Um assunto que repercutiu nesse fim de semana graças ao enem foi
o feminismo. Após citar Simone de Beauvoir e um tema de redação como
“persistência na violência contra a mulher na sociedade brasileira”, não
é de nenhum espanto o assunto ter voltado a tona com tudo. Então vou
aqui expressar minha opinião sobre o assunto. A respeito de Simone de
Beauvoir, vamos ler algumas coisas:
Entre 1943 e 1944, quando a França estava sob ocupação nazista,
Simone de Beauvoir trabalhou como diretora de sonografia para a Rádio
Vichy.
1 Radio Vichy era a estação de rádio estatal na assim chamada
zone libre(zona
livre) da França, após a capitulação da República Francesa diante da
Alemanha nazista em 1940. Dizemos “assim chamada” porque o regime de
Vichy, embora teoricamente neutro do ponto de vista militar, era de fato
um colaborador ativo do regime nazista
2 e hoje é fato
reconhecido por todos os lados envolvidos que a Rádio Vichy era
porta-voz de fato da propaganda nazista nas ondas de rádio francesas.
Defensores de Beauvoir podem dizer que ela foi obrigada pelas
circunstâncias a trabalhar lá, assim como muitos indivíduos agora alegam
ter sido forçados a colaborar com a “Securitate” durante o regime
comunista. Mas os manuscritos de Beauvoir durante o período, revelados
posteriormente, contam uma história diferente.
Mesmo autores feministas, como a Dra. Ingrid Galster, que dedicou
anos de sua vida a estudar Simone de Beauvoir, têm que admitir, mesmo a
contragosto, que a atitude manifesta por Beauvoir como diretora de
sonografia na máquina de propaganda nazista era, no mínimo, de
colaboracionismo sutil3 e
a forma pela qual ela chegou àquele trabalho não foi via coerção – mas
sim por uma escolha perfeitamente consciente.
Beauvoir já era membro do
sindicato de funcionários públicos e poderia ter optado por trabalhar
numa prefeitura, por exemplo. Mas ela tinha que escolher trabalhar em
algo que não fosse ensinar, pois sua carreira como professora estava
encerrada – apesar de já ter as qualificações e o prestígio necessário
para ensinar, dado que ela tinha tido o segundo melhor desempenho como
estudante de doutorado em sua geração, ficando apenas atrás de seu
amante de toda a vida, Jean-Paul Sartre.
4
A razão pela qual ela não podia mais lecionar está relacionada
exatamente à pedofilia e a Sartre. Em 1943, Simone de Beauvoir foi
demitida por comportamento que levara a corrupção de menor.5
Novamente, os apologistas de Beauvoir poderão apressar-se em dizer
que o momento em 1943 foi um incidente singular ou, como já me disseram,
um incidente simplesmente inventado pelos nazistas que não podiam
suportá-la após entenderam que ela uma mulher marxista independente e
empoderada. Mas isso está longe da verdade.
O interesse sexual de Beauvoir por crianças é um tema recorrente em
toda sua vida. Ela estava entre os primeiros filósofos que tentaram
unificar o gênero literário que se iniciou nos anos 1930 (e durou até os
anos 1980 na Europa Ocidental) chamado
pedofilia pedagógica feminina.6
Ela tentou essa unificação com seu ensaio “Brigitte Bardot e a Síndrome
de Lolita” (eu realmente espero que vocês já tenham assistido o filme
Lolita), publicada pela primeira vez na revista
Esquire em 1959
e republicada várias vezes até meados dos anos 1970.
Nesse ensaio,
Beauvoir glorifica Brigitte Bardot por seu aspecto físico infantil, que
retém a perfeita inocência inerente no mito da infância e então a apresenta como uma
Houdini para meninas, que as liberaria e empoderaria para além das correntes que as subjugavam.
O ensaio de 1959 foi só o começo. Em 1977, Beauvoir, juntamente com a maior parte
intelligentsia marxista
francesa, assinou uma petição exigindo nada mais, nada menos que a
legalização da pedofilia e a libertação imediata de três indivíduos
condenados a cumprir longas sentenças de prisão por explorar sexualmente
vários meninos e meninas com idades entre 11 e 14 anos. A petição
assinada por Beauvoir e Sartre, entre outros, foi publicada no
Le Monde e dizia, entre outras coisas:
9
Um tempo tão longo de prisão para investigar um simples
caso “vicioso” em que as crianças não foram vítimas de qualquer
violência, mas ao contrário, testemunharam perante os magistrados que
consentiram – embora a lei atualmente negue-lhes o direito de consentir –
um tempo tão longo na prisão nós consideramos escandaloso em si. Hoje
eles estão em risco de ser sentenciados a uma longa pena de prisão, por
terem tido relações sexuais com menores, tanto meninos quanto meninas,
ou por terem encorajado e tirado fotografias de suas brincadeiras
sexuais. Nós acreditamos que há uma incongruência entre a designação
como “crime”, que serve para legitimar tal severidade, e os fatos
próprios; mais ainda entre a lei antiquada e a realidade cotidiana em
uma sociedade que tende a conhecer sobre a sexualidade de crianças e
adolescentes […].
Assim, na opinião de Beauvoir, crianças de 11 anos na França do final
dos anos 1970 tendiam a ser seres sexuais. Desde que a puberdade não
acontecia e até hoje ainda não ocorre naquela idade para a grande
maioria das crianças, é condizente nomear a defesa feita por Beauvoir
como nada além de uma advocacia da pedofilia, a despeito da definição
escolhida para a palavra.
http://www.vistadireita.com.br/blog/simone-de-beauvoir-nazista-pedofila-misandrica-e-misogina/
Agora a respeito do Feminismo de hoje:
Marcha das vadias, entre outras marchas que utilizam o corpo
obviamente como uma pseudo expressão de revolta são bastante apelativas,
convenhamos. Para um grupo que incialmente se diz numa busca por
direitos iguais, suas atitudes hoje em dia não condizem e ainda mancham a
imagem da mulher que realmente busca uma melhoria nos direitos
femininos. Sim! femininos.
Porque eu não vejo nenhuma feminista lutando
também para que homens possam igualar suas regalias como a que nós
temos, um exemplo: não há para nós mulheres a obrigatoriedade de
alistar-se no exército, enquanto que para eles, é algo obrigatório. Não é
algo que boa parte deles aprove, pelo menos nenhum dos meus amigos
cumpre com essa obrigação por livre e espontânea vontade. Marchas como a
das vadias, chamam atenção da mídia por um meio que as próprias
feministas que desta participam não querem chamar, essa é a verdade.
Embora estampe a frase igualdade como se fosse uma desculpa para
qualquer situação, é facilmente vista como simplesmente uma busca por
benefícios e supremacia. O feminismo significa uma busca por
igualdade de gêneros, mas infelizmente, só é bonito no papel, assim
como o comunismo. A comparação que eu fiz com o comunismo foi de que são
“ideias boas” porém eles não são executados desta forma… Há pessoas no
mundo que lutam para a igualdade de gênero e racial sem levantar a
bandeira do feminismo, simplesmente porque o movimento está muito hostil e denegrido. Observem o vídeo:
Estava lembrando do dia em que uma conhecida me marcou em uma foto no
facebook que eu não lembro bem o que dizia, mas era algo do tipo “Toda
mulher precisa de um homem que seja mais macho que ela.” Não preciso nem
dizer que as ditas feministas quase derrubaram a página por causa dessa
imagem. Algumas simplesmente levaram ao pé da letra como algo que dizia
que toda mulher precisa de um homem. Bem, não foi isso que li.
Outra
indignada falava a respeito de mesmo que não fosse aquilo que a frase
dizia, ainda assim era machismo, pois “Só porque uma mulher faz coisas
que normalmente homens fazem, isso não quer dizer que ela é homem, ou
que se comporta como um. Dizer que eu corro ou bato como menina, é
machismo.” Olha, se você me diz que eu corro ou bato como homem, não me
ofende. A palavra homem não me ofende, porque não está diretamente
ligada ao sexo masculino, mas sim a todo humano. Claro que na postagem
estava se referindo ao sexo masculino em específico, mas se você se
sente ofendida ao ser comparada a um homem, eu não me sinto, pois eu
enxergo apenas um vício de linguagem.
Agora sobre confundir feminismo com Misandria:
Outro motivo pela qual essa terceira onda está causando repulsa aos
que acolhem o discurso feminista é exatamente o fato de uma
possibilidade de ter os homens como aliados (pois eles também podem
lutar por direitos, não é mesmo?) é o simplesmente um discurso de ódio
que vem daquelas que hoje lutam por esta causa. Não confundam feminismo
com misandria, pois vocês mesmas causam a misoginia com este ato. E com
isso, não estou dizendo que vocês simplesmente querem provocar
misoginia. Mas que provocam por um simples discurso de ódio e em boa
parte dos casos.
Misoginia:
s.f. Sentimento de repulsa e/ou aversão às mulheres.
Repulsão excessiva do contato sexual com mulheres.
(Etm. do grego do grego misos: ódio e gene: mulher)
Misandria:
s.f. Medicina. Aversão patológica ao sexo masculino;
aversão ou ódio demonstrado pelo sexo masculino.
(Etm. do grego misos: ódio e andro: homem)
Agora sobre sexismo:
Apenas um vídeo.
E finalmente, sobre a redação:
Justo, justíssimo! As pessoas tendem a achar
que quem não se considera feminista, apoia totalmente uma suposta
“opressão” sobre nós mesmas. Não é bem assim. Todas as mulheres que eu
conheço e que não querem se aliar ao feminismo, simplesmente reconhecem
que o problema não é o feminismo, mas sim as feministas que surgiram com
essa terceira onda que além de confundir significados, tornam tudo um
problema. A agressão contra a mulher É UM PROBLEMA.
Mas é uma agressão, e
não deveriam categorizar agressões. Violência contra a mulher,
violência contra o negro, violência contra os homossexuais (vulgo
homofobia). Não entendo, querem acabar com a agressão ou apenas
distinguir classes? Não são apenas mulheres. Homens também sofrem
violência doméstica (para quem não sabe né) e não falam por medo do que a
própria sociedade irá pensar. Além disso, a maior taxa de homicídio no
nosso país, tem vítimas de sexo masculino. E NÃO! NÃO ESTOU DEFENDENDO
OS HOMENS POR ESTE MOTIVO. Estou apenas relatando o que muitos ignoram.
Por fim, queria dizer que não sou contra o
feminismo, jamais! Não sou contra o feminismo que realmente luta por
igualdade NAS ÁREAS QUE REALMENTE NECESSITAM DE IGUALDADE, não sou
contra o feminismo que pede mais respeito a todos, isso
independentemente de roupa ou sexo.
Mas que sou sim, contra o pseudo
feminismo colocado em prática hoje que apenas encoberta o sexismo e a
misandria. Se querem lutar por igualdade, por respeito, por opinião,
LUTEM. Mas não deixem que atos vergonhosos que muitas cometem em nome
das mulheres, manche a mulher que realmente quer progredir.