Mais uma bacia entrou em estado de restrição devido à seca nesta
segunda-feira (24) no interior de São Paulo. Dessa vez foi a do Baixo
Atibaia (parte baixa do rio Atibaia), onde estão localizados oito
municípios: Americana, Campinas, Jaguariúna, Paulínia, Valinhos,
Vinhedo, Nova Odessa e Sumaré.
Isso significa que, a partir da 0h desta terça (25), empresas de saneamento e criadores de animais da região terão de reduzir 20% do limite autorizado para a captação de água do rio Atibaia e de seus afluentes. Para a indústria e a irrigação, a restrição é maior, de 30%.
O abastecimento público de Campinas, que tem 1,1 milhão de habitantes, depende 95% da água da bacia do Baixo Atibaia. Apesar disso, a Sanasa (companhia de saneamento municipal) informou que a captação não sofrerá mudança porque já está abaixo do que seria equivalente a 20% de restrição.
Nesta segunda, de acordo com a empresa, a demanda por água no município está em 3.100 litros por segundo, em razão da economia feita pela população. A Sanasa tem licença para captar 4.000 l/s, e com a restrição deveria baixar a retirada para 3.200 l/s.
Em Sumaré, a situação é parecida. A Odebrecht (responsável pelo saneamento no município) informou que também capta menos do que terá permissão. A outorga para o abastecimento da cidade é de 800 litros por segundo. Segundo a empresa, a captação atual está em 600 litros por segundo, o que é suficiente para garantir o abastecimento. O município tem outras fontes, como represas, que ajudam no fornecimento de água.
Segundo o Daee (departamento estadual de águas), a bacia do Baixo Atibaia tem 39 outorgas concedidas a 29 usuários, a maioria indústrias. A principal delas é a Rhodia, que tem autorização para captar 2.340 litros por segundo.
Já para abastecimento público, o principal usuário é a Sanasa.
Desde a semana passada, a bacia do rio Camanducaia está sob restrição da captação. São dez municípios nesta bacia, sendo o principal deles Amparo, onde a captação numa estação de tratamento de água teve que ser reduzida em 20%. Apesar disso, não houve desabastecimento.
Segundo a medição realizada nesta segunda, o rio Atibaia está com vazão média de 3.240 litros por segundo, quando o normal deveria ser acima de 5.000 l/s. O estado de restrição é decretado automaticamente quando essa vazão cai para 3.500 l/s ou menos.
Já a vazão do rio Camanducaia está com 1.360 litros por segundo no ponto de medição, quando o normal deveria ser acima de 2.000 l/s. O estado de restrição, neste caso, sempre ocorrerá quando a quantidade de água foi igual ou menor a 1.500 l/s.
Segundo a Sanasa, na bacia do Baixo Atibaia, a empresa autorização para captar 4.000 litros por segundo, mas devido à economia de água feita pela população, retira 3.100 l/s –quantidade abaixo da restrição imposta, de 3.200 l/s.
Entre as empresas que captam na parte baixa do Atibaia está a Rhodia, que no ano passado registrou problemas na captação e foi obrigada a adotar um rodízio na produção. Para este ano, a empresa já informou que adotou medidas de economia de água na tentativa de manter a produção.
ALERTA
Além das duas bacias em restrição, a região de Campinas tem outras duas bacias em estado de alerta: a Alto Atibaia (parte alta do rio Atibaia) e a do rio Jaguari.
Pela medição realizada nesta segunda, a vazão no Alto Atibaia está em 4.910 litros por segundo, quando o normal deveria ser acima de 5.000 l/s. Na bacia, o estado de restrição é decretado quando a vazão atingir 4.000 l/s.
Na bacia do rio Jaguari, a situação é um pouco pior. A vazão medida nesta segunda é de 3.310 litros por segundo, quando o normal deveria ser também acima de 5.000 l/s. A restrição começa a valer quando a vazão atingir 2.000 l/s. Nesta bacia está localizada a Replan (Refinaria de Paulínia), da Petrobras.
Não chove na região de Campinas há cerca de 30 dias. A previsão do tempo é de que possa ocorrer pancadas de chuva durante a semana, mas nada de forma volumosa, a compensar a baixa vazão dos rios.
Comentario
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/08/1672789-mais-um-rio-de-sp-entra-em-estado-de-restricao-na-captacao-de-agua.shtml
Isso significa que, a partir da 0h desta terça (25), empresas de saneamento e criadores de animais da região terão de reduzir 20% do limite autorizado para a captação de água do rio Atibaia e de seus afluentes. Para a indústria e a irrigação, a restrição é maior, de 30%.
O abastecimento público de Campinas, que tem 1,1 milhão de habitantes, depende 95% da água da bacia do Baixo Atibaia. Apesar disso, a Sanasa (companhia de saneamento municipal) informou que a captação não sofrerá mudança porque já está abaixo do que seria equivalente a 20% de restrição.
Nesta segunda, de acordo com a empresa, a demanda por água no município está em 3.100 litros por segundo, em razão da economia feita pela população. A Sanasa tem licença para captar 4.000 l/s, e com a restrição deveria baixar a retirada para 3.200 l/s.
Em Sumaré, a situação é parecida. A Odebrecht (responsável pelo saneamento no município) informou que também capta menos do que terá permissão. A outorga para o abastecimento da cidade é de 800 litros por segundo. Segundo a empresa, a captação atual está em 600 litros por segundo, o que é suficiente para garantir o abastecimento. O município tem outras fontes, como represas, que ajudam no fornecimento de água.
Segundo o Daee (departamento estadual de águas), a bacia do Baixo Atibaia tem 39 outorgas concedidas a 29 usuários, a maioria indústrias. A principal delas é a Rhodia, que tem autorização para captar 2.340 litros por segundo.
Já para abastecimento público, o principal usuário é a Sanasa.
Desde a semana passada, a bacia do rio Camanducaia está sob restrição da captação. São dez municípios nesta bacia, sendo o principal deles Amparo, onde a captação numa estação de tratamento de água teve que ser reduzida em 20%. Apesar disso, não houve desabastecimento.
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | |||||
Vista do rio Atibaia, trecho que abastece Valinhos, cidade da região de Campinas (SP) |
Segundo a medição realizada nesta segunda, o rio Atibaia está com vazão média de 3.240 litros por segundo, quando o normal deveria ser acima de 5.000 l/s. O estado de restrição é decretado automaticamente quando essa vazão cai para 3.500 l/s ou menos.
Já a vazão do rio Camanducaia está com 1.360 litros por segundo no ponto de medição, quando o normal deveria ser acima de 2.000 l/s. O estado de restrição, neste caso, sempre ocorrerá quando a quantidade de água foi igual ou menor a 1.500 l/s.
Segundo a Sanasa, na bacia do Baixo Atibaia, a empresa autorização para captar 4.000 litros por segundo, mas devido à economia de água feita pela população, retira 3.100 l/s –quantidade abaixo da restrição imposta, de 3.200 l/s.
Entre as empresas que captam na parte baixa do Atibaia está a Rhodia, que no ano passado registrou problemas na captação e foi obrigada a adotar um rodízio na produção. Para este ano, a empresa já informou que adotou medidas de economia de água na tentativa de manter a produção.
ALERTA
Além das duas bacias em restrição, a região de Campinas tem outras duas bacias em estado de alerta: a Alto Atibaia (parte alta do rio Atibaia) e a do rio Jaguari.
Pela medição realizada nesta segunda, a vazão no Alto Atibaia está em 4.910 litros por segundo, quando o normal deveria ser acima de 5.000 l/s. Na bacia, o estado de restrição é decretado quando a vazão atingir 4.000 l/s.
Na bacia do rio Jaguari, a situação é um pouco pior. A vazão medida nesta segunda é de 3.310 litros por segundo, quando o normal deveria ser também acima de 5.000 l/s. A restrição começa a valer quando a vazão atingir 2.000 l/s. Nesta bacia está localizada a Replan (Refinaria de Paulínia), da Petrobras.
Não chove na região de Campinas há cerca de 30 dias. A previsão do tempo é de que possa ocorrer pancadas de chuva durante a semana, mas nada de forma volumosa, a compensar a baixa vazão dos rios.
Comentario
Prezad@s ativistas,amigos e agendados 21, saudações!
A situação tá ficando cada vez mais séria aí em SP, apesar de morar aqui
Goiás, tenho parentes e muitos amigos e irmãos do peito nesse meu estado
natal e vejo com apreensão a realidade que a disponibilidade hídrica se
encontra no estado e não vejo nenhuma medida dos governos para atenuar e
corrigir essa situação e muito mesmo atitude política, projeto para
construir um planejamento futuro p/ mudar essa realidade.
Sobre a
recuperação das áreas desmatadas não vejo nada de fato ser proposto e
muito menos feito e sim historinha de transposição de bacias (olha aí as
empreiteiras de novo, cada o Lava jato no governo de SP?) e punição aos
consumidores principalmente os de baixo poder aquisitivo. O setor
agrícola, industrial, grandes condomínios de shoppings e residenciais
continuam com a farra do consumo e desperdício e sem falar no grande
desperdício da própria SABESP com seus vazamentos e falta de
planejamento.
A matéria acima está no link abaixo.
Em cooperação e abraço agroecológico.
Marcos Cruz