Cerveró é o cara que a Dilma atirou às feras dizendo que foi ele que levou-a a assinar a compra da “ruivinha” de Passadena. Esteves é o banqueiro que foi resgatar Bumlai, o amigo de Lula de 500 milhões de reais do BNDES depois de falido. É também o grande agente das mega estrepulias de Lula na África.
Delcídio citou os nomes de todos os juízes do STF na gravação. Se não mandassem prender tavam desmoralizados.
Cheque mate de Moro e da Polícia Federal!
Os palácios estão balançando e vão desabar. O PT já sentiu o golpe e,
como é do DNA do lulismo, exatamente por isso atirou Delcídio às feras.
Cerveró é o cara que a Dilma atirou às feras dizendo que foi ele que levou-a a assinar a compra da "ruivinha" de Passadena. E, depois de um ano de cana, topou a delação premiada.
Bumlai
é o cara a quem Lula presidente deu uma carteirinha com foto e tudo
mandando dar livre trânsito onde quer que quisesse circular pelas
dependências do governo. De fazendeirinho virou rei do gado, depois
usineiro e aí estourou.
O
cerco a gente tão próxima estava ficando perigoso demais e então a alta
cúpula do PT vislumbra uma saída. Delcídio, que não é petista de
origem, é simpático e afável, amigo de todo mundo, pra desatar esse
nó. O "jeito" imaginado foi o que está descrito nas gravações
... que foram feitas e entregues à polícia por ninguém menos que o filho
de Cerveró.
Queriam fritar o velho? Taí...
André Esteves é o banqueiro que foi resgatar Bumlai, o amigo de Lula de 500 milhões de reais do BNDES depois de falido.
Comprou um latifúndio dele no Pantanal, sabe-se lá por que preço, e
não deu nem pra começar a tapar o buraco. É também o grande agente das
mega estrepulias de Lula na África e mais, muito mais...
Na
gravação (ou serão gravações?), Delcídio citou os nomes de todos os
juízes do STF. Se não mandassem prender os caras tavam desmoralizados. E
isso botou na cara do Senado algo maior que o Senado. Nó que nem mesmo o
imortal Renan Calheiros conseguiu desatar.
Cheque mate de Moro/Ministério Público/Polícia Federal!
A coisa mudou de prateleira!
Os
palácios estão balançando e vão desabar. O PT foi o primeiro a entender
isso. E, como é do DNA do lulismo, apressou-se em atirar Delcídio às
feras pra dar a entender que não tem nada com isso, o que pode fazer com
que também ele venha a abrir o bico.
Nove dos 13 senadores que votaram por liberar Delcídio são do PT
Outros 4 que defenderam fim da prisão são do PSB, PDT, PMDB e PTB. Apenas dois petistas votaram por manter a prisão do líder do governo.
Nathalia Passarinho e Laís AlegrettiDo G1, em Brasília
Dos 13 senadores que registraram nesta quarta-feira (25) voto pela
derrubada da prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do
governo, 9 são do PT.
Apenas o PT orientou a bancada a derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas dois senadores petistas votaram por manter a posição do Corte – Walter Pinheiro (PT-BA) e Paulo Paim (PT-RS).
Dos 12 senadores que são alvos de inquérito no Supremo (sem contar com
Delcídio Amaral) por suspeita de envolvimento nos crimes investigados
pela Operação Lava Jato, quatro votaram pela continuidade da prisão:
Benedito de Lira (PP-AL), Fernando Bezerra (PSB-PE), Valdir Raupp (PMDB-RR) e Romero Jucá (PMDB-RR).
Outros quatro defenderam a revogação: Fernando Collor (PTB-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE) e Lindberg Farias (PT-RJ). Três não participaram da votação: Gladson de Lima Cameli (PP-AC), Ciro Nogueira (PP-PI) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que não votou por estar presidindo a sessão. Um dos investigados registrou abstenção – Edison Lobão (PMDB-MA).
Veja a lista:
Votaram por revogar a prisão:
Ângela Portela (PT-RR)
Donizete Nogueira (PT-TO)
Fernando Collor (PTB-AL)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Alberto Souza (PMDB-MA) Jorge Viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE) Lindberg Farias (PT-RJ)
Paulo Rocha (PT-PA)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Telmário Mota (PDT-RR)
Abstenção
Edison Lobão (PMDB-MA)
Votaram por manter prisão
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Ana Amélia (PP-RS)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL) Blairo Maggi (PMDB-MT) Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Davi Acolumbre (DEM-AP)
Douglas Cintra (PTB-PE)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Elmano Ferrer (PTB-PI)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Coelho (PSB-PE) Flexa Ribeiro (PSDB-PA) Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Hélio José (PSB-DF) Ivo Cassol (PP-RO) Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Capiberibe (PSB-AP) José Agripino (DEM-RN)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PPS-MT)
José Serra (PSDB-SP)
Lasier Martins (PDT-RS) Lídice da Mata (PSB-BA)
Lúcia Vania (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ) Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Paulo Paim (PT-RS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Randolfe Rodrigues (REDE-AP)
Reguffe (PDT-DF) Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
Ricardo Franco (DEM-SE)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romário (PSB-RJ)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Sandra Braga (PMDB-AM)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereisseti (PSDB-CE)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Walter Pinheiro (PT-BA)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PDT-MG)
Transferência ocorreu após pedido da Procuradoria-Geral da República. Ex-diretor da Petrobras foi condenado em ações oriundas da Lava Jato.
Bibiana DionísioDo G1 PR
Nestor Cerveró foi diretor da área Internacional da Petrobras (Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso
pela Operação Lava Jato, foi transferido na quarta-feira (25) de um
presídio na Região Metropolitana de Curitiba para a carceragem da
Polícia Federal, na capital paranaense. De acordo com a Polícia Federal,
a transferência foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR)
por questões de segurança.
Cerveró estava detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região
Metropolitana de Curitiba, por envolvimento no esquema criminoso
descoberto na Petrobras. Ele foi condenado em duas ações penais no âmbito da Lava Jato por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Também foi preso o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. Há
ainda uma mandado de prisão contra o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro,
que está nos Estados Unidos.
A obstrução
A Procuradoria-Geral da República relatou, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que Delcídio do Amaral ofereceu R$ 50 mil mensais
ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse
acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citasse o parlamentar.
Parte dos valores prometidos a Cerveró seria repassada à família do
ex-diretor da Petrobras a partir de honorários advocatícios pagos por
André Esteves, ao advogado Edson Ribeiro. O banqueiro negou a acusação
em depoimento à Polícia Federal.
O senador também teria prometido a Ribeiro, segundo o documento da PGR, mais R$ 4 milhões em honorários advocatícios.
Em diversos trechos, o relatório da PGR aponta tentativas de Delcídio de “embaraçar as investigações”.
Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para
evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e
“tentativa de interferência política em investigações judiciais”.
A iniciativa de revelar a suposta tentativa de Delcídio
de obstruir as investigações da Lava Jato partiu do filho e da advogada
de Cerveró. Por conta própria e com ajuda da advogada Alessi Brandão,
Bernardo Cerveró gravou uma conversa que teve no último dia 4 de
novembro com o senador e outro advogado de seu pai, Edson Ribeiro.
A PGR teve acesso a gravações realizadas por Bernardo Cerveró de duas
reuniões recentes – realizadas em 4 e 19 de novembro – com a
participação de Delcídio do Amaral e André Esteves.
Lama de Mariana mostra o desmonte das leis ambientais
Mario Mantovani Malu Ribeiro
Especial para o UOL
A lama de rejeitos de minério que cobre o rio Doce e o mar
no norte do Espírito Santo, com seu rastro de degradação e impactos,
reflete as trágicas consequências do desmonte gradativo da legislação
ambiental brasileira e da sua não aplicação. Processo esse que teve
início com a alteração do Código Florestal e se estende por diversas
iniciativas que fragilizam a proteção ambiental, como projetos de lei
que tramitam no Congresso Nacional sobre o licenciamento ambiental e o
novo Código da Mineração.
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A tragédia anunciada de Mariana –que teve início com o rompimento da
barragem de rejeitos de minério da Samarco, pertencente às gigantes do
setor Vale e BHP Billiton– pode ser considerada o estopim de uma
bomba-relógio instalada no país.
A Agencia Nacional de Águas
(ANA) tem cadastradas 520 barragens de rejeitos em regiões de cabeceira
de grandes rios e bacias hidrográficas. Destas, 264 são de rejeitos de
minério e 256 de atividades industriais. Ao todo, o Brasil tem
cadastrados 13.529 reservatórios, que são licenciados individualmente de
acordo com a demanda de cada empresa e setor. Portanto, não é feito um
estudo estratégico do impacto cumulativo desses reservatórios e das
atividades, tampouco da capacidade de suporte das bacias hidrográficas,
da região ou dos biomas.
Minas Gerais –Estado popularmente
chamado de caixa d'água do país por reunir as nascentes e rios
formadores de grandes bacias hidrográficas que abastecem cerca 70% da
população brasileira– tem cadastradas 361 barragens de rejeitos. A
concentração de atividades econômicas de alto impacto e potencial risco
em uma região tão estratégica para prover o país de água já evidencia a
fragilidade e o despreparo dos órgãos públicos em planejar de forma
equilibrada e integrada o uso e a conservação dos recursos naturais.
Danos ambientais decorrentes de problemas com atividades minerárias
instaladas em Minas Gerais já resultaram em acidentes com impactos em
bacias interestaduais, afetando a água e os ecossistemas que servem
milhares de pessoas. Em 29 de março de 2003, o rompimento de uma
barragem na cabeceira do rio Pombas, afluente do Paraíba do Sul,
impactou toda a bacia e chegou ao mar no Rio de Janeiro.
Para
evitar novos danos com a mesma empresa, em 2009, em decisão polêmica,
mas conjunta com órgãos ambientais dos Estados de Minas Gerais e do Rio
de Janeiro, a ANA permitiu a liberação gradual de rejeitos sem
tratamento no rio Pomba, afluente do Paraíba do Sul. Por cinco anos, até
agosto do ano passado, os rios Pomba, Muriaé e Paraíba do Sul foram
utilizados para diluir os poluentes gradativamente. Com isto, esses rios
acabaram recebendo cerca de 1,4 bilhão de litros de lignina, rejeito da
celulose com grande concentração de Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO), tornando a água imprópria para consumo.
Para os órgãos
ambientais e de controle foi melhor aceitar o rio Pomba como receptor
temporário desses rejeitos industriais, de característica orgânica, do
que correr o risco de um novo desastre semelhante ao ocorrido em 2003.
Os Estados arcaram com o monitoramento da água ao longo do período de
diluição e, assim, essa remediação foi considerada pelas autoridades um
caso de sucesso para evitar acidente grave.
Utilizar rios para
diluir esgoto por não termos tratamento adequado é uma prática
recorrente no país, uma vez que o saneamento básico é responsabilidade
do poder público e este por sua vez não prioriza o serviço ambiental.
Agora, utilizar a água já escassa dos rios para diluir rejeitos porque
mineradoras não têm recursos para trata-los já é demais.
Embora
as barragens de rejeitos venham sendo monitoradas e as empresas busquem
aperfeiçoar técnicas e padrão de gestão em virtude da pressão social
decorrente de acidentes de grandes proporções, aqui no Brasil fica cada
vez mais evidente a não aplicação da lei, o desmonte dos órgãos de
fiscalização e controle e as continuadas anistias para devedores de
multas por danos ambientais, com custos cada vez maiores para remediação
de danos que poderiam ser evitados.
A lama do rio Doce precisa
nos ajudar a denunciar e a repudiar a passividade do governo brasileiro e
sua incapacidade de reagir, pronta e efetivamente, no sentido de
defender a sociedade e zelar pelos patrimônios da nação.
Apesar
da gravidade do dano e da incapacidade institucional do poder público
para agir de forma preventiva na sua competência de licenciar atividades
econômicas que lhe interessam momentaneamente, temos que somar esforços
para recuperar o ambiente degradado, a bacia do rio Doce e para agir
firmemente para conter a pressão do setor minerário junto ao Congresso
Nacional. Atualmente, as mineradoras buscam fragilizar o Código de
Mineração e o licenciamento ambiental justamente para agilizar e
facilitar essas atividades.
Chega de impunidade. Precisamos usar
o licenciamento ambiental como instrumento ágil e eficiente de
planejamento integrado e estratégico, e não tornar o sistema refém da
pressão econômica, de lobbies e incapaz de dar segurança à sociedade. É
necessário o engajamento de todos para o aprimoramento das políticas
ambientais.
A Organização das
Nações Unidas criticou duramente o governo brasileiro, a Vale e a
mineradora anglo-australiana BHP pelo que considerou uma resposta
"inaceitável" à tragédia de Mariana.
E em comunicado divulgado
nesta quarta-feira, e que traz falas do relator especial para assuntos
de Direitos Humanos e Meio Ambiente, John Knox, e do relator para
Direitos Humanos e Substâncias Tóxicas, Baskut Tuncak, a ONU criticou a
demora de três semanas para a divulgação de informações sobre os riscos
gerados pelos bilhões de litros de lama vazados no Rio Doce pelo
rompimento da barragem, no último dia 5.
"As providências tomadas
pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP para prevenir danos foram
claramente insuficientes. As empresas e o governo deveriam estar fazendo
tudo que podem para prevenir mais problemas, o que inclui a exposição a
metais pesados e substâncias tóxicas. Este não é o momento para
posturas defensivas", disseram os especialistas no comunicado.
Em
entrevistas, a presidente Dilma Rousseff tem negado negligência no caso.
A Samarco, por sua vez, tem afirmado que suas operações eram regulares,
licenciadas e monitoradas dentro dos melhores padrões de monitoramento
de barragens.
Nesta quarta-feira pela manhã, no programa Bom Dia
Ministro, os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Gilberto
Occhi (Integração Nacional) disseram que "desde o primeiro momento" o
governo "atuou em uma força tarefa com todos os setores na busca de
salvar pessoas".
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A
ONU menciona a contradição nas informações divulgadas sobre o desastre,
em especial a insistência da Samarco, joint venture formada por Vale e
BHP para explorar minérios na região, de que a lama não continha
substâncias tóxicas. E descreve com detalhes o desastre ecológico
provocado pelo vazamento, incluindo a chegada da lama ao mar.
"As autoridades brasileiras precisam discutir se a
legislação para a atividade mineradora é consistente com os padrões
internacionais de direitos humanos, incluindo o direito à informação. O
Estado tem a obrigação de gerar, atualizar e disseminar informações
sobre o impacto ambiental e presença de substâncias nocivas, ao passo
que empresas têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos",
afirmou Tuncak.
Os
dois especialistas classificaram a tragédia como mais um exemplo de
negligência de empresas em proteger os direitos humanos e traçam um
quadro desolador pós-desastre para as comunidades afetadas.
"Poderemos
jamais ter um remédio eficaz para as vítimas, cujos parentes ou
ganha-pão podem estar debaixo dessa onda de lixo tóxico, e nem para o
meio ambiente, que sofreu danos irreparáveis. Empresas trabalhando com
atividades envolvendo o uso de material de risco precisam ter a
prevenção de acidentes no centro de seu modelo de negócios."
A BBC
Brasil entrou em contato com a Samarco, a Vale e a BHP. Até a noite
desta quarta-feira, a Vale respondeu dizendo que não comentaria a nota
da ONU mas que esclarece, em seu site, que os rejeitos de mineração não
são tóxicos.
A Samarco afirmou que "respeita o direito de
expressão da ONU, porém afirma que todas as medidas estão sendo tomadas
para prestar assistência emergencial às famílias e comunidades afetadas e
para a mitigação das consequências socioambientais desse acidente" e
que "desde a ocorrência do acidente em sua Barragem de Fundão vem
permanentemente informando à sociedade, autoridades e imprensa que o
material proveniente das barragens não apresenta perigo à saúde humana".
Camilla Costa - @_camillacostaDa BBC Brasil em São Paulo
25 novembro 2015
Desde a chegada da lama da
barragem da Samarco em Mariana (MG) ao Espírito Santo, biólogos em
Linhares tentam evitar que filhotes de tartarugas marinhas entrem em
contato com o mar contaminado após saírem dos seus ninhos.
Nesta
semana, uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de
Tartarugas Marinhas (Tamar/ICMBio) abriu dois ninhos de
tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), para retirar de lá filhotes
recém-nascidos e transportá-los para um ponto mais ao sul da praia de
Regência, afastado da foz do Rio Doce. "Eles já haviam saído de dentro
dos ovos. Nós percebemos e resolvemos abrir o ninho de areia, como se
fosse uma cesárea mesmo", disse à BBC Brasil a bióloga Jordana Freire,
que participou da operação.
"Eles estavam na iminência de sair na
noite seguinte, mas nós os tiramos dos ninhos antes, para evitar que
eles entrassem naquele mar cheio de lama", disse a bióloga referido-se
ao movimento natural dos filhotes em direção ao mar.
No domingo,
segundo Freire, outros dois ninhos haviam sido abertos. Estes são os
primeiros filhotes de tartaruga marinha nascidos na área afetada pelos
rejeitos da barragem de Mariana.
Curta a página da BBC Brasil no
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Twitter para acompanhar os últimos desdobramentos da crise e muito mais.
O
"tsunami marrom" chegou ao mar em Linhares pela foz do Rio Doce no
último domingo, mas tartarugas continuam saindo das águas contaminadas
pela lama para depositar seus ovos nas praias locais, segundo o
coordenador nacional do Tamar, João Carlos Thomé. E é provável que elas
sejam velhas conhecidas dos pesquisadores.
"Estamos fazendo 30
anos do trabalho de proteger todas as desovas. Esse ano, reparamos que
as fêmeas são menores que as dos anos anteriores. Isso quer dizer que os
jovens filhotes que protegemos lá atrás estão começando a voltar para
as praias onde nasceram. Estamos recebendo a segunda geração", disse o
biólogo à BBC Brasil.
Depois de vencer desafios como o lixo jogado no mar e
a pesca predatória, os biólogos consideravam bem sucedido o trabalho de
conservação dos animais até aqui – esta temporada de reprodução teve o
maior número de desovas em Linhares, segundo Thomé –, mas agora temem o
impacto da lama no seu ciclo de vida.
"A sensação é de impotência.
Estamos numa instituição que luta há 35 anos e começava a ver
resultados positivos, de uma possível recuperação das espécies de
tartaruga marinha, e, do dia para a noite, a gente volta para a uma
situação de incerteza", lamenta Jordana Freire.
Segurança
Desde
o anúncio do rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento
Rodrigues, que fez transbordar uma segunda barragem de rejeitos, a de
Santarém, os pesquisadores do Tamar em Linhares intensificaram o
deslocamento os ninhos das tartarugas para locais mais seguros, fora do
alcance da lama, quando ela chegasse à foz do Rio Doce e ao mar.
"Nem deu tempo de chorar, só estamos trabalhando", afirma Thomé.
"Os
ninhos já são depositados pelas fêmeas nas áreas secas da praia, onde a
maré não banha. Mas estamos movendo porque a praia pode avançar, pode
haver erosão natural. Preferimos fazer isso por segurança."
Desde
setembro, quando começou o período de reprodução das tartarugas, mais de
30 ninhos foram mudados nas praias de Regência e Povoação. No início,
apenas para deixá-los fora do caminho da água do Rio Doce até o mar. E
depois do dia 5 de novembro, para impedir o contato com os rejeitos de
minério.
A maior parte dos ninhos são de tartarugas-cabeçudas, que
põem, em média, 100 ovos. De acordo com o biólogo, entre 70 e 80%
destes ovos eclodem com filhotes e apenas um deles chegará à idade
adulta, em cerca de 25 anos.
Para proteger os filhotes, os
biólogos redobraram a atenção sobre o rumo que a mancha marrom tomará
por causa dos ventos e das correntes marítimas – na terça-feira, ela já
se estendia por cerca de 15 km ao norte da costa, 7 km ao sul e 10 km
mar adentro, segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
do Espírito Santo.
O objetivo é garantir que as pequenas
tartarugas tenham um trecho de mar limpo para navegar. Por isso,
monitoram os ninhos para acompanhar a abertura natural dos ovos e levam
os filhotes a trechos da praia que estão mais distantes da mancha.
"Queremos
que eles possam correr para o mar livres de lama. Esse percurso é
importante porque eles o memorizam para voltar no futuro."
O
bem-estar das tartarugas, no entanto, parece estar mais assegurado do
que o dos peixes da região, diz Thomé, já que elas não respiram na água e
se alimentam na superfície. "Ainda não sabemos o impacto que a lama
pode ter nelas. Já os peixes estão morrendo porque os sedimentos são
muito finos, entram nas brânquias (órgãos de respiração) e eles não
conseguem respirar."
Além disso, as tartarugas-marinhas não são
espécies residentes. Elas visitam a região para depositar seus ovos e só
retornam anos depois, para fazê-lo novamente.
O rejeito de
mineração de ferro é composto por terra, areia, água e resíduos de
ferro, alumínio e manganês, provenientes das operações da Samarco (joint
venture entre a Vale e a BHP).
Desde que a lama atingiu o Rio
Doce, toneladas de peixes mortos foram retirados de diversos trechos
entre Minas Gerais e Espírito Santo, segundo pesquisadores.
Creio que nunca me senti tão impotente e com uma sensação de tamanha
incerteza por não saber onde me apoiar.
O Brasil está passando por uma
fase da qual não me orgulho. São tantas as decepções que nem consigo
listar. Mariana chora assolada em lama que se arrasta até o oceano e
carrega consigo uma imensidão de vidas (agora mortas), tendo que resta
pouca perspectiva de recuperação.
Não há um plano que me convença. Não há determinação e vontade de
resolver ou de buscar meios que minimizem os estragos feitos por um
setor movido por lucro, e que parece ter “comprado” quem poderia fazer
diferença neste momento.
Políticos e mídia estão omissos, com exceções, afortunadamente, além de matérias em O Eco.
O que predomina é a inércia quando o momento implora por atenção,
empenho e dedicação. Não sinto firmeza nas pessoas que estão em posição
de mando. Muito pelo contrário, parece haver uma aceitação de que é
assim mesmo. Uma banalidade frente ao caos.
A lama carrega nossas esperanças de um país sadio, belo e
sustentável. Carrega a boa fé de pessoas que vivem da terra ou das águas
de um rio que já foi doce. Carrega nossa vontade de mudar as realidades
que consideramos indesejáveis. Isso porque nossa voz soa rouca diante
do vazio inglório de gritos sem eco.
Se a tragédia de Mariana foi causada por empresas gigantescas e de
muita riqueza, as pessoas que sofreram perdas precisam ser tratadas com
toda a dignidade, colocadas em hotéis de luxo até que casas novas sejam
construídas em locais seguros para reporem aquelas que perderam. As
vidas que se foram também devem ser compensadas, já que não podem ser
trazidas de volta. As famílias vítimas da enxurrada da lama tóxica,
precisam, no mínimo, serem cuidadas com respeito, pois os danos sofridos
são imensos.
Já a natureza não sei nem por onde começar, mas uma série de
especialistas precisam ser ouvidos de modo que se possa elaborar planos
que ajudem a reconstituir o que se foi, mesmo que saibamos que a região
jamais será a mesma. O Rio Doce já necessitava de cuidados antes do
desastre de Mariana, mas ainda havia chances de recuperação. Como pagar multas é mais barato do que tomar as medidas cabíveis de segurança,
dependemos da seriedade das empresas envolvidas. E agora, é lidar com
perdas inestimáveis e com a perspectiva de uma realidade desoladora, que
pode levar anos para melhorar, mesmo sem a pretensão de voltar a ser o
que já foi.
Desculpe leitor, mas utilizo hoje desse portal para o qual contribuo
há uma década como um verdadeiro desabafo. Nunca fui de entregar os
pontos e sempre achei que somos capazes de tudo mudar – bastando querer
com vontade e determinação. Pois estou há dias dizendo a mim mesma que
isso ainda é verdade e que preciso encontrar as faíscas da esperança
dentro do meu ser para recomeçar a sonhar – ponto de partida para
qualquer ação, para qualquer transformação.
Sonho com um Brasil resplandecente em suas riquezas naturais e regido
por justiça social, sendo a sustentabilidade a base para um progresso
que valha a pena. Este é o sentimento que preciso voltar a nutrir para
que novamente acredite que foi para isso que vim a esse mundo – dar o
que tenho de melhor, contribuindo para um planeta que merece ter suas
belezas celebradas, já que estão em toda parte, do micro ao macro, em
todos os detalhes que se encontram em nós e a nossa volta.
Devemos urgentemente reaprender a ver amorosamente, para que possamos
despertar em nós mesmos um senso de proteção e cuidado que nesse
momento falta no Brasil e no mundo. Só assim poderemos amar e valorizar a
vida em sua plenitude. Se este for o sentimento predominante na
humanidade muito do que estamos presenciando não aconteceria. Que o Rio
Doce sirva de lição para evitarmos que outras tragédias voltem a
acontecer.
Neste
sábado(28), a Administração Regional do Park Way iniciará o projeto:
Replantando o Park Way, que tem como objetivo o plantio de mudas de
árvores nativas de cerrado, criação de jardins nas rotatórias e
recuperar várias áreas degradadas da região. A cerimônia de abertura do projeto será na quadra 28 do Park Way, conjunto 1, a partir das 8h. Durante o evento haverá café da manhã, troca de livros e o início do plantio de 60 mudas.
Faça sua parte pelo meio ambiente e venha plantar uma árvore conosco.
Iniciativa faz parte de programa lançado em setembro que visa promover ações continuadas de educação ambiental e mobilização
Áreas públicas de 12 regiões administrativas de Brasília receberão no
sábado (21), a partir das 8 horas, o Mutirão de Plantio da Virada do
Cerrado, iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente. Três mil mudas de
árvores típicas do bioma, como aroeira, ipê, jatobá e sibipiruna, serão
plantadas em Brazlândia, em Ceilândia, no Gama, no Guará, no Itapoã, nos
Lagos Norte e Sul, em Planaltina, no Plano Piloto, em Samambaia, em
Santa Maria e no Sudoeste/Octogonal. Os locais onde haverá o plantio
podem ser consultados no site da Virada do Cerrado — Cidadania e Sustentabilidade, programa continuado de educação ambiental e mobilização social iniciado em setembro.
As
plantas foram doadas pela Agência de Desenvolvimento do Distrito
Federal (Terracap) e produzidas no viveiro do Complexo Penitenciário da
Papuda por meio de convênio assinado em 2012 entre a empresa pública e a
Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Para semear mudas do
Cerrado, com o objetivo de recuperar áreas degradadas em Brasília, o
canteiro recebe investimento de R$ 1.519.104 para quatro anos. O valor é
repassado mediante prestação de contas e comprovação das obrigações
firmadas.
Segundo a coordenadora de Mobilização Socioambiental, da
Subsecretaria de Educação e Mobilização Socioambiental, da pasta do Meio
Ambiente, Cláudia Sachetto, a ação conta com apoio das administrações
regionais e da população local. “Essa época é melhor para plantar porque
estamos no período de chuva e isso contribui para que as mudas cresçam
fortes e se sustentem no período da seca”, explica. Para quem quiser
participar do plantio no sábado, Cláudia recomenda usar protetor solar,
levar garrafa de água e ferramentas — cavadeiras e enxadas, por exemplo.
Ocupe o Lago
No domingo (22), o movimento Ocupe o Lago também promoverá plantio de
mudas na QL 13 (conhecida como a Quebra da Treze), a partir das 8 horas.
As plantas serão doadas pela administração regional que tem um canteiro
com mais de 20 mil espécies, entre elas, cagaita, ipê, jatobá e pequi.
Segundo o administrador da região, Leandro Casarin, o viveiro é mantido
pelo próprio órgão, com apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital
do Brasil (Novacap), de moradores e de comerciantes.
As
mãos sujas de terra de voluntários devolveram mudas de árvores ao local
de onde elas nunca deveriam ter saído. Em uma degradada área de
preservação do Lago Norte, conhecida como Quebra da Treze, 150 futuros
pontos de sombra e frutos ganharam lugar, e cerca de 300 kg de lixo
foram removidos.
Atletas, moradores das proximidades e de cidades como Ceilândia
participaram do movimento. As pequenas Maria Clara, Ana Carolina e Ana
Clara, de dez, cinco e nove anos, não se incomodaram em ficar sujas para
plantar. “É a segunda vez que faço isso. Gostei muito”, confessou a
mais velha.
Plantas de 40 espécies diferentes foram doadas pela administração
regional, que mantém um viveiro, pelo Colégio do Sol e pelo Viveiro
Pau-Brasília. Segundo Elvécio Dias, responsável pela produção das mudas,
em dois anos, ipês, barrigudas, aroeiras e pequis já trarão boas
consequências para o local.
“Vamos usar essas mudas para reflorestar o Lago Norte. A ideia é
colocá-las na terra. Essa época de chuvas é ótima. É importante ver a
sociedade civil se reunir para preservar uma área pública, e apoiamos
isso”, destacou o administrador Leandro Casarin.
Voluntários criam vínculos com as plantas “O propósito do movimento é promover o uso sustentável do Lago
Paranoá e, mais que isso, o vínculo afetivo da comunidade com o lago,
que gera carinho”, explicou Marcelo Ottoni, do movimento #OcupeOLago. “É
um trabalho colaborativo. A recuperação ambiental é ótima, além de
gerar uma relação com quem adotou a muda. A pessoa chega aqui daqui a 30
anos e vê que foi o responsável por aquilo”, exaltou. O projeto colaborativo ocorreu pela segunda vez na região, muito
usada por atletas. O nadador Tiago Sato, que atravessou o Canal da
Mancha em 2010, é brasiliense e, com a equipe, treina frequentemente no
local. Ele também colocou a mão na terra e plantou suas mudas adotadas.
Entre um mergulho e outro, 45 mergulhadores retornaram à margem com
um saco cheio de lixo recolhido do fundo do lago artificial. “Tem de
tudo. Isqueiro, garrafa, copo, pneu. Encontramos até uma vassoura”,
contou Carlos Machado, instrutor, de 53 anos. Para quem mergulha, disse,
isso atrapalha demais, inclusive visualmente.
Vitória - O Cunha não tem mais condição moral de conduzir os
trabalhos na Câmara dos Deputados. Não consegue, por mais que tente,
justificar a dinheirama na sua conta na Suíça. Gasta milhões com
advogados para dizer que vendia enlatados para países da África, daí a
fortuna depositada lá fora. Tenta manipular os trabalhos na comissão que
analisa a sua cassação, e diz que mandou apurar as ameaças contra o
relator do processo que vai investigar a sua conduta para decidir se
pede ou não a cassação do seu mandado, acusando-o de mentir ao negar, na
CPI da Petrobrás, que não tinha um tostão em bancos no exterior.
Se o ambiente na Câmara dos Deputados fede, a catinga também já
atravessou a Praça dos Três Poderes e está contaminando o Palácio do
Planalto. Lá, a Dilma espera ter os bens indisponíveis depois que o TCU
anunciou que vai responsabilizar os conselheiros da Petrobrás pelo rombo
de 3 bilhões de reais na compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
Cada vez mais o cerco se fecha contra a presidente. O tribunal lembra
que ela era a presidente do conselho na época da compra, portanto, é
responsável pela negociata. Além disso, delatores falam da pressa (24
horas) da reunião do conselho para deliberar sobre a compra, o que
normalmente levaria de quinze a vinte dias para tal procedimento.
Para salvar a pele da Dilma e evitar seu expurgo do governo, o
companheiro Lula entrou em cena como um messias. Primeiro organizou sua
tropa de choque na Câmara e exigiu que os deputados do partido protejam
seu mais novo amigo, o Eduardo Cunha. Ele acha que o presidente da
Câmara é inocente e que a “imprensa golpista” é responsável pela
campanha difamadora contra seu amiguinho. É o mesmo argumento fantasioso
que ele usa para defender os meliantes petistas presos por roubar os
cofres públicos.
Na verdade, Lula joga a última cartada. Precisa que Cunha permaneça
no cargo para evitar o andamento do impeachment. Ele sabe que a queda da
Dilma pode levar ele e mais alguns de seus companheiros para a cadeia.
Por isso, insiste nessa aliança espúria condenada até por alguns de seus
parceiros de partido. A Dilma, coitada!, que já não governa, permanece
cercada pelos áulicos do Lula que passaram a mandar no país desde que o
ex-presidente arrancou de lá de dentro o Aloizio Mercadante.
Escorraçado, ele foi para o Ministério da Educação levando a imagem de
arrogante criada por Lula e seus parceiros.
Agora, cercada por Wagner, Berzoini e Edinho, a Dilma, enclausurada,
pede permissão até para respirar. Ela tem que torcer para o Ministério
Público mandar prender o Edinho Silva, seu ministro da Comunicação
Social, pra se ver livre da pressão que a atormenta. Mas, se isso
acontecer, Edinho pode abrir o bico e dizer para onde foram os R$ 7,5
milhões de reais que ele arrancou de uma empreiteira que prestava
serviço a Petrobrás sob ameaça do cara ficar sem obras na estatal. Se
isso acontecer, Edinho seria o terceiro tesoureiro do PT a entrar em
cana. Dividiria a cela com os companheiros Vaccari e o Delúbio que já
não pagam hospedagem e alimentação. Veja que coisa assustadora: a corrupção contaminou todos os poderes
do país. E o partido que zelava pela ética, o antigo PT, agora vive de
armas nas mãos para defender Eduardo Cunha que carrega nas costas as
mais graves acusações de corrupção. Esta semana, o eleitor sul-americano começou a tomar consciência de
que o populismo e a demagogia na política está ficando para trás. Foi às
urnas e mandou para casa a corja da Cristina Kirchner que mandou na
Argentina por mais de dez anos. Os nossos los hermanos começam a desinfetar o país com a vitória de Maurício Macri.
Publicado: 26 de novembro de 2015 às 08:55 - Atualizado às 10:22
O empresário confirma a contratação como pagamento - Foto: Giuliano Gomes
O
empresário Salim Schahin, um dos donos do Grupo Schahin, afirmou em sua
delação premiada que o pecuarista José Carlos Bumlai levou o
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a reunião na sede da empresa durante
as tratativas para empréstimo de R$ 12 milhões, concedido em 2004, que
teria como destino final os cofres do PT. Todo negócio estaria
"abençoado" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele nega.
A operação de empréstimo, um dos motivos
que levaram Bumlai para a cadeia na última terça-feira (24), foi
revelada pelo delator Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras. Ele relatou
em outubro aos procuradores da força-tarefa que Bumlai, juntamente com o
operador de propinas do PMDB Fernando Baiano, teria dirigido um
contrato da estatal de R$ 1,3 bilhão - para operação do navio-sonda
Vitoria 10.000 - como compensação a uma dívida de "R$ 60 milhões" do PT
com a Schahin.
O empresário confirma a contratação como pagamento pelo empréstimo nunca pago feito pelo pecuarista amigo de Lula.
Alvo da Lava Jato, Salim contou o que
sabia no início do mês e relatou que o então ministro José Dirceu ligou
pessoalmente para ele. "Em meados de 2004, José Carlos Bumlai foi
trazido ao Banco Schahin pelo então executivo do banco Sandro Tordin,
buscando tomar um financiamento de R$ 12 milhões", disse Salim em
depoimento.
Schahin conta que, nesse segundo encontro,
Bumlai e Delúbio informaram que como "evidência adicional", a Casa
Civil procuraria um dos acionistas do Banco Schahin. "Dias depois o
depoente (Salim Schahin) recebeu um telefonema de José Dirceu. A
conversa tratou de amenidades não abordando a operação de Bumlai, mas a
mensagem estava entendida."
Brasil
07:07
O esquema criminoso que nasceu no governo Lula e cresceu no
governo Dilma Rousseff tem de ser desmontado, diz Vinicius Torres
Freire.
Vale a pena citar o último parágrafo de sua coluna, publicada hoje na Folha de S. Paulo:
"Esse
sistema colonizou o Estado, espalhou corruptos por toda a parte da
elite política até o centro; se encastelou para se defender e, para
tanto, transformou os cidadãos em reféns da roubança e paralisaram a
economia e o governo do Brasil".
O primeiro passo para desmontar o esquema criminoso é o impeachment.
Brasil
06:34
O colapso de ontem no Senado mostra que o PT, de um momento para o outro, pode perder todos os seus aliados.
A
Folha de S. Paulo diz que, depois da prisão de Delcídio Amaral,
"votações importantes serão adiadas a ponto de o Palácio do Planalto já
temer não conseguir aprovar a nova meta fiscal deste ano, o que o
obrigaria a contingenciar nada menos do que 100 bilhões de reais até
dezembro.
Se não fechar as contas do ano em ordem, Dilma Rousseff começa 2016 extremamente vulnerável a um processo de impeachment".
O Globo, hoje, tem uma reportagem sobre o "expressivo aumento patrimonial" dos filhos de José Carlos Bumlai, a partir de 2004.
Um dos negócios investigados pela Lava Jato é a venda da Fazenda Cristo Redentor para o banco BTG Pactual, em 2012.
"O
negócio rendeu aos quatro irmãos - Fernando, Cristiane, Maurício e
Guilherme Bumlai - 195 milhões de reais, segundo relatório da Receita
Federal. Os auditores põem em dúvida o valor apropriado da terra e das
receitas de atividade rural que os herdeiros do empresário declararam ao
Fisco naquele ano".
Acompanhe o crescimento prodigioso do patrimônio de Maurício Bumlai:
2004 - 3,8 milhões de reais.
2010 - 95,3 milhões de reais.
2012 - 273,8 milhões de reais.
O
Globo informa que, "segundo a Receita, parte do valor incorporado ao
patrimônio dele não tem origem conhecida. Em 2012, a quantia a
descoberto atinge 100 milhões de reais".
A prisão de Delcídio Amaral paralisou o Congresso.
O
projeto que muda a meta fiscal de 2015, admitindo um rombo nas contas
públicas de 119,9 bilhões de reais, não foi votado ontem à tarde.
Renan Calheiros adiou a sessão para o dia 3 de dezembro.
O Estadão explicou as consequências desse adiamento para o governo Dilma Rousseff:
"A
presidente ficou diante de um problema dramático. Ela tem até o dia 30
para o editar o próximo decreto de programação orçamentária – ainda sem a
nova meta fiscal aprovada.
A escolha de Dilma será entre uma
posição que pode paralisar completamente o governo, aplicando um duro
corte de despesas federais, ou entre repetir uma manobra que já foi
considerada ilegal pelos ministros do TCU, baseando o decreto na
premissa da nova meta fiscal de 2015, ainda não votada".
Dilma Rousseff, como sempre, vai optar pela manobra ilegal.
Um político opositor foi assassinado a tiros na quarta-feira durante
um ato eleitoral na presença da esposa do dirigente preso Leopoldo
López, denunciou a oposição venezuelana, que acusou o governo de
estimular a violência na campanha para as legislativas de 6 de dezembro.
“Acaba de ser assassinado por tiro com arma de fogo Luis Manuel Díaz,
secretário-geral da Ação Democrática (AD) de Altagracia de Orituco”, no
estado de Guárico (centro), escreveu o deputado opositor Henry Ramos
Allup no Twitter.
Ramos Allup, secretário da AD e um dos líderes da coalizão opositora
Mesa da Unidade Democrática (MUD), afirmou que Díaz estava no palanque
com Lilian Tintori, esposa do líder opositor Leopoldo López, que cumpre
pena de quase 14 anos de prisão depois de ter sido condenado pela
acusação de estimular a violência nos protestos contra o governo que
deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.
O deputado explicou que o autor do crime, que ele atribuiu a “grupos
armados” vinculados ao governante Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV), atirou a partir de um veículo.
A missão de acompanhamento eleitoral da União de Nações
Sul-Americanas (Unasul), instalada na Venezuela desde a semana passada,
lamentou em um comunicado a morte do opositor e expressou o “mais
enérgico repúdio a todo tipo de violência que possa afetar o
desenvolvimento normal do processo eleitoral”.
A Unasul também pediu uma “exaustiva investigação deste ato condenável, com o objetivo de evitar a impunidade”.
O presidente do Parlamento e número dois do chavismo, Diosdado
Cabello, chamou na quarta-feira de “montagens” os ataques denunciados
recentemente pela oposição.
“A nova moda é: grupos armados do chavismo atacaram não sei quem.
Esta já conhecemos”, disse Cabello em seu programa semanal de televisão.
Nas últimas semanas, a oposição denunciou vários incidentes que
envolveram seus dirigentes, entre eles o ex-candidato à presidência
Henrique Capriles, que relatou um ataque armado contra ele por
simpatizantes do governo.
Lilian Tintori denunciou na semana passada uma perseguição quando tentava participar em um ato político em Cojedes (centro).
Outro incidente aconteceu no domingo em Petare, leste de Caracas.
Miguel Pizarro, deputado e candidato da MUD, afirmou que um tiroteio
aconteceu quando percorria uma favela e apresentou fotografias de homens
encapuzados que supostamente portavam armas.
A MUD também condenou o assassinato de Díaz em um comunicado, no qual
responsabiliza o governo do presidente Nicolás Maduro, “por ação e
omissão, de qualquer ato de violência na Venezuela”.
“A pregação violenta a partir dos mais elevados níveis do Estado é
responsável por semear o ódio”, afirmou a coalizão opositora, que pediu à
Organização dos Estados Americanos (OEA), às Nações Unidas, União
Europeia e até ao Vaticano que “exijam do governo nacional e do PSUV a
rejeição pública do uso da violência como arma política”.
Os venezuelanos comparecerão às urnas em 6 de dezembro para escolher
os 167 deputados de uma Assembleia unicameral, controlada pelo chavismo
há 16 anos.
De acordo com várias pesquisas, a opositora MUD lidera as intenções
de voto com uma vantagem de 14 a 35 pontos, mas o presidente Nicolás
Maduro afirma ter um “voto firme” de 40%.
O mais bem informado blog da área militar – montedo.com – informa
que uma unidade operacional do exército brasileiro – 56º BI –
concentrada em Campos/RJ poderá ser desativada após a olimpíada do Rio
de Janeiro. Economia segundo algumas fontes, falta de meios dizem
outras… Mas o Cristalvox crava: desmobilização das FFAA! O PT e ALDO
REBELO, Ministro da Defesa do PC do B apostam no caos para desmobilizar
a tropa, aos poucos, até sua completa inanição.
Leia o post de Montedo.com
O comandante do 56º Batalhão de Infantaria (BI) do Exército
Brasileiro, tenente coronel Cleiton Souza Cruz, está preparando a defesa
de permanência da unidade em Campos, a ser entregue a 9ª Brigada de
Infantaria Motorizada, no Rio de Janeiro, na próxima sexta-feira (27).
Segundo Cruz, o 56º BI poderá ser desativado após os Jogos Olímpicos de
2016, conforme proposta apresentada durante a 302ª Reunião do Auto
Comando do Exército (ACE), realizada em 30 de outubro deste ano, em
Brasília. Um movimento nesta segunda-feira no calçadão Boulevard
Francisco de Paula Carneiro, no centro de Campos, chamou a atenção da
população para o possível fechamento da unidade.
O comandante esclareceu que, através da documentação da 302ª Reunião,
os generais solicitaram que ele fizesse uma espécie de argumentação,
defendendo ou não, a permanência do batalhão em Campos. “Na minha
primeira argumentação defendi pela permanência. O batalhão tem história e
uma ligação muito forte com a cidade. Campos é uma cidade muito boa e
tenho militares que gostam da cidade”.
Abaixo-assinado e reportagens
Segundo Cruz, a proposta de desativar o 56º BI foi da Secretaria de
Economia e Finanças do ACE em função da Lei Orçamentária Anual (LOA) do
Governo Federal. “Dentro da LOA, o governo anunciou que haverá muitos
cortes dentro das Forçam Armadas para o período de 2016 e 2017, com
reflexos para o Exército, que terá que listar o que é prioridade”,
ressaltou.
De acordo com Cruz, o fechamento do quartel poderá causar um impacto
negativo para Campos e região. “Nós temos no 56º BI 1.700 usuários do
sistema de saúde, que são os ativos, inativos, pensionistas e
dependentes. Caso feche o batalhão, este público terá que buscar pelo
atendimento em outras unidades mais próximas. Campos é uma referência
nacional, pois muitas pessoas de outros municípios e estados são
atendidos no 56º BI, e isso faz parte da minha defesa”, lembrando que a
despesa com a folha de pagamento de pessoal é de R$ 75 milhões por ano.
Movimento Segundo o organizador do movimento, Joilson José Terra, estão sendo
recolhidas assinaturas que poderão chegar às mãos da presidente Dilma
Rousseff. Segundo Terra, o abaixo-assinado e reportagens de jornal do
movimento anterior serão levados ao comandante do 56º BI,
tenente-coronel Cleiton Sousa Cruz, para que ele encaminhe ao Ministério
do Exército.
As reuniões em que o
senador Delcídio Amaral negociava o silêncio do delator Nestor Cerveró
eram precedidas de um ritual para evitar gravações ambientais.
Recolhidos antes do início da conversa, os telefones celulares dos
presentes eram mantidos à distância. A divulgação de conversas como a
reproduzida acima, na qual Delcídio fala em “centrar fogo no STF” para
obter um habeas corpus para Cerveró e melar a Operação Lava Jato, revela
que, a despeito do zelo, o senador caiu numa emboscada.
Em
4 de novembro, Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor Internacional da
Petrobras, recebeu Delcídio no quarto do hotel em que estava hospedado: o
Royal Tulip, hospedaria chique de Brasília, próxima do Palácio da
Alvorada. O senador estava acompanhado do seu chefe de gabinete, Diogo
Ferreira, e do advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro. Como de praxe,
recolheram-se os celulares. Foram enfiados dentro de um armário. Mas
Bernardo havia transformado o quarto de hotel numa arapuca eletrônica.
O filho de Cerveró munira-se de quatro
equipamentos de gravação. Adormeceu. Quando as visitas chegaram, teve
tempo de acionar apenas dois: um celular sobressalente, guardado no
bolso da calça, e um minigravador. O áudio entregue por Bernardo à
força-tarefa da Lava Jato tornou-se a prova que fez de Delcídio um
personagem histórico: o primeiro senador da República a ser preso em
pleno exercício do mandato.
A certa altura, Diogo Ferreira, o
assessor de Delcídio, enxergou, pendurado na alça da mochila de Berbardo
Cerveró, um chaveiro que trazia embutido um microgravador. Ressabiado, o
chefe de gabinete do senador aproximou-se da mochila, ligou a televisão
e aumentou o volume. Ao perceber o incômodo, Bernardo recolheu mochila e
colocou-a dentro do mesmo armário em que se encontravam os celulares. O
“chaveiro-espião” estava desligado, contaria Bernardo ao Ministério
Público mais tarde. Os visitantes tranquilizaram-se.
Como os peixes do seu Mato Grosso do
Sul, Delcídio morreu pela boca. Além sugerir que teria acesso a quatro
ministros do STF, com a ajuda do “Michel” e do “Renan”, ele revelou que
providenciaria junto ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, um
mensalão de R$ 50 mil para a família Cerveró, além de recursos para
custear a fuga do patriarca até a Espanha, depois que a quadrilha
arrancasse um habeas corpus do STF. O senador não deixou alternativa
para os magistrados do Supremo. Ou mandavam prendê-lo ou
desmoralizavam-se.