terça-feira, 27 de janeiro de 2015
ARMADILHAS PARA A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
Movimentos
do Brasil no cenário global deste ano não sinalizam grande mudança de
política externa no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Nessas
primeiras semanas, a participação coadjuvante do Brasil no desenho do
eixo China-América Latina, a pouca atenção que o país conferiu à marcha
de Paris contra o terror e o anúncio da ausência da chefe de Estado no
Fórum de Davos 2015 prenunciam uma diplomacia do “mais do mesmo”.
Costuma-se dizer que a formulação da política externa cabe ao Palácio do Planalto; ao Itamaraty, sua execução. O problema é que não há na atual chefe de Estado qualquer predileção ou talento para o palco internacional, seja na condição de roteirista, diretor ou ator.
Daí a importância do novo chanceler, que terá de chamar a si a responsabilidade de “proteger” a política externa dos efeitos depreciadores do desinteresse ou da inépcia de Dilma. É tarefa nada fácil.
APESAR DE DILMA…
Muito do sucesso do Itamaraty nestes próximos quatro anos residirá na implementação da diplomacia não “com” a presidente, mas “apesar” dela.
Mesmo assim, é preciso entender que o ocaso da política externa não se origina exclusivamente da incompatibilidade Dilma-mundo.
Não resulta, tampouco, de disputas interministeriais por espaço características do jogo político em qualquer capital. Não é, ainda, tão-somente fruto de panorama fiscal que constrange o orçamento diplomático.
O principal fator a explicar o enfraquecimento do Itamaraty é a série de erros estratégicos que o Brasil vem cometendo. E esse conjunto de equívocos remonta a Lula 1.0.
Compõe-se sobretudo do foco ideológico nas relações Sul-Sul. A fatura chega agora na forma de uma pálida projeção do Brasil no cenário internacional.
No desejado caminho de volta do Brasil a um maior destaque no exterior, há muitos obstáculos conjunturais. Commodities minerais em que desfrutamos de vantagens comparativas experimentam inferno astral. Mas há também bom número de armadilhas adiante. Vão aqui dois exemplos.
E OS BRICS?
Inicia-se em abril a presidência russa dos Brics. Acossada por sanções do Ocidente e pauperizada pelo baixo preço do petróleo, Moscou pode imprimir caráter “confrontacionista” ao grupo. É tudo que os Brics não precisam num ano que tem de ser marcado pela inauguração pragmática do Novo Banco de Desenvolvimento.
Em nossa vizinhança, ao passo que no mundo real a Argentina pretere o Brasil à China como parceiro privilegiado de negócios, Axel Kiciloff, ministro da Economia de Cristina Kirchner e candidatíssimo à Casa Rosada, entoa canto de amor ao Planalto petista.
Sugere que as agruras internacionais da Petrobras derivam do apetite de fundos como o Aurelius, um dos “abutres” da dívida argentina, que agora lançaria “ataque simultâneo” para desestabilizar as maiores economias do Cone Sul.
Se o Brasil deseja uma nova política externa, terá de desviar com sabedoria de agendas que nada contribuem ao interesse nacional.
26 de janeiro de 2015
Costuma-se dizer que a formulação da política externa cabe ao Palácio do Planalto; ao Itamaraty, sua execução. O problema é que não há na atual chefe de Estado qualquer predileção ou talento para o palco internacional, seja na condição de roteirista, diretor ou ator.
Daí a importância do novo chanceler, que terá de chamar a si a responsabilidade de “proteger” a política externa dos efeitos depreciadores do desinteresse ou da inépcia de Dilma. É tarefa nada fácil.
APESAR DE DILMA…
Muito do sucesso do Itamaraty nestes próximos quatro anos residirá na implementação da diplomacia não “com” a presidente, mas “apesar” dela.
Mesmo assim, é preciso entender que o ocaso da política externa não se origina exclusivamente da incompatibilidade Dilma-mundo.
Não resulta, tampouco, de disputas interministeriais por espaço características do jogo político em qualquer capital. Não é, ainda, tão-somente fruto de panorama fiscal que constrange o orçamento diplomático.
O principal fator a explicar o enfraquecimento do Itamaraty é a série de erros estratégicos que o Brasil vem cometendo. E esse conjunto de equívocos remonta a Lula 1.0.
Compõe-se sobretudo do foco ideológico nas relações Sul-Sul. A fatura chega agora na forma de uma pálida projeção do Brasil no cenário internacional.
No desejado caminho de volta do Brasil a um maior destaque no exterior, há muitos obstáculos conjunturais. Commodities minerais em que desfrutamos de vantagens comparativas experimentam inferno astral. Mas há também bom número de armadilhas adiante. Vão aqui dois exemplos.
E OS BRICS?
Inicia-se em abril a presidência russa dos Brics. Acossada por sanções do Ocidente e pauperizada pelo baixo preço do petróleo, Moscou pode imprimir caráter “confrontacionista” ao grupo. É tudo que os Brics não precisam num ano que tem de ser marcado pela inauguração pragmática do Novo Banco de Desenvolvimento.
Em nossa vizinhança, ao passo que no mundo real a Argentina pretere o Brasil à China como parceiro privilegiado de negócios, Axel Kiciloff, ministro da Economia de Cristina Kirchner e candidatíssimo à Casa Rosada, entoa canto de amor ao Planalto petista.
Sugere que as agruras internacionais da Petrobras derivam do apetite de fundos como o Aurelius, um dos “abutres” da dívida argentina, que agora lançaria “ataque simultâneo” para desestabilizar as maiores economias do Cone Sul.
Se o Brasil deseja uma nova política externa, terá de desviar com sabedoria de agendas que nada contribuem ao interesse nacional.
26 de janeiro de 2015
Marcos Troyjo
Folha
CADA VEZ MENOS CONFIANÇA NA DILMA...
LOROTAS POLÍTICAS & VERDADES EFÊMERAS
(O Globo) O
Índice de Confiança do Consumidor (ICC) iniciou 2015 com queda de 6,7
por cento em janeiro sobre o mês anterior, atingindo 89,8 pontos, menor
nível da série iniciada em setembro de 2005. Em dezembro, o indicador
havia avançando 0,9 por cento na comparação mensal, alcançando 96,2
pontos e interrompendo dois meses de queda.
A
Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira que o
resultado decorre tanto da piora da situação atual quanto das
expectativas."A queda do ICC em janeiro dá sequência à tendência
observada ao longo do ano passado e parece refletir aumento da
preocupação com o mercado de trabalho e com a inflação", disse em nota o
economista da FGV/IBRE Tabi Thuler Santos.
O
Índice da Situação Atual (ISA) recuou 8,6 por cento, para 88,5 pontos
em janeiro. O Índice de Expectativas caiu 6,2 por cento, a 90,8 pontos.
Ambos os índices, segundo a FGV, estão nas mínimas históricas.
A
proporção de consumidores que veem a situação atual como boa caiu de
8,7 por cento em dezembro para apenas 6,0 por cento em janeiro. Já a
parcela dos que preveem melhora diminuiu de 23,3 por cento para 16,6
por cento. A retomada da confiança em geral, tanto de consumidores
quanto de empresários, tem sido uma das principais bandeiras da nova
equipe econômica, diante do persistente cenário de inflação alta e
crescimento baixo vivido pelo Brasil.
26 de janeiro de 2015
26 de janeiro de 2015
MCCE divulga ranking da corrupção por partido
Postado por
Nicolau Neto
Tendo
como norte informações divulgadas no sitio do Tribunal Superior Eleitoral - TSE,
o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE compartilhou um balanço com
as agremiações que possuem o maior número de parlamentares cassados por
corrupção desde 2000.
O
Democratas - DEM, antigo Partido da Frente Liberal (PFL), com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de
todos os políticos cassados no período de apuração, liderando o ranking. Na
sequência, assume o posto de segundo e terceiro colocados, o Partido do
Movimento Democrático Brasileiro – PMDB e o Partido da Social Democracia
Brasileira – PSDB, com 66 e 58 políticos cassados, respectivamente.
Veja,
abaixo, o ranking da corrupção COMPROVADA em cada partido e clique aqui para
acessar o dossiê na íntegra.
Economia seletiva padrão PT: Cortes para os trabalhadores e abonos para a elite governamental:
Jornais e revistas Nos dias úteis, cada deputado recebe cinco publicações, entre jornais e revistas.
Quanto custa um parlamentar: deputado e senador
Cada senador custa mais de R$ 33 milhões por ano aos cofres públicos
Quanto custa um senador e um deputadoVeja quanto os senadores e deputados podem gastar e quanto recebem.
Senadores Subsídio mensal R$
16.512,09. Além dos 12 salários por ano e do 13º, cada senador recebe o
mesmo valor no início e no final de cada sessão legislativa, ou seja,
14º e 15º salários.
Funcionários Ao
contrário da Câmara, onde existe a verba de gabinete (R$ 60 mil a
partir deste mês) para o deputado contratar seus assessores, é o Senado
que contrata diretamente o pessoal do gabinete dos senadores. Cada
gabinete tem direito à contratação de 11 profissionais, sendo seis
assessores parlamentares e cinco secretários parlamentares.
Um assessor parlamentar ganha R$ 8 mil brutos e um secretário, 85% desse valor. Com isso, o total de gastos com funcionários pode chegar a R$ 54 mil. Os cargos podem ser desmembrados, desde que não seja ultrapassado o valor originalmente designado para os 11 funcionários.
Um assessor parlamentar ganha R$ 8 mil brutos e um secretário, 85% desse valor. Com isso, o total de gastos com funcionários pode chegar a R$ 54 mil. Os cargos podem ser desmembrados, desde que não seja ultrapassado o valor originalmente designado para os 11 funcionários.
Verba IndenizatóriaR$
15 mil. Recursos para uso em gastos nos estados, com aluguel, gasolina,
alimentação. O parlamentar tem que apresentar nota fiscal com os gastos
e, se não usar toda a verba num determinado mês, acumula para o
seguinte. Passado um semestre, ele não tem mais direito de usar o
acumulado.
Auxílio-moradiaR$
3.800. Têm direito os senadores que não moram em apartamentos
funcionais. O parlamentar tem que comprovar o gasto, apresentando notas
de hotéis ou de imóveis que tenha alugado em Brasília.
Cota postal A
cota postal varia segundo o número de eleitores do estado. O senador do
estado menos populoso (AP), em termos de número de eleitores, tem
direito a uma cota de R$ 4 mil/mês. Um senador do estado mais populoso
(SP) tem direito a usar até R$ 60 mil/mês. O pagamento da postagem é
feito diretamente pelo Senado aos Correios, mediante comprovação da
postagem, não havendo repasse de recursos.
Cota telefônica Cada senador tem direito a R$ 500 mensais.
Passagens aéreasVerba variável, dependendo do estado pelo qual o senador foi eleito. O valor mínimo é de R$ 4,3 mil (para os eleitos pelo Distrito Federal) e máximo de R$ 16 mil, para os do Acre.
Combustível Todo senador tem direito a 25 litros de combustível por dia.
GráficaCada
senador tem direito a uma cota de serviços gráficos, na Gráfica do
Senado, para material estritamente relativo à atividade parlamentar, de
R$ 8.500 por ano.
Jornais e revistasNos dias úteis, cada senador recebe cinco publicações, entre jornais e revistas.
Deputados
Deputados
Subsídio mensal R$
16.500. Além dos 12 salários por ano e do 13º, cada deputado recebe o
mesmo valor no início e no final de cada sessão legislativa, ou seja,
14º e 15º salários.
Verba de gabineteR$
60 mil, a partir de abril de 2008. Verba destinada ao pagamento dos
funcionários de gabinete. Cada deputado tem direito a empregar de 5 a 25
pessoas em seu gabinete, mas com salários que não ultrapassem o
somatório da verba e que não sejam inferiores ao mínimo.
Verba indenizatória R$
15 mil. Recursos para uso em gastos nos estados, com aluguel, gasolina,
alimentação. O parlamentar tem que apresentar nota fiscal com os gastos
e, se não usar toda a verba num determinado mês, acumula para o
seguinte.
Auxílio-moradiaR$
3 mil. Têm direito os deputados que não moram em apartamentos
funcionais. O parlamentar tem que comprovar o gasto, apresentando notas
de hotéis ou de imóveis que tenha alugado em Brasília.
Cota postal e telefônica R$
4.2687,55 para deputados, e R$ 5.513,09 para líderes e vice-líderes da
Câmara, presidentes e vice-presidentes de comissões permanentes da Casa.
A cota é mensal, mas, se não utilizada naquele mês, acumula para o
seguinte.
Passagens aéreasVerba
variável, dependendo do estado pelo qual o deputado foi eleito. O valor
mínimo é de R$ 4,3 mil (para os deputados eleitos pelo Distrito
Federal) e máximo de R$ 16 mil, para os do Acre.
GráficaCota de R$ 6 mil
GráficaCota de R$ 6 mil
.
Agora governo, antiga oposição não quer CPI do Mineirão
Os agora membros da base de Fernando Pimentel mudaram completamente de opinião, o que torna remota a possibilidade de uma nova iniciativa nessa linha ser aprovada
RICARDO
CORRÊA E LUCAS RAGAZZI
Bastou mudar de
lado para que antigos oposicionistas, hoje governistas, desistissem da CPI do
Mineirão. Após batalhar e questionar o fato de o colegiado não ser instalado
mesmo tendo 27 assinaturas, em uma decisão política da Mesa Diretora da Casa,
os agora membros da base de Fernando Pimentel mudaram completamente de opinião,
o que torna remota qualquer possibilidade de uma nova iniciativa nessa linha
ser aprovada.
A avaliação é a
de que o que antes era classificado como um duro golpe nas negociações feitas
pelo PSDB, agora, é motivo de receio, já que poderia iniciar um indesejado
“clima de guerra” na Casa. É o que diz, por exemplo, o deputado e líder do
governo na Assembleia, Durval Ângelo, que assinou a CPI, mas agora mudou de
ideia.
“O correto
seria aguardar uma auditoria. É o mais sensato a se fazer, até porque Pimentel
já está realizando auditorias em diversas áreas, então a CPI seria
desnecessária. Não seria bom começar o ano legislativo com um clima de guerra
na Assembleia”.
Dos 27
parlamentares que assinaram o pedido de abertura da CPI, em 2014, cinco se
tornaram secretários de Estado e um, Adalclever Lopes (PMDB), deve ser
empossado como presidente da Assembleia Legislativa. De acordo com um membro da
administração Pimentel, a “CPI do Mineirão só não acontece se o governo não
quiser”.
Fora do arco
governista, o deputado Fred Costa (PEN), que também assinou o pedido de
abertura da comissão, afirma que ainda há a necessidade de “tirar qualquer tipo
de dúvida” sobre o contrato entre o Estado e o consórcio Minas Arena.
“Não vejo
qualquer tipo de questão política que impeça a CPI do Mineirão de ser aberta. O
momento é até propício, já que não há eleição. Respeito muito Durval Ângelo,
mas tenho uma opinião diferente”, diz o deputado, presidente do PEN em Minas.
Os deputados
Rogério Correia (PT) e Sávio Souza Cruz (PMDB), que idealizaram a CPI, não
foram encontrados.
Cunha
em BH
O vereador Marcelo Aro (PHS), que toma posse na Câmara Federal em fevereiro, ofereceu nesta quinta em seu apartamento, no Belvedere, um jantar para o candidato à presidência da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em campanha, essa é a segunda vez que Cunha desembarca na capital neste mês.
O vereador Marcelo Aro (PHS), que toma posse na Câmara Federal em fevereiro, ofereceu nesta quinta em seu apartamento, no Belvedere, um jantar para o candidato à presidência da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em campanha, essa é a segunda vez que Cunha desembarca na capital neste mês.
No encontro, cerca de 30
convidados, “amigos, vereadores, deputados e pessoas sem mandato”, segundo Aro.
A pauta, segundo o anfitrião, não foi política, apesar de alguns convidados
garantirem que a campanha da Câmara seria o tema central. No cardápio, “nada
demais, comida simples, minha mulher que organizou”, diz Aro. Hoje, Cunha
recebe, na Câmara de BH, o título de cidadão honorário da capital. À tarde,
terá um almoço na casa de um ex-deputado.
O Solidariedade, comandado pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), mantém o apoio ao líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), na disputa pela presidência da Câmara. Tanto que soltou nota não apenas reiterando o apoio, como criticando a ideia do bloco do qual faz parte, incluindo PSB, PPS e PV, de apoiar o mineiro Júlio Delgado.
O partido ainda pressiona para que o PSDB desista de Júlio e pense no apoio a Cunha. Na nota, o senador Aécio Neves é citado nominalmente.
“O Solidariedade apela aos partidos de oposição, inclusive ao senador Aécio Neves, para que rediscuta essa questão, com o objetivo de não se cometer o erro histórico”, afirma.
Cunha não perdeu tempo: compartilhou a nota em seu Facebook e marcou Aécio Neves para que ele leia.
Cores da Câmara. No momento em que a eleição para o cargo de presidente se transformou em uma salada partidária, com rachas no governo e na oposição, os três candidatos preferiram adotar as cores da Casa Legislativa em seus materiais de campanha. Nesta quinta, Arlindo Chinaglia divulgou sua logomarca e o site. Nada do vermelho petista nas peças. Da mesma forma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já tinha usado as cores verde, azul e amarelo e o desenho do prédio como exemplo. Júlio Delgado (PSB) também adotou as cores.
R$ 210 mi GASTOU a Presidência com publicidade em 2014, mais que órgãos como o Ministério da Saúde, que faz campanhas de conscientização, diz o Contas Abertas
Pagamento. O governo de Minas informou nesta quinta que está previsto até o próximo dia 30 o pagamento dos serviços prestados pelos profissionais de saúde credenciados pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O Estado culpa a gestão anterior por não deixar recursos para a quitação no prazo.
Parente no “BBB”
É sobrinha do vereador Wagner Messias Silva, o Preto (DEM), líder do governo de Marcio Lacerda na Câmara, a belo-horizontina Aline Gotschalg, 24, que entrou, na quarta-feira, na casa do “Big Brother Brasil”. Mas, para ficar no programa e concorrer ao milionário prêmio final, terá que mostrar que, como o tio, é boa de voto. Ela disputa com a brasiliense Júlia uma vaga no programa. Se não for a escolhida, volta pra casa no domingo. “Não é por ser minha sobrinha, mas é uma pessoa maravilhosa. Vamos todos votar nela”, diz Preto, que faz uma “minicampanha” pela parente.
Buscando experiências
Candidata pelo PSOL na última eleição presidencial, Luciana Genro diz que seu partido está de olho nos bons resultados de partidos à esquerda na Europa. Para isso, o PSOL mandará representantes à Grécia e à Espanha para acompanhar desdobramentos das eleições. Na Grécia, pesquisas desta semana mostram que o Syriza (Coligação da Esquerda Radical) aumentou a vantagem para as eleições legislativas do próximo domingo, dia 25. Na Espanha, com apenas um ano de vida, o esquerdista Podemos está perto de se tornar a maior força política do país.
Peixes morrendo no rio São Francisco preocupam população Mas o Governo continua desmatando e incentivando invasões em areas de proteção ambiental, perto de mananciais.
Norte de Minas
Segundo presidente do Codema de São Francisco, motivo seria aumento de cianobactérias decorrentes da poluição da água juntamente com o baixo nível da água
Peixes
estariam morrendo devido ao aumento de bactérias por conta da seca
Nível
baixo também prejudica transportes e deixa água imprópria para consumo
PUBLICADO
EM 26/01/15 - 16h31
JOSÉ VÍTOR
CAMILO
"Nunca tinha visto ele nesse estado. Cada ano que passa o rio está pior. Achei inclusive um surubim de uns 40 Kg morto na margem, sem falar nos vários outros que vimos descendo no leito do rio", relatou o comerciante, que também é pescador.
Assustado, ele resolveu fazer fotos e divulgar, com o objetivo de pressionar as autoridades a tomarem medidas para salvar o principal rio de Minas Gerais.
As imagens foram feitas na região conhecida como Barreira dos Índios, a cerca de 23 km de São Francisco. "O nível está muito baixo, muito assoreado. Até mesmo o pessoal que fiscaliza o meio ambiente encontra dificuldade para percorrer o rio e analisar a situação. O problema dos peixes é que as matrizes, que fazem a manutenção dos peixes da região, estão morrendo e a população vai só diminuindo. Estão dizimando os peixes", contou Gildo.
O problema principal não é para os turistas, mas sim para quem vive na cidade e depende tanto do turismo como da pesca de subsistência. É o caso de João Antônio Neves, de 65 anos, o Toninho, que conserta motores de barcos dos pescadores. "Está complicado, deu uma chuvinha de cinco minutos na semana passada e agora está só baixando. As balsas já pararam de funcionar por conta dos bancos de areia no meio do rio", disse.
Mas, ainda segundo o homem, que vive na cidade há 44 anos, o principal problema é qualidade da água. "Ela está fedendo já. Muita gente que vive na beira sempre bebeu água do rio e agora está tendo que buscar água na cidade por causa dessas impurezas. O fundo só tem lodo, antigamente não tinha isso", lamentou o local.
Toninho ainda conta que recentemente levou algumas pessoas em um passeio pelo rio e deixou todos abismados com a situação. "Foram até no meio do rio só caminhando. É de se assustar o quanto ele está seco", finalizou.
Culpa dos dejetos
De acordo com João Naves, presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema), a culpa para a mortalidade dos peixes estaria no despejo de materiais químicos na água. "Existem muitas indústrias, siderúrgicas, plantações, principalmente em Três Marias, que acabam despejando produtos e agrotóxicos que, quando o nível da água está normal, não fazem tanta diferença. Porém, na situação em que se encontra, aumenta o número de cianobactérias", explica.
Ainda de acordo com ele, os peixes que morrem são os sem escama, que costumam ficar no barro. "Geralmente surubim, cascudo. Mas é uma quantidade muito grande que está morrendo. Tenho recebido muitos relatos dos moradores", falou. João afirma que há anos vem alertando os governos a respeito dos problemas hídricos, mas que pouco é feito. "É um assunto muito sério, mas é culpa da falta de planejamento, falta de reparo e fiscalização das empresas".
Mensagem ao Governador Rollemberg: A água como um bem de todos
Luiz Tito
O TEMPO
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PUBLICADO
EM 26/01/15 - 04h30
A região metropolitana de São Paulo já convive com apagões de energia e forte racionamento de água há meses. O abastecimento na capital paulista foi racionado, com graves repercussões na vida dos paulistanos, que em muitas zonas da cidade recebem água apenas uma vez por semana. No Rio de Janeiro, na região de Duque de Caxias especialmente, a água não chega às torneiras todos os dias; o racionamento está ocorrendo para que haja água nos meses de estiagem.
Na região metropolitana de Belo Horizonte, denúncia feita no último fim de semana pela nova diretoria da Copasa revela, muito tardiamente, que os reservatórios de abastecimento dessa zona vêm caindo de volume acentuadamente desde maio de 2013, quando tinham armazenados 83,94%; depois, tal redução foi se ampliando, até chegarmos hoje a apenas 5,8% de água armazenada frente a sua capacidade total.
Tão grave quanto a falta d’água é a falta que fazem o planejamento, a adequação de investimentos e o zelo, esses sim racionados nas diversas esferas de gestão pública no Brasil, o que parece também ter ocorrido na Copasa.
É verdade que vivemos uma realidade de baixos índices de chuva, mas é exatamente por isso mesmo que o planejamento deveria ter se antecipado com recomendações e medidas que levassem os consumidores, em especial a indústria, a racionalizar o uso da água e seu reaproveitamento. Além disso, ainda convivemos com o desperdício de absurdos 40% da água captada, o que é de uma estupidez sem medida. Quem pesquisar verá que as cidades que estão às margens dos rios São Francisco e das Velhas jogam nesses cursos d’água seus esgotos sem qualquer tratamento.
Uso desmedido e irracional da água, falta de políticas públicas e de educação dos usuários e consumidores sobre abastecimento e saneamento, cidades que historicamente fazem dos nossos principais rios seus esgotos primários, escassez de recursos orçamentários das companhias e do ente público – para realizar investimentos inadiáveis nesses setores que cuidam do que se move e depende de água, do esgoto e do saneamento – são falências que, conjugadas como estão nesse momento, em Minas e em várias regiões do Brasil, têm a cada dia agravado o preço da sua solução.
Chegamos ao limite.Essa conta é de todos nós.
Comentário:
Mas as autoridades continuam incentivando as invasões e a grilagem de terras em áreas de proteção ambiental, não é GDF?
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