassa ainda chama a atenção para espécies com grande importância econômica e ambiental, e que estão na lista de espécies vegetais em risco de extinção.
“O pequi e o baru, por exemplo, são a base alimentar de muitas espécies da fauna do Cerrado, incremento de comunidades locais e, até mesmo, negócios de grande porte. Mas também são ameaçadas de extinção, tornando necessárias diferentes abordagens de conservação, entre elas a produção de mudas e árvores dessas espécies. Por isso, procuramos dar ênfase a produção que atenda às necessidades do mercado, mas também de conservação”, finaliza.
O Centro Biodiversidade alia a expertise das pesquisas científicas realizadas em seu território – em parceria com universidades – à produção inteligente de espécies nativas da flora do Cerrado para comercialização, com foco em paisagismo e restauração ecológica de áreas degradadas.
Sobre o Legado
O Legado Verdes do Cerrado é uma área de 32 mil hectares(equivalente à cidade de Belo Horizonte ou à Bélgica) de propriedade da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio (uma das empresas do portfólio da Votorantim S.A.) e tem aproximadamente 80% de sua área composta por Cerrado nativo.
A área fica a cerca de três horas de Brasília e é dividida em dois núcleos: Engenho e Santo Antônio Serra Negra.
No Engenho está a sede do Legado Verdes do Cerrado, que ocupa 28 mil mil hectares: – 23 mil hectares são dedicados a pesquisas científicas (em parceria com universidades), ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; – os 5 mil hectares restantes são dedicados à pecuária, produção de soja e silvicultura.
Nessa região, já foram descobertas 16 novas espécies de plantas, entre elas a Eythroxylum niquelandense (batizada em homenagem a Niquelândia), semelhante à pimenta-do-mato e muito valorizada na indústria farmacêutica devido a propriedades utilizadas em medicamentos para tratamentos de doenças como câncer e AIDS.
Ela foi descrita e ilustrada em trabalho publicado pelos pesquisadores Marcos José da Silva e Maria Iracema Bezerra Loiola na revista científica Phytotaxa Magnolia Press, em janeiro de 2021.
Nessa parte do Legado estão as nascentes de três rios – Peixe, São Bento e Traíras -, de onde é captada a água que abastece o município de Niquelândia.
Já no núcleo Santo Antônio Serra Negra, que ocupa 5 mil hectares, está a área de cerrado nativo intocado, margeada, em parte, pelo Lago da Serra da Mesa.
Nessa área, o Legado já registrou 1670 espécies de fauna e flora, sendo 67 endêmicas do Cerrado, que representam 2% de todas as espécies endêmicas do bioma.
Em 2019, foi feito o primeiro registro de onça pintada (até agora, foram cinco) no Legado, visto que a área é corredor ecológico para a espécie.
Em 2022, o Legado foi primeira área do bioma a emitir créditos de carbono na América Latina pelo programa REED – Cerrado.
A seguir, uma seleção de 11 flores encontradas no Cerrado, alguma só lá, para seu deleite: