quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Datafolha: no DF, Reguffe tem 34% ao Senado; Magela, 13%, e Argello, 10%-- Magela fora do pareo!O meio ambiente agradece!





Instituto ouviu 722 eleitores em todo o DF nos dias 2 e 3 de setembro.
Senado vai renovar um terço das 81 vagas, sendo uma para cada estado.

Do G1 DF
O deputado federal Reguffe (PDT) lidera a disputa pelo Senado com 34% das intenções de voto, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (4). Magela, do PT, aparece com 13% e o senador Gim Argello (PTB), que tenta continuar no cargo, com 10%. Brancos e nulos somam 14% e 25% não sabem ou não responderam.

Em comparação com o levantamento anterior do Datafolha, divulgado em 13 de agosto, Reguffe oscilou 5 pontos para cima.  Magela oscilou 9 pontos para baixo. Gim Argello apareceu com 3 pontos a menos

O Senado vai renovar um terço das 81 cadeiras na eleição deste ano, sendo uma vaga para cada unidade da federação.

Confira os números da pesquisa sobre a disputa pelo Senado:

- Reguffe (PDT): 34%
- Magela (PT): 13%
- Gim Argello (PTB): 10%
- Sandra Quezado (PSDB): 1%
- Robson (PSTU): 1%
- Aldemário (PSOL): 0%
- Expedito Mendonça (PCO): 0%
- Jamil Magari (PCB): 0%
- Branco/nulo: 14%
- Não sabe/não respondeu: 25%

Dados da pesquisa
O Datafolha fez a pesquisa entre os dias 2 e 3 de setembro. O instituto ouviu 722 eleitores em todo o Distrito Federal. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de quatro pontos prevista.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com os números DF-00037/2014 e BR-00517/2014.

TSE nega direito de resposta a Marina para contestar propaganda de Dilma


11/09/2014 11h28 - Atualizado em 11/09/2014 11h56


Candidata do PSB questionou abordagem do PT no horário eleitoral.
Segundo PSB, programa petista distorceu propostas para o Banco Central.

 Do G1, em Brasília
 
O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou nesta quinta-feira (11) direito de resposta à candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, para contestar propaganda veiculada na última terça (9) pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) que abordou propostas da ex-senadora em torno da autonomia do Banco Central.
A coligação de Marina alegou à Justiça Eleitoral que a campanha petista distorceu sua promessa eleitoral de dar autonomia à autarquia federal que é uma das principais autoridades monetárias do país.

Na decisão, o ministro Tarcísio Neto disse que não considerou as declarações da propaganda do PT ofensivas à candidata do PSB. Na avaliação do magistrado, as peças apresentaram “apenas crítica política”.

“Creio, então, ser mais prudente, em prol da liberdade de expressão e do princípio do contraditório, não deferir a liminar por ora, sem prejuízo de reflexão mais verticalizada por ocasião da vinda à baila da defesa”, escreveu o ministro do TSE no despacho.

No vídeo sobre o Banco Central a campanha de Dilma diz: “A autonomia do Banco Central que a Marina defende é outro perigo para o país. Tornar o Banco Central independente é tirar do presidente da República e do Congresso Nacional, eleitos pelo povo, as decisões sobre a política econômica para o país para entregá-las aos bancos”.

Em nota oficial divulgada nesta quarta, a campanha de Marina Silva criticou as propagandas de Dilma e afirmou que, em momento algum, o programa de governo da candidata do PSB associa a gestão do Banco Central à influência do mercado financeiro.

"Não bastasse extrapolar a crítica política, tal abordagem distorce gravemente o que propõe o programa de governo de Marina Silva, segundo o qual a autonomia do Banco Central será estabelecida por lei aprovada pelo Congresso Nacional, que fixará mandatos para seus dirigentes e normas para a nomeação e destituição de sua diretoria”, ressalta o comunicado do PSB.

Pré-sal
Tarcísio Neto decidiu postergar sua decisão em torno de outro pedido de direito de resposta apresentado pela campanha do PSB ao Palácio do Planalto. A coligação de Marina também questionou junto ao TSE a forma como o PT tratou no horário eleitoral as propostas da ex-senadora para a exploração do petróleo do pré-sal. Segundo os advogados do PSB, as peças publicitárias veiculadas nos últimos dias na propaganda petista "atingem a imagem de Marina Silva e de sua candidatura”.

Na propaganda sobre o pré-sal, a campanha do PT afirma que Dilma "tem feito muito pela educação" e vai fazer "muito mais" porque tem "novas propostas". Além disso, os comerciais destacam que a candidata à reeleição garantiu, por lei, que 75% das riquezas que serão produzidas pelo pré-sal sejam investidas obrigatoriamente em educação. "É assim que faz uma presidente que faz e entende o Brasil, muito diferente de certa candidata que não quer dar prioridade à exploração do pré-sal, isso seria sacrificar o futuro da educação e o futuro do Brasil”, diz a propaganda do PT na TV.

Marina diz que PT colocou diretor para 'assaltar' cofres da Petrobras





Candidata do PSB participou de sabatina do jornal 'O Globo', no Rio.
Ela também comentou denúncias contra Eduardo Campos.

Lucas Salomão e Henrique Coelho Do G1, em Brasília e do G1 RJ
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, durante sabatina promovida pelo jornal O Globo, realizada no Museu de Arte do Rio (MAR), no centro do Rio de Janeiro (Foto: MÁRCIO CASSOL/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, durante sabatina promovida pelo jornal O Globo, realizada no Museu de Arte do Rio (MAR), no centro do Rio de Janeiro 
 
 
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (11), durante sabatina do jornal "O Globo", que as pessoas não confiam em um partido que colocou um diretor na Petrobras para "assaltar os cofres" da estatal. Ela fez referência a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da empresa, preso  pela operação Lava Jato por suspeita de participar de esquema de corrupção em contratos da Petrobras.

A candidata deu a declaração enquanto avaliava o atual momento dos partidos no país. Para ela, "os partidos perderam o vínculo com a sociedade".

"Não consigo imaginar que as pessoas possam confiar em um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres das Petrobras. É isso que estão reivindicando? Que os partidos continuem fazendo do mesmo jeito? Eu espero que as pessoas virtuosas possam renovar seu partidos, para que ele voltem a se interessar pelo que são as demandas das pessoas", afirmou a candidata.


Marina disse ainda que o país vive "um profundo atraso em vários aspectos da política" . Ela afirmou que espera que o Congresso Nacional seja renovado nestas eleições e que os parlamentares que cuidam apenas de seus próprios interesses sejam "aposentados".

"Eu espero que o Congresso seja renovado. Que a gente  aposente de vez aqueles que vão para lá para cuidar dos seus próprios  interesses. Essas eleições não serão ganhas pelas estruturas, vão ser  ganhas por uma nova postura da sociedade", disse.


Denúncias contra Eduardo Campos
Durante a sabatina, Marina teve de responder sobre as denúncias de que empresas fantasmas pagaram a companhia dona do avião em que morreu, no dia 13 de agosto, o então candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos. Ela também comentou sobre o nome de Campos ter sido supostamente citado no depoimento do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal como um dos políticos beneficiados por pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da estatal.


A candidata afirmou querer a verdade "doa a quem doer". Ela também disse que, em um primeiro momento, não está "condenando" e nem dizendo que as denúncias contra Campos não devam ser investigadas.


"Seja o que for, doa a quem doer, nós queremos a verdade. Agora, a verdade das investigações. O que não queremos é que antecipadamente ele seja julgado e morto duas vezes. Não por uma fatalidade, mas por qualquer forma de leviandade. Eu não estou, a priori, nem condenando, e muito menos dizendo que não deva ser investigado. Devemos ter uma postura de compromisso com a verdade [...] Nós não temos como esclarecer aquilo que era responsabilidade dos empresários. O Eduardo buscou um serviço, e esse serviço foi prestado", comentou Marina Silva.


A ex-senadora também criticou o que ela chamou de "movimento" para "impor uma segunda morte" a Eduardo Campos. Segundo Marina, muitas pessoas que estavam combatendo Campos em vida estavamo no velório "chorando e comovidos".

"Agora eu vejo um outro movimento, os mesmo que choraram, agora riem entre os dentes tentando impor uma segunda morte", completou.


Pré-sal
A candidata também respondeu a uma crítica que tem sido feita pela campanha da presidente Dilma Rousseff, segundo a qual Marina não vai investir na exploração do petróleo do pré-sal. Na sabatina, Marina afirmou que "a distorção e o boato" tem sido características fortes da campanha. Disse ainda que, em seu eventual governo, os recursos do pré-sal vão para a educação e para a saúde, e não para a corrupção, numa crítica ao atual governo.


"Nós vamos explorar os recursos do pré-sal. Vamos utilizar o dinheiro destinado à suade e à educação para investir de fato em saúde e educação, e não em corrupção, como a sociedade brasileira tem medo", afirmou a candidata.


Ela também criticou a atual gestão da Petrobras, que segundo a candidata aumentou a dívida e reduziu o valor de mercado da empresa. Para Marina, foi criada uma "cortina de fumaça" para desviar o debate sobre os problemas na estatal.


"É preciso entender que o que está ameaçando o pré-sal é o que está sendo feito pela Petrobras. Uma empresa que hoje vale metade do que valia quando Dilma assumiu e que está quatro vezes mais endivida em relação à dívida que tinha. É isso que está ameaçando o pré-sal", acusou.


Estado laico
Marina respondeu também a perguntas sobre sua posição a respeito de religião. Ela disse que é evangélica desde 1997 e que entende que um presidente da República "comprometido com o Estado laico" não precisa negar sua fé. Ela ainda afirmou que as perguntas sobre sua religião ocorrem porque ela é evangélica e que candidatos católicos não são questionados sobre fé.

"Eu não imagino que um presidente da  República que é comprometido com um Estado laico tenha que negar a sua fé.  Estado laico é para defender o direito de todas as pessoas. Verifiquem  onde eu usei meu espaço público como senadora para promover qualquer coisa contrária ao Estado laico", afirmou.

"Eu não vejo as  pessoas católicas sendo perguntadas sobre o estado laico. Eu não faço  perguntas aos meus adversários do ponto de vista religioso. Eu não as faço  porque isso não é honesto. O Estado nem é para impor a vontade da maioria  à minoria e nem para impor a vontada de minoria à maioria. O Estado tem  que aprender a respeitar os direitos", concluiu.


'Marolinha' x 'Tsunami'
A candidata comentou sobre a crise financeira mundial e ironizou o termo "marolinha", usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para explicar o efeito que a crise teria no Brasil. Marina afirmou que agora o país está sendo engolido pela "tsunami".


"No momento em que os Estados Unidos, que foi o país em que a crise se iniciou, está se recuperando num crescimento, me parece, de 4%, o Brasil, que dizia que era apenas uma marolinha, agora está sendo engolido pelo tsunami. Porque não foi capaz de ter a humildade de reconhecer a gravidade do problema", afirmou a candidata.


'Vergonha alheia'
Logo no início da entrevista, a ex-senadora criticou diretamente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, dizendo que ele dá "vergonha alheia quando começa a falar sobre energia". A afirmação foi dada quando Marina Silva foi questionada sobre o discurso que tem sido adotado por ela de "governar com os melhores".

O G1 procurou a assessoria da pasta e não obteve resposta até a última atualização da reportagem.


"Quando eu digo que quero governar com os melhores, sou interpelada como se estivesse dizendo uma aberração. Eu parto do princípio de que qualquer pessoa que quer assumir a função mais elevada de um país deve estar comprometida a governar com os melhores. Fazer essa escolha de governar com os melhores é também uma forma nova de encarar a política [...] No caso do Brasil, você tem um ministro de Minas e Eenergia que não entende de energia. Você tem um ministro que é vergonha alheia quando começa a falar sobre energia", afirmou.

Reeleição
A candidata voltou a dizer, assim como tem feito em seus atos de campanha, que é contra a reeleição e que, caso seja eleita, se compromete a governar por apenas um mandato de quatro anos. Ela chegou a dizer que ser candidata é um "direito individual" e que o partido não pode obrigá-la a ser candidata novamente.

"Quatro anos [de governo] para mim e cinco anos para o próximo, porque não pode mudar a regra do jogo durante o jogo. O ato de sair candidata é um direito individual. O partido não pode me obrigar a ser candidata. Esse é o meu compromisso", disse Marina.

Marina diz que sabe separar fé do cargo de presidente




A presidenciável Marina Silva (PSB) defendeunesta quinta-feira, 11, que sabe separar a sua fé pessoal do cargo na Presidência da República. "A minha fé eu nunca neguei, nem como católica, nem como evangélica. Não acredito que o presidente tenha que negar sua fé para ser presidente da República", disse durante sabatina da qual participa, no Rio.
A candidata sustentou que, em sua carreira política e como senadora, não apoiou iniciativas religiosas. "Tenho 16 anos como senadora. Verifiquem quando usei meu espaço como senadora para promover qualquer coisa contra o Estado laico", desafiou. Marina argumentou também que não faz perguntas aos seus adversários do ponto de vista religioso, pois não seria "honesto" instrumentalizar sua fé.

Perguntada sobre as erratas em seu programa de governo, com relação à alteração sobre ampliação do uso de energia nuclear e, especialmente, a mudança quanto ao trecho que falava dos direitos da comunidade LGBT, Marina reafirmou que foi um erro de processo, admitido pelos coordenadores de programa. "Os direitos da comunidade LGBT estão respeitados e assegurados no nosso programa", disse ao criticar diretrizes de adversários que foram mais superficiais ao tratar do tema.

Com relação à adoção de crianças por gays, Marina disse que a questão está resolvida desde 2010 pela legislação, que tem "um olhar para a criança". A candidata sinalizou ser favorável ao modelo em vigor, pelo qual, postulantes à adoção são avaliados por especialistas para verem se estão aptos à adotar, independentemente de orientação sexual.

Petrobras
A candidata disse ainda que o País acompanha uma campanha com forte característica de "distorção e boato". Ela reafirmou, em sabatina no Rio, que sua posição é de que o petróleo é uma fonte importante de energia para o Brasil e para o mundo. "Os combustíveis fósseis, principalmente o petróleo, não têm ainda como serem substituídos. E isso não está sendo dito por mim, mas por todos os países do mundo."

Marina voltou a desmentir que seria contra a exploração do pré-sal e afirmar que a considera uma riqueza importante a ser explorada para alavancar o desenvolvimento do País. E provocou o governo de Dilma Rousseff (PT). "A Petrobras estar quatro vezes mais endividada é que está ameaçando a exploração do pré-sal", disse em crítica à interferência do atual governo sobre a estatal. Na tarde de hoje, a presidenciável participará de um ato no Rio para falar de suas propostas para desenvolvimento e energia.

Esporte
Marina Silva disse querer que o Brasil possa se sair bem ao receber as Olimpíadas em 2016, argumentando ser contra o discurso do "quanto pior, melhor". "Hoje, infelizmente, está muito aquém", disse em relação à preparação do País para receber o evento, o que, segundo ela, gera preocupação.

Em eventual governo, Marina disse que o esporte receberia investimentos como área fundamental também para alavancar a inclusão social. Questionada se extinguiria o Ministério do Esporte, dentro de sua proposta de cortar à metade as atuais 39 pastas, Marina não respondeu. "Não vamos fazer de forma apressada a menção de um ministério se vai sair ou se vai ficar", disse, ressalvando que a prestação de serviços públicos de todas as áreas é importante para o País.


Desmatamento
Marina negou que tenha responsabilidade sobre atrasos em grandes obras, como hidrelétricas, por causa do modelo de licenciamento ambiental que implementou quando era ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008. A ex-ministra lembrou que, em sua gestão à frente do ministério, foram aprovados, em média, quase 300 licenças por ano, contra cerca de 150 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ela afirmou que, no período em que foi ministra, houve diminuição significativa do desmatamento na Amazônia e, ao mesmo tempo, fez-se o licenciamento de obras complexas, como das usinas de Santo Antonio e Jirau, da BR-163, a Cuiabá-Santarém, e da transposição do Rio São Francisco. Segundo Marina, essas obras atrasaram por incompetência do governo.

A candidata disse não ser contra a construção de Belo Monte nem de Angra 3, no Rio, apesar de ser politicamente contra a energia nuclear. "No nosso programa, não estamos questionando o que está em andamento e o que está implementado", esclareceu. Afirmou ainda que é contra a ampliação da fonte nuclear na matriz energética, pois ela impõe riscos com relação aos resíduos. Segundo Marina, o Brasil é rico em fontes alternativas, como bagaço de cana, energia solar e eólica, além da hidrelétrica, para precisar ampliar o uso da fonte nuclear.

Mensalão
Questionada sobre o escândalo do mensalão, que estourou enquanto ainda era ministra, Marina disse que defendeu o mesmo que defende hoje: que se investigue com rigor. Marina afirmou ainda que o Brasil já teve vários "mensalões", em referência aos diversos escândalos de corrupção da história recente do País, citando inclusive a suspeita de compra de votos de parlamentares para a aprovação da reeleição no governo de Fernando Henrique Cardoso. "O Brasil precisa aprender com tudo isso em vez de nos alimentarmos politicamente com esses erros", afirmou.

Marina disse considerar que o brasileiro já deu demonstrações de que compreende isso nas manifestações de rua do ano passado. "Não tinha um cartaz dizendo 'fora, Dilma'", afirmou, ao argumentar que hoje os brasileiros respeitam as instituições e fazem manifestações verdadeiramente políticas, por bandeiras, como saúde e educação.

Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Aécio critica ataques de Dilma contra Marina Silva


BRASÍLIA - Domingo




O presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta quinta-feira, 11, os ataques feitos pela campanha da presidente Dilma Rousseff contra Marina Silva (PSB). A socialista está à frente do tucano nas pesquisas de intenção de voto, mas Aécio afirmou que não entra "no vale tudo para ganhar eleição". 
"Não faço a ela (Marina) qualquer acusação do ponto de vista pessoal. Acho absolutamente inaceitável o tipo de acusação que ela recebe hoje da presidente Dilma. Não entro nesse campo, entro no campo político", declarou, referindo-se a programas da campanha do PT como o que comparou a socialista aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor.

Com relação ao "campo político", Aécio fez questão de pontuar o que considera incoerências do discurso adotado por Marina na atual campanha eleitoral em relação a sua postura diante de uma série de temas. "É preciso que saibamos, por exemplo, que a Marina candidata é a que abraça o agronegócio ou a aquela que propunha a proibição do cultivo de transgênicos no País. É a Marina que hoje defende a política econômica do PSDB, inclusive indo além do que imaginamos adequado como a autonomia do Banco Central, ou é a Marina que no PT lá atrás combateu o Plano Real e votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal", disse.

O senador também voltou a associar Marina ao PT, numa tentativa de se posicionar como "a mudança verdadeira em relação a tudo isso que está aí". "Vejo muitas semelhanças hoje no discurso da candidata Marina, que respeito pessoalmente, com o discurso da candidata Dilma quatro anos atrás. Até porque conviveram muito tempo juntas no próprio PT", salientou.

Arrecadação
O fato de aparecer em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, segundo Aécio, não representou queda na arrecadação de sua campanha. Ele disse que caso isso tenha ocorrido, não foi "avisado". Mas frisou que sua campanha "não é rica", mas "vai bem" e será feita "dentro do planejado". E, apesar de ter arrecadado mais que o dobro da candidatura de Marina Silva, afirmou que "as doações estão indo de forma muito vigorosa para as outras candidaturas".

De acordo com a segunda parcial da prestação de contas à Justiça Eleitoral, a campanha tucana arrecadou R$ 42 milhões, contra R$ 19 milhões arrecadados pelo PSB. Mesmo somados, os valores não chegam à metade dos R$ 123 milhões arrecadados até o momento pela campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Um debate abastardado - EDITORIAL O ESTADÃO


O ESTADO DE S.PAULO - 11/09


Seria engraçada se não fosse deplorável a troca de acusações entre as candidatas Dilma Rousseff e Marina Silva sobre quem é mais submissa aos banqueiros. Começou, como sabem todos quantos tiveram a desventura de ouvi-las, com um ataque rombudo da presidente à promessa da adversária de que, eleita, encaminhará projeto de lei para tornar o Banco Central (BC) autônomo em relação aos governos de turno e ao Congresso Nacional. Em um vídeo de propaganda, na segunda-feira à noite, Dilma se pôs a "explicar" ao público o que significaria, no seu entender, o que "parece algo distante da vida da gente, né?". Seria nada menos do que "entregar aos banqueiros" um poder imenso "sobre a sua vida e a de sua família". Seu fiel escudeiro, Marco Aurélio Garcia, completou a estultícia: "Se houver essa independência, que será a dependência dos bancos privados, teremos a impossibilidade de formular políticas macroeconômicas e de desenvolvimento".

Marina replicou por baixo; fulanizou a discussão, disparando que "nunca os banqueiros ganharam tanto" como no atual governo, graças à "bolsa empresário", à "bolsa banqueiro", à "bolsa juros altos". Trata-se de uma rajada de despropósitos, a começar do primeiro, que deve ter caído no meio empresarial, que carrega um caminhão de justas queixas da assim chamada política econômica, como uma massagem de sal nas suas feridas. De mais a mais, funcionando como funciona o BC, a inflação supera a meta e a economia cambaleia entre a recessão e um pífio crescimento de menos de 1%.

A personalização da pendenga era tudo o que Dilma queria, desde que tomou a decisão (ou tomaram por ela) de partir para cima da rival, trocando as luvas pelo soco inglês. A campanha da presidente parece ter concluído que as suas chances de dar a volta por cima no segundo turno, desmentindo as pesquisas que apontam a vitória da pregadora da "nova política", variam na razão direta da competência de Dilma em oxidar a aura graças à qual a ex-petista, concorrendo pelo Partido Verde, colheu desconcertantes 19,6 milhões de votos na disputa de 2010. A presidente há de ter intuído que, se é para falar em banqueiros - atrás apenas dos políticos entre os campeões do desafeto nacional, especialmente na população mais pobre -, o negócio é vincular a desafiante aos vice-líderes desse inglório duelo. E mandou ver.

"Não adianta querer falar que eu fiz 'bolsa banqueiro'", retrucou. "Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro me sustentando." É preciso ser muito desinformado para ignorar a pontiaguda alusão à educadora Maria Alice Setubal, a Neca, cujo irmão Roberto preside o Itaú Unibanco, o que a torna herdeira da instituição. Amiga de longa data de Marina, ela coordena o seu programa de governo e faz a ponte entre a candidata e o empresariado (que a olhava de soslaio quando era vice na chapa de Eduardo Campos). Segundo a Folha de S.Paulo, no ano passado Neca doou perto de R$ 1 milhão para um instituto criado por Marina para desenvolver projetos sobre sustentabilidade. O valor equivale a 83% do total arrecadado no período.

A troca de desaforos terminou - ou ficou interrompida - com Marina perdendo o prumo. "O Banco Central autônomo", argumentou, juntando tudo e misturando, "é para ter autonomia dos grupos que acabaram com a Petrobrás." Mas isso é o de menos. O de mais é que é de pasmar: a naturalidade com que as candidatas mais cotadas para adentrar ou permanecer no Planalto em 2015 se puseram a abastardar um debate de grande importância para a condução do Brasil - como é naqueles países com os quais aspiramos a ser comparados. O grau de liberdade da autoridade monetária não apenas para fixar a taxa básica de juros, mas também a política de câmbio, além de zelar pela integridade do sistema financeiro, não deveria ser objeto de tiradas marqueteiras.

A escassa familiaridade da grande maioria dos brasileiros com o assunto deveria ser um motivo a mais para que os presidenciáveis se guardassem de usá-lo como tacape eleitoral. Fazendo a coisa errada, escancaram a pobreza substantiva das suas campanhas. A videopolítica, que privilegia o componente pessoal da competição pelo voto sobre o que efetivamente os competidores têm a oferecer ao País, completa o desserviço.


Um homem de sorte - BERNARDO MELLO FRANCO


FOLHA DE SP - 11/09


SÃO PAULO - Lobão nada explica. A manchete poderia ser publicada hoje, mas saiu no "Jornal do Brasil" em 9 de janeiro de 1994. Edison Lobão, governador do Maranhão pelo PFL, era suspeito de participar da máfia dos anões do orçamento. O delator do esquema contou que ele frequentava a casa de João Alves, que se dizia um homem de sorte e atribuía sua fortuna a vitórias seguidas na loteria. A CPI perguntou o que Lobão tinha a dizer sobre as acusações. Ele tentou ser rude, mas foi sincero: "Não há o que explicar".

Duas décadas se passaram. João Alves morreu, o PFL morreu, o "JB" morreu, mas Lobão continua. Aos 77 anos, é ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff, indicado pelo ex-presidente José Sarney. Demonstra pouco conhecimento da área, apesar de estar no cargo desde 2008. Em maio, disse que "com a graça de Deus" não haveria racionamento. Nem o ateu mais militante ousaria misturar o nome dEle com a gestão do maranhense.

Na semana passada, um novo delator, Paulo Roberto Costa, começou a entregar os beneficiários do esquema que saqueava os cofres da Petrobras. Além dos suspeitos de sempre do Congresso, citou um único ministro como destinatário de propina. Ganha uma passagem de ida para São Luís, com conexão de ônibus até o município de Governador Edison Lobão, quem adivinhar quem é.

Mais uma vez, Lobão nada explica. A lista dos delatados veio à tona no sábado, em reportagem da revista "Veja". No domingo, o ministro faltou ao desfile do Sete de Setembro. Na segunda-feira, saiu de férias. Questionada por repórteres, a presidente se saiu com a seguinte resposta: "Ele não sabe nem do que está sendo acusado, a revista não diz. Vocês sabem?".

No início do mandato, Dilma afastava ministros suspeitos de corrupção. Neste final melancólico, recorre a ironias de gosto duvidoso para protegê-los. Lobão não ganhou na loteria como João Alves, mas também pode ser considerado um homem de sorte.
 

Disputa acirrada - MERVAL PEREIRA


O GLOBO - 11/09

Após ataques, candidatura de Marina mostra consistência. Depois de passar os últimos dias sob bombardeio permanente não apenas da presidente Dilma, mas também do candidato do PSDB Aécio Neves, a candidata do PSB Marina Silva mostrou a consistência de sua candidatura. Ao manter estabilizada sua situação na disputa, mesmo com um viés de alta para a presidente, Marina demonstra que continua sendo a opção dos que pretendem tirar o PT do governo.
Já a presidente Dilma deve intensificar a agressividade de sua propaganda, que tem demonstrado capacidade de pelo menos frear a subida de Marina, obrigando-a a um esforço redobrado para se manter competitiva até a chegada do segundo turno.

A má notícia para a presidente Dilma é que os desdobramentos do escândalo da Petrobras prometem marcar esses últimos dias da campanha, cujas contradições internas no PT podem abrir espaço para a recuperação de Marina.

Até mesmo a questão da independência do Banco Central, que tem dado motivos de críticas acirradas do governo, fica fragilizada com as notícias de que o próprio ex-presidente Lula está trabalhando para que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seja anunciado como o responsável pela política econômica do governo Dilma em caso de reeleição.

Meirelles é o exemplo típico do banqueiro internacional que o PT trouxe para o governo Lula, tirando-o do PSDB, partido pelo qual havia sido eleito deputado federal, para dar credibilidade à política econômica petista. Como acusar a adversária Marina de querer dar poder a banqueiros quando um ex-presidente do Bank Boston é a figura central da mudança econômica que ela pretenderia anunciar para tranquilizar os investidores? E como ser contrário à autonomia do Banco Central se Meirelles foi intocável durante os dois governos Lula, gozando de uma autonomia que irritava os setores mais radicais do petismo?

O candidato do PSDB, Aécio Neves, por mais que se mostre preparado para o cargo e tenha projetos de longo prazo para o país que fazem sentido e, mais que isso, são necessários, perdeu a capacidade de encarnar a indignação da maioria dos eleitores, que encontraram em Marina Silva essa representante.

Aécio tem sido instado por seus aliados a arrefecer os ataques a Marina, para permitir a organização de uma aliança para o segundo turno. A declaração de ontem, depois da sabatina do GLOBO, de que se não ganhar a eleição o PSDB irá para a oposição, certamente não é consensual no partido e nem entre seus aliados da oposição.

Ele tem razões para estar amargurado, pois a entrada em cena de Marina colocou emoção na disputa, o que retirou do primeiro plano a análise da real capacidade de governar dos que estão na disputa. O candidato do PSDB contava com a máquina partidária para se impor ao adversário Eduardo Campos, mas a entrada de Marina misturou as pedras no tabuleiro político, deslocando Aécio para a terceira colocação mesmo nos estados em que o PSDB ou seus aliados estão vencendo as eleições para os governos estaduais.

Em São Paulo, Marina está em primeiro lugar, embora o governador Geraldo Alckmin tenha condições de vencer no primeiro turno. A composição com o PSB local, que deu o vice na chapa de Alckmin, está se mostrando mais eficaz para Marina do que a máquina partidária do PSDB favorável a Aécio.

O caso mais emblemático é o de Minas, em que o PSDB perde no momento o governo estadual e Aécio disputa o terceiro lugar com Marina Silva. Ele está certo de que manterá seu território político intacto, mas terá que gastar mais energia do que imaginava, enquanto no resto do país a polarização entre a presidente Dilma e a candidata Marina Silva se impõe.

Trampolins para Dilma - ELIANE CANTANHÊDE




FOLHA DE SP - 11/09


BRASÍLIA - Marina Silva empurrou Aécio Neves para o terceiro lugar, fora do segundo turno, e Aécio faz tudo para derrubar Marina. Na prática, os dois armam um trampolim para a reeleição de Dilma Rousseff e a eternização do aparelhamento do Estado pelo PT. A oposição, desunida, certamente será vencida.

Marina, claro, não tinha alternativa depois da morte de Eduardo Campos. Era concorrer ou concorrer. Arrastou os quase 20% de votos de 2010, agregou a comoção nacional com o acidente e se beneficiou da forte rejeição tanto ao PT quanto a Dilma. Mas, ao entrar, pode ter apenas garantido a vitória de Dilma.

Aécio também ficou sem alternativa diante da novidade. Era bater ou bater em Marina. Com isso, ele tenta conter a sangria e dar ao PSDB um mínimo de capacidade de negociação no segundo turno, sem ter de aderir de graça a Marina. Mas o efeito favorece diretamente Dilma.

A questão de Aécio também é de calibragem --o quanto bater para garantir um patamar minimamente seguro de votos sem inviabilizar um acordo do PSDB com o PSB no segundo turno e num eventual governo Marina. A derrota já no primeiro turno será arrasadora para o PSDB, mas o partido tem quadros reconhecidos e eles podem se tornar indispensáveis para Marina governar.

Marina parou de crescer, mas mantém boas condições de ganhar. A situação de Aécio é que continua não sendo nada animadora. Ele está numa posição que candidato nenhum deseja: já que vai perder, tentar perder o mais honrosamente possível.

Do outro lado, a campanha de Dilma usa seu imenso tempo de TV para massificar mentiras e mistificações. Os bancos nunca lucraram tanto quanto com Lula e Dilma. Acusar Marina de aliada de banqueiros por causa da educadora Neca Setúbal é indigno. Tanto como compará-la a Jânio e Collor. Depois de anos desconstruindo o legado tucano, o PT tenta destruir a imagem de Marina, ex-companheira de tantos anos.
 
 


Desfaçatez ilimitada - DORA KRAMER



O ESTADÃO 11/09


Reza a história política dos últimos 12 anos que Luiz Inácio da Silva é o mais competente dos personagens que habitaram e transitaram pelo cenário do poder nesse período. Trata-se de uma avaliação que leva em conta resultados como parâmetro. Se nessa régua forem colocados quesitos relativos a limites éticos Lula ocuparia o pódio na categoria dos políticos ardilosos. São qualidades diferentes e, portanto, implicam condições competitivas distintas.

O habilidoso dotado de princípios sempre estará em desvantagem diante do esperto cujos objetivos não conhecem regras nem observam valores. São aqueles que se pautam pelo dístico segundo o qual os fins justificam os meios. Atuam à margem, atropelam e em geral chegam na frente. Transposto para o ambiente eleitoral, o conceito de “fim” é a vitória não importa quais sejam os métodos. Vale tudo. A mentira, a manipulação, a traição, a destruição de reputações à qual agora se chama pelo sofisma de “desconstrução de imagem”.

Nesse quesito o PT não tem limite. Já mostrou isso em diversas ocasiões. Na maioria, senão da totalidade delas, foi bem-sucedido do ponto de vista que interessa ao partido: o resultado imediato. Mostra-se surpreso agora com o tamanho do desgaste acumulado. Mas chega uma hora que as pessoas cansam de tanta insolência, menosprezo a regras e valores.

Decorre também daí – da economia e dos fracassos do governo – o cenário de dificuldade eleitoral para os petistas. Na economia e na administração promete “mudar mais”. Já no terreno da derrubada dos obstáculos ao alcance do objetivo principal aplica os métodos de sempre.

Desta vez com um grau de desfaçatez e falta de compromisso com a verossimilhança que dá a medida do medo que assola a tropa de vir a ser desalojada do aparelho de Estado.

A alternância de poder não lhes parece algo palatável. Só isso explica o nível da ofensiva contra a candidata do PSB, Marina Silva, desde que seu nome se firmou nas pesquisas como ameaça mais que real à reeleição de Dilma Rousseff.

O ataque começou em campo legítimo, na exploração das contradições do discurso e das posições defendidas por Marina Silva. Enveredou por comparações esdrúxulas, aludindo a dificuldades que ela poderia enfrentar por falta de apoio no Congresso e daí ter o mandato interrompido como Jânio Quadros e Fernando Collor. Uma distorção, mas só um pouco ridículo.

Em seguida entrou no campo das invencionices dizendo que a adversária venderia a Petrobras, acabaria com o Banco do Brasil, suspenderia benefícios sociais e por aí afora. Nesta semana a coisa se agravou e chegou ao ponto da afronta pessoal. A uma bobagem de Marina sobre “bolsa banqueiro”, a presidente Dilma respondeu com uma ofensa: “Eu não tenho banqueiro me sustentando”. Em que sentido, quis dizer a presidente?

Deixou o entendimento de maneira desrespeitosa ao juízo do freguês. O ex-presidente Lula, o capitão do contra-ataque, divulgara que respeita Marina e por isso não bateria nela. Ardiloso, assiste em silêncio à pancadaria para a remoção do obstáculo.

Jogo de cena. A CPI marcou o depoimento de Paulo Roberto Costa para semana que vem, mas depende de autorização do juiz Sérgio Moro, que até agora não mostrou a menor disposição de deixar o ex-diretor da Petrobras pôr os pés fora da cadeia antes de entregar nomes e provas sobre o esquema de superfaturamento de contratos e distribuição de propinas dentro da empresa.

Também são solicitados os depoimentos da delação premiada que a Polícia Federal já negou e o procurador-geral da República reiterou que continuam por enquanto sob sigilo. Quando teve oportunidade o Congresso não fez a sua parte. Agora dá a impressão de que simula providências.


Opinião: O País dos paradoxos

BLOG DO SOMBRA


O Brasil tem os juízes mais produtivos do mundo, mas um Judiciário dos mais morosos e assoberbados.


Segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tem os juízes mais produtivos do mundo quando comparados com os juízes europeus. Cada um dos 16.000 juízes brasileiros produzem, em média, 1.616 sentenças por ano, contra a média de 959 dos juízes italianos, 689 dos espanhóis e 397 dos portugueses. Mesmo assim, temos um dos Judiciários mais morosos e assoberbados. Cada instância e ramo da Justiça têm seus problemas peculiares, mas de um modo geral faltam juízes e há excesso de demanda desnecessária. O que está errado? ...
 
A diferença começa pela quantidade de juízes e de casos novos que cada um deles recebe. Para cada grupo de 100.000 habitantes, o Brasil tem 8 juízes (16.000 juízes para 2.000 grupos de 100.000 habitantes – 200 milhões/hab), enquanto que Portugal tem 19 juízes/100 mil/hab, Itália 10,2 e Espanha 10,7. Cada um dos 19 juízes portugueses recebe apenas 379 casos novos por ano. Os juízes italianos recebem 667 e os espanhóis 673. Juízes brasileiros recebem em média 1.375 casos novos, com picos de média de até 2.900 (em SP, RJ e RS). Ou seja, a Justiça brasileira tem o dobro da carga de trabalho do juiz europeu. E o número de processos em tramitação só aumenta a cada ano. São quase 100 milhões.
 
Mas casos novos são fatos sociais naturais. Culpar o cidadão (e seu advogado) por buscar seus direitos não explica a complexidade do problema da Justiça brasileira. O país está crescendo e com isso surgem novas relações de consumo, novos direitos sociais, crimes etc, e todo conflito de interesses desagua na Justiça, local adequado para solucionar as dúvidas de uma sociedade democrática.
 
Culpar os juízes também não explica. Trabalham muito e não há mais o que deles exigir. Também dizer que juízes não cumprem decisões das cortes superiores conflita com a flexibilização da jurisprudência pelas próprias cortes. E a pacificação social deveria ocorrer exatamente pela jurisprudência imutável da questão. O desalinho entre decisões do STJ e STF é o Dédalo para o sistema jurídico brasileiro.
 
Por isso, demandas repetitivas causam excesso de volume nas cortes superiores, pois passam rapidamente pelos 1º e 2º graus, aguardando por anos a solução final no STJ e depois no STF (cerca de 250 temas de recursos repetitivos no STJ e outro tanto de recursos de repercussão geral no STF, alguns com mais de 15 anos sem definição). No TRF-3, por exemplo, há mais de 130.000 processos suspensos, outros 130.000 nas turmas recursais, além de 70.000 nas varas e juizados, aguardando decisão destas duas cortes. Multiplique isto por 27 Tribunais de Justiça e 5 Tribunais Regionais Federais e verá onde estão boa parte dos processos que causam a morosidade do Judiciário.
 
Por outro lado, 53% das ações em tramitação nas varas do 1º grau da Justiça Federal de São Paulo (e 86% dos processos sobrestados) são de execução fiscal, espécie de processo que não tramita pelo Judiciário na Europa e Estados Unidos, pois são processos de cobrança de dívida administrativa do Governo. Para ter uma ideia, sem estes processos, a Justiça Federal em São Paulo teria apenas 564.000 processos nas varas, ao invés dos 2.000.000 atuais. Multiplique isto por 27 TJ´s e 5 TRF´s e constatará que há processos desnecessários tramitando na Justiça.
 
Governos, bancos, companhias telefônicas/internet e INSS são responsáveis por boa parte das ações judicias em tramitação no Brasil. Ou seja, problemas com serviços públicos diretos ou concedidos pelo Governo entulham o Judiciário com demandas desnecessárias ou repetitivas, as quais poderiam ser facilmente resolvidas pelas Agências Reguladoras ou pela Administração Pública. Vê-se que o Governo transfere a responsabilidade da solução para o Judiciário, utilizando-se de todos os recursos judiciais possíveis. Gastam-se anualmente bilhões de reais em estrutura e condenações apenas para suprir a função administrativa do Poder Executivo. Por isso, o Executivo é atualmente a maior fonte de demanda perante o Poder Judiciário.
 
Mesmo neste cenário, ainda há espaço para o Judiciário melhorar. Planejar e gerir sua estrutura por intermédio dos fundamentos da gestão empresarial torna-se indispensável nestes tempos modernos. Mas a Justiça irá realmente melhorar somente quando deixar de ser utilizada pelo Poder Executivo como meio de protelação de suas obrigações constitucionais, destinando sua estrutura e tempo para os reais problemas da sociedade.
 

*José Denilson Branco é juiz federal em Santo André/SP
Fonte: Por JOSÉ DENILSON BRANCO*, blog do FAUSTO MACEDO - 10/09/2014 - - 19:45:51

Opinião: Quer diminuir a corrupção no Brasil? Tire poder das mãos de políticos!

BLOG do SOMBRA


Não chega a ser uma grande novidade a afirmação de que a corrupção é uma das grandes chagas qua ainda insistem em impedir o desenvolvimento do Brasil e a resolução de diversos problemas que ainda nos prendem ao subdesenvolvimento. Estima-se que percamos anualmente cerca de R$82 bilhões para a corrupção, dos quais apenas uma ínfima parcela (0,7%) é efetivamente recuperada.
 
Também não é novidade o fato de que, entra ano, sai ano, entra governo, sai governo, os casos de corrupção no Brasil parecem somente crescer em frequência e magnitude. O que a opinião pública parece ignorar solenemente, entretanto, é a estreita ligação entre a corrupção no Brasil e a excessiva abrangência do Estado em nossa sociedade...
 
O gráfico abaixo é composto por dados de 25 países de distintas realidades políticas, geográficas e econômicas. Nele percebemos a forte correlação entre corrupção e liberdade econômica por meio da análise de dois rankings internacionalmente reconhecidos:o Índice de Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional, e o Índice de Liberdade Econômica, da Heritage Foundation.
A correlação entre as duas variáveis é visível. É claro que nem toda correlação implica em uma relação de causalidade, mas temos bons motivos para crer que um mercado mais livre afeta, sim, o nível de corrupção encontrado em um país. Isto deve-se fundamentalmente ao fato de que quanto maior a participação do Estado na economia e a autoridade conferida a seus agentes para interferirem no processo de mercado, maiores são as oportunidades de corrupção.
 
Dadas as dificuldades no cumprimento de tarefas tão prosaicas e, ao mesmo tempo, tão vitais ao crescimento e desenvolvimento do país, como a abertura de um negócio, a obtenção de uma licença ou o pagamento de tributos, é natural, e até instintivo, que se busque maneiras de contornar tais obstáculos. Some-se a isso a falta de uma cultura de transparência e prestação de contas por parte dos poderes públicos e um sistema penal permissivo e ineficiente (onde a probabilidade de punição é baixíssima) e temos um ambiente perfeito para o florescimento da corrupção em suas diversas formas.
 
Parafraseando Nelson Rodrigues, o subdesenvolvimento institucional brasileiro não é fruto de improviso, mas sim uma obra de séculos. Neste contexto de apatia da sociedade civil e hipertrofia de um Estado com vocação patrimonialista, não se pode falar em diminuição da corrupção sem antes colocarmos o Estado em seu devido lugar. O escritor e satirista político P.J. O'Rourke resume bem a questão: “Quando a compra e venda são controladas por legislação, as primeiras coisas a serem compradas e vendidas são os próprios legisladores”. Ao delegarmos a agentes políticos a autoridade de definir de maneira tão arbitrária, e cada vez mais abrangente, quais bens e serviços serão negociados, e em que termos o serão, estamos não só abdicando da nossa liberdade de escolher, mas também oferecendo um prato cheio para que interesses específicos “adotem” determinadas causas e políticos que as defendam.
 
“Se os homens fossem anjos”, escreveu James Madison no número 51 d'O Federalista, “nenhum governo seria necessário”. A tragédia é que o processo político estabelece incentivos que parecem garantir que justamente aqueles dotados das características menos “angelicais” cheguem ao poder. Diante deste cenário, é absolutamente necessário que o governo seja tão enxuto quanto possível.
 
Quanto maior o escopo de atuação do Estado e da “sociedade política, menos sobra para o indivíduo e para a sociedade civil. Em síntese: se queremos diminuir a corrupção que permeia e contamina as instituições políticas brasileiras, é preciso reduzir os poderes nas mãos dos políticos. Uma sociedade de homens livres deve reclamar para si o direito de escolher o que fazer com sua vida, liberdade e propriedade sem ter que delegar parte fundamental de sua autonomia a uma autoridade política.
Fonte: Por FÁBIO OSTERMANN, Instituto Ordem Livre - 10/09/2014 - - 23:33:25

Local que teria casamento homoafetivo no RS é incendiado


Os proprietários do local já haviam informado que receberam ameaças de incêndio caso o casamento fosse realizado


Publicação: 11/09/2014 11:21 Atualização: 11/09/2014 11:39

 (Henrique Martins Rodrigues/Divulgação)
 O CTG Sentinelas do Planalto de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, foi incendiado na madrugada desta quinta-feira (11/9). Ao menos 10% do local foi destruído. A área mais afetada foi o palco, local onde seria celebrado 29 casamentos, dentre eles, um homoafetivo. A cerimônia estava agendada para este sábado (13/9).

Correio Braziliense

Segundo o tenente José Henrique Rodrigues do Corpo de Bombeiros, os militares demoraram três horas para controlar o fogo, ninguém se feriu. O tenente acrescentou ainda que há indícios de ato criminoso. "Uma testemunha nos relatou que momentos antes do incêndio, avistou um rapaz saindo de um carro com duas garrafas e seguindo em direção o CTG", disse.

Os proprietários do local já haviam informado que receberam ameaças, pois alguns moradores não se conformavam com a utilização do local para fazer um casamento gay. A investigação está a cargo da Polícia Civil. Os bombeiros destacaram que o CTG está com o alvará e o plano de prevenção e contingência de incêndio em dia. A perícia será feita Pelo Instituto Geral de Perícia do RS.

Mesmo barrado pelo TSE, Arruda lidera disputa no DF

 :



Brasília 247 - O ex-governador José Roberto Arruda (PR) continua liderando as intenções de voto para governador do Distrito Federal, mesmo com a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quarta-feira, 10, Arruda passou de 34%, na pesquisa feita há uma semana, para 37%. 


Em segundo lugar aparecem empatados o governador Agnelo Queiroz, do PT, com 19%, e o senador Rodrigo Rollemberg, com 18%. Na última pesquisa Datafolha, Rollemberg tinha 13%, enquanto Agnelo manteve o mesmo percentual.

Em um cenário de segundo turno entre Arruda e Rollemberg, ambos estão tecnicamente empatados. Rollemberg cresceu de 36% para 43% e Arruda permaneceu estável com 42%. Já no cenário entre Agnelo e Arruda, o candidato do PR oscilou de 46% para 49% e Agnelo passou de 29% para 30%.

O Datafolha ouviu 765 eleitores do Distrito Federal entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Já a reprovação do governo Agnelo teve queda de oito pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de agosto. O índice de reprovação passou de 46% para 38%, enquanto a aprovação cresceu de 15% para 19%. Os que avaliam o governo como regular oscilaram de 36% para 38%.

Comentários

2 comentários em "Mesmo barrado pelo TSE, Arruda lidera disputa no DF"
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  1. carlos santos
    ESSE AGNULO É TAO RUIM QUE SE ELE CONTINUAR SOZINHO NA DISPUTA COM CERTEZA ELE TIRA O 2º LUGAR

  2. Armando (Porto Alegre)
    Se o candidato está barrado pelo TSE, sua inclusão em pesquisa é uma tentativa da mídia (através de seus institutos de pesquisa) de manipulação política e de constranger a justiça a rever a decisão contra o político. Seu nome deveria ser excluído da pesquisa, a manutenção é uma afronta a lei da ficha limpa.

Correio Braziliense quer metralhar a Dilma? "Brasil 247" está cho-ca-do!



Por Venício A. de Lima, do Observatório da Imprensa

A foto abaixo (11,8 x 19,6 cm, na edição original) está na primeira página da edição de segunda-feira (8/9) do Correio Braziliense. É de autoria do fotógrafo Daniel Ferreira, que trabalha para o Correio e para a D.A. Press, ambos do grupo dos Diários Associados.
Estando na capa, por óbvio, trata-se de uma escolha e é de responsabilidade dos editores do jornal.


Observe o leitor(a) que a foto coloca deliberadamente o rosto da presidente da República, Dilma Rousseff, na mira de uma metralhadora do carro blindado do Exército Brasileiro, que desfila na parada de 7 de setembro, em Brasília.

Qual a mensagem implícita/explícita na foto?

É normalmente aceito como sendo de Confúcio, filósofo chinês que viveu no século V antes de Cristo, a conhecida frase “uma imagem vale mais que mil palavras”. Os que vivemos no mundo contemporâneo sabemos que a afirmação de Confúcio permanece atualíssima, vinte e cinco séculos depois, nestes tempos marcados por imagens de todos os tipos, do cinema, da televisão, das fotos popularizadas digitalmente nas redes da internet.

O que estaria o Correio Braziliense sugerindo a seus leitores(as) com a foto publicada na capa do jornal?

Nela está a maior autoridade da República brasileira, no palanque oficial, rodeada de outras autoridades constituídas, assistindo ao desfile da data símbolo da pátria brasileira: o 7 de setembro, dia de nossa independência.

A foto foi cuidadosamente selecionada, entre centenas de outras disponíveis. É, portanto, legítimo concluir que havia, sim, uma intenção orientando a escolha.

O jornalista que fez a edição da foto para o Correio Braziliense (e respondeu a meu e-mail sobre as razões da escolha) a considerou excelente e a melhor ilustração para o noticiário político do dia.
Credibilidade da democracia

Para além da partidarização inequívoca da grande mídia brasileira e diante de exemplos sucessivos, parece que ela não está sendo capaz de fazer uma distinção fundamental, sobretudo agora, em tempos de campanha eleitoral: a distinção entre o ritual dos cargos públicos, os símbolos nacionais, a institucionalidade da política, dos políticos, dos ocupantes dos mais elevados cargos públicos da democracia representativa brasileira; e sua opinião/posição (dela, grande mídia) em relação a esses eventuais ocupantes.

As consequências dessa “não-distinção” podem ser trágicas para a própria democracia. Ao se desrespeitar reiteradamente eventuais ocupantes de altos cargos públicos, inclusive em fotos com insinuações inconfessáveis, esse desrespeito é transferido para as instituições e a credibilidade da própria democracia. Como mostrou há décadas a professora Maria do Carmo Campello de Souza, “o teor exclusivamente denunciatório de grande parte das informações [dos meios de comunicação] acaba por estabelecer junto à sociedade (...) uma ligação direta e extremamente nefasta entre a desmoralização da atual conjuntura e a substância mesma dos regimes democráticos”.

No atual nível de partidarização da grande mídia brasileira, não há solução de curto prazo para que se desfaça esta confusão nefasta. A cobertura adversa e a desqualificação da politica e dos políticos é sua pauta preferencial. Resta torcer para que a democracia representativa brasileira sobreviva a uma grande mídia que, apesar de se apresentar como sua principal defensora, corrói, cotidiana e reiteradamente, seus fundamentos mais caros.
A ver.

Rejeição a Dilma é 50% no DF, onde Marina venceria no 2º turno com 63% Marina Silva lidera no 1º turno com 43% e venceria no 2º turno com 63%


Datafolha

Publicado: 11 de setembro de 2014 às 11:56

Site Dilma Rousseff - Dilma Rousseff copy
Rejeição a Dilma é recorde no DF, que de novo dá ampla preferência a Marina


Pesquisa Datafolha no Distrito Federal mostra Marina Silva (PSB) na liderança pela corrida à Presidência da República, com 43% das intenções de voto, seguida de Dilma Rousseff (PT) com 22% e Aécio Neves (PSDB) 17%. Os demais candidatos não passam de 1%. Na simulação de segundo turno, Maria é a preferida de 63% dos eleitores do DF, contra apenas 27% de Dilma.

O Datafoha aferiu ainda o alto índice de rejeição a Dilma: 50% dos eleitores afirmam que não votam nela de jeito nenhum. A rejeição a Marina é de 14% e a de Aécio Neves soma 21%.

A pesquisa revela ainda que brancos e nulos somam 6% e os indecisos são ainda 9% do eleitorado. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.

Em relação à pesquisa anterior, do dia 5, Marina subiu 10 pontos (de 33% para 43%), Dilma caiu de 23% para 22% e Aécio de 20% para 17%.

Pesquisa Datafolha Dilma tem 36%, seguida por Marina com 33% e Aécio 15%




Dilma (PT) e Aécio (PSDB) sobem 1 ponto. Marina (PSB) também oscila 1 ponto, mas para baixo.
Publicado: 10 de setembro de 2014 às 23:20 - Atualizado às 0:14

Candidatos - Dilma Rousseff Aecio Neves Marina Silva copy
A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, oscilou de 35% para 36%, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada na noite desta quarta-feira pela Rede Globo.


Segundo o levantamento, Marina Silva (PSB) oscilou de 34% para 33% e Aécio Neves (PSDB), de 14% para 15%, na comparação com a pesquisa anterior, divulgada no último dia 3.

Os candidatos Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV) aparecem com 1% cada. Não atingiram 1% das intenções de voto os candidatos José Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta (PCO), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB). Votos em branco e nulos somaram 6% e indecisos, 7%.

A pesquisa Datafolha foi contratada pela Rede Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo. Foram ouvidos 10.568 eleitores em 373 municípios entre 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95% – se forem feitos 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00584/2014.


  • Estou muito preocupado com o povo Brasileiro de uma forma geral, tá certo que a Dilma tem a maquina governamental(dinheiro) arrecadado nestes doze anos para se reeleger , mas para ai , onde esta o senso de honestidade do povo, caramba eles colocam a mão na botija com vontade e sem dó, ainda assim estão em primeiro lugar nas pesquisas , das duas uma...tem uma muito boa parcela do povo Brasileiro que compactua com a desonestidade, ou e cega!
  • Jose Custodio Moraes · 
    O desempate será feito pelo índice de rejeição, onde Marina ganha de braçada...É bem improvável que o eleitor de Aécio, no segundo turno, vote em Dilma. O PT está maus lençóis, com um elevado desgaste, fruto do longo tempo no poder, das promessas não cumpridas, das mentiras, das falcatruas e do cinismo do Lula, etc...Dançou PETRALHADA!
  • NOEL·
    Segundo turno é uma nova eleição. Entretanto, é inimaginável que haja também "empate técnico"(sic) quando os mesmos eleitores serão chamados às urnas. A soma deles, que querem mudança, representam um potencial de quase 54%. Como podem os "mudancistas" no segundo turno (os eleitores de Aécio, por ex. ) passarem a votar no PT, fazendo empate técnico também ? Por outro lado, fazer simulação de segundo turno, sem o resultado do primeiro, sempre será uma especulação tendenciosa.

Caso Cachoeira MP acusa Demóstenes de ‘peculato’ por nomeação no Senado



Assessora teria sido nomeada a pedido de Cacheira, segundo o MP-GO
Publicado: 11 de setembro de 2014 às 10:59 - Atualizado às 11:01

demostenes torres 02
Ex-senador Demóstenes Torres

O Ministério Público de Goiás protocolou no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás uma nova denúncia contra o procurador de Justiça e ex-senador Demóstenes Torres por “crimes continuados de peculato” (desvio de dinheiro público por servidor público). 


Ele é acusado de contratar como “servidora fantasma” Kenya Vanessa Ribeiro, cunhada de um sobrinho do bicheiro Carlos Cachoeira. O MP acedita que o emprego foi obtido por Kenya a pedido de Cachoeira. A prática é comum no Congresso.

Kenya foi nomeada para o cargo em comissão de Assistente Parlamentar, vinculado ao Gabinete do Bloco da Minoria do Senado Federal, que era liderado por Demóstenes. 


Ficou demonstrado no curso da investigação que, no período de maio de 2008 a maio de 2009, Kenya, que mora em Anápolis, se apropriou indevidamente dos salários recebidos, que variaram entre R$ 1.124,77 e R$ 5.994,57, sem ter prestado qualquer serviço ao Senado Federal, “fato este de pleno conhecimento de Demóstenes Torres”, diz o MP em nota. O valor total recebido por ela foi de R$ 41.769,77.


Perícia isentou Demóstenes
Em 13 de maio passado, um laudo assinado pelo perito Glauciney Faleiro da Silva, do Ministério Público de Goiás, concluiu que a evolução patrimonial de Demóstenes é compatível com a sua renda. A perícia foi concluída dois anos depois da cassação do seu mandato. O documento apresenta os resultados da análise dos dados da quebra do sigilo bancário de Demóstenes e também informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entre os anos de 2005 e 2012. 

A perícia rastreou  cartorários, gastos com cartões de crédito e tudo mais que diz respeito à sua vida financeira do ex-senador. A perícia respondeu a cinco perguntas elaboradas pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Goiás, Spiridon Nicofotis Anifantis. Todas elas isentaram o ex-senador. 

Em uma das perguntas, o subprocurador questiona se “há compatibilidade entre a renda declarada pelo investigado (Demóstenes) e a sua evolução patrimonial”. A resposta foi taxativa: “Sim. Os dados fiscais evidenciam que a evolução patrimonial do investigado é compatível com seus rendimentos auferidos no período analisado”.

Em 22 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás recebeu a primeira denúncia criminal ofertada pelo MP-GO contra Demóstenes Torres pela prática de oito crimes de corrupção passiva em concurso material, bem como pelo crime de advocacia administrativa e contra Cachoeira e Cláudio Dias de Abreu, da Construtora Delta, pela prática do crime de corrupção ativa.