CRISE NO BRASIL GERADA PELO PT SE AGRAVA PELO IMOBILISMO E A LENIÊNCIA OPORTUNISTA DAQUELES QUE TÊM O PODER E O DEVER CONSTITUCIONAL DE AGIR
O cotidiano na Venezuela: filas imensas nos supermercados para adquirir alimentos, principalmente. |
Geraldo Samor é um dos analistas do mercado dos mais atilados. Em sua coluna no site da revistsa Veja faz
sérias advertências sobre o futuro imediato nada promissor para os
brasileiros.
Ao que eu acrescento: caso as autoridades constituídas -
tirante evidentemente o Palácio do Planalto - no Congresso Nacional
passando pelas lideranças políticas dos principais partidos políticos -
fora o PT, é claro - e as Forças Armadas, continuarem cultivando esse
imobilismo, quando não uma leniência absurda de forma a colocar um pedra
sobre o caos instalado no Brasil pelo PT e seus seus sequazes, tudo de
ruim que se possa imaginar está a caminho.
Mais um pouco estaremos
rivalizando com a Venezuela em termos de desastre geral e penúrias
inimaginável que castigarão a já depauperada classe média e os estratos
mais frágeis economicamente da sociedade brasileira. Erosão da classe
média verdadeira é o caminho mais curto para o empobrecimento geral e
irrestrito do país, ou seja, o caminho mais curto para a cubanização do
Brasil.
Leiam a análise de Geraldo Samor:
O dólar está a 3,30 mas é impossível encontrar alguém que ache que este preço ‘paga’ todas as incertezas do Brasil hoje.
Proteja a cabeça e prepare-se para o impacto. Vai ser um pouso forçado.
O mercado de crédito está travado. Os bancos botaram os balanços na parede.
Há relatos de que várias empreiteiras estão sem receber, tanto do governo federal quanto dos estaduais.
No
leilão de ontem, o Tesouro Nacional engoliu o orgulho a seco e escolheu
defender seu caixa. Aceitou vender LTNs (títulos pré-fixados) com
vencimento logo ali, em 1 de outubro. (No mundo da política isso hoje
parece uma eternidade, mas no mercado de renda fixa trata-se de um
vencimento curtíssimo.)
A
humilhação máxima – o rebaixamento do crédito do Brasil — parece
iminente. A impressão é de que, mesmo se as agências não derem o corte,
isso em nada aliviará o mercado, simplesmente porque a confiança entre
os locais está zerada. A realidade já se impôs. A confiança de
empresários e consumidores convergiu para o mesmo sentimento: o Brasil
hoje é junk.
É um
mundo de CDI, de preservação de liquidez, de um dia de cada vez. A
declaração de Armínio Fraga de que o Governo precisaria fazer uma
economia mais do que o dobro da que está fazendo dá uma ideia do tamanho
do buraco em que meteram o País.
O
objetivo principal do ajuste fiscal é fazer com que o tamanho da dívida
pública em relação ao PIB entre numa trajetória de queda nos próximos
anos. (O raciocínio é lógico: se a dívida como proporção do PIB aumentar
sem parar, uma hora o Estado fica insolvente. Quebra. Game over.)
Fraga
disse que precisamos de um ajuste de ‘mais de 3%’ do PIB para retomar
essa trajetória de queda, mas todo mundo sabe como Joaquim Levy está
suando — aliás, sangrando a camisa — para entregar o 1,2% que prometeu.
Enquanto isso, Brasília vive mais um Baile da Ilha Fiscal,
desperdiçando energia em factóides: o ministro demitido pelo semideus…
os benefícios de uma reforma ministerial… os cinquenta tons de bullying do PMDB.
Para
quem vive os desafios diários da economia, toda essa discussão é
exasperante porque não substantiva. A política geralmente se resolve
sozinha. Já a economia precisa de empenho, intelecto e convicção.
O problema do Brasil hoje não é de ministério — é de confiança.
Os grandes motores da economia — a Petrobras, a construção civil, as empreiteiras, as montadoras — tudo está parado.
A
Petrobras precisa ser capitalizada — ou o Governo coloca lá um dinheiro
novo que não tem, ou vende uma parte grande da empresa. Não há espaço
para timidez, tergiversação ou pusilanimidade. Enquanto este aumento de
capital (ou esta monetização de ativos em larga escala)
não acontecer, a empresa vai agonizar em praça pública. Piada a
propósito: “Cite quatro coisas no Brasil viciadas em injeções de capital
— PDG, Petrobras, PT e PMDB.”
É verdade que a Bolsa andou tendo uns dias de alta, e pode até subir mais.
Com o real se desvalorizando mais de 20% em apenas 40 dias, o País está ficando barato para os gringos — e cada vez mais caro para os brasileiros.
A riqueza do País está trocando de mãos. Você sabe a quem agradecer. Da coluna de Geraldo Samor